sexta-feira, 27 de abril de 2018

5º Dom. de Páscoa – Com Jesus, Deus plantou uma nova videira – (Jo. 15, 1-8) –

Muitas vezes nós nos iludimos que ao fazer algumas pequenas reformas, por exemplo, na política, na economia, ou na igreja, algo totalmente novo irá acontecer. João nos diz que não é assim! É preciso plantar uma nova planta, diferente da anterior, ou seja, um novo e inédito sistema político econômico  e eclesial. Para nos explicar isso João retoma a imagem antiga da vinha em que Deus cuidava com amor, mas ela, mesmo assim, não produzia frutos. Mais que isso: os enviados para cuidar da vinha eram todos assassinados pelos antigos vinhateiros. E Deus cansou! Arrancou tudo e deu uma nova vinha a novos e diferentes agricultores vinhateiros. João nos diz que com a Páscoa Jesus é a nova e verdadeira vinha, e não o que restou da vinha do velho e corrupto Israel dos sacerdotes e escribas. A nova vinha que é Jesus se torna produtiva se os ramos, que são as novas comunidades cristãs, são produtivas. Jesus opera uma transformação na realidade só se os seus discípulos/comunidades produzem obras renovadoras. Os novos galhos da nova vinha possuem uma nova relação entre si e com Deus, pois são alicerçados no amor recíproco e não nos preceitos ou na obediência às leis do templo.  E como age o Agricultor Vinhateiro, ou seja, Deus? Ele pede que os galhos/comunidades/discípulos permaneçam unidos ao tronco Jesus, pois só assim podem produzir frutos. E que aceitem ser podados. Que aceitem que algo de si seja cortado e purificado. Não como forma de punição, mas para produzir mais frutos. Compreender que a realização dos galhos é proporcionar muitos e gostosos cachos de uva, e fazer a felicidade de quem os come. Os discípulos não podem exigir nada em troca, a não ser a genuína felicidade de ver outras pessoas felizes com os frutos que sabem produzir gratuitamente em comunhão entre si e com a verdadeira videira. Acabaram os tempos em que cada galho se acha autônomo e autossuficiente, e segue projetos individuais. Está fadado à falência se não se articular com outros na confiança e na colaboração!

sexta-feira, 13 de abril de 2018

3º domingo de Páscoa – ‘Ser testemunhas de um Deus vivo’ – (Lc.24, 35-48)


Por que continuam as dúvidas no coração dos discípulos se já tinham visto Jesus vivo? Será que é somente falta de fé por parte dos discípulos ou aqui está se usando uma linguagem que é um tanto incompreensível? A linguagem dos evangelistas para descrever a caminhada de fé na Ressurreição parece nos atrapalhar um pouco. Eles não estão fazendo crônica histórica. Eles estão fazendo catequese, e não jornalismo! Querem mostrar às suas comunidades, muito tempo depois da morte de Jesus, que Ele continua atuante apesar da sua morte biológica. Em outras palavras: aquele que se foi permanece vivo nos que ficam, desde que estes levem adiante o que ele fez! As aparições são, portanto, recursos literários, e não descrição de um dado histórico! É como se a nossa comunidade, após ter lido e meditado as ações e a pregação de Jesus se perguntasse: ‘Jesus se estivesse aqui conosco, hoje, o que faria e o que diria diante desse ou daquele problema?’ A própria comunidade de forma coerente e conhecedora do jeito de Jesus coloca na boca de Jesus palavras e gestos que a ajudam a iluminar a sua realidade atual. As dúvidas, o medo, a incerteza, na realidade, estão ligadas às antigas expectativas das comunidades com relação ao ‘enviado de Deus’, o Messias. Como Jesus pode ser o enviado se foi humilhado e morto? Como ser seguidores de um crucificado que fracassou? O mundo iria mangar delas! Aos poucos, porém, as novas comunidades se convencem que só um sofredor como Jesus poderia compreender os dramas dos que sofrem violência hoje. Jesus, mais uma vez, se revela às comunidades como aquele que continua trazendo suas feridas abertas e convida a todos a mergulhar na paixão e morte de tantos irmãos que continuam sendo crucificados, não para morrer com eles, mas para dar nova esperança. Não para conformar pessoas, mas para motivá-las a tirar as cruzes e as causas do sofrimento e da violência, mesmo que isso nos custe caro. Mesmo que custe a própria vida!

