Jesus manifestava no seu organismo biológico genes e cromossomos idênticos aos de Maria. Nisso Jesus herdou de uma mulher o mesmo que todo ser humano herda de seus pais e de outros parentes próximos. Isso não é suficiente para fazer de Maria um personagem que se eleva acima dos demais. Hoje, contudo, não celebramos a maternidade de Maria por ter sido simplesmente a mãe biológica de Jesus, o 'filho de Deus’. Celebramos Maria e, com ela, todas aquelas mães que fizeram de sua maternidade uma vocação-missão. Ou seja, algo que vai além das obrigações biológico-reprodutivas. Não é toda mãe, afinal, que sabe amar e cuidar de um filho para que se torne e seja, de fato, ‘filh@ de Deus’! Não é toda mãe que sabe perceber as ameaças reais que desfiguram o rosto e a dignidade de seus filh@s. Não é toda mãe que toma a dianteira para prevenir e denunciar o que coloca em risco a integridade física e moral do ‘fruto do seu ventre’. E não simplesmente por serem filh@s seus, - pois poderia ser uma mera atitude de proteção e defesa biológica que toda mãe pode ter, - mas por serem el@s revelação da presença do próprio Deus entre os humanos. A todas as divinas mães que educam seus filh@s à proteção, defesa e geração de mais vida o nosso abraço e o nosso filial beijo de paz e gratidão.
sábado, 31 de dezembro de 2011
Maria, mãe de Deus: divinas mães para divin@s filh@s!
Jesus manifestava no seu organismo biológico genes e cromossomos idênticos aos de Maria. Nisso Jesus herdou de uma mulher o mesmo que todo ser humano herda de seus pais e de outros parentes próximos. Isso não é suficiente para fazer de Maria um personagem que se eleva acima dos demais. Hoje, contudo, não celebramos a maternidade de Maria por ter sido simplesmente a mãe biológica de Jesus, o 'filho de Deus’. Celebramos Maria e, com ela, todas aquelas mães que fizeram de sua maternidade uma vocação-missão. Ou seja, algo que vai além das obrigações biológico-reprodutivas. Não é toda mãe, afinal, que sabe amar e cuidar de um filho para que se torne e seja, de fato, ‘filh@ de Deus’! Não é toda mãe que sabe perceber as ameaças reais que desfiguram o rosto e a dignidade de seus filh@s. Não é toda mãe que toma a dianteira para prevenir e denunciar o que coloca em risco a integridade física e moral do ‘fruto do seu ventre’. E não simplesmente por serem filh@s seus, - pois poderia ser uma mera atitude de proteção e defesa biológica que toda mãe pode ter, - mas por serem el@s revelação da presença do próprio Deus entre os humanos. A todas as divinas mães que educam seus filh@s à proteção, defesa e geração de mais vida o nosso abraço e o nosso filial beijo de paz e gratidão.
Reproduzir a vida que recebemos do 'passado velho' ......
Pensemos, agora, por um instante....E se em lugar de recebermos e construirmos vida e novas condições de existência humana mais digna recebemos e construímos destruição, morte, violência, indiferença....? De quem será a responsabilidade? De uma herança recebida de um ‘genérico ano velho’ que não soube produzir o esperado? De um destino que nós humanos impotentes não conhecemos e nem podemos mudar? Entra ano, sai ano, nós continuamos divididos entre a pulsão criadora e destrutiva, diabólica e simbólica que possuímos e que temos que administrar dentro e sobre nós mesmos, e o ambiente que nos hospeda. Desejo que os humanos se sintam sempre mais co-construtores de vida para os seus semelhantes, para a Gaia-terra e para o universo inteiro!
domingo, 25 de dezembro de 2011
O Natal delas!
Sangue e morte numa igreja católica da Nigéria na noite de Natal. Mais de 35 mortos!
Quem reivindicou a autoria desse crime horrendo foi o movimento islâmico radical Boko Haram. O movimento nasceu em 2001 e é autor de inúmeros atentados de Leste a Oeste da Nigéria ao longo desses anos. São partidários de um estado islâmico e têm como inspiradores os talibãs do Afeganistão. Parece, contudo, que tenham ligação também com Al Qaeda. O ódio cego e absurdo, a intolerância política desses ‘inumanos’ que utilizam ainda a religião como disfarce para outros fins parecem estar longe do seu ocaso. Na noite em que se celebrava o nascimento do ‘príncipe da paz’ os que continuam acreditando e lutando por ela conheceram morte e desespero.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
NATAL, SEMPRE. PARA NÃO DESISTIR EM GERAR E PROTEGER 'VIDAS'!
