sábado, 31 de agosto de 2013

Ocupar os últimos lugares para deixar vaga àqueles que nunca são convidados! (Lc. 14, 1.7-14)

Estou me convencendo sempre mais que a procura um tanto doentia por prestígio e reconhecimento público é mesmo o resultado de uma péssima auto-estima. Uma falta de confiança em si mesmo, talvez por não achar que tem valores que por si só se manifestariam naturalmente. Por qual razão uma pessoa chega a procurar ansiada e insistentemente ocupar lugares e circunstâncias que a coloquem em evidência? Seria uma mera dependência de ambições pessoais passageiras com a finalidade de realizar eficazmente um projeto pessoal num mundo competitivo e exigente, ou seria, por acaso, uma necessidade irrefreável da pessoa de gritar ao mundo que ‘ela existe’? Na soberania do anonimato e da indiferença das praças e das ruas públicas, as pessoas precisariam, por acaso, lutar de toda maneira para emergir, sobressair e se afirmar como ‘seres singulares’, e únicos? Seria um medo ancestral de que, ao não emergir, seria necessariamente esmagado por supostos ou reais rivais ou competidores? Seja o que for, o evangelho de hoje nos dá uma aula de vida. E vai muito além daquilo que à primeira vista poderia deixar a intuir: a procura da humildade, pelo menos inicialmente, para ser premiado, posteriormente, por causa da primeira (humildade) ao procurar os últimos lugares num imaginário banquete. Seria um engodo, de qualquer forma. 
Vai muito além porque esse alerta inicial é para preparar o cerne da conversa toda, a mensagem central, ou seja, deixar que os pobres, os mendigos, os coxos, os maltrapilhos, os eternos excluídos do banquete da vida ocupem o lugar que lhes cabe. Um lugar que esteve sempre ocupado por outros, porque nunca foram convidados a participar de um banquete que, na realidade, devia ser para todos. É como se Jesus nos dissesse em alto e bom som que os que ficam cultuando os primeiros lugares, e alimentam a ambição mórbida em aparecer a todo custo, em ganhar destaque e reconhecimento em toda circunstância se esquecem, em geral, daqueles que nunca são convidados. Daqueles que são tornados sistematicamente invisíveis pelos ambiciosos recalcitrantes. É um claro convite para que façamos a experiência de nos colocar nos últimos lugares (exclusão) não por humildade, mas para sentir o drama que isso significa. Só assim poderemos compreender o que significa ser vítima da exclusão, da humilhação, e da indiferença. Só assim poderemos compreender que devemos construir com tantos excluídos um banquete onde não haja ‘primeiros’ ou ‘últimos’ lugares, e sim igualdade de oportunidades e de dignidade.        

Um ano atrás, como hoje, o cardeal Martini nos deixava! Papa Francisco o lembra com carinho

A 31 de agosto de 2012, faz precisamente hoje um ano, falecia em Milão o cardeal Carlo Maria Martini. Recebendo ontem, sexta-feira, na Casa de Santa Marta, o Provincial na Itália da Companhia de Jesus, Padre Carlo Casalone, o Papa Francisco sublinhou que "recordar o Cardeal Martini é um ato de justiça".O Papa Francisco qualificou o Padre Martini como um homem de discernimento e de paz, um profeta e homem de paz; como aquele que ajudou muito a entender a relação fé-justiça. Recordou que também "nós, no fim do mundo – disse –, recebemos dele uma grande contribuição pelo conhecimento bíblico, mas também justamente pela espiritualidade e vida de fé, alimentada pela Palavra de Deus". 

Comentário do blogueiro Talvez alguém lembre que enquanto Martini estava morrendo, exatamente um ano atrás, recusando terapias intensivas, o papa Bento em Roma, em nenhum momento fez uma breve menção ou pedido de oração para o Cardeal Martini que viria a falecer poucas horas mais tarde. Martini que havia sido indicado no Consistório para ser papa havia recusado apoiando o então Cardeal Joseph Ratzinger. Vida plena a Martini! 

Médico 'sem fronteiras' brasileiro escreve carta aberta aos médicos cubanos! VENHAM!

"Talvez vocês já saibam que a principal causa de morte no Brasil são as doenças do aparelho circulatório. Temos um alto índice de internações hospitalares sensíveis à atenção primária, ou seja, que poderiam ter sido evitadas por um atendimento simples caso houvesse médico no posto de saúde", escreve David Oliveira de Souza, 38 anos, médico e professor do Instituto de Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, e ex-diretor médico do Médicos Sem Fronteiras no Brasil (2007-2010), em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 31-08-2013.Segundo ele, "será bom vê-los diagnosticar apenas com estetoscópio, aparelho de pressão e exames básicos pais e mães de família hipertensos ou diabéticos e evitar, assim, que deixem seus filhos precocemente por derrame ou por infarto". Eis a carta do profissional!

Bem-vindos, médicos cubanos. Vocês serão muito importantes para o Brasil. A falta de médicos em áreas remotas e periféricas tem deixado nossa população em situação difícil. Não se preocupem com a hostilidade de parte de nossos colegas. Ela será amplamente compensada pela acolhida calorosa nas comunidades das quais vocês vieram cuidar. A sua chegada responde a um imperativo humanitário que não pode esperar. Em Sergipe, por exemplo, o menor Estado do Brasil, é fácil se deslocar da capital para o interior. Ainda assim, há centenas de postos de trabalho ociosos, mesmo em unidades de saúde equipadas e em boas condições.Caros colegas de Cuba, é correto que nós médicos brasileiros lutemos por carreira de Estado, melhor estrutura de trabalho e mais financiamento para a saúde. É compreensível que muitos optemos por viver em grandes centros urbanos, e não em áreas rurais sem os mesmos atrativos. É aceitável que parte de nós não deseje transitar nas periferias inseguras e sem saneamento. 

O que não é justo é tentar impedir que vocês e outros colegas brasileiros que podem e desejam cuidar dessas pessoas façam isso. Essa postura nos diminui como corporação, causa vergonha e enfraquece nossas bandeiras junto à sociedade.Será bom ver o alívio que mães ribeirinhas ou das favelas sentirão ao vê-los prescrever antibiótico a seus filhos após diagnosticar uma pneumonia. O mesmo vale para gastroenterites, crises de asma e tantos diagnósticos para os quais bastam o médico e seu estetoscópio.Não se pode negar que vocês também enfrentarão problemas. A chamada "atenção especializada de média complexidade" é um grande gargalo na saúde pública brasileira. A depender do local onde estejam, a dificuldade de se conseguir exame de imagem, cirurgias eletivas e consultas com especialista para casos mais complicados será imensa. Que isso não seja razão para desânimo. A presença de vocês criará demandas antes inexistentes e os governos serão mais pressionados pelas populações.Já atuei como médico estrangeiro em diversos países e vi muitas vezes a expressão de alívio no rosto de pessoas para as quais eu não sabia dizer sequer bom dia --situação muito diferente da de vocês, já que nossos idiomas são similares. Em nome de nosso povo e de boa parte de nossos médicos, só me resta dizer com convicção: Um abraço fraterno e muchas gracias.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Em Santarém os Povos Resistentes denunciam descasos e omissões de governos e empresas

Vinte e um povos e comunidades reunidos entre 23 e 25 agosto, em Santarém (PA), no II Encontro Nacional dos Povos Indígenas, reafirmam as demandas pela demarcação dos seus territórios tradicionais, pela realização das consultas prévias (com poder de veto) sobre os projetos de infraestrutura que impactam suas terras e modos de vida e pela eficácia das políticas públicas nas áreas da saúde e educação indígenas, dentre outras.

Numa carta aberta os povos indígenas afirmam suas terras continuam sem ser demarcadas e estão invadidas por fazendeiros, madeireiros, pescadores, garimpeiros. Em várias delas houve sobreposição de unidades de conservação, desrespeitando o seu direito ao usufruto exclusivo dos recursos naturais, como garante o artigo 231 da Constituição Federal. Sofrem os impactos de grandes empreendimentos hidrelétricos, madeireiros, minerários, agropecuários e de construção de estradas, que colocam em risco a sua existência futura. Constatam também que o direito de ser consultados sobre todas as medidas administrativas e legislativas que os afetam, assegurado na Constituição Federal e pela Convenção 169 da OIT, está sendo desrespeitado. É o que vem acontecendo, por exemplo, com a construção das hidrelétricas na Amazônia que trazem graves consequências para as comunidades indígenas e tradicionais que vivem ao longo dos rios, desde as cabeceiras até a foz. Associado ao desrespeito ao direito à terra demarcada e garantida, constatam o descaso em relação à atenção à saúde e à educação indígena em suas comunidades. Apesar de pequenas conquistas, os problemas continuam enormes. Existem situações em que os órgãos públicos se negam a construir estruturas permanentes com a alegação de que as terras não estão demarcadas. Os concursos públicos necessários para a contratação dos profissionais indígenas e não indígenas são constantemente protelados. Os povos presentes disseram que querem que a Funai tenha condições para fazer o seu trabalho de identificação e proteção de suas terras de forma isenta e com os recursos financeiros necessários, e não para avalizar em seu nome os grandes empreendimentos que impactam suas terras. Finalizam afirmando que exigem que seja respeitado o seu direito de consulta a respeito da proposta anunciada pelo governo de modificar o procedimento de demarcação das terras indígenas e em relação às Propostas de Emenda Constitucional e aos Projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional. (Fonte: Carta final do encontro)

VALE.....de lágrimas na Serra do Carajás - TUDO vai (para China), NADA fica para o Brasil!

A nova frente de produção que a Vale está abrindo em Carajás, no Estado do Pará, é superlativa. Trata-se do maior investimento da mineradora em toda a sua história, de 70 anos. Quando os 19,7 bilhões de dólares (em torno de 40 bilhões de reais) tiverem sido inteiramente aplicados, a mina de Serra Sul estará em condições de acrescentar 90 milhões de toneladas anuais à produção da ex-estatal. Com duas outras expansões na área, a província mineral de Carajás passará de 120 milhões para 250 milhões de toneladas por ano de minério de ferro. Isso acontecerá em 2017. Carajás consolidará a posição da Vale de maior vendedora interoceânica de minério de ferro do mundo. Seu minério, com teor de hematita superior a 66%, tem mercado garantido no exterior, enquanto o produto de Minas será cada vez mais destinado a abastecer o mercado nacional. Carajás será a principal mina de atendimento internacional que existe. A partir do início das obras de terraplenagem, que aconteceu no começo desse mês, essa meta será atingida em apenas quatro anos, graças às inovações e à diretriz de investir maciçamente no empreendimento, 30% maior do que o custo da polêmica hidrelétrica de Belo Monte. O mundo tem pressa de se servir de um minério rico, fácil de extrair e de custo proporcionalmente inferior ao de qualquer outra mina das mesmas dimensões, em valores absolutos, embora sem o mesmo teor. Por isso, imune – ou, pelo menos, bem protegido em relação – às flutuações previstas para o setor pelos próximos anos. Mas isso interessa realmente ao Pará e ao Brasil? Numa entrevista que deu ao Valor, o geólogo Breno Augusto dos Santos, o primeiro a identificar o minério de ferro de Carajás, em 31 de julho de 1967 (cujos 46 anos da descoberta motivaram o interesse do jornal paulista), observou: "Se Carajás fosse na China, na Coréia ou na Alemanha, de lá estariam saindo automóveis, locomotivas ou computadores". E logo acrescentou: "Mas essa não é uma função da Vale".

