sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Ex-prefeito, vereador, pastor evangélico, polícia militar são flagrados dentro da terra Indígena dos Ka'apor. FUNAI omissa!

Dia 17 de outubro de 2014, cerca de 50 indígenas da etnia Ka’apor fecham mais um ramal de entrada de madeireiros na Quadra 50, na Terra Indígena Alto Turiaçu, município de Centro do Guilherme, noroeste maranhense. Esta ação vem sendo realizada há um ano pelos indígenas após a ausência total da Funai na área. Na ocasião do fechamento do ramal, dois grandes fazendeiros da região, o Sr. Avenir, ex-prefeito de Amapá do Maranhão e o Sr. Joel, preso no inicio do ano pela Policia Federal por porte ilegal de armas e formação de quadrilha vem colocando obstáculos e dificuldades para o trabalho dos indígenas. Além de facilitarem a entrada de madeireiros na terra indígena, negociam com colonos da região para a derrubada de madeira dentro dos assentamentos rurais. No dia 24 de outubro quando resolveram realizar limpeza dos limites para tirar dúvidas com os fazendeiros, encontraram pessoas com maquinários (trator, jericos, caminhões) realizando derrubada e transporte ilegal de madeira na terra indígena. O grupo era comandado por um vereador conhecido como “Valtinho” do Centro do Guilherme. O Sr. Valtinho há muitos anos realiza derrubada e transporte ilegal de madeira da terra indígena. Falam que esse senhor comprou o lote vizinho da terra indígena para facilitar a entrada de madeireiros. Pois, ele cobra pela entrada e retirada de madeira. Nega seu envolvimento com a agressão à terra indígena, sempre atribuindo a ação a outros. Os indígenas encontraram um grupo de pessoas com maquinários no interior de terra indígena. Entre o grupo encontrava-se um pastor evangélico conhecido como “Pedro fuluca” do município Governador Nunes Freire (Encruzo), vizinho do município de Centro do Guilherme. O mesmo encontrava-se com uma motocicleta que diz pertencer ao Delegado Elcio, do município de Centro do Guilherme. Segundo indígenas, um cabo e policiais militares estiveram na Aldeia Waxigyrenda na semana anterior ao fato pedindo que o cacique liberasse o corte de madeira para eles o que foi recusado pelas lideranças e cacique. Mesmo depois dos indígenas terem avisado que continuariam a vigilância na área, os agressores permanecem desrespeitando e realizando ações de derrubada e transporte pela noite e madrugada. Desde março os indígenas aguardam a Funai instalar os Postos de Vigilância e Fiscalização na Terra Indígena. O órgão indigenista até o presente momento nunca se manifestou sobre a ação de proteção aos indígenas e seu território.
(Fonte: KAAPORTARUPI e CGK)

Polícia Federal prende ilegalmente cacique Suruí por denunciar desvios na Saúde Indígena

O cacique Elton John Suruí, da aldeia Itahy, do povo Aikewara (também conhecidos como "Suruí do Pará"), foi preso na manhã de ontem, quarta-feira 29 de outubro, na sede da Funai. Segundo informações preliminares, ele teria recebido uma ligação do delegado da Polícia federal em Marabá para prestar depoimento em uma audiência. Dirigiu-se, em seguida, da aldeia para a sede da Funai, para ser acompanhado por funcionários do órgão e para se informar do que se tratava. Os funcionários da Funai não tinham conhecimento de nenhum mandado de prisão contra ele e ligaram para a delegacia de Polícia Federal para buscar informações. Nesse momento, por volta das nove e meia da manhã, duas viaturas da PF realizaram a abordagem na sede da Funai e levaram Elton para a delegacia. O funcionário Eric Belém de Oliveira foi logo após para prestar assistência e acompanhar Elton. No entanto, ao chegar, diz Oliveira, o depoimento de Elton já teria sido colhido, sem a presença de advogado ou funcionário da Funai, e ele já teria recebido ordem de prisão. "Nesse momento foi comunicado que ele seria transferido para Belém, para garantir a integridade física dele. Apenas teve tempo de se despedir de seu pai."
Segundo Clelton Suruí, irmão de Elton, a prisão está ligada a denuncias feita pelos indígenas de corrupção no sistema de saúde: "Ele descobriu que estava havendo desvio de verba na saúde indígena e denunciou isso. Foi a partir desse momento que começaram a perseguir ele politicamente, perseguição feita pela Sesai (Secretaria especial de Saúde Indígena). É um jogo político. Queriam desarticular o movimento indígena da região de Marabá para que não fosse investigado o que estava acontecendo e as nossas denúncias. Ele sabia que era um jogo político e que iriam prender ele mais cedo ou mais tarde. Porém, o pretexto que foi utilizado pela PF é que revolta a todos na nossa comunidade: para tirar ele da comunidade disseram que ele viria prestar esclarecimento na sede da PF, e daí ele foi autuado na porta da Funai preso e agora transferido para longe da família." Os familiares tentam conseguir agora a liberdade provisória para que ele possa acompanhar o processo na aldeia. "No fundo, a forma como as pessoas que estão no poder manipulado a Justiça é para que as autoridades indígenas não tenham poder de correr atrás dos seus direitos e defender seu povo. É uma perseguição política." (Fonte: Carta Capital)

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Lucros da VALE caem no 3º trimestre e rompe contrato com a Camargo Correa na duplicação da ferrovia do Carajás. 2.000 trabalhadores estão na rua!

A Vale, maior produtora global de minério de ferro, teve prejuízo de R$ 3,381 bilhões entre julho e setembro deste ano, contra lucro de R$ 7,949 bilhões no mesmo período de 2013, em um trimestre duramente impactado pela queda do preço da matéria-prima do aço e por perdas cambiais. O resultado, prejuízo de US$ 1,44 bilhões, ficou muito abaixo da média das estimativas do mercado obtidas pela Reuters, que apontava um lucro de US$ 956 milhões no período.

Enquanto isso, as obras de duplicação da Ferrovia Carajás estão paralisadas.Motivo: desentendimentos entre a Vale e a construtora Camargo Correa. A mineradora estava insatisfeitas com a forma como a Camargo vinha tocando as obras, e o descumprimento de prazos estipulados em contrato. Cerca de duas mil pessoas receberam rescisão trabalhista, no trecho que vai de São Pedro de Água Branca, no Maranhão, a Carajás.Como a previsão é de que a Vale necessitará de considerável tempo para contratar outra construtora, em substituição a Camargo, autoridades dos municípios cortados pela ferrovia começam a ficar preocupadas com as consequência da demissão em massa.A ampliação da ferrovia está sendo feita para atender a demanda da mina de Carajás e, futuramente, o projeto Serra Sul, com capacidade estimada em 90 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

No frigir dos ovos...Dilma era, e é, o 'mal menor'!

“A reeleição de Dilma é, antes, a reafirmação do sistema político brasileiro em não mudar os termos de sua disputa, reencenando a polarização entre PT e PSDB, uma dialética do menos pior que substitui o esvaziamento da dinâmica político-partidária”. A declaração é de Bruno Cava à IHU On-Line, ao comentar o resultado das eleições presidenciais deste ano. Ele frisa que “o último ato dessa peça, com Dilma de branco pedindo diálogo com a oposição, teve como pano de fundo o sorriso amarelo de Michel Temer. Ali estão Kátia Abreu, Collor, Pezão, Sartori e tantos outros, onde também serão bem- vindos banqueiros, grandes proprietários e megaempresários que, terminada a eleição, se reacomodam no poder constituído”. E acrescenta: “Esse pano de fundo inquestionado seria o mesmo, caso Aécio vencesse”. Na interpretação dele, o processo eleitoral “indica o esgotamento final da representação político-partidária no Brasil, na medida em que um grande espaço político não foi ocupado por nenhuma das forças que se apresentaram nessa eleição”. Nesse quadro, “as manifestações de 2013 e as transformações sociais não encontraram repercussão no debate eleitoral, reduzido rapidamente a campanhas negativas, investidas acusatórias, denuncistas, a um encadeamento de angústias, fobias e reações raivosas que tomou as redes sociais e, no final, parte das ruas do país”.
Bruno Cava lembra ainda que “o governo Dilma foi madrasta com as lutas e mobilizações sociais. Ativistas presos durante a Copa, tanques e tribunais militares na favela, e os projetos de Belo Monte e Tapajós estão na conta desse governo que, em sérios apuros na eleição, anuncia arrogantemente a obrigação moral de que a esquerda vote nele”. Ele justifica que o “apoio de alguns movimentos organizados no 2º turno, como MTST, Brigadas Populares de MG ou grupos LGBT, foi para vetar o ‘pior maior’, que seria um governo Aécio embalado com um discurso antiesquerda. A reeleição indica, novamente, a ausência de uma alternativa capaz de furar o cerco do sistema político”.Nesse jogo político, assevera, “o apoio do PMDB se reafirma como dogma, o PSB caminha no sentido de emular o PMDB, o PT anuncia pela enésima vez a promessa de renovação e ‘guinada à esquerda’, a Rede perdeu muito com o desastre da campanha de Marina e o PSOL ganhou força no Rio de Janeiro, única dissonância ao consenso petista-pemedebista, embora em nível nacional a votação tenha sido aquém do que se esperaria depois de tantas lutas e mobilizações em 2013”. (Fonte:IHU)


Em Pedrinhas um só detento votou, e o seu voto não ficou secreto!

