terça-feira, 27 de maio de 2008

Os instituídos da política que vivem dela, mas não para ela!

Já "papai" Max Weber dizia que há quem viva da política e não para a política. Com certeza há quem diga que temos que fazer as devidas distinções entre "política" e Política" em que a primeira, com "p" minúsculo, seria a arte de fazer negócios pessoais ou de grupo às custas dos "representados" (política institucional) e, a segunda, com "P" maiúsculo, a irrenunciável ação de conviver e participar ativa ou desligadamente na sociedade. A primeira seria a política institucional levada adiante por profissionais/eleitos/representantes dentro da esfera do estado, e a segunda, a política que todo cidadão, querendo ou não, acaba fazendo. Até pouco tempo atrás, imaginava que não era possível colocar, por exemplo, os "instituídos" da política na mesma panela, pois haveria que selecionar e filtrar um do outro. Afinal, se dizia, há os bons e maus políticos! Hoje estou propenso a achar que as diferenças entre os instituídos da política, seja de direita que de esquerda (se ainda fazem sentido essas expressões) são mínimas. Afinal, a maioria dos instituídos da política institucional faz parte da mesma matriz sócio-cultural, classe média-alta, branca, de posses, com curso superior, oriundos de cargos administrativos...; em segundo lugar, é mais que sabido que ao chegar lá (mandato) um recém eleito, idealista, e supostamente um puro da política institucional, é obrigado a rezar a cartilha dos "cardeais" do partido e de seus líderes que aniquilam as suas "contribuições específicas"; em terceiro lugar, o mercado está, de fato, governando, todos eles e todos nós...há muito tempo. E eles, os instituídos da política, não passam de meras marionetes levadas pelo turbilhão de suas ambições pessoais sempre à caça de financiadores que, sem restrições, alimentam as ilimitadas....ambições pessoais da direita e da esquerda. Em sã consciência tem algum "intituinte", um cidadão comum/eleitor que acredita em projeto social/político coletivo construído a partir de valores, de.....blá, blá, blá....?

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Casal indígena Guajajara é baleado em Grajaú. E se a moda pegar?

Após a morte da indiazinha Guajajara Maria dos Anjos no dia 05 de maio, hoje, dia 23 de maio por volta das 10 horas da manhã um casal de indígenas do Povo Guajajara que caminhava em direção a Aldeia Bacurizinho pela MA-006, a cerca de 2 quilômetros do trevo de Grajaú, perto do povoado São Raimundo, foi atingido a tiros por dois homens que passavam de moto pelo local. Quem informa é o Conselho indigenista Missionário (CIMI).

"Segundo os indígenas feridos, Itamar Carlos Guajajara de 35 anos e Deolice Rodrigues Guajajara de 30 anos, eles caminhavam em direção a aldeia quando dois homens encapuzados que trafegavam pela MA-006 no sentido Balsas/Grajaú pararam ao lado deles e ordenaram que os indígenas parassem, do contrário seriam mortos. No mesmo instante o casal parou de caminhar, mas não a tempo suficiente para evitar que os dois homens disparassem diversos tiros em direção aos indígenas. O indígena Itamar levou um tiro nas costas, no lado esquerdo, que perfurou seu pulmão. Ele está sendo atendido neste momento no Hospital Santa Neusa em Grajaú e o estado dele é considerado grave. Deolice foi alvejada também por traz, na coxa direita. Ela já foi atendida no mesmo hospital e liberada.
Até o momento não foi identificado nenhum motivo para a agressão. Ao que parece, este caso se assemelha ao da menina Guajajara, de seis anos de idade, que foi morta há duas semanas com um tiro na cabeça enquanto assistia televisão na Aldeia Anajá, que fica às margens da mesma rodovia, mas próxima ao município de Arame.
Este tipo tem agressão tem se tornado freqüente no Maranhão. Existe a suspeita de que um grupo de extermínio de indígenas possa estar atuando na região."
A Associação Carlo Ubbiali já comunicou à Procuradoria da República em São Luis o acontecimento para que o crime seja investigado pela Polícia Federal.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

TJ do Maranhão: sempre na contra-mão...da história e da justiça!