Ficou evidente o interesse da Vale em agradar aos seus grandes clientes chineses, japoneses e de outros países, sem os quais sua grandiosidade estaria comprometida. A empresa passou a atuar como viabilizadora desses interesses na medida em que se restringia à extração mineral em escala crescente para a exportação. Adaptando a frase de Breno, pode-se dizer que nenhum governo na China, Coréia e Alemanha permitiria que uma empresa de mineração crescesse de forma a exercer controle total sobre o circuito da extração, transporte e exportação de matéria prima bruta, como faz a Vale no Brasil. Tente-se calcular quanto o Brasil perdeu por não ter feito o beneficiamento do minério de ferro de Carajás. Um cálculo simples levará a muitos bilhões de dólares em quase 30 anos de extração maciça de minério bruto, que, no caso, é quase sinônimo de minério puro, tal a riqueza de hematita contida na rocha de Carajás. Para se ter uma ideia da grandeza do novo capítulo que se inicia em Carajás, basta considerar que a Serra Sul possui 10 bilhões dos 18 bilhões de toneladas estimados de reserva, com teor médio de 66,5% de ferro. O primeiro corpo a ser lavrado nessa mineração, que leva a letra D do título do projeto, acumula 4,2 bilhões de toneladas, com nove quilômetros de extensão, a uma profundidade de até 250 metros. Ao ritmo previsto, a jazida terá 40 anos de vida útil. Ao fim desse período, a maior mina de ferro do planeta será só lembrança – amarga e frustrante por certo, para os nativos. Chegará ao fim sem motivar qualquer reação dos paraenses, que veem o buraco ser aberto sem usufruir o melhor que o minério lhes poderia dar. (Fonte: Lúcio Flávio Pinto - Cartas da Amazônia, 17 de agosto de 2013- reelaborado pelo blogueiro)


Quem são os médicos cubanos que vêm ao Brasil para trabalhar nas localidades em que os 'nacionais' não querem ir?

A grande imprensa brasileira ao tratar da vinda de quatro mil médicos cubanos limita-se a noticiar o fato e reproduzir as críticas das associações corporativas de médicos e dos políticos oposicionistas. Não conta, por exemplo, que médicos cubanos já trabalharam no Brasil, atendendo a comunidades pobres e distantes nos estados de Tocantins, Roraima, Maranhão e Amapá. Não houve nenhuma reclamação quanto à qualidade desse atendimento e nenhum problema com o conhecimento restrito da língua portuguesa. Os médicos cubanos tiveram de deixar o Brasil por pressão do corporativismo médico brasileiro – liderado por doutores que gostam de trabalhar em clínicas privadas e nas grandes cidades. A grande imprensa não conta também que há mais de 30 mil médicos cubanos trabalhando em 69 países da América Latina, da África, da Ásia e da Oceania, lidando com pessoas que falam inglês, francês, português e dialetos locais. Só no Haiti, onde a população fala francês e o dialeto creole, há 1.200 médicos cubanos – que sustentam o sistema de saúde daquele país e, como profissionais com alto nível de educação formal, aprendem rapidamente línguas estrangeiras. O problema dos que contestam a vinda de médicos estrangeiros e, em especial dos cubanos, é que as pessoas que passam anos ou toda a vida sem ver um médico ficarão muito felizes quando receberem a atenção que os corporativistas do Brasil lhes negam e tentam impedir. Em 2012 formaram-se em Cuba 5.315 médicos cubanos em 25 faculdades públicas e 5.694 estrangeiros, que estudam de graça na Escola Latino-americana de Medicina (Elam). A Elam recebe estudantes de 116 países, inclusive dos Estados Unidos, e já formou 24 mil estrangeiros. Dos quatro mil médicos que vêm para o Brasil, todos têm especialização em medicina de família, 42% já trabalharam em pelo menos dois países e 84% têm mais de 16 anos de atividade. Grande parte já atuou em países de língua portuguesa, na África e em Timor-Leste.

50 madeireiros invadem aldeia dos Ka'apor e semeiam pânico e destruição

Cerca de 50 madeireiros invadiram a aldeia Gurupiúna, Terra Indígena Alto Turiaçu, do povo Ka’apor, município de Centro do Guilherme, norte do Maranhão. Na aldeia Gurupiuna vivem sete famílias, num total de 48 pessoas. A aldeia foi invadida na última segunda-feira, dia 26. Na invasão, os madeireiros agrediram o indígena Gonito Ka’apor, que somente nesta terça, 27, conseguiu sair da aldeia para fazer exame de corpo delito. O Ka’apor tentou registrar ocorrência na cidade de Governador Nunes Freire, mas não conseguiu porque o delegado responsável não estava. A ação dos madeireiros ocorreu em represália à fiscalização e apreensão de caminhões madeireiros empreendidas pelos indígenas no próprio território tradicional. No ato da invasão da aldeia Gurupiuna, os invasores amarraram e bateram em indígenas, saquearam plantações, levaram animais e queimaram duas casas. Sem a presença dos órgãos públicos responsáveis pelas fiscalizações atuando na área, os Ka’apor não veem alternativa a não ser a própria comunidade impedir a ação depredatória. O povo denuncia também o desaparecimento de uma indígena Awá, próximo ao rio Turi, perto da aldeia Cocal.O clima é tenso na região. Os Ka’apor temem novas invasões. As famílias buscam refúgio no mato como esconderijo. Com medo de novas invasões, indígenas estão sem sair de suas aldeias. Segundo informações, a Polícia Federal, IBAMA e Exército se deslocaram para a região. Desde julho os indígenas Ka’apor, da aldeia Zé Gurupi, comunicavam a ação dos madeireiros, que se organizavam para atacar a terra indígena por conta da Operação Hiléia, que fechou várias madeireiras e apreendeu caminhões na região. (Fonte: Gilderlan Rodrigues)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Chegam 600 médicos cubanos para o 'Mais Médicos' - Façam aqui o que vêm fazendo em Cuba na saúde!

Desembarcaram entre sábado e domingo (24-25 de agosto) 644 médicos cubanos que aderiram ao projeto do governo federal ‘Mais Médicos’. Os profissionais cubanos fazem parte do acordo entre o ministério com a Organização Pan-Americana da Saúde(Opas) para trazer, até o final do ano, 4 mil médicos cubanos. Eles vão atuar nas cidades que não atraírem profissionais inscritos individualmente no Mais Médicos. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, rebateu as críticas das entidades médicas que questionam a formação médica dos profissionais cubanos. 86% deles têm mais de 16 anos de experiência em missões internacionais. Chegam para os 701 municípios que nenhum médico brasileiro ou estrangeiro escolheu individualmente. “Os médicos cubanos têm uma carreira e vínculo permanente com Cuba, o fato de virem em uma missão internacional faz com que os salários deles aumente, é um bônus no salário além da remuneração que vão ter aqui, diferentemente de outros médicos estrangeiros que vêm para cá [Brasil] e não têm emprego no país de origem”, disse o ministro da Saúde, Padilha. “Esses médicos terão moradia e alimentação garantidas pelos municípios que assumiram o compromisso de participar do programa. O Ministério da Saúde vai acompanhar de perto as condições de vida desses profissionais para que tenham tranquilidade para atuar e atender bem a nossa população”, declarou. (Fonte: IHU)

Violência contra mulher - 'RUIM com ele, MELHOR sem ele!

No Brasil, fontes oficiais estimam que uma mulher seja agredida a cada 15 segundos; 243 por hora. De janeiro a dezembro de 2012, a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) processou 732.468 registros, num total de 3.058.392 atendimentos. Destes, 88.685 são casos de violência - dez a cada hora. Metade se refere a risco de morte, 39% a espancamentos e 2% a estupros. Apesar dos números em progressão - as queixas formalizadas através do Ligue 180 registraram aumento de 1.600% entre 2006 e 2012 e os relatos de violência cresceram 700% no mesmo período -, os esforços do governo para descortinar e acabar com a saga da violência doméstica no Brasil ainda esbarram no fato de que em apenas 4% dos casos as vítimas ou pessoas que convivem com elas procuram o serviço de proteção da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM-PR). Num país onde quatro em cada dez admitem ter sofrido algum tipo de agressão física, segundo pesquisa realizada em 2010 pela Fundação Perseu Abramo, a maioria ainda prefere se calar. (Fonte: IHU)

Comentário do blogueiro Uma pena que haja um número pequeno de mulheres que denunciam as barbaridades dos machos escravocratas. Imagino que seja mais pelo medo da represália e não por concordarem com o ditado ‘ruim com ele, pior se ele’. Xô machão sem moral! 

domingo, 25 de agosto de 2013

Aqui e agora é a sua chance de entrar pela porta estreita do Reino! Não fique de fora! (Lc.13.22-30)

Muitas vezes a nossa preocupação com a salvação se concentra quase que exclusivamente no destino final da nossa ‘alma’, se seremos chamados à comunhão com Deus ou se seremos proibidos de contemplá-Lo face a face, após a nossa morte. Em outras palavras: se iremos ao paraíso da salvação ou se seremos jogados no inferno da perdição. Raramente não atentamos ao fato de que a salvação é algo integral, uma realidade totalizante, e que se dá o tempo todo. Não é, e não pode ser algo que se refere às ‘realidades últimas’ da existência humana, após o fim biológico de um ser. É nessa ação permanente que podemos desperdiçar aquelas chances ‘únicas’ na vida que permitem que a salvação integral seja algo real, efetivo. O evangelho de hoje é extremamente esclarecedor. Jesus é consultado sobre a quantidade de pessoas que se salvam, mas ele não responde. Ao contrário, coloca uma espécie de condição, ou um alerta, e termina com uma velada ameaça. Primeiramente nos alerta sobre o fato de que é preciso se esforçar para entrar pela porta estreita da casa (o reino) enquanto ela estiver aberta, pois ela tem prazo limitado para permanecer assim. 
Jesus nos informa que a porta a certa altura se fecha, e as pessoas podem perdem definitivamente a oportunidade de entrar. Mais que isso: de nada servirá aos que ficaram do lado de fora apelar ao fato de que comeram ou beberam com o dono da casa, ou que estavam em praça pública ouvindo os seus ensinamentos. Jesus termina dizendo que ‘outros’, os últimos, os estrangeiros, os impuros, entrarão e ocuparão um lugar que a princípio era reservado para aqueles que, agora, ficaram de fora, ‘os primeiros’, os judeus, os ‘escolhidos’, e que não aceitaram entrar pela porta estreita da casa-reino. Aqui não se trata de falta de misericórdia ou de compreensão por parte do dono da casa, e sim de fechamento e incapacidade de quem poderia e deveria ter entrado e não o fez quando estava na hora.  Na nossa vida podemos constatar como, de fato, certas oportunidades nunca mais voltam. A oportunidade de mudar na hora certa, de aderir a projetos de vida nos momentos mais convenientes. Trata-se, então, de ter consciência do que queremos fazer com a nossa existência, quais os valores que queremos assumir e defender. Se isso fica progressivamente claro teremos mais condições de perceber quais são de fato as reais chances e oportunidades que se nos apresentam. Caso contrário, ficaremos assistindo ao desfile de numerosas chances para viver bem, na verdade, na paz, na fraternidade, mas sem perceber que são as ‘chances’ determinantes e, talvez, as únicas.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Buriticupu continua em chamas: já tem um morto e um ferido!