Eles não quiseram sair [das celas]. Disseram que passariam muito tempo longe e preferiram ficar com as famílias”, conta Ariston Apoliano, coordenador-executivo da Unidade de Monitoramento Carcerário do Tribunal de Justiça maranhense, que participou da organização do pleito. Palco de rebeliões, fugas, guerra entre facções criminosas e 78 mortes desde o início de 2013, Pedrinhas exigiu uma logística complexa para a votação. O processo de triagem ainda iria dividi-los de acordo com o grau de periculosidade. O transporte de ida e volta entre a CCPJ e as outras prisões de Pedrinhas seria feito em carros com escolta. A rodovia BR-135 passa entre as unidades do complexo.Segundo Apoliano, os detentos já haviam reclamado do processo no primeiro turno, quando também era dia de visita e apenas 12 dos 48 presos provisórios –como são chamados os que aguardam julgamento– foram votar.Na segunda etapa, o boicote foi quase unânime. “A gente fez nossa parte e botou uma seção lá para garantir o direto deles. É uma pena que não teve o número que esperávamos”, diz o coordenador.O único detento que aceitou sair da cela para votar no domingo escolheu Dilma Rousseff (PT) para presidente.A petista já havia vencido o primeiro turno em Pedrinhas, com seis votos no dia 5 de outubro. Na ocasião, três detentos escolheram Marina Silva (PSB) e nenhum votou em Aécio Neves (PSDB), que perdeu até para os brancos (dois) e nulos (um).(Fonte UOL)

terça-feira, 28 de outubro de 2014

ONTEM ERA Aécio - A Miami (EUA) de Aécio e Belágua (Maranhão) da Dilma! Será que certos 'sulistas' vão entender?

A vitória com maior folga de Dilma Rousseff foi em Belágua, no Maranhão, onde ela obteve 93,75% dos votos válidos. A maior liderança de Aécio Neves foi em Miami, nos Estados Unidos, onde obteve 91,79% dos 7.871 eleitores brasileiros que vivem fora do país. A diferença de Belágua e Miami é nítida. Além de quase 5 mil eleitores, a cidade maranhense é uma das mais pobres do Brasil. A renda per capita é de R$ 146 mensais, segundo o IBGE. Lá 93% da população vive abaixo da linha da miséria, alcançando o terceiro município com maior número proporcional de miseráveis, de acordo com estudo da FGV.Entretanto, no meio de tanta pobreza, um dado positivo: dados divulgados pelo IBGE em dezembro de 2013 mostram que o município foi o que obteve o maior salto econômico do país. O aumento do PIB per capita fez a cidade subir mais de 1.000 posições no ranking: de 4.991 para 3.849. O motivo? Os programas de assistência social do governo federal, somados à venda de farinha de mandioca.

Em uma reportagem realizada pelo G1 em 2013, a secretária de Assistência Social, Jeanne Saraiva explicou que o aumento de cadastrados no Bolsa Família garantiu o sustento para a população, que passou a produzir a mandioca para vendas, e não mais para a própria subsistência.“Hoje, a gente vê que o pobre consegue ter alimento, comprar, fazer feira. Não existia isso antes aqui. Não só pelo Bolsa Família, mas pela vontade de querer crescer e até de deixar de ser um beneficiário do programa. O forte de Belágua é a mandioca e assim tem sido. Antigamente, funcionava o escambo aqui. Hoje, o pequeno produtor rural consegue vender a farinha, ganhar dinheiro e investir em um benefício para a família dele”, disse a secretária.E não é só o Bolsa Família. Belágua tem energia elétrica graças ao programa Luz Para Todos, muitos moradores já se inscreveram no Minha Casa, Minha Vida e médicos cubanos já chegaram na cidade vizinha, Urbano Santos, a 15 quilômetros de distância. De acordo com reportagem do Uol, os jovens maranhenses da pequena cidade já fizeram ou desejam fazer os cursos do Pronatec e Mais Educação.

Mas do outro lado do continente, Aécio é vitorioso. Quase oito mil eleitores brasileiros que estão em Miami deram apenas 8,21% de votos em Dilma. E foi lá que o candidato tucano conseguiu a sua vitória mais tranquila. O segundo e terceiro lugar da lista de vitória com tranquilidade de Aécio Neves também não foram diferentes: nos Estados Unidos, Atlanta forneceu o segundo melhor desempenho, com 89,47% dos votos, e em terceiro lugar Houston, com 89,22%. O segundo lugar que mais votou, proporcionalmente, em Dilma foi Serrano do Maranhão, também no estado nordestino. (Fonte: Blog do Luis Nassif)

Comentário do blogueiro - Aposto que não há maranhenses de Belágua morando em Miami. Aposto que os brasileiros de Miami nem cogitam conhecer um lugar como Belágua e são incapazes de imaginá-lo. Eles vivem ignorando outras realidades e outras necessidades que não sejam as suas. Aposto que esses brasileiros imaginam que 'tiveram que sair do Brasil' porque a Dilma está dando o 'pão que cabe a eles' para os pobres de muitas Beláguas do Nordeste. Oxalá fosse!!!!! Aposto que esses brasileiros nacionais e 'americanos' querem ignorar que o sr. Aécio perdeu na rica e dinâmica MINAS GERAIS que, pelos meus escassos conhecimentos geográficos não fica no Nordeste brasileiro. Aliás, foi no estado em que ele governou 8 anos que chegou a derrota de suas veleidades presidenciais, dando razão àqueles que diziam 'Quem conhece Aécio, não vota em Aécio'!. Isso não tira o fato que temos que mudar muita coisa nesse País, e torcer que a oposição faça uma oposição como se diria numa linguagem arcaica e manjada...CONSTRUTIVA! Pra' frente, BRASIL!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Zeca Baleiro, artista maranhense, informado: um voto crítico, mas consciente!

O direito à oposição e o anseio pela alternância de poder são pressupostos básicos de um estado democrático. Desejar e acalentar o sonho de mudanças também é uma natural aspiração de todo cidadão. Acho o governo Dilma criticável, como todo governo o é. Acho o PT criticável também, como todos os partidos o são. Como todo brasileiro, anseio por mudanças que urgem, embora reconheça que há mudanças políticas em curso neste governo que são louváveis. De qualquer modo, embora Dilma tenha seus pontos vulneráveis, não vejo adversário digno de sucedê-la. Mudar por mudar não me parece conveniente. Um dos argumentos mais usados pelos detratores da atual presidente e seu partido é o de que “estão há muito tempo no poder”. Esquecem que os tucanos há 20 anos ocupam o trono do governo de São Paulo (e há tempos vêm cometendo pecados sem perdão como o desmando irresponsável que gerou a crise de abastecimento de água no estado), isso sem falar nas oligarquias do Maranhão, há 48 anos roendo o osso do poder, e a de Alagoas, há outros tantos anos se perpetuando na política local (e estes casos nem devem ser levados em conta, pois, além de antidemocráticos, são imorais).Um governo comprometido socialmente deve dirigir o olhar primeiramente aos desfavorecidos, aos excluídos do jogo social, isso é óbvio. Este governo que aí está fez isso. E o que não faltam no Brasil são pessoas vivendo em quadro de pobreza extrema, privadas dos direitos básicos de cidadão, massa de manobra barata para oligarcas usurpadores. Quando o buraco é muito fundo – e o fosso social no Brasil é pra lá de fundo -, não há como não ser assistencialista, infelizmente. Uma das frases feitas que mais me indignam neste pobre debate político (debate entre aspas) é a máxima hipócrita de que “é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe”. Ora, como ensinar a pescar um sujeito devastado pela fome e pela doença?

Outro argumento usado à exaustão é o da corrupção, e não podemos nos enganar - todos os partidos, quando ocupam o poder, caem em tentação, para nossa desgraça. A diferença básica neste Fla-Flu de corruptos é que os do PSDB seguem impunes, os do PT nem tanto. Só a punição exemplar desses bandidos somada à vigilância social mais ferrenha poderá fazer banir esta "cultura da corrupção" que hoje impera no país, ou ao menos reduzir os seus índices.Não sou petista nem sou apegado a partidos ou candidatos. Voto com independência. No primeiro turno, meu voto foi dividido entre candidatos do PSOL, do PSB e do PT. Isto me parece coerente. Se nos próximos anos aparecer uma grande e confiável liderança política de outro partido, não hesitarei em mudar meu voto, desde que seu projeto tenha viés socialista, único projeto político que penso ser viável no mundo de hoje. Isto também me parece coerente. O que não me parece coerente é ver a ex-candidata Marina Silva, arauta da “nova política”, anunciando seu apoio à candidatura Aécio Neves. Todos sabemos que a sua trajetória de luta contra os barões malfeitores do Acre a aproxima ideologicamente mais do PT, e não foi à toa que ela assumiu a pasta do Meio-Ambiente no governo Lula. Isto que ela agora faz é velha politicagem, jamais nova política. Sabemos para onde miram os políticos do PSDB, e no que vai resultar um novo governo tucano (e faço questão de afirmar o mesmo repúdio às alianças eleitoreiras do PT com velhos caciques paroquiais como Sarney, Collor e Calheiros).