sábado, 7 de abril de 2018

2º Dom. de Páscoa -João 20,19-31 – Tocar e sarar as feridas dos crucificados


Fácil repetir que Jesus é o Ressuscitado. Difícil é testemunhar que a ‘vida nova’, e a ‘renovação radical’ se dá mediante gestos de verdadeira fraternidade, como nos é descrito na 1º leitura tirada dos Atos dos apóstolos:‘tinham um só coração e uma só alma, e ninguém dizia que eram suas as coisas que possuíam, mas tinham tudo em comum’ (v.32) Isto representa a inversão radical de valores: em lugar da dominação, o serviço; em lugar da competição, a colaboração; e em lugar da ganância, a partilha total dos bens. Fácil repetir ‘glória, aleluia’, difícil é sermos testemunhas de um crucificado que, pela fé, permanece vivo e atuante como antes. Nem todo mundo consegue ver nos condenados que trazem as marcas da tortura, da humilhação e da morte o Jesus vivente. Da mesma forma que muitos permanecem numa tristeza profunda quando perdem alguém querido, e não conseguem se levantar da sua dor. Ou outras pessoas que gostariam de ter algumas garantias que a pessoa amada está em um bom lugar, e que não está sofrendo. O evangelho de hoje nos diz que toda vez que a comunidade se reúne para ‘fazer eucaristia’ e não somente celebrar, Jesus chega até ela e se coloca no meio dela! Não haverá nenhuma garantia científica para a comunidade que a pessoa amada, Jesus, nesse caso, que morreu por amor, continua viva e está bem, ou que a comunidade estará bem. Ao contrário, se pede que os seguidores de Jesus não tenham medo de depositar o seu ser, o seu tempo, as suas qualidades a serviço daqueles que continuam tendo ‘feridas abertas’. Ou seja, de fazer comunhão plena com tantos crucificados de ontem e de hoje, vítimas da violência e da indiferença. E de não ter medo de ‘curá-las’. Por incrível que possa parecer, o Ressuscitado, e os ressuscitados são reconhecidos quando alguém acredita que as suas feridas não são para a morte, mas para a vida. Quando compreendemos que o ‘Meu Senhor, e o meu Deus’ não se encontra num templo trancado, onde as pessoas são dominadas pelo medo daqueles que ferem lá fora. Ao contrário, encontramos o Ressuscitado quando, como Tomé, vencemos nossos medos. Quando saímos dos quartos trancafiados. Quando percorremos ruas e praças atrás dos ‘feridos na alma e no corpo’. Quando retornamos para a comunidade e descobrimos que na partilha do pão e do afeto, dos sonhos e dos medos, podemos sentir o espírito de quem já passou por tudo isso, e que não morreu desesperado, mas continua a ‘inspirar’ vida e esperança. 

Lula/Brasil - Dia Iº do Ano Iº da ditadura judiciária no Brasil


sexta-feira, 6 de abril de 2018

Flávio Dino 'Decisão de Moro é condenável, incorreta e desastrada"

Aprovado em primeiro lugar como juiz no mesmo concurso prestado por Sérgio Moro, o governador maranhense Flávio Dino (PCdoB) criticou o mandado de prisão contra o ex-presidente Lula, expedido por Moro; "A decisão acirra o conflito no Brasil e gera agudização da polarização política. É uma decisão condenável, incorreta e desastrada", afirmou Dino, em Boston, onde realiza palestra para alunos brasileiros da Universidade de Harvard; ex-juiz avalia que a decisão de Moro visa "criar uma espetacularização ou criar um fato consumado que impeça que a maioria do Supremo possa reavaliar a questão da prisão após a 2ª instância"

Os quatro 'P' da justiça brasileira: cadeia só para Putas, Pobre, Preto e Petista! Tucano de P tem só Penas!!!!

 Enquanto os ministros do Supremo Tribunal Federal estavam reunidos para julgar improcedente o pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula na Lava Jato, o portal UOL publicava uma matéria-lembrete: do próximo dia 24, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais julgará os últimos recursos de Eduardo Azeredo, ex-governador condenado a 20 anos de prisão no mensalão tucano.