A BR-222, no município de Buriticupu (407 km de São Luís) segue bloqueada pelos moradores da cidade. O fechamento da via é resultado de um protesto contra supostas condutas irregulares de soldados do Exército que estão no município para o combate à extração ilegal de madeira. O delegado da cidade, Menezes Azevedo, informou que uma tentativa e um homicídio já aconteceram na região em consequência do protesto: o lavrador Francinaldo da Silva Rodrigues, de 24 anos, morreu com um tiro na cabeça e Antônio da Silva Rodrigues, pai de Francinaldo, encontra-se sob intervenção cirúrgica em um hospital da região depois de ter sofrido vários cortes por todo corpo. Pelo que foi apurado, pai e filho estavam cobrando ilicitamente pedágio dos veículos que passavam próximo ao povoado Buritizinho, no local interditado da BR-222 pelos manifestantes. Um motorista, ainda não identificado, insatisfeito com a cobrança, retornou ao local e atirou em Francinaldo. Um acompanhante do atirador teria agredido o pai do assassinado. O Coronel Rocha, autoridade militar que está no município para verificar a questão, afirma que o Exército vai continuar na cidade e que as denúncias levantadas pelos moradores não são verdadeiras. "Estamos aqui para combater, junto ao Ibama, o comércio ilegal de madeira que acontece na região. Não temos o que averiguar sobre a conduta dos soldados, não existe nenhuma denuncia formal. São apenas boatos".Ontem, o juiz Airton Gutemberg havia comentado que o protesto e os boatos envolvendo os soldados podem estar sendo motivados por interesses comerciais, já que a principal fonte de renda da cidade é a extração de madeira.

Francesco renuncia às férias, prepara reformas e nova encíclica sobre a pobreza, e promove estudos sobre 'tráfico de seres humanos'

Em um mês, a encíclica publicada pelo Papa Francisco e escrita ‘a quatro mãos’ com Bento XVI, vendeu na Itália mais de 200 mil cópias: "Lumen fidei" é um verdadeiro sucesso de vendas. Nesse meio tempo, o Papa trabalha outros textos. Em seu verão no Vaticano - tendo renunciado às férias em Castel Gandolfo - o Pontífice se dedica aos planos de reforma da Cúria e do IOR. Na escrivaninha, esboços e manuscritos em preparação: a exortação apostólica sobre a nova evangelização e o projeto da nova encíclica sobre a pobreza, a "Beati pauperes". Já a nova encíclica, a "Beati pauperes" (Beatos os pobres) será centrada no tema da pobreza – tão querido ao Papa da “Igreja pobre e para os pobres”. Ao mesmo tempo Francisco, encarregou a Pontifícia Academia das Ciências e a Pontifícia Academia das Ciências Sociais, junto à FIAMC (Federação Mundial das Associações Médicas Católicas), de organizar para os dias 2 e 3 de novembro próximo um grupo de trabalho preparatório para analisar o tráfico de seres humanos e a escravidão moderna e estabelecer tanto a real situação, quanto um plano de ação para combatê-los. “Ninguém pode negar que o tráfico de seres humanos constitui um terrível delito contra a dignidade humana e uma grave violação dos direitos humanos fundamentais", afirmou Dom Sorondo, “e que, neste novo século, serve para a criação de patrimônios criminosos”. O Concílio Vaticano II já afirmava que "a escravidão, a prostituição, o mercado de mulheres e de jovens, ou ainda as ignominiosas condições de trabalho, com as quais os trabalhadores são tratados como simples instrumentos de ganho, e não como pessoas livres e responsáveis" são "vergonhosas", "prejudicam a civilização humana, desonram aqueles que assim se comportam" e "ofendem grandemente a honra do Criador". O aumento alarmante do comércio de seres humanos é um dos prementes problemas econômicos, sociais e políticos associados ao processo de globalização. É uma grave ameaça para a segurança de cada nação e uma inadiável questão de justiça internacional.(Fonte: Rádio Vaticano)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Deputado federal maranhense mobiliza ocupantes da T.I. Awá às vésperas da ação de extrusão. Onde estava na hora do 'direito do contraditório'?

A possibilidade de conflito pela terra Awá, do povo Awá-Guaja, no Maranhão, foi discutido em audiência pública. O deputado maranhense Weverton Rocha (PDT-MA), que solicitou a audiência, disse que, caso seja homologada a área proposta pela Funai, a terra indígena Awá-Guajá afetará a vida de 40 mil pessoas de quatro municípios do Maranhão. O deputado quer impedir a desintrusão, quando os não-índios são retirados das terras demarcadas. Representante da FUNAI disse que no caso da Terra Indígena Governador, o processo de identificação encontra-se em curso, e haverá toda a possibilidade do contraditório das partes e um amplo debate para que se possa acompanhar esse processo. Já, no caso dos Awás, a situação é mais delicada. A terra indígena Awá já foi demarcada e homologada pela Presidência da República. “O que carecia era a retirada de ocupantes não índios por conta de processos judiciais que vinham em curso, que transitou em julgado, não cabendo mais recursos. E foi estabelecido um prazo para a União fazer o processo de extrusão dessa terra indígena, a retirada desses não indígenas de lá, o desfazimento das propriedades que lá estavam”, explicou. É uma região que é assolada também por atividades ilegais, de extração de madeira. A terra indígena Awa foi, por dois anos, a terra indígena mais desmatada do Brasil. Você imagina um processo violento, nessa região do Maranhão, de desmatamento de mortes de pessoas procuradas pela Justiça, que transitam nessas regiões, em locais aonde existem índios que não estabeleceram contato, ou seja, refutaram o contato com a nossa sociedade. Naquela terra indígena, há os que são produtores rurais, pais de família, que possam ter uma destinação e receber programas sociais e de reforma agrária. E aqueles que utilizam aquele território para esconder práticas criminosas, que vem devastando todo o ambiente que é necessário à reprodução física e cultural do povo Awá-Guaja”, detalhou.(Fone Agência Brasil)

Comentário do blogueiro A região onde se situa a terra Awá está marcada pela ausência do estado. Omitiu-se por anos a fio, mesmo sabendo da gravidade da situação. Agora não há como deixar de cumprir as medidas judiciais e reconhecer na prática os direitos indígenas e de quem ocupa em boa fé a terra indígena (uma ínfima minoria). O deputado federal maranhense está, agora, com fome dos supostos 40.000 votos de quem não foi prejudicados pelos índios, e sim por um estado a quem ele serve!

Em Buriticupu, na terra sem-lei, moradores-madeireiros-comerciantes protestam contra o exército. Temem fechamento de serrarias ilegais e fim da extração de madeira

Moradores da cidade de Buriticupu (a cerca de 407 km) fecharam a BR-222 para protestar contra supostas atitudes irregulares de soldados do Exército, que estão na cidade para trabalhar no combate à extração irregular de madeira. A manifestação começou por volta de 9h desta quarta-feira (21/8), os moradores atearam fogo em pneus e madeira usados para bloquear a rodovia, até comerciantes da cidade fecharam as portas para participar do movimento. Com cartazes e faixas eles denunciam que crianças e adolescentes já foram estupradas por soldados que também promovem orgias com mulheres e que estes abusam da autoridade para intimidar a população. Por causa da interdição da BR um longo congestionamento se formou nos dois sentidos da rodovia. Por telefone o juiz Airton Gutemberg informou que até o momento não foi apresentada nenhuma denúncia formal sobre o caso, mas que devido aos boatos entrou em contato com o comando do exército que negou as acusações e informou que vai ficar atento para que as situações citadas pelos moradores não aconteçam. “Nenhuma providência pôde ser tomada já que o caso não foi denunciado formalmente, só depois que isso for feito é que a justiça vai apurar as reclamações”, acrescenta o juiz. Ele comentou ainda, que o protesto e boatos envolvendo os soldados podem ser por interesse já que a principal fonte de renda da cidade é a extração de madeira o que está sendo comprometido pelas apreensões de madeira ilegal feitas durante a operação encabeçada pelo Ibama na região.
Comentário do Blogueiro – O juiz colocou o dedo na ferida! O principal motivo deve ser justamente a revolta contra a intervenção do exército para coibir a extração ilegal de madeira na região, algo que vem ocorrendo sistematicamente. Defensores do ambiente e dos direitos humanos da cidade vêm recebendo ameaças anônimas, acusados de terem sido eles a chamar o exército. Nada a ver com supostos estupros!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Crônica de uma visita malograda à sede do Conselho Estadual de Educação do Maranhão

Funcionárias parasitas, amontoadas em pequenos cubículos, se escondem por detrás de revistas como ‘Tititi’, ‘Mais’ e outras, não se importando com o atendimento aos responsáveis de escolas públicas e particulares que procuram a sede do Conselho Estadual de Educação, em São Luis, claro. Aconteceu, hoje, em São Luis. Uma coordenadora vinda de uma cidade do interior do Estado, a 560 km de São Luis comeu o pão que o diabo amassou. Na tentativa de registrar algumas mudanças no Regimento da sua escola, a coordenadora daquela escola havia tentado, inutilmente, ao longo de oito dias, um contato telefônico com o Conselho, sem nunca ter conseguido, pois ninguém se dignava atender. Ao entrar na sede, após ter sido encaminhada para várias salas, descobriu, enfim, qual era a que efetivamente a teria atendido. Sugeriram-lhe de preparar um ofício, o que ela prontamente fez, mas ao voltar com o documento encontrou 10 funcionárias na mais desavergonhada indiferença e apatia, lendo as famigeradas revistas femininas. Atendida com aquela presteza que dá enjoo, lhe observaram que a escola não possuía o número de inscrição e que nada podia fazer. A responsável argumentou que havia pouco tempo esteve no mesmo local para registrar o Regimento da sua escola e que a partir do CNPJ poderia localizar a pasta relativa à sua escola. Nada feito. Teria que investigar e descobrir, pois ‘lá nada está informatizado’! Movida por compaixão ou, talvez, para se ver livre daquela chata, uma funcionária interveio e advogou a favor da responsável da escola. Afinal, havia sido ela a lhe exigir o ofício!As demais funcionárias continuavam grudadas naquelas interessantes revistas, com certeza tentando se inspirar para mudar os rumos da educação no Estado.

Novo código de mineração: a cara da Vale, da CSN, da Anglo-América....e dos deputados (presidente e relator) financiados por elas!