JUSTIÇA segundo a velha e clássica definição aristotélico-tomista é "dar a cada um o seu"! Entendida ainda de forma distributiva (dar) não "faz justiça" à própria definição. Na definição clássica passam batidas as questões: 1. O que, de fato, pertence a quem, ou dito de outra forma, o que é meu e o que é dele...para receber o que é de cada um? 2. Por que ter "alguém" que vai definir o que é meu e o que é dele se isso já é tão claro por si só? Por que mediadores se é tão evidente "o que é de quem?"
Segundo essa visão de "justiça" injusta quem não tem nada não terá direito a nada, pois o "nada" o é que ele tem! E os que têm sempre ser-lhes-á reconhecido o direito de ter por terem algo, muito ou pouco... Infelizmente, sequer essa definição clássica - que há muito tempo vem se revelando a-histórica, superada e demodée, - vem sendo acatada pelo TJ do Maranhão. Com a liminar do desembargador Jorge Rachid do TJ do Maranhão, ontem, que cassa a decisão judicial que assegurava o direito de posse de 30 famílias ameaçadas pela empresa MPX do empresário Eike Batista, no povoado Quebra Pote, no interior da ilha, a justiça do desembargador reconhece o direito a quem nada tem (a MPX) e desconhece o direito de quem tem (as 30 famílias!) Aqui continua prevalecendo a justiça do mais forte, do mais influente....
Será que nós aqui, no Maranhão, vamos sempre na contra-mão da história, do bom senso e da justiça restaurativa e equitativa.....?

sábado, 17 de maio de 2008

Santissima Trindade, ou seja, DEUS como símbolo da aspiração humana por plenitude de vida

A igreja celebra a solenidade da Santissima Trindade. Até hoje é-nos difícil entender como se construiu esse "modelo teológico-dogmático": três pessoas, mas um só Deus! Os três, ou melhor, o "único" Deus pré-existente(s) desde sempre... o Filho, gerado, mas não criado, da mesma subtância do Pai, e o Espírito Santo que procede do Pai....
Sempre nos foi dito que tudo isso era um mistério e este, por sua natureza, é inexplicável e ininteligível. É-nos legítimo nos perguntar: qual a "utilidade" de professar a nossa fé em algo "inexplicável", o que não significa inexistente ou inútil? Acredito que reflete, substancialmente, a nossa incapacidade de "atualizar e interpretar" à luz da realidade atual, mais que os conceitos e as fórmulas antigas, as realidades históricas, humanas, existenciais que subjaciam a elas. As fórmulas, elaboradas em contextos históricos e culturais bem diferentes e bem distantes do nosso modo de sentir, não manifestam e não explicitam mais com força os sentimentos, os sonhos, os projetos, as aspirações do "ser humano". Continua-se falando em "Santissíma Trindade" mesmo sabendo que o discurso-realidade permanece obscuro e inexpressivo. Não se consegue ou não se quer traduzir a força simbólica contida. O peso histórico-institucional do "dogma" condiciona toda tentativa de re-interpretar o sentido profundo que está na base da formulação..."dogmática".
O que está em jogo em tudo isso não é o problema "DEUS". O que está em jogo é a nossa profunda aspiração humana por plenitude de vida, felicidade sem limite, realização plena, salvação irrestrita. A tudo isso foi-lhe conferido o nome Deus. Ele se torna um símbolo de tudo isso. Chamado e adorado de mil formas, representado ou negado de mil maneiras...o que não pode ser negada é a realidade subjacente ao nome-símbolo...DEUS! Hoje o problema não é o ateismo, nem a fé-crença em Deus, nem se Ele é o motor inicial que gerou a vida do cosmos. Não haverá respostas para tanto. O problema-dilema hoje é como garantir plenitude de vida, salvação, realização humana plena (DEUS!) para os seres vivos. Que ética temos que adotar para evitar que em nome de um suposto deus, os seres vivos continuem sendo aniquilados, trucidados, ameaçados em suas aspirações de felicidade? O Deus construído e manipulado a própria imagem e semelhança pelos seus próprios negadores vem sendo cinicamente "usado" em congressos, igrejas, instituições, empresas, palácios de governo, para legitimar a negação de tudo aquilo que Ele deveria significar. O Deus que hoje conhecemos, venha ou não de livros sagrados ou de tradição secular ou de belas aulas de catequese é uma "sombra" daquele Deus que nas palavras do profeta Isaias preferia a "defesa do direito do órfão e da viúva aos sacrifícios, às novenas, e às romarias"!
Faz-se necessário para os humanos que ainda sonham e têm aspirações a viver "incarnar" esse ...DEUS!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Criança Guajajara é assassinada no Maranhão: a tática de vencer os indígenas pelo medo e pela ameaça permanentes