Teologicamente falando podemos dizer que Natal é a memória-celebração do acontecimento histórico pelo qual um ‘humano’ (Jesus) revelou o que existe de mais ‘divino’ nos ‘humanos. Revelou-o mediante gestos e atitudes profundamente humanas. De compaixão-compreensão, de atenção ao outro, de amor e perdão sem limites. De indignação diante de tudo o que fere os filhos de Deus: o egoísmo mesquinho, a ganância irrefreável e doentia, a brutalidade, a violência física e moral, e os preconceitos e a discriminação. Deus seria assim? Nós cremos que Deus agiu assim em Jesus! Mas Natal vem para dizer que isso é extensivo a todos aqueles ‘humanos’ que agem como Jesus. Nós humanos, homens e mulheres, mesmo frágeis e limitados, podemos manifestar a humanidade que está em Deus. Podemos revelar o quão ‘humano’ é o nosso Deus. Reveladores do Divino que está em nós podemos iniciar uma ‘nova criação’.
Antropologicamente falando, - se é que podemos fazer esse tipo de distinção – Natal revela a capacidade-coragem que os humanos têm de renascer de suas próprias destruições, e formas de morte que eles mesmos geram. E reviver permanentemente. De sempre retomar, recriar e cultivar sonhos e projetos de vida inéditos. De gerar novas relações consigo mesmo, com o ambiente-habitat onde vive, com o futuro que imaginam ter para si e para todos os seres vivos. De cuidar com amor e responsabilidade da vida múltipla que lhe permite existir. De transformar e mudar pessoas, coisas e universo. Eliminando as distorções produzidas pelos próprios humanos! De se organizar e combater contra tudo e todos aqueles que ameaçam a vida, e as vidas frágeis de inúmeros desprotegid@s.
No dia 24 à noite de dezembro, em lugar de exibir aquelas imagens-estátuas de ‘menino Jesus’ – algumas de péssimo gosto, - mas que conseguem nos comover, deveríamos apresentar os inúmeros rostos desfigurados de tantos humanos que, mesmo vivos, deixaram de viver. Incapazes que são de renascer porque a esperança e a vontade de viver lhes foram tiradas por outros humanos. Humanos que negam com suas escolhas e atitudes o ‘divino’ que está dentro deles! Para que a compaixão nasça dentre nós....humanos!
FELIZ NATAL!
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Geradores e organizadores da esperança fragilizada (Lc.1,26-38)
Para que ninguém silencie a voz que intima a gerar novas formas de convivências humanas, de governabilidade, de organização da esperança fragilizada!
sábado, 10 de dezembro de 2011
Testemunhas de uma 'luz' espalhada que surge das trevas (Jo.1,6-8,19-28)
Aos fariseus bitolados à idéia de um messias poderoso, restaurador do templo e da dinastia monárquica João afirma de forma contundente e ríspida que ‘ele’, João, não era a luz esperada. Mesmo assumindo algumas características messiânicas, o verdadeiro messias tinha outra identidade. E que não correspondia ao que eles esperavam. A ‘verdadeira luz’ já se encontrava no meio deles. Misturada naquela multidão de famintos, de mendigos, decepcionados, e doentes que lhe pediam batismo. E que invocavam a Deus uma ‘nova chance’ para escapar da destruição. O messias dos fariseus, o poderoso salvador, assumia para João, o rosto/destino daquela ‘massa informe’, sem nome, sem identidade e sem prestígio algum. Não haveria provas e nem sinais a oferecer aos fariseus. A não ser a impotência de um povo desejoso de luz, mas que vivia nas trevas produzidas pela arrogância deles. Desejoso de potência de vida, mas se chocando cotidianamente com a morte, a destruição, a falência gerada pela lógica do templo e por uma concepção distorcida de Deus. Era preciso, portanto, tomar uma decisão: esperar e sonhar com um ‘super-homem’ todo-poderoso, uma luz poderosíssima vinda de fora a nos iluminar e salvar ou descobrir e valorizar as inúmeras ‘luzes espalhadas’ que se encontram no meio de nós. Estas, conscientes de não possuírem em si mesmas a plenitude da luz iriam se associar às outras luzes que estão ao seu alcance. Cada uma portadora de novas esperanças. De vidas re-acendidas. De práticas originais. João nos ensina que nós somos vozes emprestadas que gritam, indicadores que apontam, ondas que divulgam e multiplicam a corações cegos e desertificados uma luz que não está só em nós, mas de que podemos ser testemunhas da sua existência e da sua força. De uma luz que não pode ser monopolizada por um ou por outro ‘poderoso redentor’. Mas que ela surge e brilha de forma difusa lá onde as trevas e a noite da vida parecem dominar.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Carta de padre Franco Pellegrini à igreja de Sussuarana
Os indignados de Piquiá!
