terça-feira, 30 de julho de 2013

Racistas italianos, idiotas, exibem seu espírito animal...Me desculpem os animais....!


Na sexta-feira, durante um comício do Partido Democrático, Cecile Kyenge foi alvo de bananas arremessadas em sua direção, o que provocou uma nova onda de indignação na Itália. De origem congolesa, a primeira negra nomeada ministra na Itália, Cecile Kyenge reconheceu, em entrevista ao jornal italiano La República, sentir preocupação pelas duas filhas, de 20 e 17 anos. A ministra disse pensar também em outras minorias e nos imigrantes que, ao contrário dela, não têm garantias de segurança, e sofrem ataques em Itália. “Não posso esconder que às vezes me sinto cansada da repetição de insultos tão graves. Não os esperava tão fortes, mas não me detenho, nem me concentro” a pensar neles, disse Cecile. “Tento olhar para frente, pensar sobre as dificuldades que temos de suportar nesses eventos e sobre as melhores respostas que os políticos e a sociedade podem dar”, acrescentou. A ministra defende que a Itália comece “um processo de reflexão” sobre o racismo. “Em outros países europeus, como a Suécia, há ministros negros, mas não acontece com eles o que está acontecendo comigo na Itália. Não podia imaginar reações tão violentas”, lamentou. Cécile Kyenge garante que os ataques e os insultos ocorrem também na classe política, reiterando que a Itália têm “um longo caminho a percorrer” quando se trata de avaliar a contribuição cultural que a imigração pode dar ao país. “As reações aos insultos, que vejo no país, acabam por unir a Itália ‘boa’ e, quem sabe, ajudar a despertar muitas consciências, que durante anos estiveram um pouco adormecidas”, avaliou. Esse foi mais um caso de racismo que envolveu a ministra, cidadã italiana nascida na República Democrática do Congo, depois de, no início do mês, um senador idiota membro do partido Liga do Norte, que é contra a imigração, ter comparado a ministra a um orangotango. Cecile reagiu ao ataque com bananas dizendo que o mesmo foi “um desperdício de comida”(Fonte: La República)

Papa in Brasile - Attento, Francesco, vogliono farti re! Fuggi!