Maria dos Anjos tinha 07 anos de idade. Uma pequena flor da aldeia Anajá, do povo indígena Guajajara, no município de Arame, Maranhão. No dia 05 de maio, pela tarde, vários tiros foram disparados por quatro pessoas bêbadas na direção das casas da aldeia. Uma das balas arrancou definitivamente a beleza, a simpatia e o futuro de Maria dos Anjos. Os sentimentos de dor, de revolta e indignação que tomaram de conta da família e dos moradores da aldeia não foram partilhados pela maioria dos vizinhos não indígenas. Para eles a morte de Maria dos Anjos é um fato comum, corriqueiro, normal. Ela é mais uma vítima de uma violência que ninguém estranha mais, principalmente se ela ceifa a vida de um índio da região.

Este é mais um triste episódio que revela não somente o ódio, a intolerância e a brutalidade de pessoas que continuam comungando o ditado de insana memória segundo o qual "índio bom é índio morto", mas manifesta que as disputas e os jogos de interesses econômicos sobre a área Araribóia (madeira nobre, entorpecentes, etc.) dos Guajajara estão ficando cada vez mais acirrados. Alguém poderá objetar que não haveria interesse específico em matar uma criança indígena por causa de tais disputas, pois, afinal, foi "bala perdida" e não se direcionava diretamente à criança indígena. Poucos sabem que passar de moto ou de carro, atirando na direção das casas indígenas que ficam à beira da estrada é algo costumeiro para pistoleiros da região de Arame que são contratados por madeiros e fazendeiros/comerciantes da região por algumas garrafas de cachaça para ameaçar, amedrontar e eliminar pessoas incômodas. Não existem balas perdidas, e se alguma bala for perdida, por si só ela não mata, a não ser que a bala seja colocada numa arma e disparada em lugares onde há gente a ser assassinada, ferida ou amedrontada. O que chamou a atenção neste episódio, porém, foi a indiferença da população em geral. Ninguém insurgiu para gritar, denunciar e se indignar...nem aqueles que ficam alerdeando dos altares a bendeira da vida. Com certeza, uma vida para eles a-septica, insossa, genérica.

“Escolher, pois a vida”, como nos convida a campanha da fraternidade deste ano não é para nós cristãos algo natural e comum. Algo adquirido com o batismo, com o nascimento. Escolher a vida exige, em primeiro lugar, que aceitemos nos educar a assumir atitudes de verdadeiro amor à vida, nossa e alheia. Exige que tenhamos a coragem de vencer a nossa indiferença que nos paralisa. Que tenhamos a vontade firme de resgatar dentro de nós o mesmo sentimento de indignação que movia Jesus ao ver irmãos ou irmãs que “pareciam como ovelhas sem pastor” e, por isso mesmo, desamparadas, ameaçadas e trucidadas.
Os seguidores de Jesus de Nazaré são aqueles que, além de se comoverem pela morte trágica de tantas Marias dos Anjos Guajajara, se sentem questionados e interpelados em sua capacidade de defender e proteger vidas. Não somente as vidas dos que nos são próximos, os parentes e familiares de sangue, mas a vida de todos “os samaritanos”, dos estrangeiros, dos que têm história e cultura diferentes, dos indígenas.
Os que optam em favor da vida, enfim, sabem se colocar de forma clara e intransigente contra um sistema que não quer desarmar os profissionais das matanças de ontem de hoje, pois ele faz da violência e das armas sua fonte de poder e de lucro, e do preconceito e da intolerância o seu jeito de ser.