Na primeira audiência pública da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, que discute o projeto de lei do Novo Código da Mineração, uma mesa formada por movimentos sociais, empresários e governo federal, além de parlamentares, chegou a um consenso: o regime de urgência para a votação do projeto é algo sem qualquer propósito. Não há como aprovar um novo código sobre o qual o governo federal só havia discutido com as grandes empresas do setor mineral, em detrimento da sociedade civil e das pequenas empresas do segmento. Carlos Bittencourt, pesquisador do Ibase, que falou em nome do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração, afirmou que desde 2009, sem o saldo positivo da balança comercial da mineração, a balança comercial brasileira seria deficitária. O saldo do setor mineral tem sido maior do que o saldo total do comércio brasileiro. Acrescentou que o crescimento da mineração significa um crescimento também sobre os territórios e consequentemente sobre as comunidades e  o meio ambiente, e um dos mais notáveis é o impacto sobre a água. O pesquisador do IBASE afirma que a omissão do novo Código quanto a pontos essenciais revela uma visão que trata a mineração exclusivamente como uma atividade econômica, como se ela ocorresse num espaço vazio, sem pessoas, comunidades, natureza. Ele atribui a responsabilidade da atual cara do novo código ‘às empresas que investem alto na sua relação com as instituições políticas brasileiras. Só as principais empresas do setor, como a Vale, CSN e Anglo-America, somadas, doaram mais de R$ 17 milhões nas eleições de 2010’. Não à toa, um dos principais beneficiados por essas doações são nada menos que o presidente (deputado federal Gabriel Guimarães-PT/MG) e o relator Leonardo Quintão (PMDB-MG) da Comissão Especial, que tiveram campanhas de R$ 3 milhões e R$ 2 milhões e receberam cerca de 20% das empresas mineradoras.(Fonte: IHU)

Planeta terra poderia fechar para balanço, hoje. Não consegue repor o que consome, e o futuro está irremediavelmente prejudicado

Se a humanidade se comprometesse a consumir a cada ano só os recursos naturais que pudessem ser repostos pelo planeta no mesmo período, em 2013 teríamos de fechar a Terra para balanço hoje, 20 de agosto. Para sustentar o atual padrão médio de consumo da humanidade, a Terra precisaria ter 50% mais recursos. Para fazer a conta, a ONG Global Footprint Network usa dados da ONU, da Agência Internacional de Energia, da OMC (Organização Mundial do Comércio) e busca detalhes em dados dos governos dos próprios países. O número leva em conta o consumo global, a eficiência de produção de bens, o tamanho da população e a capacidade da natureza de prover recursos e biodegradar/reciclar resíduos. A emissão de gases de efeito estufa também entra na conta, e países ganham mais pontos por preservar florestas que retêm carbono. Apesar de ter começado a calcular o Dia da Sobrecarga há uma década, a Global Footprint compila dados que remontam a 1961. Desde aquele ano, a sobrecarga ambiental dobrou no planeta, e a projeção atual é de que precisemos de duas Terras para sustentar a humanidade antes de 2050. A mensagem é que esse padrão de desenvolvimento não tem como se sustentar por muito tempo. No panorama traçado pela Global Footprint Network, o Brasil aparece ainda como um "credor" ambiental, oferecendo ao mundo mais recursos naturais do que consome. Isso se deve em grande parte à Amazônia, que retém muito carbono nas árvores, e a uma grande oferta ainda de terras agricultáveis não desgastadas. Mas, segundo a ONG WWF-Brasil, que faz o cálculo da pegada ambiental do país, nossa margem de manobra está diminuindo, e exibe grandes desigualdades regionais. "Na cidade de São Paulo, usamos mais de duas vezes e meia a área correspondente a tudo o que consumimos", diz Maria Cecília Wey de Brito, da WWF. O número é similar ao da China, um dos maiores "devedores" ambientais. (Fonte: IHU)

FUNDEB no Maranhão - Caixa preta jamais aberta!

O promotor de justiça Benedito de Jesus Nascimento Neto, titular da Comarca de Vargem Grande e respondendo pela 1ª Promotoria de Justiça de Itapecuru-Mirim, encaminhou ofícios a diversos órgãos federais nos quais requer a designação de auditorias sobre os recursos transferidos aos municípios de Itapecuru-Mirim, Vargem Grande, Nina Rodrigues, Miranda do Norte e Presidente Vargas. Ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, foi solicitada auditoria sobre os recursos transferidos por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) desde 1° de janeiro de 2009. De acordo com o promotor, as denúncias de irregularidades na gestão dos recursos são constantes e englobam problemas como o desvio de recursos, falta de reajuste nos salários dos professores, servidores ilegais recebendo vencimentos indevidos e conselhos do Fundeb desativados.
Comentário do blogueiroJá pensaram o que poderá acontecer quando a Procuradoria da República decidir acionar a PF para investigar o uso do FUNDEB por parte do Estado que chega em nome dos alunos indígenas do Maranhão? Ou ver qual o destino dos milhões que chegam para o transporte escolar indígena?

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Riqueza acumulada do 1% de ricos é maior que a dos 99% da humanidade.

As 300 maiores fortunas do planeta acumulam mais riqueza que os mais de 3 bilhões de pobres que existem no mundo e representam 99% da população. Assim afirma o professor Jason Hickel, da escola de Economia de Londres, assessor do movimento The Rules, que luta contra a desigualdade. Citamos estes números porque nos oferece uma comparação clara e impressionante: as 200 pessoas mais ricas possuem aproximadamente US$ 2,7 trilhões e isso é muito mais que o que possui as 3,5 bilhões de pessoas, que possuem um total de US$ 2,2 trilhões – explica o economista Jason Hickel, citando um estudo recente da ONG Oxfam, que salienta que o 1% dos mais ricos aumentou seus ingressos em 60% nos últimos 20 anos com a radicalização das políticas imperialistas.(Fonte: Blog de Marco Passerini)

Por que Francesco prefere não dar a comunhão nas missas?

«Davi foi adultero e autor intelectual de um assassinato. Apesar disso, nós o veneramos como santo porque teve coragem de reconhecer o seu pecado. Humilhou-se perante Deus. As pessoas podem fazer grandes bobagens, mas, também, podem se arrepender, mudar de vida e reparar o que fizeram. Entre os fiéis, há alguns que matam não só intelectualmente ou fisicamente, mas também indiretamente, pelo mau uso do dinheiro, pagando salários injustos. Talvez façam parte de sociedades beneficentes, mas não pagam a seus funcionários o que lhes é devido, ou os contratam “por fora”. Conhecemos o currículo de alguns deles; passam por católicos, mas têm atitudes imorais, das quais não se arrependem. É por isso que, em certas situações, eu não dou a comunhão. Fico sentado, e os assistentes a distribuem. Não quero que essas pessoas se aproximem de mim para fazer fotografias. De per si, seria possível negar a comunhão a um pecador público que não se arrepende, mas é muito difícil comprovar essas coisas. Receber a comunhão significa receber o corpo do Senhor, com a consciência de que formamos uma comunidade. Mas, se alguém, ao invés de unir o povo de Deus, ceifa a vida dos irmãos, não pode comungar: seria uma contradição total. Tais casos de hipocrisia espiritual acontecem com muitas pessoas que se abrigam na Igreja e não vivem segundo a justiça que Deus quer. Não demonstram nenhum arrependimento. Vulgarmente dizemos que levam uma vida dupla». 

Black Bloc e democracia - Uma opinião

.....Lutar pela conquista de direitos humanos e sociais, o que inclui serviços públicos gratuitos e de qualidade, é legítimo e fundamental. Mas essa luta deve ter pautas claras, com lideranças ou, ao menos, porta-vozes, que possam negociar com os agentes públicos. Não há democracia sem negociação..... Assim sendo, deve existir quem negocie em nome de grupos, setores ou classes. Os adeptos da tática Black Bloc pregam a depredação do patrimônio privado de grandes empresas (tendo como alvos preferenciais, no Brasil, as agências bancárias e concessionárias de veículos). Fazem isso como ação simbólica de ataque às corporações capitalistas e, em última instância, ao capitalismo como sistema. Além de empresas privadas, em meio à revolta, o patrimônio público também tem sido atingido, desde as manifestações de junho. Em nome de quê, em uma democracia, se depreda patrimônio público? Ao mesmo tempo, seus integrantes desqualificam as instituições da democracia representativa e do Estado. Conforme a afirmação de um ativista do Black Bloc (Carta Capital, n. 760): “Não me sinto representado por partidos. Não sou a favor de democracia representativa e, sim, de democracia direta”. É de se perguntar se a tática Black Bloc é compatível com a democracia, ainda que qualificada de “direta”!O anonimato e os rostos cobertos contribuem para a democracia? Como distinguir, nesse mar de pessoas de preto, ativistas anti-capitalismo de policiais infiltrados e ou militantes fascistas e neonazistas? Pelo que se pode ler em sites dos Black Bloc na internet, só há a rejeição radical ao capitalismo. Destruir e, depois, construir o quê no lugar? Eles não têm essa resposta...... Mas a direita neoliberal e a direita neofascista têm projeto, ainda que só a primeira, de fato, tenha articulação e apoio de certas parcelas da sociedade para voltar ao poder, com o auxílio, meio oculto, da segunda, que é acanhada, mas perigosa. Como se sabe, historicamente, em épocas de convulsões sociais, a direita se une. E as esquerdas têm a obrigação de não se esquecer disso. (Fonte:Kátia Gerab Baggio)

sábado, 17 de agosto de 2013

Audiência Pública sobre situação de Piquiá de baixo revela absurdos crimes ambientais das siderúrgicas. Estado fica calado.

“As comunidades frente aos impactos da siderurgia em Açailândia e no Brasil” é o tema da Audiência Pública na Câmara Municipal de Açailândia que se abriu  às 9 horas de quinta-feira 15 de agosto de 2013, na presença de cerca de cem pessoas, moradores do bairro de Piquiá de Baixo e outros bairros da cidade, bem como de moradores da comunidade S. Cruz do Rio de Janeiro, igualmente atingida pelos impactos da siderurgia. O que chamou a atenção nesse primeiro dia foi a intervenção do prof. Messias Pereira Júnior, da UEMA. Ele fez referências a um estudo que realizou sobre as canaletas de descarga de água das siderúrgicas do pólo industrial de Açailândia para o rio Piquiá. Foi feita medição da qualidade da água a montante e à jusante das canaletas, a uma distância de cerca 12 metros entre os dois pontos de medição. Houve uma diferença de 40-45 vezes mais metais pesados entre um ponto e o outro. Toda a cadeia de vida que se alimenta dessa água fica sendo contaminada por essas emissões. Ainda hoje, nas siderúrgicas, não tem bacia de sedimentação, nem tratamento de água de emissão. Não há avaliação de partículas sutis emitidas no ar. Uma outra pesquisa feita pela UEMA, com o químico dr. Diniz, demonstrou grande quantidade de enxofre e sulfatos na água e na região. Na região de Açailândia não existe um comitê de bacias formado, nem dados sistematizados que possam servir para comparações. À época da implantação das siderúrgicas não havia normas suficientes para um efetivo licenciamento ambiental de qualidade. O professor se diz espantado com o fato de que, hoje, são renovadas as licenças de operação sem regulares estudos de impactos ambientais, mesmo sabendo da gravidade de todos esses impactos. O professor acredita que haverá reassentamento do Piquiá de Baixo, mas acha que a luta deve ser muito maior, garantindo respeito ao meio ambiente inteiro na região.(Fonte: Justiça nos Trilhos)

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Egito no sangue - Onde há teocracia nunca haverá democracia!