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Kaiwá-Guarani - 'A maior tragédia indígena do mundo'
sábado, 3 de dezembro de 2011
Morre, em Salvador padre Franco Pellegrini, comboniano, missionário!
'Preparem os caminhos de vocês para reconhecê-lo no meio de vocês'! - Mt.1.1-8.1.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
A Suzano no Maranhão: a que preço!!!!!
A Suzano diz na ação que adquiriu a terra em 1996, mostra uma cessão de direitos registrada em seu favor no Cartório Monteles de Anapurus, datada no mesmo ano de 1996 e documentos e taxas expedidos pelo INCRA com base na mesma cessão de direitos.Os trabalhadores, quase todos herdeiros de Francisco Rodrigues do Nascimento, que constituiu família ali e tinha efetiva posse da terra há mais de noventa anos. Segundo relatos foram gerações sobrevivendo da pequena agricultura e do extrativismo (bacuri, pequi e babaçu) até a Suzano a reclamar a terra. Os agricultores apresentam certidão do Cartório de 1º Ofício de Brejo em que a demarcação das terras em favor da família tem registro desde 1966. O advogado dos agricultores é enfático em suspeitar de grilagem, “infelizmente por conta de uma grilagem gigantesca, a Suzano e outras empresas de grande porte, que por cá estão se assentando, vem promovendo um verdadeiro atentado às nossas famílias do campo. De olho em terras, vem forçando uns e outros lavradores a deixarem suas terras (seu mais precioso bem)”, frisou o advogado. Atualmente o Cartório de Anapurus passa por intervenção do Tribunal de Justiça por suspeita de irregularidades em registro de terras e outros documentos. (Fonte: blog de alexandre-pinheiro)
sábado, 26 de novembro de 2011
Advento: antenado o tempo todo! (Mc.13, 33-37)
Bom advento!
domingo, 20 de novembro de 2011
Entidades religiosas condenam crime contra o povo Kaiwá
Brasília, 18 de novembro de 2011.
Conselho Indigenista Missionário (Cimi)
COMBONIANOS DO BRASIL NORDESTE REPUDIAM
ATO BÁRBARO CONTRA O POVO KAIWÁ
O Missionários Combonianos do Brasil Nordeste, de quem este blogueiro é coordenador, condenam veementemente não somente o ato vil e bárbaro cometido por 42 pistoleiros a mando de inescrupulosos contra o povo indígena Kaiwá-Guarani, mas também todas aquelas instituições assim ditas públicas que em lugar de defender os desprotegidos dessa terra omitem-se criminosamente quando estes são barbaramente trucidados. Mais uma página da história desse País está sendo escrita com sangue, crime e vergonha. Justiça para os povos indígenas do Brasil!
Missionários Combonianos Brasil Nordeste - 20 de novembro de 2012
20 de novembro: DIA DA CONSCIÊNCIA ....HUMANA!
Aliás, como não nos envergonhar por sermos tão estúpidos e idiotas em alimentar ainda no XXI século preconceitos tão arcaicos (com todo respeito à origem etimológica da palavra)? Como não nos sentir vis em continuar a praticar ou a ignorar práticas escravagistas em plena ‘pós-modernidade’, que é considerada a panacéia do momento atual? Como não nos envergonhar por ‘lutar por espaço’ na política e na sociedade – supostamente para defender os direitos universais do gênero humano, – mas na realidade, é para ocupar cargos e prestígio às custas de tant@s negr@s massacrad@s...esquecid@s por nós mesmos? Que nasça um nova consciência humana!
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
42 pistoleiros invadem acampamento dos Kaiwá-Guarani e executam o cacique.