Se a lei é para todos, Eduardo Azeredo, caso tenha os embargos rejeitados, deve ser preso o quanto antes porque, no entendimento atual do Supremo, a sentença condenatória em segunda instância (caso do TJMG), após esgotamento dos recursos, abre essa possibilidade. Mas não é muito difícil apelar para o ceticismo diante dessa história de "erga omnes". Basta um paralelo rápido entre os dois processos, sem nem precisar entrar no mérito, para escancarar o uso de dois pesos e duas medidas.

Azeredo foi condenado em primeira instância 8 anos após a denúncia ter sido aceita pela Justiça. Foi acusado no exercício do mandato de senador, renunciou ao de deputado quando em vias de ser condenado pela primeira vez, e fez o processo descer as instâncias, ganhando tempo. Lula viveu apenas 10 meses entre o acolhimento da denúncia do Power Point por Moro e a sentença o condenando a 9 anos e meio de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Na segunda instância, o julgamento de Azeredo levou 20 meses para acontecer. O de Lula, 6. O processo de Azeredo, apesar de movimentar quantia muito superior ao caso triplex, não chamou atenção da mídia. Já o julgamento de Lula foi transmitido ao vivo na internet e em emissoras de rádio e TV.

O tucano teve direito a dois tipos de embargos, porque a decisão no TJMG não foi unânime. Lula perdeu de 3 votos a 0 e já teve os embargos cabíveis rejeitados. Aliás, o julgamento dos embargos de declaração de Azeredo demorou 3 meses. Os de Lula, cerca de 2.

Os últimos embargos, infringentes, foram apresentados em dezembro. Ou seja, já se passaram mais 4 meses de espera e ainda há a chance do julgamento ser adiado. Isto já ocorreu no mês passado. Segundo o UOL, se os embargos infringentes forem acolhidos, a sentença de primeira instância será anulada e a Justiça mineira não terá condições de processar Azeredo novamente a tempo de fazê-lo pagar pelos crimes narrados.

Como fará 70 anos dentro de 5 meses, a pena prescreveria pois a denúncia é relativa a fatos de 1998.

Já Lula, na segunda instância, o conseguiu foi ver a pena aumentada para 12 anos e 1 mês de prisão - tempo calculado precisamente para evitar a prescrição. De se esperar as cenas dos próximos capítulos. (GGN)

Com medo de perder o gostinho sádico de ver Lula na cadeia o fascista Moro se apressou em decretar a prisão!


Desobediência civil: NÃO À PRISÃO ILEGAL DE LULA!


A hipocrisia dos corruptos e protegidos Tucanos.....


LÊNIO STRECK, um dos maiores constitucionalistas brasileiros afirma que o direito foi vencido pela moral do momento

GGN – O que achou da decisão de Sérgio Moro de ordenar a prisão de Lula. Não havia recursos ainda?
Lênio Streck – Claro que sim. Mas não surpreende sabendo de onde vem. É de onde a Constituição não tem lugar. Um habeas corpus não concedido, eivado de contradições, tendo ainda embargos declaratórios, principalmente em uma questão que é bizarra. Você tem declaradamente 6 votos pela admissão da presunção da inocência conforme a Constituição, com duas variações, que são as posições dos Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli para a questão do STJ. Mas a soma deles, com a Ministra Rosa Weber, dá 6. Ou seja, maioria. Mas a Ministra acabou, de uma forma muito estranha e bizarra, dizendo que a posição dela, com relação à presunção, é positiva, mas, ao mesmo tempo, em relação ao habeas corpus ela estranhamente se coloca contra. Ela diz que é pela questão da colegialidade. Os Ministros, na sua grande maioria, disseram que estavam votando a tese, portanto estavam votando uma espécie de condição principal. O Ministro Barroso chegou a dizer que nem estava examinando o habeas corpus, porque estava votando só a tese. O Ministro Fux também disse. Então como aceitar a voto da Ministra Weber, que é a única que não vota na tese, mas vota contra o habeas corpus? Essa é a contradição sanável por embargos de declaração. Obviamente não transitou em julgado, não podia ser cumprido. Portanto, o pedido da prisão é inconstitucional.