Uma análise de Clóvis Rossi
O massacre de mais de 600 pessoas no Egito devolve o país à situação prévia à chamada Primavera Árabe: volta a ser uma ditadura militar. Mudam só os nomes: ontem era Hosni Mubarak, agora é Abdul Fatah al-Sisi, chefe das Forças Armadas, o verdadeiro dono do poder, embora o presidente nominal seja um fantoche civil. Na verdade, a ditadura se instalou quando foi derrubado o presidente legítimo, o islamita Mohammed Mursi. Mas ainda se preservava a forma, o que ruiu por completo ontem.O que está em curso é a velha tendência de interditar o islamismo, com o que se interdita, na verdade, a democracia.Na democracia, governa a maioria, com o perdão pela obviedade. E, nas eleições, o braço político da Irmandade Muçulmana e os islamitas mais radicais da Al Nour ficaram com 65% dos votos, enquanto os grupos seculares/liberais não passaram de 15%. Que os militares, que mantiveram a Irmandade na clandestinidade a maior parte de seus 80 e poucos anos de vida, queiram repetir o esquema já é condenável, mas pelo menos é explicável. É o eterno braço de ferro entre as duas grandes forças egípcias. Mas é escandaloso que os liberais tenham se juntado aos militares para golpear a democracia. Veja-se o que escreve Steven Cook, do Council on Foreign Relations, especialista na região: 

"O fato de alguns grupos revolucionários [os da Primavera Árabe] e ativistas da democracia, que se consideram liberais, terem feito causa comum com os remanescentes do antigo regime e com os militares mina sua pretensão de serem democráticos. E também faz deles, se não forem cuidadosos, peões potenciais em um jogo que forças antirrevolucionárias estão jogando com o intuito de restaurar alguma aparência da velha ordem"."Algumas pessoas pensam que o regime policial de Mubarak foi desmantelado, o que é falso. Ele continuou durante a transição militar [entre a queda de Mubarak e a eleição] e, depois, com o presidente Mohammed Mursi. Durante todo esse tempo, nenhuma ação foi tomada para a reforma da instituição policial e dos programas ensinados na academia de polícia. Da mesma forma, nenhuma medida foi tomada contra os oficiais acusados de violação dos direitos do homem. O massacre de ontem pode provocar uma "forte condenação", como diz a nota oficial da Casa Branca, mas não deveria provocar surpresa ante a preservação de um estamento militar habituado à violência desde sempre. Por falar na nota da Casa Branca, é patético "urgir o governo do Egito --e todas as partes no Egito-- a evitar a violência e resolver suas diferenças pacificamente. Equivale a pôr no mesmo pé quem entrou com o sangue e quem entrou com as balas.(Fonte: Clóvis Rossi)

Francesco na festa da Assunção: 'Pedro fecha as portas, e Maria abre'!

No Angelus de ontem, quinta-feira, o Papa recordou também o 25º aniversário da Carta apostólica 'Mulieris dignitatem', de João Paulo II, sobre a dignidade e a vocação da mulher. Trata-se de um documento "rico de elementos que merecem ser retomados e desenvolvidos" – disse o Pontífice. Subjacente, "encontra-se a figura de Maria":"Façamos nossa a oração colocada no final desta Carta apostólica (cfr n. 31): a fim de que, meditando o mistério bíblico da mulher, condensado em Maria, todas as mulheres encontrem a si mesmas e a plenitude da sua vocação e em toda a Igreja se aprofunda e se entenda mais o tão grande e importante papel da mulher!" Antes da missa celebrada nesta quinta-feira em Castel Gandolfo, o Santo Padre encontrou as Clarissas do Mosteiro de clausura de Albano. O encontro durou cerca de quarenta e cinco minutos. A madre abadessa Maria Assunta Fuoco assim se expressou:- " O Santo Padre deixou-nos o seguinte: exortou-nos a viver profundamente a nossa vocação permanecendo fiéis ao nosso carisma, portanto, naquela simplicidade, naquela busca de essencialidade, naquela pobreza que nos faz sentir, todas, irmãs. É um pouco aquilo que a pessoa do Papa Francisco expressa: uma humanidade muito rica, uma humanidade que não se detém no acessório, mas busca a profundidade, criando relação.

Contou-nos uma coisa simpática, bonita, que nos fez a todos sorrir, inclusive ele mesmo: Maria está à porta do Paraíso; São Pedro nem sempre abre a porta quando chegam os pecadores e, então, Maria sofre um pouco, porém, permanece ali. E à noite, quando se fecham as portas do Paraíso, quando ninguém vê e ouve, Maria abre a porta do Paraíso e deixa entrar todos. Eis que nisto vimos a nossa missão, a nossa vocação. Esta vocação à vida contemplativa, na clausura, hoje não é absolutamente compreendida, mas não importa! Qual é a essencialidade? No silêncio, na escuridão, na noite, quando ninguém vê, ninguém sabe, ninguém ouve, quanta gente passa diante dos mosteiros de vida contemplativa e nem mesmo sabe quem está lá dentro e porque estão ali! Neste silêncio, nesta noite, se realiza a nossa missão, ou seja, poder abrir as portas do Paraíso para que toda a humanidade possa entrar, todos os homens, irmãos e irmãs que talvez nem mesmo conheçam, nem mesmo saibam e talvez não tenham o dom fé. Como Maria, abrir a porta; dar novamente confiança, esperança. Ninguém sabe... mas não importa. Porém, Deus o sabe, o sabe Maria!" (Fonte: Rádio Vaticano)

domingo, 11 de agosto de 2013

DIA DOS PAIS - homenagem a FRANCESCO, não o papa, mas meu pai!

EL CROBIO VISTO DAL DUSSIEL

Pai, fico imaginando quais seriam as suas feições se estivesse vivo. Se a sua incipiente careca teria tomado de conta, agora, da parte frontal da testa ou, quem sabe, ainda teria conservado parte dos cabelos brancos. Pergunto-me se teria ainda aquela veia humorística de contar piadas e prosas do passado e que tanto o caracterizava. Fico a imaginar se continuaria a levantar bem cedo para inspirar e saborear o ar frio das manhãs lá al Crobio, e planejar mais um dia denso de atividades, aquelas agrícolas de que você sempre gostou. Se teria coragem hoje em dia de criar ainda aqueles animais domésticos a quem batizava como se fossem membros da família. Fico imaginando se hoje com 85 anos continuaria a escapulir no final da tarde para ‘el dussiel’ ou para ‘le spussolente’ e verificar se as espigas do milho estão enchendo direito ou se o capim está pronto para mais um corte. Imagino se ainda teria voz para cantar 'ritorneremo ancor su questi monti e falceremo il grano al sole...'Talvez eu insistisse que não teria mais a idade para tanto, mas tenho certeza que você citaria seu pai, o avô Giacomo, que com a sua mesma idade ainda era produtivo. Talvez se queixasse de algumas dores reumáticas lembrando que nada disso sentia quando era jovem, que nunca tinha adoecido e que você não podia se queixar de nada...Pois é. São conjecturas que não obterão respostas, mas te confesso que não são tão essenciais para nós hoje. Hoje, no seu dia, temos a certeza de que você continua conosco como pai amigão, brincalhão, atencioso e misericordioso com todos (até demais!), como esposo compreensivo e sempre prestativo. Não nos interessa mais saber qual seria a sua feição, ou os seus hábitos, a nós basta saber que continuaria a ser o melhor e o único pai. Continue conosco, FRANCESCO! Parabéns para o seu dia, pai!
Teus filhos, Claudio, Graziella, Ennio e la tô sposa Gina.

Francesco: o amor dá sentido até aos nossos pecados, porque Deus nos perdoa!

Milhares de fiéis e romanos lotaram novamente neste domingo, 11 de agosto, a Praça São Pedro, no Vaticano, para ouvir e ver o Papa Francisco. O Papa lembrou que “no Evangelho deste domingo, Lucas nos fala do desejo do encontro definitivo com Cristo, um desejo que nos faz estar sempre prontos, com o espírito desperto, porque aguardamos este encontro de todo coração, inteiramente. Este é um aspecto fundamental da vida cristã”. Envolvendo os fiéis em sua catequese, Francisco convidou a responderem a duas perguntas. A primeira: “Vocês têm realmente um coração desejoso de encontrar Jesus? Ou seu coração está fechado, adormecido, anestesiado? Pensem e respondam em silêncio, em seus corações”, pediu. Em seguida, comentou a afirmação de Lucas “onde está o seu tesouro, está o seu coração”, e fez a segunda pergunta:“Onde está o seu tesouro? Qual é para vocês a realidade mais importante, mais preciosa, a realidade que atrai seu coração como um imã? Pode-se dizer que é o amor de Deus? Alguns poderiam me responder: Pai, mas eu trabalho, tenho família, para mim a realidade mais importante è conseguir manter minha família, meu trabalho... Certo, é verdade, mas qual é a força que mantém unida uma família? É justamente o amor de Deus que dá sentido aos pequenos compromissos cotidianos e que ajuda a enfrentar as grandes dificuldades. Este é o verdadeiro tesouro do homem”. Segundo Papa Francisco, “o amor de Deus não é algo indefinido, um sentimento genérico, não é ar; o amor de Deus tem um nome e um rosto: Jesus Cristo, porque não podemos amar o ar. Amamos pessoas, e aquela pessoa é Jesus”. “É um amor – explicou – que dá valor e beleza a todo o resto: à família, ao trabalho, ao estudo, à amizade, à arte, a qualquer atividade humana”. “Este amor dá sentido também – concluiu – às experiências negativas, porque nos permite ir adiante, não ficar prisioneiros do mal, e sim ir além; nos abre sempre à esperança, ao horizonte final de nossa peregrinação. Assim, até os cansaços, quedas e pecados ganham um sentido, porque o amor de Deus nos perdoa”.

sábado, 10 de agosto de 2013

Ao pequenino rebanho é dado o Reino. Faça por merecer! (Lc.12,32-48)

‘Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 32“Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino. 33 Vendei vossos bens e dai esmola. Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. 34 Porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração’.

Parece até cinismo convidar um ‘pequenino rebanho’ de pobres, mendigos, doentes e impuros a ‘vender’ seus bens e dar o dinheiro em esmola. Quais seriam, afinal, esses bens de valor que eles possuem, e a quem seriam vendidos? Por acaso, seriam vendidos para aqueles que possuem dinheiro e que, talvez, sejam os mesmos que os têm defraudado ao longo de suas vidas? E ao vender os poucos bens que possuem, iriam viver, por acaso, exclusivamente da generosidade de um Reino prometido, mas ainda não realizado? O modo de proceder de Jesus continua sendo sempre mais provocador e um tanto chocante. Jesus, no entanto, deixa claro que ‘os pequenos’ são os verdadeiros destinatários do Reino de Deus. Que ao tomar consciência disso, devem colocá-lo como primeiro e único valor. Eles, principalmente, mais do que qualquer outro. Que os pequenos, mesmo sendo os herdeiros preferidos do Reino, eles também podem ser tentados em correr atrás de ‘outros tesouros’. Por isso que eles também devem se desfazer de tudo o que cheira a dependência e escravidão: a sede de acumular. Ao proceder desse jeito os pequenos estariam jogando para a lata do lixo a imperdível chance de ‘administrar’ definitivamente um Reino que sempre sonharam e que jamais viram. 

Na realidade Jesus não entra no joguinho típico de quem divide o mundo entre bons e maus, entre ricos e pobres, entre puros e impuros. A nossa existência possui muitas tonalidades e matizes. Para Jesus também os pequenos são vítimas do desejo e da ambição de possuir e de segurar bens efêmeros, achando que nisso podem encontrar a verdadeira felicidade. Também eles podem gastar energias e recursos para correr atrás de ‘tesouros’ que têm vida curta, que iludem. É impressionante como Jesus parece ser mais intransigente justamente com o ‘pequeno rebanho’ do que com aqueles que juntam efetivamente tesouros que se corrompem ou que serão dilapidados pelos seus herdeiros. Uma coisa parece certa: Jesus aposta nos pequenos, pois eles continuam sendo ainda os mais generosos, e com mais capacidade de partilhar. Já daqueles viciados em ajuntar e abusar dos bens materiais há poucas chances de eles fazerem deslanchar o novo jeito de governar de Deus! Para estes, o verdadeiro tesouro continua sendo aquele palpável, o material mesmo. Aquele tesouro que lhes dá a falsa idéia que podem conquistar/comprar tudo e todos.  Que os pequenos não joguem fora as chances de gerar uma nova humanidade sobre bases mais humanas, sóbrias e solidárias!

Terras indígenas no Maranhão - PF e exército estão vindo para 'limpar'.