Se a intenção de parte do eleitorado era destronar o PT e Dilma a qualquer custo, então que votasse num partido mais à esquerda (sim, eles existem) e não num partido que reza na cartilha do datado neoliberalismo que levou à convulsão social e ao desemprego massivo países europeus sólidos como França e Espanha, e que quase levou o Brasil à bancarrota, na era FHC. Este, por sua vez, sociólogo pós-graduado na v de Paris, tem como hobby disparar frases infelizes, como a recente declaração preconceituosa e separatista sobre os nordestinos e seu voto, segundo ele, catequizado. Com todo o respeito que possa merecer, o ex-presidente está na Idade Média da Sociologia. Avançamos muito nos últimos anos em termos de “pensamento social”. Não há porque retroceder.Votarei em Dilma e, caso ela seja. , terá em mim um crítico implacável de seu governo. É assim que entendo o que chamam de democracia. O resto é balela.

P.S.: Peço aos internautas que queiram comentar, criticar ou divergir do meu texto, que o façam civilizadamente, com argumentos embasados, não com ofensas ou baixarias. De baixo, já basta o nível do debate dos nossos candidatos na corrida eleitoral.

Zeca Baleiro
(17 de outubro de 2014)

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Eleições 2014 -Debate que é bom, nada! Só agressões, acusações recíprocas e falta de respeito! Um nojo! Pra´ frente, Brasil!

Beirou o nojo o sentimento experimentado também no último duelo verbal entre os dois candidatos à presidência da República, ontem no SBT. Debate que é bom, - e é o que os ouvintes esperam, - não se deu. Farpas, acusações, ofensas e o que há de pior vem saindo das bocas de ambos os candidatos. A própria dinâmica do ‘debate’ não favorece a apresentação de propostas e planos. Tudo é cronometrado em minutos, com réplica e tréplica. Para que? Para responder a determinadas acusações ou insinuações do adversário. Se, de fato, fosse a apresentação de propostas haveria simplesmente a escolha das áreas a serem enfrentadas e cada um coloca o que pretende implementar e nada mais. E que o eleitor decida! 

Chama a atenção, contudo, a suposta vítima da desconstrução petista, - a outra ‘vítima’ caiu fora no primeiro turno, - o ex- governador de Minas. Ele quer repassar a imagem de uma Santa Maria Gorete agredida pela ‘fúria violadora’ da presidente. Parece não dar fé que ele também e com mais veemência, para não dizer raiva, só repete o mesmo e enjoado refrão: fracassou, mentirosa, governo melancólico, etc. Os ouvintes que têm paciência e tempo para jogar fora e assistem a esses encontros de luta livre já não precisam ser convencidos, pois eles já têm seu voto declarado. Os indecisos que somam, segundo os institutos de pesquisa cerca de 13% ,não assistem a esse tipo de debate, e decidem o seu voto só no dia. Não há motivo para promover mais debates, pois não haveria serventia alguma. Só servem para criar mais nojo e acirrar os ânimos de todos os cidadãos brasileiros. Não merecemos esse espetáculo patético! 

Outra consideração é que o mercado financeiro parece uma criança que tem em suas mãos um brinquedo em que ele vem reagindo segundo determinadas informações. Quando a presidente soube nas pesquisas as bolsas caem, e o dólar está em alta. Quando ela cai, ocorre o contrário. Ele parece sinalizar que nela o mercado não confia. E é o que queremos! Se a vitória do ‘outro’ é bom para o mercado financeiro e para a turma de banqueiros e do agro-negócio é evidente que não é bom para nós, para o povo em geral. O mercado financeiro odiava e odeia Evo Morales, presidente tri-eleito da Bolívia, indígena, do povo, e a Bolívia, graças também aos apoios de Lula e da atual presidente, está reerguendo um país que havia ficado anos a fio sob o domínio de militares e industriais sem escrúpulos.  

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Suicídio político de Marina ao declarar voto no 'outro'!

Marina Silva acabou politicamente no domingo 12 de outubro, quando virou as costas para sua própria trajetória ao declarar voto no candidato Aécio Neves, o representante de uma política econômica ostensivamente contrária à valorização do salário mínimo e à ampliação das políticas sociais e de inclusão. Com o capital eleitoral que conseguiu reunir no primeiro turno (21,32 % do total de votos, ou 22.176.619 eleitores), Marina poderia ajudar sua Rede Sustentabilidade a se consolidar como a tal terceira via de que tanto falou antes.Ela preferiu juntar-se a forças bem conhecidas dos brasileiros: Que criminalizam os movimentos sociais; que atentam contra a liberdade de imprensa; que são apoiadas pela chamada “Bancada da Bala”, por Silas Malafaia e por Marcos Feliciano.Sem contar que os votos de Levi Fidelix (PRTB, o idiota que fez do aparelho excretor um programa de governo) devem ir para Aécio também.Marília de Camargo César, autora da biografia “Marina: a vida por uma causa” (editora Mundo Cristão, 2010), conta que, diante de um problema de difícil resolução, a ex-ministra costuma praticar a “roleta bíblica”, que consiste em abrir a Bíblia aleatoriamente, para saber o que Deus recomendaria na situação.Não é difícil imaginá-la nesse mister quando ela se saiu com a idéia de pedir que o PSDB reconsiderasse a campanha pela redução da maioridade penal, como condição sine qua non a seu apoio. Aécio respondeu sem pestanejar: não! E assim acabou-se mais uma convicção “firmíssima” de Marina.Descansa em paz, Marina! (Fonte: Carta Maior)


Onde estavam os candidatos quando adolescentes/jovens entre os 17 e 21?

Dos 17 aos 21 anos, Aécio Neves vivia no Rio com a família. Seu pai era deputado federal da Arena, partido sustentáculo da ditadura. Segundo o site da Câmara dos Deputados, neste período, ele teve um cargo de secretário de gabinete parlamentar na Câmara Federal, localizada em Brasília, embora morasse no Rio. Durante esses anos, conforme relatos publicados na imprensa brasileira, Aécio foi um “menino do Rio”, que gostava de surfar, de festas e estudava em escolas de elite. Entre 1977 e 1981, período em que o Brasil vivia sob ditadura civil-militar, o jovem de família ligada à Arena, partido de sustentação da ditadura, gozou a vida enquanto o Brasil vivia sob o tacão de um regime ilegítimo. 

Dos 17 aos 21 anos, Dilma Rousseff resistia à ditadura civil-militar. Segundo ela mesma e os documentos da época, engajou-se na resistência armada que reagiu ao Ato Institucional n. 5 e foi, entre os 18 e 21 anos, barbaramente torturada, pelo governo que tinha, entre outros sustentáculos, a família do candidato Aécio, filho ele mesmo de um deputado da Arena.Entre 1977 e 1981, Dilma Rousseff morava em Porto Alegre. Estudou, casou, teve uma filha, reerguendo a própria vida e tomando parte na resistência democrática e na luta pela reabertura do país, pelas eleições diretas, pela anistia, pelo fim da ditadura, pela democracia. A trajetória de Dilma não começou em Porto Alegre, assim como a de Aécio não começou no gabinete de Sarney, onde esteve, por ser neto de Tancredo Neves. Não é correto, a não ser que se defenda, como o candidato Aécio defende, a redução da maioridade penal, atribuir responsabilidade penal a adolescentes. Mas é correto, quando se tem compromisso com a democracia, levar a memória, a história e as responsabilidades a sério.(Fonte: Conversa Afiada)


VOX POPULI - Dima 51% e o outro 49%! Se 'o outro' é bom para ELES, não é bom para NÓS!

Pesquisa de intenções de voto do Instituto Vox Populi divulgada na noite de segunda-feira (13) mostra a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, com 51% dos votos válidos, e seu adversário, o tucano Aécio Neves, com 49%. Levando-se em consideração também os votos inválidos, também há empate técnico: Dilma tem 45%, Aécio 44%, brancos e nulos somam 5% e indecisos, 5%. A pesquisa ouviu 2 mil eleitores em 147 cidades de todas as regiões do país entre sábado (11) e domingo (12). A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-01079/2014.

Comentário do blogueiro - De longe o Vox Populi é o instituto mais sério que temos hoje no País desde velha data. Acertou quase tudo até hoje. Só isso! Já o velho Brizola dizia que se 'é bom para ELES' 'não é bom para 'NÓS'! Trocado em miúdo: se o 'outro' é bom para 80% dos que ganham mais de 20 salários mínimos para cima, para os mais conservadores meios de comunicação, bancos e financistas, é claro que não NÃO É BOM PARA NÓS!