“Estavam todos de máscaras, com jaquetas escuras. Chegaram ao acampamento e pediram para todos irem para o chão. Portavam armas calibre 12”, disse um indígena da comunidade que presenciou o ataque e terá sua identidade preservada por motivos de segurança. Conforme relato do indígena, o cacique foi executado com tiros na cabeça, no peito, nos braços e nas pernas. “Chegaram para matar nosso cacique”, afirmou. O filho de Nísio tentou impedir o assassinato do pai, segundo o indígena, e se atirou sobre um dos pistoleiros. Bateram no rapaz, mas ele não desistiu. Só o pararam com um tiro de borracha no peito.Na frente do filho, executaram o pai. Cerca de dez indígenas permaneceram no acampamento. O restante fugiu para o mato e só se sabe de um rapaz ferido pelos tiros de borracha – disparados contra quem resistiu e contra quem estava atirado ao chão por ordem dos pistoleiros. Este não é o primeiro ataque sofrido pela comunidade, composta por cerca de 60 Kaiowá Guarani. Desde o dia 1º deste mês os indígenas ocupam um pedaço de terra entre as fazendas Chimarrão, Querência Nativa e Ouro Verde – instaladas em Território Indígena de ocupação tradicional dos Kaiowá. A ação dos pistoleiros foi respaldada por cerca de uma dezena de caminhonetes – marcas Hilux e S-10 nas cores preta, vermelha e verde. Na caçamba de uma delas o corpo do cacique Nísio foi levado, bem como os outros sequestrados, estejam mortos ou vivos.
“O povo continua no acampamento, nós vamos morrer tudo aqui mesmo. Não vamos sair do nosso tekoha”, afirmou o indígena. Ele disse ainda que a comunidade deseja enterrar o cacique na terra pela qual a liderança lutou a vida inteira. “Ele está morto. Não é possível que tenha sobrevivido com tiros na cabeça e por todo o corpo”, lamentou. A comunidade vivia na beira de uma Rodovia Estadual antes da ocupação do pedaço de terra no tekoha Kaiowá. O acampamento atacado fica na estrada entre os municípios de Amambaí e Ponta Porã, perto da fronteira entre Brasil e Paraguai.
Salvos e felizes pela misericordia e a caridade! (Mt. 25, 31-45))
‘Eu estava sem sementes, sem enxada, sem um torrão de terra para plantar e matar minha fome de pão e de justiça, e VOCÊ me ajudou a enfrentar os deuses do agro-negócio, e a combater seus dogmas desenvolvimentistas. Aprendi com você a ver e a sentir que é da terra molhada, fria ou seca que a vida é gerada. É desse útero fecundo do próprio Deus que nos fartamos de pão e de justiça. ’
‘Eu era um índio da aldeia global, vivia rejeitado e desprezado nas malocas da alma e das leis humanas, e VOCÊ me reconheceu como seu irmão/ã, como povo originário, numa terra finalmente livre de madeireiros e fazendeiros, rica de mel, de rios sem hidrelétricas, de araras de mil cores, de maracás sem tristeza, e de arcos sem flechas. ’
‘ Eu era negro e negra que trazia na memória e na face as cicatrizes da discriminação e da hipocrisia da raça pura, e VOCÊ me dignificou, me ajudou a gostar de mim mesmo e das minhas raízes. Ajudou-me a gostar de todos aqueles/as que independentemente do arco-íris de sua pele lutam contra o racismo e a intolerância. ’
‘ Eu vivia preso, torturado e seviciado nos calabouços das instituições de re-habilitação que enclausuram luz e esperança; mesmo condenado e vigiado pelos guardiões e manipuladores das leis VOCÊ me visitava, e me perdoava. Todo dia, juntos, serrávamos as grades da brutalidade, da injustiça e do deserto da minha solidão. Graças a você saboreei liberdade. ’
‘ Eu me sentia vencido pelos fantasmas do meu medo interior, sem vontade de viver e crer, e VOCÊ me compreendeu. Não fugiu, ficou ao meu lado, e não se envergonhou de mim. Graças a você voltei a viver e a sorrir. ’
‘ Eu vivia mendigando nas ruas e nas igrejas. No frio da indiferença humana não tinha o cobertor da proteção e o calor da hospitalidade. Desempregado, eu era considerado um falido e um indolente, mas VOCÊ me ajudou a matar a fome de pão e de vida. Não esqueço a força que me deu ao confiar em mim. Ao me oferecer aquele emprego que me devolveu a fé em mim mesmo e nos outros. ’
‘ Eu era uma criança largada e abandonada, mas adulto antes de crescer. Conheci desde cedo o pior que pode acontecer a uma criança: arrancar a sua inocência, mas VOCÊ me amou mais que um pai e uma mãe de sangue. Protegeu-me contra tudo e contra todos. Compreendi, então, que uma criança pode ter um pai e uma mãe mesmo que não tenha os seus nomes escritos no registro de nascimento que só agora, graças a você, consegui ter. ’
‘ Eu vivi nos inúmeros lazaretos públicos do SUS, deitado em seus corredores fedorentos e frios, sem UTI, e sem remédios. Sem o conforto de um familiar ou de um ministro de Deus, e VOCÊ me enxergou. Devolveu luz aos meus olhos mareados e apagados. Sobrevivi. Injetou em mim a energia da superação. Voltei a viver, mesmo sabendo que lágrimas e dor fazem parte da nossa vida. ’
E Jesus continuou: “Então o meu Pai se aproximará desta pessoa e tomando-a pela mão lhe dirá ‘ VOCÊ estava em Mim quando EU fazia estas coisas para cada um desses pequenos e invisíveis. Por isso, agora, VOCÊ é feliz. Experimente e curta a paz que está dentro de ti. Aquela paz que outros ainda não quiseram descobrir porque não quiseram ver no necessitado visível o Deus invisível que acolhia, protegia e servia através de VOCÊ!