Maria dos Anjos Guajajara, como o seu nome indica, pertence, agora, ao reino dos anjos, àqueles seres que segundo uma crença cristã, nos protegem e nos guardam em cada circunstância. Ela será mais um anjinho a cumprir essa missão. Ela, entretanto, pede que tenhamos a coragem de sermos desde já proteção e amparo (anjos) de tantas outras Marias dos Anjos Guajajara cujas vidas continuam sendo desprezadas e ameaçadas.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

FUNAI: ..."Dançar com lobos"!

Vim saber só alguns dias atrás que havia mudado o administrador regional da FUNAI. Soube que foi substituído por uma mulher integrante do PT local e que nunca havia trabalhado em questões específicas quais as ligadas à realidade indígena no Estado. Isso, a princípio, para uma administradora (ignoro a sua formação profissional!) que vem para "administrar abacaxis" não depõe contra ela. Pergunto-me qual teria sido o motivo de o presidente nacional do órgão indigenista oficial ter escolhido alguém que não faz parte dos "quadros formais" da Funai. Pergunto-me qual teria sido o motivo que levou a atual administradora a aceitar tal cargo e com quais condições. Atrevo-me a chutar o seguinte:
1. Em primeiro lugar foi uma escolha meramente "político-partidária", supostamente uma nomeação de estrita confiança do presidente nacional da FUNAI que é do PT. Se um presidente nacional chega a tomar essa decisão preterindo os funcionários de carreira locais deve ter bons motivos...pois a recém chegada vai conhecer logo o que significa "dançar com lobos"! A FUNAI Regional sempre foi objeto de insinuações, denúncias e acusações de desvios e corrupção!
2. Não há como negar que há uma certa ingenuidade político-administrativa em colocar uma pessoa "leiga" no assunto (realidade indígena) e da máquina administrativa da FUNAI. Parece-me ler por trás disso a idéia de que ao colocar pessoas supostamente não viciadas e não inseridas em eventuais esquemas - pois eles existem sim, na FUNAI Regional - seriam a garantia de que se iniciaria um processo de desmantelamento e destruição dos vícios administrativos. Sempre admitido que seja esse o motivo principal da nomeação da nova administradora!
3. A ingenuidade não consiste somente no fato de que a nova administradora será inevitavelmente boicotada pela grande maioria dos funcionários inseridos no suposto esquema - o que não lhe dará possibilidade de realizar o que possa ter planejado a respeito - mas no fato metodológico de achar que trocando de pessoas a FUNAI estaria se redimindo e renascendo a vida nova. Que seria possível mudar uma estrutura mudando e trocando algumas peças!
4. Ingenuidade é não pensar que "os esquemas" são parte vital-essencial da estrutura da FUNAI, que eles são funcionais à sua atual sobrevivência. Os "esquemas" não são acidentes de percurso numa caminhada político-administrativa. Eles são o percurso!
4. Ingenuidade é não pensar que a FUNAI em si está administrativa e politicamente falida. A sua função-missão está obsoleta, deslocada, a-histórica. A sua natureza é engolir recursos, é proteger pessoas, é projetar pessoas, é espaço de intrigas, é moeda de troca política, é lugar estratégico nas disputas por terras, madeira, minério.... é amparo para violentar física e culturalmente os índios. FUNAI é tudo isso, menos o que realmente deveria ser: espaço-mecanismo institucional para garantir a realização das políticas públicas específicas e respeitosas para os povos indígenas, garantia de respeito aos seus direitos.
Hoje, a FUNAI, fez dessa traição o seu modo de ser. A sua missão. Não será um funcionário supostamente íntegro e nem uma possível reforma administrativa que irá muda o "ser" de um órgão parasito. Do jeito que está, sua desejável extinção seria louvada pela grande maioria dos índígenas brasileiros.

domingo, 4 de maio de 2008

Ascensão de Jesus: nem mito, nem vôo sideral, mas uma lição de vida!