Dois candidatos, dois projetos, um só País. As contradições de sempre!

A política sempre foi a força da divisão. Ela nomeia os interesses esquecidos, nos faz ver o sofrimento de quem até então não tinha voz claramente identificável, mostra o que muitos gostariam de esconder. Por isto, a política divide. Sua matéria-prima é a consciência dos antagonismos, é a coragem de enunciar conflitos e de dizer, claramente: "não, não temos os mesmos interesses". Faz parte do discurso oficial brasileiro, meio político meio cultural, afirmar que nossa "natureza" é a conciliação mansa dos contrários no ritmo do batuque. Na verdade, eis um discurso que convém para os que não querem deixar as contradições à mostra. Ele é o discurso antipolítico por excelência. Desde a República Velha, ouvimos a cantinela de que os interesses do povo brasileiro convergem para uma redentora união da diversidade. Chico Mendes e o Banco Itaú, o dono de imóveis que especula e o sem-teto que ocupa casas vazias, você que acorda cedo, trabalha duro, ganha pouco e os rentistas que aproveitam sua condição de bem-nascidos. Nesta eleição, tivemos candidatos que tentaram vender essa concepção "baby Johnson" de política. Não durou duas semanas, sólida como uma bolha de sabão. Uma "nova política" sempre nas bocas dos que querem quebrar a força de transformação da consciência dos antagonismos. Não impressiona que seus arautos terminem nos braços de quem sempre governa e nunca tem conquistas sociais concretas para colocar na balança.

Agora, o Brasil se vê claramente dividido, como no fundo sempre esteve. Não seria diferente com sua concentração de renda brutal, suas disparidades regionais, seus preconceitos nunca claramente combatidos. Não foi a polaridade PT-PSDB que a produziu. Essa polaridade apenas permitiu que a divisão se expressasse, mesmo que com atores políticos que não estão mais a altura de seus papéis. Neste sentido, talvez a atual eleição tenha ao menos um saldo positivo: colocar na nossa frente o retrato de um país clivado. Retrato que esperemos não ter mais volta. Pois pior é não deixar tal clivagem desdobrar sua força produtora, impedir que ela opere reordenamentos devido ao medo de enunciá-la claramente. Mas tal divisão, e isto é regra já há algum tempo, costuma ser esquecida depois das eleições. Depois delas, os interesses esquecidos e sofrimentos sem vozes perdem muito de sua visibilidade, até porque os atores hegemônicos que lembraram das clivagens nas eleições não sabem o que significa governar sendo fiel à consciência dos antagonismos. Este seria um bom momento para começar a aprender. (Fonte Vladimir Safatle)

Francesco - Papa e vários bispos valorizam presença de homossexuais na igreja. Caridade, enfim!

A ênfase do papa Francisco em se concentrar nos "aspectos positivos, e não negativos, da sexualidade humana" parece ter ganho apoio de muitos bispos durante o sínodo - assembleia que reúne autoridades religiosas - no Vaticano. Membros do alto clero presentes na reunião, que pretende revisar os ensinamentos católicos sobre a família, pediram nesta segunda-feira (13) que a Igreja adote uma postura mais positiva sobre homossexualidade.Um relatório preliminar escrito por bispos em meio ao sínodo de duas semanas diz que homossexuais têm "talentos e qualidades para oferecer à comunidade cristã". "Será que somos capazes de receber essas pessoas e garantir que elas terão um espaço fraterno em nossas comunidades?", diz o documento. O relatório não contesta o longo histórico de oposição da Igreja ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas alguns grupos de direitos homossexuais consideram as declarações como um avanço. Grupos conservadores, no entanto, rejeitaram o relatório, considerado por um deles "uma traição".

Jornalista Xico Sá da Folha 'tucana' é censurado porque declarou voto na Dilma. Aécio fez pior em Minas!

Um dos mais prestigiados jornalistas brasileiros, colunista do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, Xico Sá pediu demissão nesta segunda-feira, após ter o ser artigo censurado pela direção, alinhada à campanha do tucano Aécio Neves, porque declarava os motivos de seu voto na candidata petista, presidenta Dilma Rousseff.  A seção fluminense do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé divulgou nota, no início da noite. No documento, a organização da sociedade civil protesta contra a censura empregada na Folha de São Paulo contra os profissionais que se posicionam politicamente ao lado da candidatura de centro-esquerda. “O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão do Itararé vem a público manifestar total apoio ao jornalista Xico Sá, que se viu obrigado a pedir demissão do diário Folha de São Paulo, após ser censurado pela direção de redação. O jornal, sabidamente, esteve ao lado da ditadura civil-militar instalada no Brasil a partir de 1964 e, historicamente, defendeu em suas páginas o que de mais conservador e tacanho a política nacional já produziu.O comportamento diante da manifestação de Xico Sá, um dos mais dignos representantes do jornalismo nacional, constitui-se em um flagrante da censura que ainda permanece nos jornais do oligopólio da mídia, e dá um exemplo do que ocorrerá no país caso a candidatura Aécio prospere nas urnas. Os jornalistas do Estado de Minas Gerais sofreram toda sorte de perseguição durante as gestões de Aécio e de seus correligionários, ocorrendo até mesmo caso de prisão de jornalistas, como Marco Aurélio Carone, diretor proprietário do Novo Jornal, preso por publicar reportagens que contrariavam o interesse do grupo tucano em MG.(Fonte: IHU)

sábado, 11 de outubro de 2014

Maria, a Aparecida, ensinai-nos a ser o vinho da esperança e da alegria para tantos desesperados! (Jo. 2,1-11)

É frequente fazermos a experiência de altos e baixos na nossa vida! Momentos de exaltação, de motivação e de arrebatamento seguidos, inexplicavelmente, por situações de desânimo, de pessimismo, de sensação de falta de sentido da nossa vida. Não são somente meras circunstâncias de caráter psicológico. Podem revelar, às vezes, situações mais estruturais, algo mais constitutivo e duradouro. E mais, podem fugir da esfera somente pessoal e assumir um caráter mais plural, de multidão, de povo. Uma experiência em que um povo inteiro ou um grupo consistente perdem a esperança em que algo novo e maravilhoso possa ocorrer em suas vidas. Dito de outra forma, mais figurativa: o seu ‘casamento’ com a vida, com os seus sonhos, com o seu projeto encantador inicial parece estar se esvaindo. Veio a faltar o ‘vinho da alegria e da esperança’, ou seja, a motivação para levar a cabo a aliança entre sonho/projeto e a realidade de fato. Como fazer com que haja casamento perfeito entre um e outro? O acontecimento/parábola de hoje nos faz mergulhar na realidade que Jesus encontrou na sua terra. Um povo que fez sim ‘aliança/casamento’ com o seu Deus, mas a festa dessa união estava sendo ameaçada pela falta de ‘vibração, de motivação, de esperança e alegria’. Um povo desanimado e cansado. Na ‘parábola hodierna, Maria é apresentada como aquela que ajuda Jesus a compreender mais profundamente o ‘baixo estral’ em que o povo se encontra: ‘eles não têm mais vinho/esperança’! É uma constatação e uma súplica ao mesmo tempo. Jesus parece já estar consciente disso, e não perde tempo. A primeira coisa a ser feita é ‘suplantar’ literalmente tudo o que vinha produzindo dependência, condicionamento, complexo de culpa, a saber: manda encher de ‘vinho novo’ as talhas/ânforas tradicionais utilizadas no culto judaico. Jesus, de forma direta, começa a dizer para o seu povo que agora existe um vinho/esperança que vai impedir que a festa/casamento com Deus acabe. O vinho novo, o melhor, é Ele próprio. Com Ele presente, ao substituir o ‘velho culto’, a ‘velha e infiel aliança’ o povo será reeducado a amar e a ser fiel ao seu Deus. Que possamos nos reeducar e colaborar a educar as pessoas a não perder a esperança e a motivação na vida!

São os 'vermelhos', idiota, que não nos deixam trocar de carro, nem ter mansões na praia, e nem viajar a cada três meses ao exterior! De volta aos privilégios da 'Casa Grande', já!

Mais do que o resultado da eleição, chama a atenção, nestes dias seguintes à abertura das urnas, o raciocínio rabiscado por parte dos eleitores para justificar a decisão do voto. São muitos os que se dizem insatisfeitos com o rumo do mundo. E que atribuem aos políticos de diferentes matizes, sobretudo vermelhos, a culpa pelo estado das coisas: da ignorância da nação, pela qual constroem suas edificações maléficas, ao entrave aos nossos sucessos particulares. “Eu não tenho casa na praia ou carro do ano, mas só porque, em algum gabinete de Brasília, alguém decidiu pegar o que era meu por direito e investir naquele povinho que nunca estudou, nunca quis trabalhar e não tem outra ambição na vida a não ser botar filho no mundo e pendurar a conta nas costas do Estado.” Pode parecer incrível, mas é mais ou menos isso o que se ouve nas rodas de conversa em tempos de eleição acirrada como tem sido esta. Uns indignados até têm carro do ano e casa na praia. Outros acabam de voltar do exterior. Ainda assim, quando perguntados sobre o que, exatamente, é tão degradante no País que o maltrata, as respostas beiram o realismo fantástico.