Ci erano giunte notizie che Francesco non voleva appartamenti speciali in Brasile e nemmeno modifiche all’Airbus A330 dell´Alitalia che l´avrebbe portato qui per garantire la sua privacitá durante il viaggio. Fin dall’inizio ha lasciato chiaro che sarebbe venuto non come capo di stato per visitare ufficialmente uno stato-nazione, ma come padre-pastore. In ció puó aver deluso coloro che si aspettavano dichiarazioni esplicite sul momento sociale conturbato che le piazze e le ‘avenidas’ delle nostre cittá stanno vivendo. Nei suoi gesti o parole non ho percepito allusioni che potessero creare costrizioni diplomatiche, ma discretamente ha espresso i suoi timori e le sue aspettative come un cittadino comune del mondo. Il suo modo di avvicinarsi alla folla e i suoi interventi diretti e chiari, - piú pastorali e umani che teologici, - confermano uno stile personale proprio al quale ci ha abituati fin dall´inizio del suo pontificato. In ció non ho visto nessuna novitá, e nemmeno dovremmo aspettarcela ad ogni costo. L´insistenza, peró, su certi aspetti della vita della chiesa, la sua missione, la necessitá di una coerenza interiore, la sobrietá di vita dei pastori, lo stare con i poveri, la sua permanente missionarietá, entre altri aspetti, conferma un chiaro rompimento con i suoi antecessori, pricipalmente con Giovanni Paulo II, e pone la chiesa come attore sociale che, pur con contraddizioni, deve dialogare e interagire con il mondo. Senza mettersi su falsi piedestalli, o facendosi quasi che unica protagonista, la chiesa di Francesco deve riformarsi dal di dentro, per essere credibile e per poter associarsi alle numerose forze vive dell´umanitá, con misericordia e compassione. Il viaggio in Brasile, in questo senso, per me non significa innovazione o un divisore di acqua da un punto di vista ecclesiale e teologico, ma é la chiara confermazione di ció che Francesco reafferma sin dall´inizio, ossia che la chiesa dovrá rinnovarsi profondamente e in tutte le sue dimensioni. Cosa potrá significare tutto ció da un punto di vista ‘politico’, é prematuro dirlo. Saranno certamente le scelte e le decisioni che Francesco dovrá prendere per creare le condizioni minime all´interno della chiesa perché tutto ció avvenga. 
Non dimentichiamo che Francesco pur avendo assunto uno stile sobrio, informale, il suo ruolo di papa gli conferisce ancora potere ‘monarchico, autarchico’, che potrá essere utilizzato in una direzione o in un’altra. Il pericolo, tuttavia che vedo é che sia in Brasile che in altre circostanze, Francesco ci faccia vedere una dimensione, una faccia umana del ‘vescovo di Roma’ che difficilmente sará imitata e riprodotta a livello locale, diocesano e parrochiale, dove vescovi e parroci continueranno ad essere formati in seminari chiusi con contenuti teologici e pastorali che vanno nella direzione opposta a quella preconizzata da Francesco. Il pericolo, insomma, che ancora una volta sia lo ‘stile Francesco’ ad emergere e ad attrarre le attenzioni e non i contenuti e gli atteggiamenti a cui lui apponta e che necessitano, urgentemente, di prese di posizione e di decisioni di governo perché la chiesa nella sua totalitá sia la chiesa di Gesú Nazaret e di nessun ‘pop star’ criato ‘ad hoc’ dalla rete Globo o dai media internazionali in cerca di ‘audience’. Evitare mistificazioni e fare in modo che ‘Lui (Gesú e il Regno) cresca’ e che il papa ‘diminuisca’ sará una sfida permanente per Francesco e per coloro che ancora vogliono contemplare la ‘Fonte’ e non solo gli infiniti, seppur significativi, rigagnoli che da lei nascono e si alimentano. 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Francesco aos bispos da América Latina - 'no hoje se joga a vida eterna.Pastores e não príncipes!


Em um duro e longo discurso, considerado o principal de seu pontificado até agora, no encontro com o Comitê de Coordenação do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), o papa Francisco apelou por uma Igreja "atual" e apresentou um raio X dos problemas da Igreja que, segundo ele, estão impedindo seu crescimento e fazendo proliferar sua "imaturidade". Sem meias-palavras, Francisco alerta: a Igreja está "atrasada" e mantém "estruturas caducas". Para ele, chegou o momento de a Igreja entender que precisa se modernizar e deixar de viver de tradições ou apenas de vender esperanças para o futuro. A ocasião escolhida para apresentar seu "programa de governo" para tentar reconstruir a Igreja foi a reunião que manteve com os cardeais latino-americanos, neste domingo, no Rio. "Toda a projeção utópica (para o futuro) ou restauracionista (para o passado) não é do espírito bom. Deus é real e se manifesta no ‘hoje’", declarou. "O ‘hoje’ é o que mais se parece com a eternidade; mais ainda: o ‘hoje’ é uma centelha de eternidade. No ‘hoje’, se joga a vida eterna", insistiu. "O que derruba as estruturas caducas, o que leva a mudar os corações dos cristãos é justamente a missionariedade", declarou, lembrando que isso "exige gerar a consciência de uma Igreja que se organiza para servir a todos os batizados e homens de boa vontade". "O discipulado-missionário é o caminho que Deus quer para a Igreja ‘hoje’”. "A opção pela missionariedade do discípulo sofrerá tentações", alertou. "É importante saber por onde entra o espírito mau, para nos ajudar no discernimento. Não se trata de sair à caça de demônios, mas simplesmente de lucidez e prudência evangélicas", disse. Para ele, essas tentações ameaçam "deter e até fazer fracassar" a ação pastoral. Uma delas seria a "ideologização da mensagem evangélica". A superação dessa crise, segundo o papa, exigirá bispos com novas atitudes. Para ele, são pessoas que devem "guiar", não comandar. "O perfil do bispo deve ser de pastores, próximos das pessoas, homens que amem a pobreza, quer a pobreza interior como liberdade diante do Senhor, quer a pobreza exterior como simplicidade e austeridade de vida. Homens que não tenham ‘psicologia de príncipes’", disse, numa referência aos termos que são usados em Roma para descrever os cardeais. "Homens que não sejam ambiciosos e que sejam esposos de uma Igreja sem viver na expectativa de outra", insistiu.(Fonte: IHU)

domingo, 28 de julho de 2013

Venha a nós o vosso reino de justiça! ( Lc.11,1-13)