A Ascensão "ao céu" de Jesus não é um vôo sideral sem retorno. Nem um mito explicativo ou justificativo criado pelas primeiras comunidades. É uma parábola catequética: o justo, o santo - como era comum na época, sob a influência da cultura grega,- era arrebatado ao céu. Ele não podia experimentar a corrupção do corpo, da matéria. Deus o preservava integralmente. Os primeiros cristão re-criam e adaptam à sua realidade concreta essa crença. E a tornam uma ...lição de vida, uma meditação/motivação para não se refugiarem ...no céu, mas ao contrário, construi-lo aqui na terra. Vamos por passos.
1. Ascensão não é um acontecimento histórico, e nem algo separado do "único" acontecimento que é a morte e a "nova consciência" de que Jesus continua vivendo. Resurreição, ascensão, pentecostes são três formas de olhar para um único acontecimento: a morte e a vida nova de Jesus. A sua separação, como se fossem três acontecimentos diferentes, tem um mero caráter didático, para melhor compreender o significado e alcance do "acontecimento".
2. Historicamente, poderiamos dizer que: Jesus morre; os seus discípulos se dispersam, alguns ficando em Jerusalém e outros voltando à Galiléia; algumas discípulas mantêm viva a lembrança de Jesus visitando sistematicamente um lugar onde, supostamente, se encontrava o corpo de Jesus (santuário popular) ; as mulheres e alguns outros discípulos começam a questionar "o grupo dos 12" (os instituídos) para que reconheçam que é possível voltar a sentir vivo o finado Mestre re-percorrendo o seu itinerário sócio-espiritual, curando, partindo o pão, anunciando e denunciando...Outras pessoas começam a fazer a mesma experência, entre os quais Pedro que toma a iniciativa de re-unir o grupo original de Jesus; não se precisa mais de um corpo para "sentir" Jesus vivo e atuante (ascensão), pois os seus discípulos e discípulas estão emprestando o seu próprio corpo-pessoa; eles e elas O tornam vivo e atuante, pois Ele está junto de Deus, na plenitude, no "céu"; eles, agora, sentem que devem anunciá-lo não somente a Israel, mas a todos os povos (pentecostes); vai se diluíndo, aos poucos, a idéia da volta de Jesus, os seguidores percebem que "não é olhando, parados, para o céu" que vão apressar a sua volta, e re-partem para a "sua própria missão".
3. Ascensão, na consciência dos seguidores de Jesus é o reconhecimento que o Mestre era o justo, o santo, que a sua missão não fracassou, que alcançou a plenitude que Ele mesmo havia apontado e tentado construir aqui na terra. O "céu", - visto aqui não como lugar geográfico, mas como símbolo dos valores/tesouros que não se acabam, da plenitude de humanidade inalcançável na experiência histórica, - é, agora, a realidade a ser construída aqui na terra. Longe de ser o lugar onde se refugiar ou um lugar a ser "esperado, "o "céu" representa o nosso macro-sonho de "novos céus e novas terras" a serem transformados e construídos na realidade histórica, mesmo sabendo que aqui fazemos a experiência da "fintude", do "incompleto", do "imperfeito".
" Homens da Galiléia por que ficam aí, parados, olhando para o céu?" A missão dos seguidores de Jesus se torna a de construir na terra o que esperamos encontrar no céu. Se céu representa vida sem fim, sem morte, sem perseguição e tortura, paz plena, felicidade não ameaçada, realização pessoal, etc. pois é agora que tudo isso deve ser construído. Não somente para si, nem para a sua própria nação ou grupo social, mas para " TODOS OS POVOS DA TERRA"...." até os extremos confins do mundo". Afinal, o céu é aqui!