Uma amiga, professora de escola de ponta, contava, tempos atrás, como os alunos já assimilavam precocemente o discurso de "classe alta sofre" em sala de aula. Eles pareciam reproduzir o que os pais liam, e repetiam, em revistas semanais de gosto duvidoso: eles trabalhavam e levavam este país nas costas, pagavam impostos suecos e recebiam serviços africanos (a conotação da frase vale um comentário à parte), a roubalheira imperava, todo político é igual etc. etc. Curiosa, ela perguntou a um deles o que ele achava que poderia ser melhor no País. A resposta: as filas. Segundo o jovem, em Paris não havia tanta fila para compras, sobretudo no freeshop do aeroporto. Já aqui, não andava, e isso era motivo suficiente para considerar o País onde vivia um grande e abjeto lixo, num raciocínio muito parecido com os comentaristas de portal que se voltam contra Pedro Álvares Cabral toda vez que viajam até Miami para poder comprar produto eletrônico – e, se possível, ser reconhecido pelos pares que os leem.Em rodas de conversa, é possível ouvir quem se queixe também dos muitos carros nas mãos de qualquer um nas ruas. A queixa não se deve ao impacto ambiental da frota, mas ao fato de não ter mais vaga ou valet para estacionar os automóveis nos restaurantes cativos. Há também os que se esperneiam contra as benesses distribuídas a torto pelo Estado, sobretudo a essa gentinha que só estuda pelo sistema de cotas ou financiamento camarada, e se esquecem de que só cursaram faculdades graças ao Bolsa Pai ou à pensão vitalícia do avô. Ou que só têm emprego garantido graças à complacência do proprietário: o sogro, o amigo, o amante...(segue a análise...Fonte: Carta Capital)


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

10 de outubro 1881 Dom Daniel Comboni morria aos 50 anos de idade na desolada Cartum, no Sudão. Precisamos de mais profetas como ele!

Celebramos nesta sexta-feira, 10 de Outubro, a Festa de São Daniel Comboni, fundador dos institutos Missionários Combonianos e das Missionárias Combonianas. A efeméride coincide este ano com os 150 anos do "Plano para a Regeneração de África", uma estratégia de evangelização do continente africano concebida por Comboni.Daniel Comboni nasceu a 15 de Março de 1831, em Limone sul Garda, Itália e morreu em Cartum, Sudão, no dia 10 de Outubro de 1881. Foram apenas 50 anos de vida, devorados por uma grande paixão: a de levar o Evangelho até o coração da África, caracterizada pela miséria e pelo comércio de escravos.Comboni decidiu consagrar a sua vida à evangelização do continente africano: «O primeiro amor da minha juventude foi a infeliz Nigrícia». «Estou inteiramente disposto a suportar, sem medo, a morte, com o mais atroz dos martírios, ainda que para salvar uma só pessoa da África; resolvido como estou há trinta anos, a dar mil vezes a vida pela redenção da África».Em Setembro de 1857, com 26 anos de idade e já padre, Comboni realiza o seu sonho: parte para a África com mais cinco companheiros.No dia 15 de Setembro de 1864 escreve o «Plano para a Evangelização da África Central». Este "plano" tinha uma inspiração central: os missionários deviam ir à África não para se instalar nela mas para criar as condições que levassem os próprios africanos a ser promotores da evangelização da África. O lema era: «Salvar a África com África». «Cristo disse-nos expressamente que todos nós somos irmãos, sem distinção entre brancos e negros... Para que a Igreja seja de verdade católica (isto é, universal), falta-lhe ainda a presença dos africanos.»Em 1867, para cumprir o seu plano, Comboni fundou o Instituto para as Missões Africanas, hoje chamado Missionários Combonianos do Coração de Jesus, e em 1872, funda as Pias Mães da Nigricia, hoje Irmãs Missionárias Combonianas.Em 1877 foi nomeado bispo da África Central. No dia da tomada de posse, em Cartum, afirmou: «No meio de vós, nunca deixarei de ser vosso. O dia e a noite, o sol e a chuva encontrar-me-ão sempre pronto para as vossas necessidades: o rico e o pobre, o são e o enfermo, o jovem e o velho, o patrão e o servo terão sempre acesso ao meu coração. Faço causa comum convosco e o mais feliz dos meus dias será aquele em que puder dar a vida por vós.» (Fonte: Além-mar)

O próximo congresso nacional será o mais conservador desde a época da ditadura. Imaginem um presidente com o mesmo perfil!

Congresso deve se tornar mais reacionário. Deputados racistas, homofóbicos e contra o aborto estão entre os mais votados.No Congresso brasileiro, pautas como a descriminalização do aborto, a legalização das drogas, a luta por mais demarcação de terras indígenas ou a união homoafetiva não têm vez. E a situação tende a continuar igual ou pior na próxima legislatura que, para o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), se desenha para ser a mais conservadora desde a época da ditadura. Nas eleições deste domingo, o número de deputados ligados a forças sindicais diminuiu de 83 para 46. Por outro lado, deve crescer o número de parlamentares ligados à polícia, que passa para 55, um aumento de 30%. A bancada da bala defende mudanças como a redução da maioridade penal. Até o momento, o órgão já identificou 82 deputados, dez a menos que na legislatura anterior, que irão fazer parte da bancada evangélica, contrária ao aborto, mas o número deve aumentar, já que a análise preliminar só inclui os que tem “pastor” no nome ou se declaram abertamente evangélicos. E a Frente Parlamentar da Agropecuária, que busca um recrudescimento dos direitos indígenas previstos na Constituição também aumentará de 191 a 257 representantes."Isso se apresenta contraditório às bandeiras das manifestações do ano passado", afirma coordenadora da assessoria parlamentar e de imprensa do Diap. "Acredito que isso seja um reflexo do descrédito da política geral. As pessoas não participam e acabam seduzidas por um discurso contra tudo e contra todos", conclui.De fato, nomes como Jair Bolsonaro e Marco Feliciano, que tiveram destaque na imprensa por declarações homofóbicas, tiveram muito mais votos do que nas eleições passadas. (Fonte: IHU)


Chico César, nordestino, 'informado' repudia preconceitos oportunistas e eleitoreiros!

Manifestações de preconceito como as expressas em redes sociais após a apuração de votos no primeiro turno das eleições, que deram uma ampla vantagem à candidata do PT Dilma Rousseff nas regiões Norte e Nordeste, vêm de "gente assustada por ter de dividir o elevador social com quem antes ia pelo elevador de serviço". A opinião é do cantor e compositor paraibano Chico César, um dos entrevistados pelo #salasocial - o projeto da BBC Brasil que traz à tona temas de repercussão nas redes sociais. "Claro que há esse tipo de visão ainda, mas ela depõe mais contra quem a expressa do que contra os nordestinos ou nortistas. Trata-se de gente que perdeu privilégios ou que se sente insegura nem por ter perdido, mas por perceber que o outro que se encontrava abaixo dele na possibilidade de acesso aos bens e serviços agora não está mais. Encontra-se mais próximo, ou no mesmo patamar. É gente assustada por ter de dividir o elevador social com quem antes ia pelo elevador de serviço", disse o músico. "Há muita gente magoada por ter de pagar direitos trabalhistas a empregadas domésticas, por viajar de avião ao lado de gente que antes levava três, quatro dias para atravessar o país de ônibus, pelo fato de o filho do vigia de sua rua ou do zelador do prédio estudar na universidade, pois ele sabe que este rapaz ou moça não ocupará mais cargos de subemprego. Acho que temos de responder sempre ao preconceito. A qualquer preconceito, que às vezes também temos e nem percebemos.(Fonte: IHU)

Comentário do blogueiro - FHC contribuiu bastante para desencadear a 'polêmica' - eufemisticamente falando, - entre 'os informados' brancos, ricos, tucanos e sulistas e os 'desinformados', pobres, nordestinos, negros, pardos, indígenas, dilmistas, etc. No Brasil 'pós-colônia pós moderna' os resquícios da 'casa grande'  ressurgem! Evidente que não podemos generalizar, mas só nesse País parecem reemergir em determinadas ocasiões os antagonismo sócio-raciais-geográficos! Será?

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Ele, não, please!

Aécio não se compromete com o combate ao trabalho escravo - O candidato Aécio Neves, do PSDB, ainda não se pronunciou sobre a carta-compromisso contra o trabalho escravo contemporâneo, documento idealizado pela Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), vinculada à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que visa a que os futuros governantes assumam como prioridade a questão. Tema fundamental para a promoção dos direitos humanos no Brasil, o compromisso de combater o trabalho escravo foi firmado durante a campanha do primeiro turno por boa parte dos presidenciáveis – Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Luciana Genro (Psol) e Eduardo Jorge (PV).