sábado, 12 de novembro de 2011
Ampliar e valorizar o patrimônio espiritual e humano que Deus nos deixou (Mt. 25,14 ss.)
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Maria do Carmo: a desembargadora que acha 'privilegiados' os índios por terem o direito de serem ouvidos
Diz a desembargadora que as consultas poderiam ser feitas antes ou depois do licenciamento das obras, pouco importa. Além do mais, os índios são “privilegiados”, opina a juíza, por terem direito a serem ouvidos; e as consultas, de qualquer forma, seriam meramente protocolares porque o governo não teria obrigação de levar em conta as opiniões nelas expressas, conclui Maria. Que o Supremo Tribunal Federal, guardião da nossa Constituição, sane este erro, pelo bem do Estado Democrático de Direito. E que o faça antes que Belo Monte seja um fato consumado e se torne um monumento hediondo da falta de Justiça neste país. (Fonte: Xingu Vivo)
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Funcionários da FUNAI ocupada, em Imperatriz, esclarecem posicionamento
2. Esclarecem que no último dia 17 de setembro, a Coordenação da FUNAI de Imperatriz e seus técnicos, acompanhada de Assessores da Presidência do Órgão compareceu à reunião na Terra Indígena Araribóia, na Aldeia Lagoa Quieta, no município de Amarante, para discutir a reestruturação do órgão indigenista, por conseguinte, a formação do Comitê Gestor da FUNAI, entendido como espaço destinado ao controle social da instituição, juntamente com os indígenas
3. Na oportunidade o movimento indígena não aceitou discutir a pauta referida e sujeitou os servidores presentes ao escárnio público sob constrangimentos e humilhações verbais. Na oportunidade fora exigida a substituição e a transferência de vários servidores do quadro da instituição em Imperatriz sob a alegação que já estão há mais de dez anos no órgão, sem, contudo apresentar outras motivações plausíveis.
4. Esclarecem também que à partir daquele momento as negociações passaram a ser coordenadas por meio da Presidência da FUNAI/Brasília que prontamente externou a disposição em receber um grupo de indígenas na capital federal para as tratativas de acordo.
5. Esclarecem, ainda, que a FUNAI está passando por um processo de reestruturação, e que somente há 1 ano e 10 meses a Coordenação Regional de Imperatriz, escolhida pela presidência da FUNAI dentre as três Administrações existentes no Maranhão, a saber, São Luís, Barra do Corda e Imperatriz, passou a atender os cerca de 30 mil indígenas, das 9 etnias, conforme Decreto Ministerial 7.056/2009. Dessa forma, das 17 terras indígenas existentes no Estado apenas duas ainda não estão homologadas, mas já são objeto de providencias junto à Coordenação Fundiária do órgão
6. Ressaltam também que as reivindicações constantes na Carta Aberta dos Povos indígenas cabem à Presidência da FUNAI deliberar. Desta forma as negociações estão sendo tratadas diretamente entre a instância máxima do órgão e os indígenas. Enquanto isso, os servidores aguardam os desdobramentos, como já é de praxe na FUNAI, até porque uma das reivindicações dos indígenas é a substituição do Coordenador Regional e sua equipe. Dessa forma, as atividades do órgão continuam paralisadas devido os servidores não terem condições emocionais e psicológicas para o desenvolvimento adequado dos trabalhos em prol dos povos indígenas do Estado do Maranhão, que em sua maioria continuam em suas aldeias
Imperatriz-MA, 07 de novembro de 2011
No ano de combate contra o racismo Missionários Combonianos lançam cartilha virtual
Berlusconi, enfim, caiu!