É sempre mais forte o ‘zum-zum’ de que PF, exército, FUNAI e outras instituições estão vindo ao Maranhão nas próximas semanas para ‘liberar’ as terras indígenas de ocupantes ilegais e proteger empresas chamadas a demarcar fisicamente aquelas terras indígenas que ainda não o foram. Tudo isso como resultado de anos de longos processos de análises e estudos realizados pelo Ministério da Justiça. É caso da terra indígena Awá-Guajá, da terra indígena Porquinhos, e outras.....Os ocupantes de ‘má fé’, ou seja, pessoas que sabiam que a terra que ocuparam era terra indígena interditada, e mesmo assim entraram, não terão chance de indenização, nem de serem transferidas para outras terras. Parece haver gente que não admitem que há espertinhos querendo tirar proveito em tudo. Na mesma esteira parece haver um movimento não muito subterrâneo liderado por alguns deputados federais do Maranhão para tentar reduzir terras indígenas (ou Reservas Biológicas) já demarcadas, homologadas e registradas em cartório como Patrimônio da União. Quanta esperteza desperdiçada! Mais uma vez, às vésperas de uma eleição, eles tentam enganar e iludir famílias e fazendeiros do estado no intuito de abocanhar ‘alguns votinhos’.  Vamos trocar de CD, deputados, que essa música é velha e não cola!

Francesco visita os trabalhadores 'anônimos' do Vaticano. Não só de monsenhores vive o Vaticano!


O Papa Francisco fez uma visita surpresa, nesta sexta-feira, à área industrial da Cidade do Vaticano. O Santo Padre saudou os operários da marcenaria, da central elétrica vaticana, do laboratório hidráulico e os soldadores. As pessoas que caminhavam pela área ficaram felizes de ver o Papa e saudá-lo. Entrevistado pela Rádio Vaticano, Alessandro De Gregori, um dos funcionários da central elétrica vaticana, disse que estava conversando com os colegas no local de trabalho quando viram chegar um carro. Eles olharam para o veículo e disseram: "Não é possível! Parece ser o Papa!" De fato, era o Santo Padre. "Foi uma visita bem quista, bem aceita na central. Em dez anos de trabalho aqui no Vaticano isso nunca tinha acontecido. Foi uma emoção reencontrá-lo, pois já tínhamos encontrado o Papa numa das missas celebradas pela manhã na Casa Santa Marta. Foi realmente uma surpresa agradável", disse o operário. De Gregori frisou que o Papa estava feliz em visitá-los. "Isso me deixou muito feliz. Ele veio até nós e não o contrário", ressaltou. O funcionário da central elétrica vaticana disse que Papa permaneceu com eles cerca de cinco minutos, quis saber quais eram suas funções e depois foi visitar outros setores. (Fonte - Radio Vaticano) 

PF tenta coibir fraude e corrupção no INSS, mas é algo entranhado desde a 'Colônia'!

O Departamento de Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal, deflagrou, nesta sexta-feira (9), a Operação Luto nas cidades Santa Inês e Santa Luzia do Tide, no Maranhão. A Operação teve como finalidade o cumprimento de 11 mandados judiciais de busca e apreensão. O objetivo da operação é reprimir a prática de crimes previdenciários. As investigações, iniciadas em 2008, levaram ao desbaratamento de uma quadrilha de fraudadores contra o INSS, atuante na região de Santa Luzia do Tide e Santa Inês, com participação efetiva de servidores da autarquia previdenciária, responsáveis pela habilitação e concessão indevida de benefícios previdenciários; de dirigentes de sindicatos dos trabalhadores rurais, a quem cabia a montagem dos “processos” de requerimento de benefício com documentação adulterada; e de terceiros colaboradores, que auxiliavam os despachantes no aliciamento de segurados e na falsificação documental. Através de levantamentos preliminares, o prejuízo aos cofres públicos inicialmente detectado é de R$ 5.750.080,20. O título da Operação Luto foi escolhido por alusão ao modus operandi da quadrilha, que, na maioria das vezes, alterava a data do óbito do segurado para fins de colher efeitos financeiros retroativos indevidos quando do saque da primeira parcela do benefício de pensão por morte, obtido fraudulentamente. (Fonte: JP)

Brasil, 7º matador mundial de mulheres!

 De 1980 a 2010, o Brasil registrou o assassinato de 91.886 mulheres, destacou, nesta quarta-feira (7/8), a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, na abertura da 7ª Jornada Lei Maria da Penha, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na sua sede em Brasília. “Lamentavelmente o Brasil tem a sétima taxa do mundo”, disse a secretária, referindo-se ao índice de 4,4 homicídios por grupo de 100 mil mulheres. Ela defendeu o reforço das medidas protetivas, para prevenir agressões, e a ampliação dos investimentos em Segurança Pública.“O Brasil ainda não tem delegacias especializadas em violência doméstica em todo o país. Além disso, muitas delegacias ficam fechadas no fim de semana, quando ocorrem muitos casos de violência doméstica. (Fonte:Blog do Aldir)

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Novo Código de mineração: um cheque em branco para as mineradoras!

No dia 18 de junho foi apresentado o projeto de lei do novo Marco Regulatório da Mineração (PL 5.807/13), em debate no governo federal há cerca de quatro anos. De acordo com o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o objetivo é incentivar o investimento no setor, além de atualizar a legislação em vigor, que remonta a 1967, quando foi sancionado o Código da Mineração, ainda durante o regime militar. O projeto foi apresentado em regime de urgência constitucional. Ou seja: 45 dias na Câmara mais 45 dias no Senado. Movimentos sociais e entidades do setor da mineração denunciam que o caráter de urgência impossibilita o amplo debate pela sociedade civil. 

Compensação financeira -Entre as principais propostas está a mudança na Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), tarifa que as empresas exploradoras pagam ao poder público para compensar a retirada dos recursos minerais do território. Atualmente, pode variar de 0 a 3%, e com o novo código pode chegar a 4%. Há dois anos, o governo cogitava o valor de 8%, mas recuou em função de lobby, declara. A distribuição do Cfem deve ser a mesma: 65% para municípios, 23% para estados e 12% para o governo federal. 

Criação de entidades fiscalizadoras e reguladoras -O documento propõe a criação do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM), que deve auxiliar a presidência na elaboração de políticas para o setor, tratando da questão de forma ampla, como planejamentos a médio e longo prazos, estratégia macro e outros. O atual Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) deve ser substituído pela Agência Nacional de Mineração (ANM), que funcionará como outras agências reguladoras, detalhando processos, definido políticas e normas específicas. Para Carlos Bittencourt, pesquisador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), a criação dos órgãos deve ser mais debatida. “Estão sendo criadas apenas orientações gerais e quase tudo fica para decretos, a serem feitos pelo Parlamento, presidência ou a agência. O novo código é bem mais enxuto que aquele que está substituindo. Cria um alto índice de arbitrariedade”, explica. 

Método de Concessão - Outra grande mudança proposta está relacionada à concessão para pesquisa e extração das áreas, que funciona atualmente em regime de prioridade e sem prazo para exploração. O documento exigirá que seja cedida uma autorização, com prazo de 40 anos e possibilidades de renovações de 20 anos. Serão três diferentes formas de concessão: chamamento público, licitação e autorização. As autorizações serão para exploração de minério destinado à construção civil, argila, água mineral e minérios utilizados em correções de solos agrícolas. A licitação será usada nas áreas especiais, que são grandes jazidas ou áreas consideradas estratégicas pelo governo. Já o chamamento público será para áreas que não são estratégicas. “Não está claro no texto como cada um destes mecanismos vai atuar no processo de requerimento. Teremos o controle da presidência, mas não está claro como será feito este controle. (Fonte: IHU)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Acusados por desmatamento ilegal em terra indígena terão que pagar indenização de R$ 21 milhões

Dois acusados por desmatamento ilegal dentro da terra indígena Sararé, em Mato Grosso, foram condenados a pagar indenização no valor de R$ 21 milhões por danos materiais. A perícia identificou o desmatamento ilegal de 5.659 hectares de vegetação. A ação civil pública contra Antônio Pereira da Silva, conhecido como Maranhão, e Edevilson Vicentim foi proposta pelo Ministério Público Federal em Cáceres em 2008. Em junho de 2011, os dois acusados foram condenados a pagar indenização por danos materiais no valor de R$ 21.046.068,00 e indenização por danos morais coletivos de R$ 30 mil para cada um dos acusados. Até o pagamento das indenizações, elas estão sujeitas à correção monetária e juros.O procurador da República William Tetsuo Teixeira Iwakiri explica que não cabe mais recurso à sentença e que o valor da indenização por danos morais (R$ 60 mil) será revertido ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos. O desmatamento foi flagrado em outubro de 2002 por uma equipe de fiscalização da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal que foi apurar uma denúncia sobre a existência de madeireiros dentro da Terra Indígena Sararé, entre os municípios de Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, no oeste de Mato Grosso. Quando a equipe de fiscalização chegou ao local, os madeireiros fugiram deixando para trás um trator e um caminhão carregado com uma máquina esteira, uma motocicleta e um caderno com anotações sobre a quantidade de madeira transportada. (Fonte: MPF – Ministério Público Federal)

'Não faltam médicos. Faltam equipamentos hospitalares'! SERÁ?

Ontem estava levando um confrade ao hospital para uma consulta médica e bem na sua frente, do outro lado da avenida, um outdoor imenso chamou a minha atenção. Uma só frase. ‘O Brasil não precisa de médicos. Precisa de equipamentos hospitalares’. Assina o Conselho Regional de Medicina. Quão falsa e hipócrita essa frase! E com todo respeito e veneração para os muitos médicos dedicados, sérios e competentes que ouso acreditar ser a maioria.  A frase deixa entender qual visão de ‘medicina’ o Conselho regional de Medicina tem. Uma medicina meramente hospitalar, cirúrgica, que interna o paciente, pois para ser médico, hoje, no entendimento do CRM seria só num hospital! Onde estaria aquele médico de família, que visita sistematicamente, que conhece as pessoas, que sabe da importância da prevenção, que ajuda a entender que é fundamental ter água de boa qualidade, alimentação saudável, que prescreve exames preventivos de rotina, etc.? Isso pode se dar através de um diálogo elegante entre médico e cidadão, não necessariamente entre médico ‘impaciente’ que receita uma sigla de remédios e despacha apressadamente o ‘paciente’ que já chegou doente ao seu consultório. Que faltam equipamentos hospitalares em hospitais públicos, principalmente no interior do Brasil e do Maranhão é um fato evidente. Da mesma forma que faltam médicos dispostos a ir ao interior para serem médicos que ajudam a prevenir, a educar, a diagnosticar antes que ocorra a desgraça! Para isso, basta olho clínico e amor à profissão. Problema de salário é que não é!!!!!!! 

Brasil gigante...em concentração de riquezas e desigualdade. Dói, mas os números não ajudam....