Para Luciana Genro o PSDB criminaliza movimentos sociais. Massacre de Eldorado do Carajás ocorreu com governador tucano! Luciana Genro, que concorreu à presidência pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), protagonizou fortes embates durante a campanha eleitoral com o candidato Aécio Neves, do PSDB. Em dois debates na TV, que reuniram os presidenciáveis, ela enfrentou diretamente o candidato tucano, com palavras duras. Por isso, não era de se estranhar que ela não viesse a apoiá-lo no segundo turno. Mas, chamou a atenção a firmeza com que colocou sua posição. “Recomendamos que os eleitores do PSOL não votem em Aécio Neves no segundo turno das eleições presidenciais”, afirmou em nota nesta quarta-feira, frisando que “a criminalização das mobilizações populares e dos pobres empreendida pelos governos tucanos, em especial o de [Geraldo] Alckmin, nos coloca em oposição frontal ao projeto do PSDB”.

Segundo estudo Aécio tem apensas 28% de chance de ganhar!O levantamento, feito pelo Instituto Análise, dirigido pelo cientista político Alberto Almeida, mostra que candidatos que chegam ao segundo turno com uma votação de cinco a dez pontos percentuais menor que à do adversário conseguem virar em 28% das situações. É o caso de Aécio Neves, cujos 33,55% alcançados em primeiro turno, no domingo, o deixaram oito pontos percentuais atrás dos 41,59% de Dilma Rousseff. Se a diferença entre a petista e o tucano tivesse sido inferior a cinco pontos percentuais, a chance de Aécio se eleger no segundo turno seria de 32%. Quanto maior a desvantagem na primeira etapa, menores são as probabilidades de virada. Com uma vantagem de dez a 15 pontos percentuais - como os 14,3 que Dilma Rousseff abriu sobre o também tucano José Serra em 2010 (46,91% contra 32,61%) - a presidente teria apenas 19% de chance de perder para Aécio. Com uma diferença superior a 15 pontos percentuais entre os dois primeiros colocados no primeiro turno, uma virada só ocorre em 10% das situações. (Fonte: IHU)

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Bancada ruralista vai ser maioria absoluta! Salve-se quem puder, se Aécio for presidente!

Maior bancada suprapartidária do Congresso Nacional, os ruralistas aumentarão em 33% na próxima legislatura, segundo estimativa da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O grupo, que conta hoje com 205 deputados e senadores, deve chegar a 273 e já definiu sua prioridade: aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215/2000, que transfere para o Legislativo a decisão sobre a demarcação de terras indígenas.Na Câmara dos Deputados, onde a FPA conta com o apoio de 191 parlamentares, a bancada vai atingir maioria absoluta: 257 representantes do agronegócio, contra 256 deputados não-ruralistas. Embora apenas 30 sejam realmente atuantes, o grupo costuma se unir em pautas de interesse dos produtores rurais, como o Código Florestal, em 2011, na maior derrota do início do governo Dilma Rousseff. No Senado Federal, o percentual é menor, mas o grupo aumentará de 14 senadores para 16.O balanço foi feito pela FPA com base no número de parlamentares reeleitos e nos de primeiro mandato que têm perfil ligado ao setor e já declararam presença na bancada. Segundo o presidente da frente, deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS), 139 ruralistas foram reeleitos e 118 novatos já assinaram adesão ao grupo."Não estamos preocupados com quantidade. Se tivermos 50 atuantes é o que vale", afirma Heinze. (O Valor)

Comentário do blogueiro – Se com Dilma eles levaram para casa muita coisa, imaginem com Aécio Neves! Aí eles chovem no molhado! Já o mentor dele, FHC, dizia que Reforma Agrária tinha mais uma vertente social, assistencial, mas não econômica. Para isso o que valia era o agro-negócio. Esse sim, faz a economia crescer, a outra (RA) só faz o governo gastar! Brasil, Brasil!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

2 - AÉCIO NEVES, A BOMBA VAGANTE II

MENSALÃO E PROTEGIDO DA IMPRENSA
20- Tem um dos réus do mensalão tucano como assessor. O publicitário Eduardo Guedes, acusado de desviar R$ 3,5 milhões para a empresa de Marcos Valério.
21- Tem em seu palanque em Minas o maior réu e mentor do mensalão tucano, seu antecessor no governo de MG, Eduardo Azeredo.
22- Seu primo, Rogério Lanza Tolentino, era braço direito de Marcos Valério e foi condenado por lavagem de dinheiro em MG.
23- Seu outro primo, Tancredo Aladin Rocha Tolentino, foi preso por vender sentenças judiciais. A Globo se calou.
24- Por falar em sentença, conseguiu um mandado de busca e apreensão para que a polícia invadisse o apartamento de uma jornalista. Computador, hd externo, cds e celular foram apreendidos.

SENADOR EXEMPLAR?
25- Nos quatro anos como senador, apresentou menos projetos que o deputado Tiririca.
26- Gastou 63% do dinheiro com passagens de avião pagas pelo senado com viagens para o Rio de Janeiro. Apenas 27% das viagens foram para MG, estado que o elegeu senador.
27- Aliás, torrou 589 mil reais em passagens de avião para o Rio em pouco mais de 3 anos e meio como senador.
28- Segundo o respeitadíssimo jornalista Juca Kfouri, Aécio Neves bateu em sua ex-mulher, em público, numa festa num hotel no Rio de Janeiro. Apesar de tentar censurar a matéria Aécio perdeu na justiça, que não a considerou caluniosa.

http://blogdojuca.uol.com.br/2009/11/covardia-de-aecio-neves/

Fonte: Plantão Brasil

1 - AÉCIO NEVES, A BOMBA VAGANTE!

Prezado leitor verifique se for verdade o conteúdo abaixo, - como tudo indica que o seja,- pois se for, é para colocar as mãos na cabeça e demonizar essa ameaça. Todas as informações aqui colocadas tem respaldo em vários órgãos informativos, nunca censurados ou condenados pela justiça por se verificarem verídicos. Já o sr. Neves em fato de censura....e corrupção......Só falta dizer que estamos 'desconstruindo a imagem' dele!

CENSURA
1- Censurou a parte da imprensa mineira que ousou denunciar esquemas de corrupção quando governador de MG.
2- Também tentou censurar o Google, Yahoo! e Bing, movendo um processo para retirada de links relacionados ao uso de drogas e ao desvio de verbas da saúde.
3- Mandou demitir um diretor da Globo de Minas Gerais após três reportagens que o desagradaram.
4- Não gosta de ser investigado: em 10 anos ele e seu sucessor Anastásia só permitiram 3 CPIs em Minas Gerais. Mais de 70 foram barradas.

CORRUPÇÃO QUANDO FOI GOVERNADOR DE MINAS GERAIS
5- Foi processado por desviar R$ 4,3 bilhões da saúde.
6- Construiu 5 aeroportos em cidades com menos de 25 mil habitantes no entorno de sua fazenda.
7- Um dos aeroportos custou R$ 14 milhões e fica na fazenda de seu tio.
8- Pagou R$ 56 mil reais ao ex-ministro do STF Ayres Britto para arquivar a investigação de ilegalidade no aeroporto na fazenda de seu tio.
9- Quando governador, desapropriou um terreno de seu tio-avô no valor de R$ 1 milhão e fez o Estado pagar a ele uma indenização superfaturada de R$ 20 milhões.

INFRINGINDO A LEI
10- Apesar de declarar apenas R$ 100 mil em bens, sua rádio tem uma frota de carros de luxo e de passeio no valor de mais de 1 milhão e reais. Quem passeia nesses carros?
11- Foi pego pela polícia dirigindo o carro de sua rádio, um Land Rover no valor de R$ 192.000,00. O pior: estava embriagado e se recusou a fazer o teste do bafômetro.
12- Troca de favores ou compra de votos? Quando governador contratou 98 mil servidores públicos sem concurso e de maneira ilegal.
13- Nepotismo? Com apenas 25 anos foi nomeado diretor da Caixa Econômica Federal por seu primo, o então Ministro da Fazenda Francisco Oswaldo Neves Dornelles.

EDUCAÇÃO E SAÚDE
14- Durante seu governo, Minas Gerais passou a pagar o piso salarial mais baixo do Brasil a professores.
15- Aliás, tal piso era mais baixo que o permitido pela lei do piso salarial de professores, e portanto, ilegal.
16- Diminuiu o salário-base dos médicos em Minas para apenas R$ 1.050,00 - o segundo mais baixo do Brasil.
17- Quando governador de MG, pagou com dinheiro do Estado uma dívida da Rede Globo de US$ 269 milhões referente à compra da Light.
18- Em 2013 quando Dilma anunciou redução de 20% na conta de luz, os tucanos de Minas se posicionaram contra. Pediram um aumento de 30%. Em vez de a conta abaixar, subiu 14,76% (que foi o que a Aneel aprovou).
19- Ele e seu sucessor fizeram a dívida de Minas crescer 127% em 11 anos.

sábado, 4 de outubro de 2014

Simplesmente, FRANCESCO DI ASSISI

Hoje, festa de São ‘Francesco, il poverello’ de Assis. Inspirador de tantas excelentes experiências de viver com radicalidade a mensagem evangélica, e a irmã pobreza. Mas, ao mesmo tempo, Francesco foi um dos santos que mais foi manipulado por muitos dos seus supostos seguidores e admiradores. Não me refiro somente ao ‘golpe’ que os seus confrades deram às suas intuições e orientações enquanto estava viajando à terra santa. Bem pouco ficou daquilo que o havia motivado e lançado às ruas e aldeias da Umbria anunciando e testemunhando a sobriedade e a solidariedade para com os pobres e sofredores. Muitos dos seus ‘seguidores’ o interpretou  a partir da ótica do poder e não do serviço, da regra e não da liberdade que ele tinha, do convento e não da missão para  a qual se sentia levado. Daí que o ‘poverello’ ao constatar que havia perdido a batalha não tanto com o papa quanto com os seus confrades, se retirou num exílio amargo e triste, deixando que ‘os franciscanos’ de então usassem e abusassem do nome dele para impor outro estilo e outras aspirações. Fique entre nós Franscisco, sim ‘il poverello’ de Assis!