GGN - Alguns advogados dizem que a defesa de Lula teria que ter impetrado paralelamente um HC no STJ. Poderiam?
Lênio – Agora cabe, em face da violação do habeas corpus, que comporta embargos declaratórios e, portanto, não poderia cumprir imediatamente a decisão. Veja bem, o HC foi negado. Quando se nega o HC, ela não pode ser cumprida antes dos embargos declaratórios. Cabe HC e cabe pedido de liminar em relação às ADCs (Ação Direta de Constitucionalidade), que Kakai pediu. (As ADCs discutem a constitucionalidade da prisão após sentença em segunda instância). Se Rosa Weber cumprir sua palavra, e ela disse a todo momento que é favorável à tese da OAB (que apresentou uma das ADCs), porque então o presidente e qualquer outro réu tem que ir para a prisão esperando uma decisão que já se sabe qual é? 

GGN – Quais as consequências dessa decisão para o Estado de Direito?
Lênio - Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas nas quais a moral venceu o direito, o voluntarismo venceu a Constituição. Hoje começamos a contagem regressiva e levaremos muitos anos para juntar os cacos.

GGN - Porque no Brasil há mudança de perfil tão grande de pessoas que mudam suas convicções depois que se tornam Ministros?

Lênio - Eu diria que, nessas contas de débito e crédito, a comunidade jurídica está em insolvência epistêmica. Fracassamos, porque não conseguimos dizer uma coisa mínima: Constituição é remédio contra maioria; Supremo Tribunal não pode atender o reclamo das ruas; entre o clamor das ruas e da Constituição, vale o ronco da Constituição. Nenhuma democracia no mundo se fortaleceu com questões sazonais. Primeiro, porque a opinião pública é opinião publicada. Depois, porque é sazonal. Vou dar um exemplo, vou ser cruel. Você lembra como o Ministro Celso de Melo no mensalão? O que ele disse sobre quadrilhas, bandoleiros? Todos disseram, olha que absurdo! Passado um tempo, o Ministro deu ontem um voto belo. Eu não sei daqui a dois meses, como ele atuará. Em uma democracia, o direito só se sustenta com certo grau de ortodoxia. Tem limites para as interpretações.

GGN – Qual o impacto da desorganização mercado de opinião, com as redes sociais, mais o fundamentalismo religioso?

Lênio - O exemplo é o Dallagnol, que mistura religião com Estado e com direito. Ele não sabe que Estado não se mete com religião, nem religião com Estado. Aquilo que Dallagnol e outros propõem, é a mesma coisa que se dizer que a sociedade exige que se faça isso. Ou seja, as opiniões morais valem mais que o direito. O custo da democracia é você, mesmo contra sua vontade, preservar o direito do inimigo. Senão, tem efeito bumerangue. Um querido amigo, jurista alemão, diz: Cuidado, os textos jurídicos podem revidar, podem bater de volta. No Brasil, cada vez que descumpre a Constituição, ele pode de volta e bater. Pau que bate em Francisco bate em Chico. Qualquer homem de bem, qualquer pessoa sem antecedentes, agora, condenada em segundo grau, começa a cumprir a pena. Aonde? Em presídios que o próprio Supremo declarou como masmorras medievais.

O afobado e carrasco Moro manda prender Lula. Sede de punir é considerada ilegal

O juiz federal Sérgio Moro determinou nesta quinta-feira 5 a prisão do ex-presidente Lula; ordem foi determinada mesmo com possibilidade de embargos pela defesa no TRF4; Lula foi condenado, sem provas, por reformas num imóvel da OAS, localizado em São Paulo, e que jamais lhe pertenceu; ex-presidente entre 2003 e 2010, ele deixou o cargo com 87% de aprovação – número jamais igualado – e hoje lidera todas as pesquisas sobre sucessão presidencial, com pelo menos 35% dos votos; condenação é contestado pela maioria dos juristas brasileiros

Um dos principais porta-vozes da direita brasileira, Reinaldo Azevedo aponta ilegalidades na ordem de prisão do ex-presidente Lula, expedida por Sergio Moro; "Não há mais meio-tom, meias palavras, ambiguidades. Lula, ex-presidente da República, está sendo vítima de um processo de exceção", diz ele; "A autorização dada pelo TRF-4 para prender Lula, com a imediata determinação expedida pelo juiz Sérgio Moro, pegou a todos de surpresa porque não houve o trânsito em julgado do processo nem na segunda instância"; ele diz ainda que, se for preso, Lula será um prisioneiro de Cármen Lúcia