‘Pai nosso’ – porque não sois patrão e nem senhor, porque na sua família vós não dominais ou manipulais os seus filhos e filhas, porque em vós só existem relações de afeto, de proteção e de mútua colaboração, porque não sois pai somente dos filhos e filhas que possuem o mesmo sangue, mas também daqueles que nunca conheceram um pai e uma mãe e que nunca foram abraçados por eles... 
‘seja santificado o teu nome’ -  e não o nosso, cheio de ambição e de vontade de ser conhecido e propagado.  Seja cultuada a vossa santidade que desmascara a nossa arrogância e a nossa iniquidade. Seja santificado o vosso nome porque nele é santificado o nome/dignidade de tantos filhos e filhas vossos anônimos e desconhecidos por outros filhos e filhas orgulhosos de terem um nome nobre e tradicional como se isso bastasse para ser estimado e admirado. 
‘Venha a nós o Teu reino’ - e não o reino de tantos metidos a todo-poderosos que por terem coroas e posses acham que valem mais do que os seus ‘governados e dominados’. Nós sabemos que deles jamais vai vir justiça e direito reconhecido. Ajudai-nos a construir esse Seu novo jeito de governar hoje e sempre!
‘Dai-nos a cada dia o alimento necessário’ - pois ele é sistematicamente acumulado, negado e sonegado a muitos filhos e filhas tuas por outros que sentem seus donos. Pedimos-te o pão que preenche o nosso ser, que nos sustenta na provação, que dá força no desespero, que dá coragem no medo, que dá vigor ao desnutrido. Mas te pedimos também: dai-nos sempre fome e sede de justiça que é o único alimento que não nos permite sonegar pão e esperança ao nosso irmão!
‘Perdoa as nossas dívidas, como nós também procuramos perdoar as dos demais’ - pois sentimos o peso da nossa intolerância, da nossa indiferença, da nossa leviandade em julgar e condenar, baseados em aparências e preconceitos. Dai-nos a humildade de reconhecer que somos devedores sim, mas de caridade, de compaixão, de amor verdadeiro. Arranca de nós a presunção de nos considerar sempre credores de tudo, para com todos!
‘não nos deixes cair na tentação’ – a de largar o teu projeto de vida e de entrar na onda do comodismo, das espertezas da vida fácil, do desejo de possuir coisas e de dominar pessoas, de corromper e de aceitar de sermos corrompidos. 
E dai a força de nos libertar  e de libertar os vossos filhos e filhas de todos males produzidos por nós mesmos! 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Secretaria de Saúde Indígena não respeita acordo e índios depredam quatro carros zero quilômetros!

Vejam no que dá quando faltam tato e perspicácia no trato com as populações indígenas. Aconteceu alguns dias atrás no município de Barra do Corda, próximo da aldeia Colônia. Tudo havia sido previamente combinado entre os representantes indígenas e os responsáveis da Secretaria da Saúde Indígena. Estes iriam até à cidade e em diálogo iriam elaborar as modalidades para um levantamento aprimorado das infra-estruturas físicas e as formas de atendimento da saúde nas aldeias. A turma que veio de Brasília e de São Luis entrou sem avisar em algumas aldeias com o intuito de exibir e entregar 4 carros novos, zero quilômetros, a algumas aldeias da região. Talvez com a intenção de ‘impressionar’ eventuais reticentes após os episódios das semanas passadas em que vários indígenas haviam ocupado a sede da FUNASA e bloqueado a ferrovia da VALE. Os visitantes, naturalmente, não fizeram algum tipo de debate obre o levantamento e entraram nas aldeias sem ter avisado. Resultado: os indígenas ficaram tão revoltados que depredaram e destruíram os 4 carros que deviam ser entregue na ocasião e detiveram por algum tempo alguns reféns, que logo foram soltos. Após tantas pressões de um  lado e silêncio e desprezo do outro, diante da possibilidade de se chegar a um acordo irrompem essas formas de menosprezo e arrogância.. Aos índios só lhe restava a sua manifestação de contrariedade e indignação que, infelizmente, se concentrou num patrimônio que, afinal era para eles mesmos! Não adianta fazer moral nessa altura: com certeza esse fato, mais vez, não ajudará a melhorar as formas de negociar e tratar com os indígenas. Há vícios estruturais que ninguém tira!