Inicia o Sínodo sobre a família: Francisco espera inteligência, coragem e amor!

O Papa Francisco é o primeiro a convocar uma assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos desde 1985 e espera que a terceira reunião deste gênero promova uma “pastoral inteligente, corajosa e cheia de amor” por todas as famílias.Francisco sublinhou que a família é “a célula fundamental da sociedade humana”, convidando os participantes nesta reunião a ter “sempre presente a beleza da família e do matrimônio”, evitando a “casuística”. Na viagem de regresso da Terra Santa, em maio, o Papa disse que o Sínodo “será sobre o problema da família, sobre as riquezas da família, sobre a situação atual da família” e não apenas sobre a questão pastoral dos divórcios ou as nulidades matrimoniais. “Não gostei do que tantas pessoas – mesmo de Igreja, padres - disseram: ‘Ah, o Sínodo para dar a Comunhão aos divorciados’”, confessou.O Papa recorreu ao ensinamento de Bento XVI para sublinhar a importância de “estudar os procedimentos de nulidade matrimonial; estudar a fé com que uma pessoa vai para o matrimônio; e deixar claro que os divorciados não estão excomungados”.Em julho de 2013, na viagem de regresso do Brasil, Francisco justificou a escolha do tema da família e da necessidade de aprofundar a “pastoral do matrimônio”, realçando que muitas pessoas se casam “sem maturidade”. Dois meses depois, o Papa encontrou-se com o clero da Diocese de Roma e sustentou que o debate não pode ser reduzido à questão de saber se os divorciados em segunda união podem ou não comungar, “porque quem põe o problema apenas nesses termos não entende qual é o verdadeiro problema".A 28 de fevereiro, numa homilia pronunciada na capela da Casa de Santa Marta, o Papa Francisco destacou hoje a importância de “acompanhar” e “não condenar” os casais separados ou divorciados. (Fonte: Ecclesia)

Debates dos candidatos à presidência:não merecemos esse espetáculo triste e patético!

Já repararam que nos debates promovidos pelos diferentes canais de tevê com os candidatos à presidência em nenhum deles saiu a palavra ‘Reforma Agrária”? Ninguém falou em mineração, em código florestal, em energia, a não ser mediante acenos periféricos. Quase todos eles falam em crescer, nem que seja para arrebentar os pulmões de 200 milhões de brasileiros e hóspedes só porque se o País não cresce (industrialmente) se perdem as eleições, claro! Algum cidadão em sã consciência pode dizer que não precisavam falar nisso porque as soluções a essas questões já foram encontradas ao longo desses anos? Algum deles falou que vai reduzir o ‘número de impostos ‘ mas não disse que vai reduzir o ‘valor do imposto’. Pagar R$ 100,00 de imposto numa parcela única ou dividida em 4-5 dá na mesma...ou não? Dessa forma, o arroz e feijão que um trabalhador come têm a mesma carga tributária do que o arroz comido por quem ganha R$ 15.000 por mês! Em nenhum debate se falou na questão indígena, e a discriminação racial quando foi citada de raspão, entrou quando se polemizou a respeito da questão dos casamentos gay, como se essas fossem as questões centrais nesse País! Certamente a dinâmica e a estrutura dos debates não favoreciam a apresentação de propostas, e sim a possibilidade de atacar e alfinetar o concorrente que lhe tirava votos, a segunda da pesquisa do momento. As avaliações dos ‘experts’ giravam em torno das ‘feições’ dos candidatos: ela estava ‘nervosa, a outra ‘cansada’, o outro ‘cheio de energia’, o outro ‘destemperado’, e assim por diante. Nada que aponte a um projeto de País, a partir dos nosso potencial e dos desejos reais de maior equidade! Não merecemos esse triste espetáculo!

Para quem não cuida com responsabilidade da vinha/povo a missão de cuidar será entregue a ‘outros’ (Mt.21,33-43)

Até que ponto chega a paciência humana quando, após anos de acompanhamento e de proteção para com uma pessoa, esta parece desconhecer e ignorar todo o bem que lhe foi reservado? Como continuar a lhe oferecer confiança se ela parece nos trair constantemente e chega até a se irritar e a se indignar com o nosso amor delicado e desinteressado? A parábola de hoje tenta responder justamente a essas questões que são bem reais e fazem parte do nosso cotidiano. É claro que Jesus está fazendo um resgate do amor paciente e compassivo que Deus teve para com o seu povo (vinha) e, principalmente, da confiança extrema que depositou nos seus representantes para dele cuidar com responsabilidade. Relembra o carinho e a delicadeza com que cuidou do seu povo enviando pessoas (profetas) responsáveis e dedicadas para protegê-lo e alertá-lo sobre os perigos e as ameaças. Para alertar principalmente os que tinham a missão primordial de cuidar e proteger a vinha/povo. Contudo, ao longo da história Deus só colheu decepção, negligência, traição e, mais que isso, revolta contra Ele e contra o próprio filho (Jesus), o herdeiro, que foi assassinado. A parábola que tem o intuito de despertar um questionamento radical e uma reação forte nos ouvintes de Jesus termina com uma pergunta central dirigida aos seus diretos interlocutores, os sacerdotes e os doutores da lei. Eram estes que, inicialmente, deviam cuidar com amor da vinha/povo.
Jesus pergunta: o que deveria fazer o dono da vinha, em sua opinião, com aqueles vinhateiros irresponsáveis e perversos? Os sacerdotes e dirigentes do povo, que ainda não haviam intuído que eram eles próprios esses perversos e assassinos, deram a resposta que o próprio Jesus esperava. A vinha, segundo eles, deveria passar sob a responsabilidade de outras pessoas mais responsáveis e fieis, que saibam produzir frutos, mesmo que não façam parte do mesmo povo, ou seja, os pagãos e estrangeiros. Serão estes, segundo Jesus que, a partir de agora, terão a incumbência de cuidar com amor e paciência da vinha-povo de Deus. Da mesma forma que faria uma pessoa ao perceber que o seu amor e dedicação para com outra não encontra nenhum tipo de retorno. Sabemos que, na realidade, o amor de Deus é ilimitado, e infinitamente paciente, e Ele não desiste de nós. Somos nós, ao contrário, que ao não compreender a beleza de conviver com Ele, na sua graça e compaixão, corremos atrás de ‘outros falsos cuidadores’, de sonhos ilusórios, de manias de grandeza, achando que nisso teremos mais vantagens e mais benefícios! Assim pode ocorrer nas nossas comunidades: quando se percebe que a dedicação e o serviço gratuito dos responsáveis vêm a faltar, e não conseguem mais produzir frutos de mudanças. Muitas vezes se abre o caminho para a desistência e para a dispersão do rebanho. Que cada um de nós se sinta responsável de cuidar com amor, dedicação e paciência da ‘vinha’ que somos todos nós, juntamente com aqueles que achamos que ainda não são a ‘nossa vinha’! 

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Jornal de esquerda francês acusa Marina de ligações com o 'rei do amianto' - hoje ecologista, - responsável por causar a morte de 3.000 trabalhadores italianos

Outro jornal francês importante, o Charlie Hebdo, que apesar de ser humorístico, também traz artigos de política e denúncias, publicou um texto demolidor sobre a principal adversária de Dilma Rousseff. A dica é do internauta Denis Oliveira Damasio. Ontem, divulgamos aqui que a revista L’Humanité Dimanche, que pertence ao jornal do mesmo nome, publicou matéria dizendo que Marina é “cria de Washington para derrubar Dilma Rousseff”, e que ela é a “nova direita”. Houve gente que chiou dizendo que o L’Humanité é esquerdista. Ora, claro que é esquerdista, como a maioria dos franceses. Se fosse um jornal de direita, teria falado bem da Marina. Mas há poucos dias, mais exatamente no dia 17 de setembro último, um outro jornal, não-esquerdista (ou pelo menos não tão francamente como o L’Humanité), publica um artigo ainda mais contundente contra Marina Silva. É uma denúncia. O jornal acusa Marina de ligações com um dos maiores criminosos internacionais do planeta, o senhor Stephan Schmidheiny, o “rei do amianto”. O Charlie lembra que Schmidheiny, após um julgamento histórico que durou anos, foi condenado a 18 anos de prisão pelo tribunal de Turin, como responsável pela morte de três mil operários italianos expostos ao amianto nas fábricas da sua família. Após cumprir parte da pena, Schmidheiny saiu da Europa e refez sua vida na América Latina, onde fundou o grupo Avina, que, por sua vez, começou a patrocinar conferências ambientais. E aí entra Marina Silva. Segundo o jornal, a candidata tem feito reuniões frequentes com membros da Avina, em Durban, Santiago do Chile, Quito, etc. As ligações de Marina Silva com a Avina, de Schmidheiny, já foram denunciadas por sites latino-americanos, como o La Rebellion. A blogosfera suja também vinha dando essa informação há algum tempo. Mas a grande imprensa nunca investigou melhor essas informações. Agora, faltando uma semana para as eleições, e após a denúncia deste jornal francês, é importante que isso fique esclarecido. Qual a relação de Marina com a Avina? Marina recebeu dinheiro de Schmidheiny, o assassino de 3 mil operários italianos? 