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
A VALE à conquista da África!
sábado, 5 de novembro de 2011
Óleo da sabedoria para identificar o 'novo/noivo' que já está dentre nós (Mt. 25, 1-13)
A primeira, a das virgens tolas. É a atitude daquelas pessoas que acham que fatalmente o ‘novo/noivo desejado e esperado’ – o que vai mudar a sua vida - vai vir de qualquer jeito. Com ou sem a sua vontade. Com ou sem a sua abertura e predisposição interior. É uma espera fatalista. Passiva. Estática. A outra atitude é a representada pelas virgens sábias, precavidas. Elas também sabem que o ‘novo/noivo’ esperado vai vir. Afinal, já foi anunciado, está a caminho. Mas sabem que precisam da sua capacidade de saber reconhecê-lo quando chegar. Por isso precisam vigiar permanentemente. Sem cochilar, sem se distrair. Sem perder o foco na sua chegada próxima. E precisam de ‘sabedoria/luz’ suficiente para compreender a sua presença. E permitir que o ‘noivo/novidade’ seja acolhido como ‘chance inédita’. Como aquele que irá permitir a sua entrada para fazer comunhão com ele.
A humanidade, hoje, parece viver dentro de si essas duas atitudes/tendências. De um lado anseia por mudanças profundas e radicais. Cansada de viver numa longa noite sem fim. Mas sente-se incapaz de começar, ela mesma, a produzir as mudanças necessárias. As que ela percebe e deseja. Ao mesmo tempo, o novo que surge dentro da própria humanidade frequentemente passa despercebido. Pois ela imagina que não pode ser fruto de si mesma. Do óleo da sua criatividade e sabedoria. Da sua capacidade de se organizar e de evidenciar valores e ideais que a mobilizam. Do outro lado, essa mesma humanidade percebe que não haverá ‘milagres’. Sinais surpreendentes, externos a ela, que irão trazer ‘o novo/noivo’ a que ela aspira. Sente que deve possuir sabedoria interior para reconhecer o noivo/novo que já está dentro dela. Sente que aparecem situações, oportunidades e chances que nunca mais irão voltar. Que se não as aproveitarem, a porta se fecha. O futuro inédito, portador de vida e comunhão, será definitivamente prejudicado. Muito óleo/luz para identificar o noivo que já está dentre nós!
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Presidente Dilma centraliza processos demarcatórios de terras indígenas
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Povos indígenas do Maranhão ocupam prédio da Funai em Imperatriz e exigem afastamento de funcionários
1. Afastamento imediato do coordenador regional da FUNAI no Maranhão, José Leite Piancó Neto, e a disponibilização do mesmo para outras coordenações regionais;
2. Afastamento do coordenador técnico local (CTL) de Amarante do Maranhão e a disponibilização do mesmo para outras coordenações regionais;
3. Afastamento da chefe de educação da Coordenação Regional do Maranhão, Eliane de Araújo e a disponibilização da mesma para outras coordenações regionais.
4. Afastamento imediato da coordenadora substituta da Coordenação Regional Raimunda Passos Almeida, o afastamento do atual chefe do Setor de Transportes José Ribamar, afastamento do chefe de Divisão Técnica Emerson Rubens Mesquita Almeida;
5. A exoneração dos DAS das coordenadorias técnicas locais (CTL) das cidades de Arame e Montes Altos;
6. Realização de uma auditória interna na Coordenação Regional da FUNAI nos últimos dez anos, feita pela Controladoria Geral da União (CGU) com acesso aos relatórios parciais e final pelo Ministério Público Federal (MPF) e a COAPIMA – Coordenação das Organizações e Articulação dos Povos Indígenas do Maranhão;
7. Condições que beneficiem o trabalho das CTL com estrutura física ideal, transporte, materiais, insumos, logística, computadores, periféricos e quadro técnico adequado;
8. Garantia de realização do Seminário sobre a Reestruturação da FUNAI na cidade de Imperatriz com a presença de representantes da FUNAI - Brasília bem como a formação do Comitê Gestor Regional da FUNAI Maranhão;
9. Encaminhamento dos processos de regularização fundiária das terras dos povos indígenas do Maranhão (Krikati, Bacurizinho, Governador, Canela e Awa-Guajá);
10. Garantia orçamentária satisfatória inclusa no Plano Pluri Anual (PPA) da FUNAI para a Coordenação Regional do Maranhão referente ao ano de 2012;
11. Comparecimento de caráter urgente do presidente da FUNAI, Sr. Márcio Meira com o intuito de discutir a atual conjuntura dos povos indígenas do Maranhão. Portanto, nós do movimento indígena declaramos que mediante o não atendimento das reivindicações acima, continuaremos acampados no prédio da FUNAI em Imperatriz por tempo indeterminado.
