domingo, 3 de janeiro de 2016

Agressões, violência e abusos tomam de conta das aldeias do Maranhão. Onde estão as instituições?

O caos parece estar se instalando em várias terras indígenas do Maranhão, e sob a indiferença dos órgãos públicos. De um lado chegam denúncias de ameaças de invasão de madeireiros provocando o abandono de várias aldeias por parte dos índios, principalmente na terra indígena Alto Turiaçu. E do outro, as informações do povo Guajajara que dão conta de inúmeros abusos cometidos por numerosos ‘brancos’ dentro das terras indígenas Arariboia e Bacurizinho. Algo absurdo e revoltante.
A primeira denúncia vem da região do Bananal, na terra Bacurizinho. Um ‘não indígena’ está comprando tratores e máquinas para retirar madeira nobre da área, mas juntamente a isso introduz álcool, armas e drogas. Um dia desse ele distribuiu bebidas aos índios e ensaiou manter relações com uma índia diante dos olhos do marido. Este, ao se indignar, foi amarrado por outros índios todos bêbados sob a ordem do calhorda. O índio foi obrigado a assistir a tudo, até o fim. O roubo de madeira continua intenso na região em que pesem as denúncias formalizadas por várias índios - constando nomes e sobrenomes de envolvidos, - junto à Polícia Federal, Funai, Diretos Humanos, Ouvidoria, CNPI, 6ª Câmara, etc. Nada foi feito até hoje.

A segunda denúncia chega da região do Arariboia próximo de Arame. Em várias aldeias vem ocorrendo todo tipo de barbaridade: pessoas não indígenas cercando pastagens dentro da terra indígenas para alugar a fazendeiros da região, outros vendendo e retirando madeira. As maiores incidências de invasão do território se dão nas aldeias Angico Torto, Crioli, Tarrafa...O que mais chama a atenção é o que ocorre na aldeia Angico Torto. Lá um elemento conhecido por Damião cercou uma vasta área de pastagem, comercializa bebidas alcoólica na aldeia e em troca dela ele pede os cartões dos aposentados ou do Balsa Família. Quando os índios os pedem de volta ele briga, ameaça e agride. Ele afirma que só sai de lá após ter matado algum indígena.
E quando os índios, cansados de tanta insolência e desrespeito, e constatando a omissão institucional,  começarem a exigir respeito, qual será a reação da sociedade e dos órgãos ‘defensores’ dos direitos indígenas? Irão dizer, mais uma vez, que os bárbaros índios fazem justiça com as suas mãos?VERGONHA!

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