terça-feira, 23 de julho de 2013

Entidades indígenas e indigenistas repudiam publicamente novo ataque aos direitos indígenas

As organizações indígenas e indigenistas abaixo relacionadas vêm a público manifestar seu repúdio às proposições legislativas que visam revogar o capítulo dos índios consagrado na Constituição Federal de 1988. O mais recente refere-se à aprovação, pelo colégio de líderes da Câmara dos Deputados, do requerimento, em regime de urgência, para votação do projeto de Lei complementar, de número 227, aprovado no âmbito da Comissão de Agricultura, que pretende regulamentar o parágrafo sexto do artigo 231 da Constituição definindo o “relevante interesse público da União” no uso dos territórios indígenas. Trata-se, no nosso entendimento, de mais uma iniciativa do Congresso Nacional de desrespeitar os povos indígenas, buscando alterar uma política que é de Estado e não de governos, alterando de forma inconstitucional os seus direitos territoriais. Pelo projeto, poderá ser retirado dos índios o direito de usar, de forma exclusiva, seu território, abrindo margem para a construção de hidrelétricas e estradas, exploração mineral, legalização de latifúndios e assentamentos. Sem qualquer discussão a iniciativa desse projeto, de autoria da bancada ruralista, pretende, por meio de manobras legislativas, alterar o sentido da Constituição Federal de 1988. Sua tramitação rompe com o acordo que o Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, havia feito em abril com lideranças indígenas para que todas as proposições legislativas de interesse dos índios fossem discutidas numa comissão de negociação entre parlamentares e representantes indígenas. 
Chama atenção, ainda, a aprovação do regime de urgência, com apoio da bancada governista, e do líder do governo na Câmara, Dep. Arlindo Chinaglia, na mesma tarde em que a Presidente Dilma recebia, pela primeira vez em seu governo, representantes indígenas em audiência, e se comprometia a defender os direitos indígenas no Congresso Nacional. O parágrafo sexto do artigo 231 da Constituição prevê a edição de uma lei complementar para regular as situações em que o “relevante interesse público da União” imponha a exceção ao direito dos índios de usar, de forma exclusiva, seu território. No nosso entendimento, tanto pela autoria do projeto, quanto pela articulação para sua aprovação em regime de urgência, por parte da bancada ruralista, sem discussão e consulta aos povos indígenas, o projeto de lei em foco pretende colocar o interesse de proprietários de terra e de outros grupos econômicos acima dos direitos dos índios e do interesse público do próprio Estado brasileiro. Iniciativas legislativas favoráveis à efetivação dos direitos indígenas, como o Estatuto dos Povos Indígenas ou a criação do Conselho Nacional de Política Indigenista, permanecem paralisadas em comissões do Congresso Nacional enquanto avançam propostas para cercear direitos e abrir os territórios indígenas à exploração pela iniciativa privada. Essa manobra, patrocinada pela bancada ruralista, com apoio dos líderes do Congresso Nacional, é mais uma delas. Esperamos que este ataque inédito aos direitos indígenas seja rechaçado pelos demais parlamentares e pelo governo da Presidente Dilma, numa resposta que recoloque a política para os povos indígenas como uma prioridade do Estado brasileiro. Conclamamos os líderes do Congresso Nacional para que cumpram a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, que estabelece o direito dos povos indígenas de serem consultados sempre que uma medida legislativa possa afetar seus direitos coletivos. A consulta livre, prévia e informada aos povos indígenas é uma obrigação assumida pelo Congresso Nacional ao ratificar a Convenção 169, e incorporá-la ao nosso ordenamento jurídico. Não é pedir demais que o Congresso Nacional cumpra as leis que ele mesmo aprova e legisle respeitando os povos indígenas e impedindo ataques aos direitos indígenas consagrados na Constituição de 1988.