Imperatriz – MA, 01 de novembro de 2011
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Funai: licenciamentos em terras indígenas. Mais conflitos estão por vir!
"Os índios estão sendo atropelados pela obra. O desconhecimento sobre o impacto da usina nas suas vidas e suas terras é total", diz o promotor do Ministério Público Federal no Mato Grosso, Marcelo Vacchiano. Por decisão da Justiça, as audiências públicas de São Manoel foram suspensas. O fato de os índios do Norte do Mato Grosso terem recorrido a um sequestro de servidores da própria Funai - instituição criada para proteger seus direitos - dá uma ideia da situação que envolve o licenciamento ambiental no país quando a tarefa inclui o componente indígena. Em 2010, a fundação vinculada ao Ministério da Justiça recebeu 260 processos de licenciamento para serem analisados. Neste ano, 170 pedidos de análise foram apresentados até agora. Atualmente, 17 profissionais são responsáveis pela área de licenciamento, dos quais somente seis fazem parte do quadro permanente. O PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] trouxe uma agenda de obras com uma velocidade grande e muitas prioridades ao mesmo tempo. Temos mais de 400 processos em andamento dentro da fundação, das quais um terço está ligadas ao PAC. (Fonte: Valor econômico)
sábado, 29 de outubro de 2011
Eles continuam matando. No Pará mais um assassinato de líder de comunidade
(Fonte: CPT)
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Comissão de indios Guajajara do Pindaré reivindica reconhecimento de direitos na Procuradoria da República
Os atrasos de sempre. Um absurdo!
Relacionado a isso, os indígenas confirmaram o que todo mundo está farto de saber: atrasos de mais de 4 meses no pagamento dos professores, descontos de INSS da sua folha, em que o próprio órgão federal nega que haja havido repasse desses descontos por parte do estado, merenda escolar atrasada, e sendo distribuída por diretores de escolas estaduais de Bom Jardim e Santa Inês. Sem alar na ausência de formação continuada para professores, falta de material escolar, carteiras, etc. Isto é um verdadeiro absurdo conhecendo o histórico administrativo daquela escola indígena. De fato, quando os recursos chegavam diretamente a eles nunca atrasaram a distribuição da merenda, nunca deixaram de apresentar a prestação de conta em dia, nunca deixaram de dar aula um dia, etc. Não é à toa que hoje a própria SEEDUC reconhece que aqueles professores indígenas do Pindaré sempre agiram de forma correta e responsável. Lamentavelmente, por causa de alguns abusos e arbitrariedades cometidas por outras escolas indígenas no Estado, todos pagam as conseqüências. Para a escola indígena do Pindaré isso representou um retrocesso vergonhoso, pois acabaram sendo igualados àqueles que não agem conforme a lei. A comissão propôs que como na educação indígenas são garantidos os princípios da especificidade, pluralidade e diferenciação, que também nas questões administrativas e gerenciais haja uma diferenciação. Que não haja uma arcaica homogeneização que não ajuda a consolidar os avanços conquistados às duras penas pelas comunidades do Pindaré.
O serviço gratuito anônimo para combater as ambições e a hipocrisia (Mt.23, 1-13)
Vivemos numa cultura comportamental alicerçada nas aparências. Escolhemos e julgamos pelas aparências. E induzimos as pessoas a cuidarem das aparências. Afinal, parecem ser elas a fazer a diferença. É graças às ‘boas aparências’ que encontramos o caminho aberto numa repartição pública, um atendimento vip nas butiques, nos tribunais, nas secretarias paroquiais. Graças às ‘boas aparências’ conseguimos uma indicação para um emprego, ou uma nomeação de prestígio. Não faltam elogios e promessas de carreiras brilhantes. É também verdade que é por causa das aparências que desconfiamos de pessoas vestidas de forma ‘extravagante’, e que têm um sotaque ‘esquisito’. Excluímos ‘tesouros humanos’ por viverem num bairro de periferia ‘da pesada’. Ou por serem simplesmente negros, indígenas, camponeses, homossexuais, prostitutas. Ou os condenamos nos nossos fóruns e tribunais porque são eternamente suspeitos e réus ‘pouco vistosos’. Aliás, vistos em companhia dessas pessoas a nossa ‘reputação’ poderia ficar arranhada. E colocar em xeque a nossa imagem/máscara meticulosamente produzida. Às vezes até com a ajuda de um marqueteiro. Ela poderia sofrer desgastes irreparáveis. Poderíamos perder, com isso, chances e oportunidades inéditas!Sentimo-nos, no fundo, causadores e vítimas de um arcabouço cultural, comportamental, diabolicamente hipócrita. Que aprisiona a todos. E do qual não conseguimos ou não queremos nos desvencilhar. Como resgatar, - se algum dia já a tivemos, - a nossa autenticidade interior? Como tirar a nossa e alheia máscara? E agir movidos por aquilo que sentimos e somos? Talvez tenhamos medo de descobrir que, infelizmente, na nossa essência, nós somos ‘verdadeiras’ máscaras ambulantes. Atores e atrizes condenados a desempenharem o perene papel da duplicidade, da hipocrisia contagiosa. Mesmo atormentados e dilacerados interiormente sentimo-nos constitutivamente impotentes para viver a transparência, a coerência e a honestidade interior!