O ministro do STF, Marco Aurélio Mello, manifesta preocupação diante da rapidez com que a prisão do ex presidente Lula foi decretada; para ele, há caminhos para a defesa evitar a prisão; o ministro ainda entende que a decisão do pleno do STF não deveria ter relação direta com o ex presidente Lula e sim com o ordenamento jurídico que embasa as prisões em segunda instância de maneira geral

quinta-feira, 5 de abril de 2018

CARTA ABERTA ÁS COMUNIDADES CRISTÃS DA PARÓQUIA SÃO DANIEL COMBONI DIANTE DA GRAVIDADE DO ATUAL MOMENTO POLITICO


São Luis, 05 de abril, de 2018

É de conhecimento público que o STF, ontem, dia 04 de abril, por um apertado e polêmico 6 a 5 não concedeu ao ex-presidente Lula a possibilidade de aguardar, em liberdade, o resultado do julgamento de todos os recursos e apelações como reza a Constituição do Brasil. O ex-presidente Lula sequer foi tratado como um cidadão comum. Foi um evidente julgamento político, e não jurídico. Tudo foi feito às pressas e de forma combinada no caso do ex-presidente Lula, atropelando os procedimentos normais da justiça. Muitos jornalistas e juristas sérios do Brasil e do mundo inteiro ficaram espantados com as arbitrariedades praticadas pela ‘justiça brasileira’ quando, de fato, não existe prova do crime de que vem sendo acusado. Podemos entender, contudo, os motivos de tudo isso: devia-se colocar fora do combate eleitoral e político o candidato Lula. Certamente tentarão manter na prisão por alguns meses o ex-presidente tão somente para evitar que seja reeleito, e após isso, muda-se o entendimento da lei, da mesma forma que fizeram com a senhora Dilma Rousseff. As pedaladas fiscais de que ela havia sido acusada eram consideradas um crime só no caso dela. Foi suficiente ela ser tirada por um golpe parlamentar que as pedaladas fiscais deixaram de ser crime, pois o congresso assim decidiu! 
Esse meu escrito é tão somente uma forma para deixar claro de que lado eu estou, nessa hora em que o Brasil está à beira de um colapso social e econômico. Estou do lado daquelas pessoas que querem sim punir todos os cidadãos (em não só alguns!) que corrompem, e se deixam corromper, roubando dinheiro público, mas sem prejulgar, sem condenar de antemão quem quer que seja, tendo a garantia de que haja havido a aplicação rigorosa de todos os trâmites legais. Em nome de uma suposta e hipócrita honestidade não podemos aceitar condenar quem é considerado corrupto por um setor da justiça sem que ela apresente provas elementares concretas. Não podemos aceitar uma decisão de uma justiça parcial e covarde quando esta age de forma arbitrária, por motivos políticos e pressionada por uma imprensa vendida. Esquecemos que um réu que não foi preso em flagrante delito e responde em liberdade não significa absolvê-lo, nem tampouco seria lhe conceder privilégios. Significa que a sua liberdade, que é sagrada, está acima das mercadorias! Que deverá ser considerado inocente até que se prove o contrário, e que poderá ser preso somente após a apresentação das provas encontradas e julgadas até a última e suprema instância, o que não é caso do ex-presidente Lula e, infelizmente, de centenas de milhares de brasileiros que estão pagando penas de forma injusta e arbitrária nas nossas penitenciárias antes mesmo de se esgotarem os trâmites legais. Termino, alertando todas as nossas comunidades a não permanecerem inermes e indiferentes diante da tragédia que vem se abatendo sobre o nosso País, pois o risco de intervenção militar, de manipulação, bem como o avanço de grupos violentos e intolerantes é bem real. Não se trata de defender este ou aquele candidato, este ou aquele partido, mas defender a inviolabilidade dos direitos de cada pessoa, pobre ou rica que seja, morador da periferia ou das regiões chiques da cidade. Que não nos conformemos com os milhares de casos de arbitrariedades e abusos de toda ordem que cotidianamente são praticados nos nossos bairros! Que a sede de vingança ou a coceira da punição não nos dominem. Que só prevaleça em cada um de nós a construção do verdadeiro ‘Reinado da justiça e do respeito’, com direito e caridade!

Padre Claudio Bombieri – Pároco da Paróquia São Daniel Comboni - Vila Embratel - São Luis, MA

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Daltan Dallagnol, o fariseu hipócrita que jejua de forma seletiva e tocando as trombetas!

Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto... Mateus 6:17,18


A pré-candidata à presidência da República Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) usou as redes sociais para ironizar a extravagância do procurador da República Deltan Dallagnol, que pretende fazer um jejum na próxima quarta-feira (4), data que  o STF irá julgar o Habeas Corpus do ex-presidente Lula. No twitter, Manuela ironizou. "Jejuar em secreto. Não no Twitter", disse,

"Deltan PowerPoint Dallagnol é uma figura patética. Um procurador do MP que anuncia jejum contra a Constituição nem disfarça o seu ativismo cretino", disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), ao comentar o jejum anunciado pelo procurador paranaense em prol da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O editor do Tijolaço, Fernando Brito, destaca o que considera ser mais uma hipocrisia dos procuradores Deltan Dallagnol e Marcelo Bretas, que "nutridos por ótimos vencimentos, aos quais se adiciona os gordos auxílios-moradia e outros penduricalhos anuncia no Twitter que estará "jejum e orações"para pressionar o Supremo Tribunal Federal a decretar a prisão de Lula antes do trânsito em julgado das sentenças que lhe arranjaram com Sérgio Moro"; "É o retrato acabado do fanatismo doentio a que foi levada parte – e parte expressiva, como se vê pelos "abaixo-assinados que promovem – do Ministério Público e do Judiciário brasileiros"m observa

Deputado federal Marco Maia (PT-RS) ironizou os pedidos feitos a Deus durante o período da Páscoa por procuradores e juízes da Lava Jato que defendem a prisão em 2ª instância, antes do fim do julgamento de todos recursos previstos em lei, visando a prisão do ex-presidente Lula; "Ante a enxurrada de pedidos a Deus feito pelos procuradores e juízes da Lavajato gostaria de fazer um tb. Que Deus, atenda minhas orações e puna quem recebe auxilio moradia em duplicidade na família

O Governador do Maranhão criticou a conduta seletiva do procurador Deltan Dallagnol, que promete fazer um jejum na próxima quarta-feira (4), data que o Supremo Tribunal Federal (STF) irá julgar o Habeas Corpus preventivo do ex-presidente Lula; "Ministros do Supremo já deram várias liminares sobre condenados em 2ª instância. Nunca houve passeatas, protestos irados, farisaísmo. Nada. Aí fica estranho só fazerem quando o caso do ex-presidente Lula vai ser julgado", disse Dino pelo Twitter

domingo, 1 de abril de 2018

Jesus não morreu pelos nossos pecados...Foi assassinado pelo sistema religioso e político

Por Alberto Maggi, na Rede Brasil Atual - Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados. Essa é a resposta que normalmente se dá para aqueles que perguntam por que o Filho de Deus terminou seus dias na forma mais infame para um judeu, o patíbulo da cruz, a morte dos amaldiçoados por Deus (Gl 3,13). Jesus morreu pelos nossos pecados. Não só pelos nossos, mas também por aqueles homens e mulheres que viveram antes dele e, portanto, não o conheceram e, enfim, por toda a humanidade vindoura. Sendo assim, é inevitável que olhando para o crucifixo, com aquele corpo que foi torturado, ferido, riscado de correntes e coágulos de sangue expostos, aqueles pregos que perfuram a carne, aqueles espinhos presos na cabeça de Jesus, qualquer um se sinta culpado ... o Filho de Deus acabou no patíbulo pelos nossos pecados! Corre-se o risco de sentimentos de culpa infiltrarem-se como um tóxico nas profundezas da psiquê humana, tornando-se irreversíveis, a ponto de condicionar permanentemente a existência do indivíduo, como bem sabem psicólogos e psiquiatras, que não param de atender pessoas religiosas devastadas por medos e distúrbios.

No entanto, basta ler os Evangelhos para ver que as coisas são diferentes. Jesus foi assassinado pelos interesses da casta sacerdotal no poder, aterrorizada pelo medo de perder o domínio sobre o povo e, sobretudo, de ver desaparecer a riqueza acumulada às custas da fé das pessoas. A morte de Jesus não se deve apenas a um problema teológico, mas econômico. O Cristo não era um perigo para a teologia (no judaísmo havia muitas correntes espirituais que competiam entre si, mas que eram toleradas pelas autoridades), mas para a economia. O crime pelo qual Jesus foi eliminado foi ter apresentado um Deus completamente diferente daquele imposto pelos líderes religiosos, um Pai que nunca pede a seus filhos, mas que sempre dá.