ASSOCIAÇÃO TERRA INDÍGENA XINGU – ATIX
ASSOCIAÇÃO WYTY-CATË DOS POVOS TIMBIRA DO MA E TO
CENTRO DE TRABALHO INDIGENISTA – CTI
COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DO ACRE – CPI/AC
CONSELHO DAS ALDEIAS WAJÃPI – APINA
FEDERAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES INDÍGENAS DO RIO NEGRO – FOIRN
HUTUKARA ASSOCIAÇÃO YANOMAMI – HAY
INSTITUTO DE PESQUISA E FORMAÇÃO INDÍGENA – IEPÉ
INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL – ISA
ORGANIZAÇÃO DOS PROFESSORES INDÍGENAS DO ACRE – OPIAC

sábado, 20 de julho de 2013

Ser Marias que sabem sentar aos pés do Mestre para escutar (Lc. 10,38-42)

Vivemos em plena revolução da comunicação, - ou melhor, da informação extensa e filtrada, - mas nunca como hoje temos dificuldade de ouvir. Escrevemos e falamos para os outros, mas não temos paciência e disposição para escuta os outros. O tempo e o espaço se encurtaram, tudo tem que ser rápido no aqui e agora da vida. Lançamos a mensagem, a provocação, o sinal e vamos correndo atrás de mais sinais e mensagens para lançar e interpretar, mas isso não nos capacita para acolher as mensagens e os sinais do outro. Não podemos nos desconectar, desligar, assumir outros ritmos, pois correríamos o perigo de sermos isolados e colocados à margem da ‘grande rede’. Somos chamados a desempenhar vários papéis ao mesmo tempo e a nos desdobrar em inúmeros serviços e funções engolidos e sugados por formas de hiper-ativismo estonteante. A revolução midiática e o ritmo dos ‘tempos modernos’ não trouxeram e não imprimiram nas pessoas uma nova postura de escuta perante o outro. Uma espécie de contemplação dele mesmo que está esquecendo. Esse ‘outro’ é visto quase que exclusivamente como usuário, amigo da rede, possível parceiro ou competidor, receptador das nossas mensagens e sinais, mas quase nunca como uma pessoa que possui sonhos, dramas, dúvidas, medos que ele precisa desabafar e comunicar a um alguém que o possa escutar. E quando encontra alguém disposto a escutá-lo deverá fazê-lo de forma rápida e superficial porque lhe custará caro, sendo que tudo é calculado em dinheiro. 
Afinal, o outro que não escutamos somos nós mesmos que não somos escutados e somos incapazes de nos escutar. Somos ‘Marta’ que ainda vítima dos inúmeros afazeres reais ou imaginários, impostos ou criados pelos modismos da hora impedem que possamos desenvolver e valorizar a ‘Maria’ que está dentro de nós. A que ainda não perdeu a capacidade e a disponibilidade de sentar aos pés do Mestre, da vida, e ouvir de forma gratuita e atenta, sinais e mensagens, mas, principalmente, sentimentos, dramas, angústias, afetos, e sonhos. Os que ainda fazem vibrar e esperar.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Governo se alia aos ruralistas para varrer direitos constitucionais e o deputado padre Tom (PT-RO) chama governo de 'covarde'