Jesus tinha compreendido tudo isso ao longo da sua própria existência. Ele mesmo sentia essa dúplice tendência. Teve que se policiar e rebelar permanentemente para não cair naquilo que ele detestava nos outros. É por isso que no seu alerta evangélico hodierno ele se dirige ‘aos seus discípulos e às multidões’ e não simplesmente àqueles que tinham fama de serem hipócritas públicos, os fariseus e os doutores da lei. Jesus se dirige a todos, indistintamente, porque sabe que todos podemos entrar nessa armadilha. Jesus não condena a fragilidade humana em si. Afinal, Jesus sabia que as contradições fazem parte de todo ser humano. Jesus é duro justamente com aqueles que se arvoram a justos, perfeitos, honestos, mesmo não o sendo. E não adotam a compreensão e a misericórdia para com outros frágeis e contraditórios.
Há, porém, uma outra atitude que Jesus detestava. Os fariseus e doutores da lei utilizavam em seus repúdios e anátemas contra ‘o povinho’ leis e normas mesmo sabendo que eles eram os primeiros a ignorá-las e pisá-las. Jesus profundo conhecedor da alma humana havia percebido os mecanismos da camuflagem humana. Quando uma pessoa sabe que o que diz não corresponde ao que faz, ou que diz aos outros coisas em que não acredita, tem a necessidade de ostentar, de forma quase doentia, o seu contrário. Sente um impulso interior em aparecer pública e privadamente como o melhor cumpridor de leis e normas. Comportamentos que só servem para desmascará-lo. De fato, muitas pessoas são legalistas e moralistas como forma de camuflar e esconder suas próprias contradições internas. Para ocultar fantasmas interiores que elas não aceitam, e não conseguem eliminar. Não podendo ou não querendo se condenar tornam-se rígidos e intolerantes com os outros. Mas a máscara cairá!
Jesus finaliza o seu alerta ‘aos discípulos e às multidões’ de forma sublime. Jesus aponta a única e verdadeira saída para evitar a hipocrisia e duplicidade de vida. Um claro incentivo para conquistar a verdadeira felicidade. Para se sentir bem consigo mesmo e com os outros: servir. Na gratuidade sincera e autêntica. No anonimato do serviço-amor. Na rejeição firme em não procurar prestígio, títulos altissonantes e reconhecimentos públicos efêmeros. No cuidado e na atenção ao outro se encontra a verdadeira felicidade. Aquela perene, não a aparente.
Bom final de semana para todos!
sábado, 22 de outubro de 2011
Amar o Deus- Próximo: eis o principal mandamento! (Mt.22, 34-40)
Ao contrário, somos chamados a provar e a comprovar que efetivamente ‘Deus nos ama’ mediante o amor que expressamos/manifestamos ao nosso próximo. Daí podemos entender as palavras de João: ’Como podem dizer que amam a Deus que não vêem, se não sabem amar o seu irmão que vêem?’ Tudo isso porque Jesus compreendeu que Deus não é um ser abstrato que está na estratosfera. Dissociado dos seres que O manifestam. Jesus nos ensina Deus que está ‘dentre nós’ e ‘dentro de nós’. O verdadeiro culto e amor a Ele se dá mediante gestos concretos para amenizar toda dor e libertar de toda escravidão os seus filhos e filhas em que Ele reside. O amor a ele se torna explícito e histórico no serviço gratuito e apaixonado. Na compaixão intensa e inconformada. No olhar meigo e firme. No abraço forte e caloroso, sem preconceitos e sem falsos pudores. Só assim o amor, ‘faísca de Deus’ poderá re-acender o fogo brando que ainda temos. E vencer a indiferença que está dentro de nós. E que consome o nosso anseio de felicidade.