De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o salário dos 10% mais pobres cresceu 91,2% entre 2000 e 2011, enquanto que a renda dos 10% mais ricos aumentou 16,6%. O Coeficente de Gini, que mede desigualdade social, vem caindo desde o início da década de 90 e estava em 0,527, em 2011, certamente estará menor quando saírem os números de 2012 (quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade). Salários, Previdência Social, Bolsa Família contribuíram fundamentalmente para que isso acontecesse. Porém, mesmo com as mudanças, a maior parte das riquezas continua na mão de pouca gente. Ainda estamos entre os 12 países mais desiguais do mundo. Tudo isso é ainda é migalha se comparado com os recursos que deveriam ser investidos para garantir serviços públicos de saúde e educação de qualidade, por exemplo.
No Campo o que Mudou? No último Censo Agropecuário disponível (2006), do IBGE, o grau de concentração de terras no país permaneceu praticamente inalterado desde 1985. O Coeficente de Gini para o campo registra 0,854 pontos, patamar próximo aos dados verificados nas duas pesquisas anteriores: 0,856 (1995-1996) e 0,857 (1985). Quanto mais perto essa medida está do número 1, maior é a concentração na estrutura fundiária. Isso confirma a estrutura agrária nacional como uma das mais desiguais do mundo. Enquanto os estabelecimentos rurais de menos de 10 hectares ocupam 2,7% da soma de propriedades rurais, as fazendas com mais de 1 mil hectares concentram 43% da área total. Enfim, ainda fazemos parte do seleto grupo de países ricos com altíssima concentração de riqueza e respeito insuficiente aos direitos humanos. (Fonte IHU)

Brasil: direitos ensanguentados!

Cresce a renda, mas não os direitos humanos! - Em visita ao país, o secretário geral da Anistia Internacional, o indiano Salil Shetty deu uma entrevista exclusiva ao Valor em que reconhece que o Brasil é um dos poucos países no mundo que tiveram a capacidade de diminuir a desigualdade de renda, mas o avanço do bem-estar econômico de uma parte significativa da população não se reverteu em conquistas no campo dos direitos humanos."Este é um país que está se tornando uma grande potência econômica e, sem dúvida, o número de pessoas abaixo da linha de pobreza diminuiu", diz. "Mas, ao mesmo tempo, o país está atravessando violações muito sérias de direitos humanos diariamente, concentradas especificamente em alguns setores da população, principalmente no que diz respeito à questão de disputa da terra em áreas rurais e também no contexto das favelas urbanas".

Governadora veta projeto de lei que pune escravagistas - A governadora do Estado do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), vetou o projeto de lei nº 169/2013, que havia sido aprovado na Assembleia Legislativa do Estado e previa a cassação do registro de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de empresas flagradas com trabalho escravo. O veto foi publicado na edição de segunda-feira (5) do Diário Oficial da Assembleia Legislativa e, na sua justificativa, a governadora alegou que o texto é inconstitucional.

Isso é uma verdadeira vergonha para o Brasil”! -Uma comitiva da Anistia Internacional visitou nesta quarta-feira, 7, comunidades indígenas Guarani Kaiowá da região de Dourados (MS). Durante o encontro, lideranças Kaiowá, Guarani, Terena, Kinikinau e Ofayé se encontraram com o secretário geral da entidade, o indiano Salil Shetty, para denunciar a demora na demarcação de terras e as violências sofridas por estarem fora de seus territórios tradicionais ou confinados em pequenas reservas. Em pleno 2013, não se pode simplesmente fazer o que se quer nas terras indígenas, como se não houvessem direitos a serem respeitados”, afirmou Salil aos indígenas. “Aqui, conheci mães que perderam seus filhos pequenos, velhos que perderam seus filhos. Essas coisas acontecem aqui à luz do dia, e não há investigação. As pessoas que cometem esses crimes simplesmente continuam livres. isso é uma verdadeira vergonha para o Brasil”, disse. (Fonte: IHU)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Ministro da Justiça anuncia que vai retirar os ocupantes da Terra Awá, no Maranhão, no segundo semestre. Será?


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a desintrusão — retirada dos não indígenas da Terra Awá, no Maranhão — será executada neste segundo semestre, e que o governo irá com tudo: “Força Nacional, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Funai e apoio logístico das Forças Armadas”. Ele admitiu que será difícil. “Sabemos que haverá resistência, mas lá não há ocupantes de boa fé”. Cardozo garantiu que “a lei será cumprida” e informou que “o Plano Operacional já foi apresentado ao Judiciário”. Para se concluir que não há ocupantes de “boa fé” — seja grileiros, seja posseiros — foi feito todo um processo de averiguação. Apesar disso, o ministro destacou que haverá dois tipos de tratamento. Os posseiros serão incluídos em programas do Incra de reforma agrária. No diálogo com os posseiros atuarão a Funai e a Secretaria Geral da Presidência. ‘Nós sabemos que, como em outros casos, os pobres serão usados pelos grileiros e madeireiros’ explica Cardozo, e ‘por isso  que essa ação de “desintrusão” vem sendo estudada há algum tempo, mas que era preciso passar a Copa das Confederações e a visita do Papa, que mobilizaram muitos efetivos. Agora, as forças estarão concentradas na Operação Awá. A área da Terra Awá, confirmou o ministro, já foi demarcada e homologada e a ação de desocupação não havia sido realizada antes porque surgiram várias ações na Justiça, e o governo teve que aguardar a decisão. Houve a judicialização, mas agora todas as ações foram julgadas e o assunto já transitou em julgado, por isso é a hora da fase da desintrusão. Mas esse é um conjunto complexo de ações que exige a presença da Força Policial. A hora, segundo o ministro, é agora, ao longo deste segundo semestre. Já a a ONG Survival, que trabalha pela preservação do território dos Awá, declarou por e-mail que “a operação chega em um momento crítico”. Citou que nos últimos anos “foram fechadas oito madeireiras, mas há ainda um número considerável de serrarias que funcionam na região”. Lembrou, por fim, que “até agora a operação não entrou na terra indígena onde ainda ocorre o desmatamento ilegal em um ritmo alucinante e onde o risco ainda é maior para a população de índios isolados que vivem na área’.(Fonte: Mirian Leitão -Twitter)  

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

No Brasil a mortalidade infantil continua alta e a expectativa de vida segue baixa. Inverter prioridades já!

"Apesar da mortalidade ter caído muito, nós ainda continuamos distantes dos níveis das regiões mais desenvolvidas", afirmou Fernando Albuquerque, pesquisador do IBGE, durante a apresentação dos dados.Em relação a mortalidade infantil, o Brasil ocupa o 97º lugar no ranking mundial, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidos) usados como referência pelo IBGE, com 16,7 mortes por 1.000 nascidos vivos.O topo da pirâmide é ocupado pela China (junto com Hong Kong), que apresenta 1,89 mortes por 1.000 nascidos vivos, seguido de Islândia (1,89) e Cingapura (1,97). O Chile está em 47º lugar (6,54) e a Argentina, em 80º (12,4).Em último lugar no ranking aparecem República Democrática do Congo (112,2) e Serra Leoa (121,9).
No ranking de mortalidade na infância, ou seja, de crianças com menos de 5 anos, o Brasil está em 94º lugar, com 19,4 mortes por 1.000 nascidos vivos.Em primeiro lugar (com menor taxa) está Cingapura (2,5), seguido de Islândia (2,7) e China, Hong Kong (2,9). O Chile aparece em 47º (7,9) e a  Argentina aparece em 79º (14,5). Em último lugar estão, assim como no índice anterior, República Democrática do Congo (186,9) e Serra Leoa (194,1).

Expectativa de vida -Em relação à expectativa de vida (ou esperança de vida ao nascer), o Brasil está em 91º lugar na lista da ONU (com 73,6 anos). O país com melhor resultado é o Japão (83 anos), seguido de China e Hong Kong (82,8) e Suíça (82,1). O Chile aparece em 34º lugar na lista (79,2) e a Argentina, em 59º (75,7).As piores posições pertencem a Botsuana (46,9) e Serra Leoa (44,6).

BERLUSCONI - PIANGI, PIANGI!



Caiu, enfim, a máscara do ex-primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi. A Suprema Corte da Itália o condenou definitivamente a 4 anos de cadeia por vários crimes de corrupção. Ontem, aceitou discursar, pela primeira vez após a condenação, perante os seus babões que se concentraram em Roma para apoiá-lo e pedir ao presidente italiano a sua anistia. Algo que o presidente, justamente, se recusa a considerar. Evidentemente, o ex-primeiro ministro se considera uma vítima do Ministério Público e dos ‘juízes vermelhos’ (comunistas) e, agora, um perseguido, também, pela Suprema Corte da Itália. Queira Deus que se faça justiça também com tantos outros filiados e aliados do partido de Berlusconi que continuam alimentando formas de racismos e falcatruas administrativas. Lágrimas de crocodilo  não adiantam!

sábado, 3 de agosto de 2013

' A vida não consiste em acumular bens' (Lc.12, 13-21)

Vivemos numa sociedade que exige que sejamos educados a tirar proveito de tudo e de todos. Que sejamos fiéis discípulos da equação custo-benefício. Que se existe algum tipo de custo/sacrifício na vida que seja para obter, mais adiante, mais lucros e mais vantagens. Que nos convençamos que nós humanos temos no nosso DNA a tendência inata em desejar, possuir, acumular e segurar bens para nós. Que isso, afinal, é natural. Há igrejas que se associam a esse tipo de educação e afirmam em alto e bom som que possuir muitos bens seria até uma bênção de Deus. Um ato explícito da sua benevolência e da sua vontade para com aqueles que lucram e acumulam. Quanto mais um ‘abençoado’ possuí bens mais amado e querido por Deus. Tudo isso, no entanto, não resiste a uma superficial constatação do que vêm ocorrendo com as pessoas que aceitam ser ‘educadas nesse tipo de escola’, ‘a pedagogia da ganância’. Jesus, mesmo não vivendo num sistema eufemisticamente definido capitalismo ‘liberal’ nos mostra no evangelho de hoje que a ganância escraviza. Revela como aquelas pessoas que aceitam de se submeter aos impulsos de ter, do acumular, de consumir acabam perdendo sua liberdade interior. Tornam-se bonecos manipulados pelo poder da sedução de se sentirem únicos donos de algo que, fatalmente, não lhe proporcionará liberdade de ação. 
É incompreensível para Jesus, inclusive, a sóbria e sábia preocupação com o cotidiano. Até nisso Jesus nos alerta para agirmos com mais serenidade, pois o Pai que está nos céus não deixa cair um só fio dos nossos cabelos e alimenta os passarinhos que não plantam e nem semeiam. A atualidade da crítica de Jesus a quantos colocam a ganância como alicerce da sua existência é desconcertante. Num sistema econômico que propaga a idéia de que é a liberdade de vender, de comprar, de trocar, e de acumular que faz o mundo evoluir e desenvolver, e proporciona satisfação plena, constatamos com amargura que é justamente isso que cria sempre mais novas formas de escravidão e de dependência. A muitos filhos e filhas de Deus lhes são negadas as condições mínimas para viver com dignidade. E aos seus carrascos, sonegadores de vida, vítimas e escravos de sua sede insaciável e doentia de acumular bens para se exibirem, só lhes cabe ostentar, pateticamente, tão somente o seu vazio interior. Só lhes resta como ‘celeiro moral’ o não sentido da sua vida. Acumularam para dominar e serem felizes, e colhem infelicidade e amargura.  

Mutirão carcerário poderá solucionar parcialmente superlotação nos 'calabouços' do Maranhão!