Siringueira do Acre que trabalhou com Marina diz que a candidata se afastou do seu povo, e não vota nela!

Maria Helena Ribeiro, de 43 anos, tentava consertar as fissuras nas paredes do forno à lenha, quando a reportagem chegou na casa de madeira na Reserva Extrativista Chico Mendes. Ela é filha, neta, irmã e mulher de seringueiros. Hoje, ninguém mais trabalha no seringal. A família foi uma das primeiras cadastradas pelo Bolsa Família dentro da reserva. Ela também recebe um salário mínimo de ajuda do governo federal para criar o filho caçula, deficiente físico.O marido cuida da roça familiar - a pequena produção lhes rende mais do que conseguiriam com a borracha ou a castanha. A colocação (loteamentos dentro do seringal) não tem luz, a água é retirada de um poço. A escola, de um só funcionário, reúne na mesma classe as crianças da comunidade; as mães, hoje alfabetizadas, se revezam para ajudar a educar os filhos. O único hospital fica distante 22 quilômetros por um ramal de terra que no período das chuvas se torna intransitável. Se conseguir chegar até lá, corre o risco de não ser atendida. “Sempre falta médico”, diz. “Mas pelo menos agora tem para onde a gente correr.”Apesar das dificuldades existentes, Maria Helena diz que a vida melhorou. “O seringal foi enxergado. Quando eu era criança, a gente era tratada feito bicho, a casa era de palha e eu acendia o leite da seringueira, porque não tinha querosene. Eu já tinha 30 anos quando fui para a escola, hoje meus filhos estudam. De meus 12 irmãos, 4 morreram doentes. Era assim, não tinha como comprar remédio.

”O principal motivo da melhora, ela diz, é a ajuda do governo federal. Maria Helena aguarda por mais um benefício: oBolsa Verde, parte do Brasil Sem Miséria, para famílias que desenvolvem atividades de conservação.“Caminhei muito com Marina Silva, mas nela não voto porque ela fez erro grande em se afastar da gente. Ela saiu doPT sem dar explicação para ninguém aqui. E, você sabe, o partido aqui no Acre surgiu da nossa luta, da luta dos seringueiros. Desde que me conheço por gente, eu voto no PT. Não conheço bem os projetos da Marina, porque aqui a gente não tem televisão, mas sei que foi no governo petista que minha vida melhorou muito.”Estimativa. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, fundado pelo ambientalista e líder sindical Chico Mendes, com quem Marina ingressou no ativismo político, pelo menos 70% dos cerca de 3 mil associados recebem o Bolsa Família.(Fonte:IHU)

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Candidatos à presidência apregoam 'desenvolvimento', não falam no caos da situação indígena, mas 41 Kaingang são encontrados exercendo trabalho escravo

É difícil de acreditar que ainda hoje os povos indígenas continuem sendo escravizados no Brasil. O confinamento em pequenas áreas de terra é uma das principais razões para a precária situação dos povos indígenas. Sem alternativas, eles se tornam alvos fáceis para os aliciadores: tanto que muitos acabaram como escravos em canaviais e fazendas nos últimos anos. Um caso emblemático de trabalho escravo envolvendo indígenas ocorreu em Bom Jesus (RS). Uma força-tarefa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Publico do Trabalho (MPT) e Funai resgatou 41 indígenas kaingang encontrados em condições análogas à de escravo; eram submetidos a condições degradantes no cultivo de maçãs. Dentre eles estavam 11 adolescentes entre 14 a 16 anos. Os alojamentos estavam em péssimas condições, havia apenas dois banheiros para os 41 trabalhadores, as famílias – inclusive crianças – se apertavam em espaço insuficiente, a fiação elétrica estava solta, o frio entrava pelas frestas, a água era armazenada em garrafas pet e havia comida estragada pelos cantos (2).Não podemos aceitar que índios do Brasil continuem exilados de suas terras. Milhares deles, especialmente no Mato Grosso do Sul, estão há anos sob barracos em beiras de rodovias ou confinados em áreas diminutas, expostos a todo tipo de violência, dentre as quais assassinato, despejo e trabalho escravo. Precisamos garantir que, em pleno século XXI, os povos indígenas tenham seus direitos, suas tradições e sua dignidade respeitados. Esses direitos originários garantidos pela Constituição Federal de 1988 e assegurados pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) estão sendo violados! Uma das melhores maneiras de evitar que isso continue é garantindo a demarcação de suas terras. (Fonte IHU)

Empresas que constam na 'lista suja' financiam candidatos do PSDB, PT, DEM...Aécio é um dos beneficiados!

Empresas flagradas com trabalhadores em situação análoga à escravidão doaram dinheiro a 61 candidatos que disputam a eleição deste ano. Outros seis candidatos são, eles próprios ou suas famílias, donos de empresas que submeteram trabalhadores a esta situação. O levantamento foi feito pela ONG Transparência Brasil e considera todas as doações feitas a estes políticos entre 2002 e este ano, levando em conta a prestação de contas parcial divulgada no início de setembro pelos candidatos. O único candidato à presidência na lista da instituição é o candidato à presidência Aécio Neves (PSDB). Os candidatos ao governo são Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Fernando Pimentel (PT-MG), Marconi Perillo (PSDB-GO), Tião Viana (PT-AC) e Wellington Dias (PT-PI). Entre os postulantes ao Senado, estão na lista Antônio Anastasia (PSDB-MG), Helenilson Pontes (PSD-PA), Mário Couto (PSDB-PA), Paulo Rocha (PT-PA), Perpétua Almeida (PC do B-AC) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).(Fonte: Carta capital)

Supremo Tribunal Federal anula portaria que amplia terra dos Canela do Maranhão

Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a Portaria 3.508/2009, do Ministério da Justiça, que declarou a terra indígena Porquinhos como de posse permanente do grupo indígena Canela-Apaniekrã, no Maranhão, e resultou na ampliação da área demarcada em data anterior à Constituição Federal de 1988. A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Ordinário em Mandado de Segurança (RMS) 29542, que foi provido pelo colegiado na sessão desta terça-feira (30). Em seu parecer, a Procuradoria Geral da República frisou que a questão em debate no recurso é a possibilidade jurídica de ampliação de uma terra indígena que foi demarcada em 1979 – antes portanto da Constituição Federal de 1988 –, e homologada em 1993. A área, originalmente com 79 mil hectares, passou para 301 mil. Ao se manifestar pelo desprovimento do recurso, a PGR frisou entender que só é possível a revisão no caso de erro, que seria o caso dos autos.
A relatora do RMS, ministra Cármen Lúcia, votou pelo provimento do recurso. Ao rememorar o julgamento da PET 3388 e dos embargos de declaração opostos contra a decisão da Corte naquele caso, a relatora frisou que os ministros vedaram à União a possiblidade de rever os atos demarcação da área indígena Raposa Serra do Sol, ainda que no exercício de sua autotutela administrativa. A autotutela da administração pública – o dever/poder de anular atos ilegais e contrários aos interesses públicos e revogar os inconvenientes –, explicou a ministra, devem ser exercidos no prazo de cinco anos, conforme artigo 54 da Lei 9.784/1999, pelo que não se pode admitir ampliação administrativa dos limites de reserva indígena demarcada e homologada há mais de 30 anos. De acordo com a relatora, permitir essa pretensão debilitaria o princípio da segurança jurídica, fragilizando a confiança que se deve ter nos atos da administração.A ministra disse entender que o ato apontado como coator (portaria do MJ) e a decisão recorrida (do STJ) se afastaram do que assentado pelo STF no julgamento da PET 3388. “A mudança de enfoque atribuída à questão indígena a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, que marcou a evolução de perspectiva integracionista para a de preservação cultural do grupamento étnico, não é fundamentação idônea para amparar a revisão administrativa dos limites da terra indígena já demarcada, em especial quando já exaurido o prazo decadencial para a revisão dos atos administrativos”, afirmou. (Fonte:MB/AD)