O juiz José Roberto de Paula, da Vara das Execuções Penas e o promotor de justiça Pedro Lino da Silva Curvelo, desmascararam para a população, toda a verdade do Sistema Carcerário de São Luís. Informações fabricadas pela Secretaria de Comunicação do Estado e os sofismas alardeados através da mídia por gestores da Sejap, foram totalmente desmascarados pela justiça e o ministério público.  Nenhum rastro de ressocialização foi encontrado, muito pelo contrário, o desrespeito a  dignidade e aos direitos humanos se constituem na realidade das unidades prisionais da capital. Os discursos com expressões recheadas de vaidades megalomaníacas se perderam tal qual o vento e a frustração com a verdade vindo a tona, talvez possa  mudar totalmente a administração e até mesmo o comportamento dos gestores, caso estejam dispostos a descer do pedestal e  efetivamente com humildade e respeito possam  trabalhar dentro de uma administração moderna e participativa.
Com a constatação pelo Tribunal de Justiça de que três mil presos aguardam julgamento em todo o Maranhão e a terrível superlotação que originam fugas e assassinatos e a necessidade urgente de uma solução para a problemática, bem que poderiam ser feitas gestões junto ao Conselho Nacional de Justiça para a realização de um  mutirão carcerário em nosso Estado, como recentemente o CNJ anunciou para o Amazonas. O Ministério Público deve pedir ao judiciário a instauração de procedimentos contra o Governo do Maranhão, que inclusive vem postergando Termos de Ajustes de Condutas. O mais grave em tudo isso é que o Sistema Penitenciário do Maranhão recebe muitos recursos federais e a sua aplicação não é bem transparente. Mensalmente são milhões de reais destinados exclusivamente  para serviços  terceirizados, principalmente na utilização de pessoas totalmente despreparadas e sem um mínimo de qualificação para o exercício de atividade específica de agente penitenciário. (Fonte: Blog do Aldir Dantas)

Práticas extorsivas dos bancos 'brasileiros' rendem lucros vergonhosos. 'Manifestações' neles!

De acordo com um levantamento feito pelo UOL com dados do Banco Mundial, os ganhos do maior banco privado brasileiro apenas no primeiro semestre (cerca de US$ 3,11 bi) são maiores do que o PIB (Produto Interno Bruto) de Aruba, Cabo Verde e Butão, por exemplo. Os 33 países mais pobres do mundo ficam principalmente na África, Oceania, Ásia e América Central. O ranking do Banco Mundial compara a economia de 190 países. Em 2012, a economia brasileira foi considerada a sétima maior do mundo, atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França e Reino Unido.O segundo maior banco privado brasileiro, o Bradesco, teve lucro líquido de R$ 5,86 bilhões no primeiro semestre, no maior ganho de sua história. Esse resultado é maior do que a economia de 30 países, segundo dados do Banco Mundial. O Santander, por sua vez, registrou no primeiro semestre lucro de R$ 2,929 bilhões (cerca de US$ 1,29 bilhão) apenas no Brasil. Esse resultado é maior do que o PIB de 21 países, também segundo informações do Banco Mundial. Os juros cobrados pelos bancos brasileiros são um dos fatores que fazem os lucros serem cada vez maiores. Segundo um levantamento do blog Achados Econômicos, o Itaú, apesar de ser só o 39º maior banco do mundo no ranking geral da revista britânica "The Banker", é o 13º quando o assunto é cobrança de juros. O conglomerado financeiro recebeu US$ 27,687 bilhões com empréstimos no ano passado. Os três maiores bancos do país (Itaú, Banco do Brasil e Bradesco) ganharam, juntos, US$ 72 bilhões com juros em 2012. (Fonte: IHU)
Comentário do blogueiroocorreu-me que as manifestações de rua, com raras exceções, criticaram as práticas de extorsão dos bancos ‘brasileiros’...menos ainda tentaram invadir e saquear alguns deles! 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Maranhão, campeão às avessas - Atlas do desenvolvimento humano das Nações Unidas diz que Maranhão tem a pior renda média 'per capita' do Brasil.

O estado do Maranhão tem a pior renda per capita média do Brasil, no valor de R$ 360,43. É o que aponta o Atlas do Desenvolvimento Humano 2013, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) nesses dias. Sete dos dez municípios com os mais baixos resultados no levantamento da renda média são do estado, inclusive os três piores. Marajá do Sena, o “lanterna” do país, tem renda média por habitante de R$ 96,25. Já em Fernando Falcão, penúltimo do ranking, o valor é de R$ 106,99, e em Belágua, antepenúltimo, R$ 110,65. As outras sete cidades brasileiras com as piores rendas médias do país são: Amajari (RR), com R$ 121,32; Santo Antônio do Içá (AM; R$ 122,21); Uiramutã (RR; R$ 123,16); Serrano (MA; R$ 123,44); Humberto de Campos (MA: R$ 125,91); Jenipapo dos Vieiras (MA; R$ 127,24); e Santana (MA; R$ 127,77). Na elaboração do Atlas, a pesquisa avaliou outros diversos quesitos envolvendo renda, saúde e educação. Em todos o Maranhão figura entre os últimos colocados. O estado tem o segundo pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com 0, 639, na frente apenas de Alagoas, com 0,631. No ranking de municípios menos desenvolvidos, o Maranhão também aparece em segundo lugar com Fernando Falcão, que obteve 0,443, número semelhante ao IDH dos países mais pobres da África, como Angola e Benin. Entre os 50 menos desenvolvidos, estão outros cinco municípios maranhenses: Marajá do Sena (0,452), Jenipapo dos Vieiras (0,490), Satubinha (0,493), Água Doce do Maranhão (0,500) e Lagoa Grande do Maranhão (0,502). O Maranhão apresentou melhora do IDH dos municípios em relação a 1991 e 2000, quando era o menos desenvolvido do Brasil, com 0, 639 e 0,531, respectivamente. O percentual da população de 18 anos ou mais com fundamental completo também subiu uma posição. Em 2000, era o 3º pior (26,49). A expectativa de vida permaneceu como a segunda mais baixa. Em 2000, era de 63,92, na frente apenas de Alagoas também. Já em 1991, era a pior do Brasil (58,4). Quanto à renda per capita média, o estado também manteve o último lugar em que havia ficado nos outros levantamentos. (Fonte: TG1)

AS 10 PIORES CLASSIFICAÇÕES DO PAÍS EM RENDA PER CAPITA
Marajá do Sena (MA): R$ 96,25
Fernando Falcão (MA): R$ 106,99
Belágua (MA): R$ 110,65
Amajari (RR): com R$ 121,32
Santo Antônio do Içá (AM): R$ 122,21
Uiramutã (RR): R$ 123,16
Serrano (MA): (R$ 123,44)
Humberto de Campos (MA): R$ 125,91
Jenipapo dos Vieiras (MA): R$ 127,24
Santana (MA): R$ 127,77

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Mais de 800 indígenas na audiência pública sobre os descalabros da saúde indígena no Maranhão



Tudo estava pronto para a realização da audiência pública em São Luis, para tratar das graves denúncias de descaso, clientelismo, omissão e improbidade administrativa na gestão da saúde indígena no Maranhão. Ontem, o coordenador nacional da Secretaria da Saúde Indígena, Antônio Alves, comunicou que não iria participar alegando ‘falta de segurança’. Decisão inconcebível que só pode ser entendida como uma forma de ludibriar a consistência das denúncias já feitas, e que serviu somente para reconhecer indiretamente sua própria responsabilidade nesse setor. Mesmo assim, hoje, cerca de 800 indígenas do Maranhão se concentraram no auditório da OAB/MA, e na presença do Procurador da República Alexandre Soares, do coordenador dos Direitos Humanos da OAB/MA, do defensor público federal e outros colaboradores expuseram, mais uma vez, o que vem ocorrendo nesse Estado. Todas as nove etnias estavam representadas. Uma participação maciça que vem a demonstrar o quanto é urgente uma solução nesse setor nevrálgico da vida e do futuro dos povos indígenas no Maranhão. As denúncias expostas publicamente, não alteraram substancialmente o quadro informativo que a Procuradoria e outros órgãos da União possuem a esse respeito. 
Foi interessante observar, no entanto, que os presentes denunciaram não somente as mazelas que se escondem na administração local e nacional da saúde indígena, mas também as próprias. As disputas internas, as alianças espúrias de grupos de famílias indígenas para obter vantagens, e tirar proveito das péssimas condições de saúde desses povos, foram colocadas de forma clara e contundente. O quadro geral que emergiu confirmou o que vem sendo exposto publicamente desde 2011: falta de remédios básicos, desvio de remédios, péssimo atendimento nos pólos-base, falta de respeito com as especificidades culturais no atendimento, falta de transporte para levar os doentes aos hospitais próximos, casos de mortes como conseqüência da negligência e da omissão dos órgãos e pessoas responsáveis. Foi pedida, enfim, explicitamente, a saída do atual responsável regional da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI). Duas lições parecem emergir desse evento. A primeira: O Ministério Público federal terá que ir até as últimas conseqüências quanto ao que foi denunciado, investigando e processando eventuais responsáveis. Isso deve ser feito de forma rápida, eficaz e indiscriminada. A segunda: os indígenas deverão continuar a pressionar e a construir ao mesmo tempo formas próprias para melhorar o atendimento à saúde, propondo, denunciando, realizando de forma coerente o que lhes cabe. 

O papa se foi, vamos falar de 'juventudes'?

Até poucos dias antes da chegada do papa Francisco ao Brasil a pauta de juventude não era bucólica e carregada de mensagens de paz e esperança. Pelo contrário, era alto o brado pela redução da maioridade penal e fortes os ataques ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que garante direitos a uma das pontas frágeis da sociedade. Para a mídia, em geral as crianças e jovens são vistos sob duas óticas: como consumidores ou como infratores. Não há uma reflexão nos meios de imprensa sobre o papel dos jovens na sociedade enquanto atores capazes de oferecer a energia que alimenta as utopias ou pessoas com grande capacidade para inovar e propor caminhos, alternativas e novas tecnologias. A abordagem da imprensa dos fatos de uma sociedade não é feita pela ótica da normalidade, daquilo que é a rotina do cotidiano, mas da exceção. Ou seja, quando um adolescente comete um crime bárbaro aquilo é martelado à exaustão nos canais de TV e jornais, principalmente porque a anomalia é notícia e, portanto, vende mais, atrai mais público. A repetição da anomalia cria na sociedade uma falsa sensação de que aquilo é corriqueiro, que os crimes cometidos por jovens são a maioria e que eles precisam se punidos. 
Por outro lado, o tratamento desqualificado e muitas vezes brutal recebido por jovens encarcerados em instituições que deveriam garantir seus direitos à educação, saúde, moradia e outros é fato corriqueiro, portanto, deixa de ser notícia. Não é abordado pela mídia, a não ser em casos de rebelião, quando novamente a exceção rompe a barreira da rotina e exige seu espaço nas manchetes. O debate sobre a maioridade penal deveria ser mais abrangente, envolvendo uma discussão ampla sobre as políticas voltadas para a juventude em todo o Brasil, nas questões de educação, saúde e moradia, mas principalmente em relação ao acesso dos jovens a oportunidades, principalmente de trabalho. Há ritos de passagem que não estão acontecendo, a sociedade não oferece as necessárias oportunidades para que os jovens ascendam ao mundo adulto com dignidade. As políticas de inclusão de jovens devem ter maior abrangência e ir fundo na oferta de serviços que ajudem a mitigar carências materiais e de acesso às oportunidades. Debater a maioridade penal é importante, porque a sociedade precisa entender o porquê das garantias que o ECA dá aos jovens. Os jovens de 18 a 24 anos são o maior grupo por faixa etária da população carcerária de pouco mais de meio milhão de presos no Brasil. Eles representam 30% do total de detentos, enquanto os jovens de 25 a 29 anos somam 26% dos presos no Brasil. Ou seja, mais da metade da população carcerária do país já é composta por jovens. Agora que o papa Francisco se foi e que a Jornada da Juventude chegou ao fim, é uma boa hora para retomar o debate sobre como a sociedade brasileira trata seus jovens. Educação, saúde, habitação, oportunidades.(Fonte:Carta Capital - reelaborado pelo blogueiro)