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Indígenas, deputado Padre Tom (PT-RO), denunciou a conivência do governo com a ação da bancada ruralista de incluir, na semana passada, na pauta do plenário da Câmara Federal, a votação do regime de urgência do Projeto de Lei Complementar (PLP) 227/2012, que anula grande parte dos direitos dos índios sobre suas terras. “Conversando com o líder do governo [Arlindo Chinaglia (PT-SP)], ele me informou que a votação desse requerimento era um acordo vindo do Planalto, do governo, para que os ruralistas parem de chantagear o governo chamando ministros [à Câmara], como aconteceu com Gleisi Hoffmann, na Comissão de Agricultura”, afirmou Padre Tom.“O governo tem de entrar na discussão do tema, porque o governo foi covarde. O líder do governo participou dessa reunião. Não adianta dizer que ‘não’: o governo se escondeu”, criticou o padre-deputado. Na semana passada, pouco antes da presidenta Dilma receber um grupo de indígenas no Planalto, o colégio de líderes da Câmara aprovou, sob pressão dos ruralistas e com aval do presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e de Chinaglia, a inclusão do requerimento de urgência na pauta do plenário. Só os líderes do PT, PSOL, PV e PCdoB teriam rejeitado o acordo. O requerimento só não foi votado porque PSOL e PV ameaçaram obstruir a discussão do projeto sobre a destinação dos royalties do petróleo.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Semana dos Povos Indígenas 'fora de época'...mas dizem que todo dia é dia de índio!


É no mínimo estranha a realização da Semana dos Povos Indígenas promovida pela Secretaria da Cultura no mês de julho! Revela de imediato que a grana foi liberada somente agora, época em que os colégios e as escolas públicas estão desativados. Não importa se há ou não público para interagir, nem se algumas empresas que nunca defenderam os direitos indígenas estão patrocinando o evento como forma de higienizar a consciência, nem se inexiste clima propício para mobilizar a sociedade em torno dos dramas que vivem os povos indígenas atuais. A sensação é de manifestação folclórica, de algo que existiu no passado, ao passo que os povos indígenas, aqueles que estão ausentes ao evento, estão colocando fogo nos sonhos megalomaníacos de governos e empresários do agro-business! Que vivam os ‘rebeldes da selva’! 

terça-feira, 16 de julho de 2013

Senador italiano, racista, da Liga Norte, admite que 'pensa'. Seria ele humano?

Não conheço em profundidade o que a legislação italiana contempla a respeito de manifestações verbais e físicas de caráter racista. Não saberia dizer se é considerado crime inafiançável ou não, se possui uma gravidade legal comparável a outros crimes de diferente natureza. Resta o fato que as manifestações de alguns políticos italianos da LEGA NORD, - uma agremiação que se revela sempre mais racista e irresponsável no plano social, político e humano, - contra a ministra da Igualdade Racial italiana, Cécile Kyenge, de origem congolesa (África), são merecedoras de punição exemplar. O ‘idiota’ (literalmente: aquele que não conhece) líder da Lega Nord, o senador Roberto Calderoli, afirmou que quando a vê ‘não pode deixar de pensar num orangotango’, e um outro colega do mesmo quociente de inteligência e civilização, da mesma corriola, acrescentou que precisaria respeitar mais os....orangotangos quando se fala nela...Alguns jornalistas italianos ao comentar a notícia ficaram surpresos. Não tanto pelas declarações racistas do senador, quanto pela admissão do próprio senador de que ele ‘pensa’. Pensar é um ato próprio da espécie hominídea e surpreendeu todos que o ‘troglodita’ da Liga Norte, esteja desempenhando uma ‘função’ própria dos humanos e não dos ‘bichos’ como se pensava! Bom, pelo menos segundo a sua pessoal versão. Pessoalmente tenho dúvida que ele seja capaz de pensar.....Dito isso, a pergunta que me ocorre é: alguém entendeu, afinal, quem são ‘os animais’ nessa história toda?  

sábado, 13 de julho de 2013

Francesco não quer voo de luxo para viajar ao Brasil. Papa também é gente!

“Por onde normalmente os passageiros embarcam? Ah, em Fiumicino? Pois, então, não quero causar incômodos para partir de Ciampino...” Francisco partirá para o Rio de Janeiro, sua primeira viagem internacional, do aeroporto de Fiumicino e não de Ciampino (aeroporto militar), como estava previsto inicialmente. Uma decisão para tornar mais simples todos os procedimentos. Além disso, o Papa pediu para escrever uma carta à companhia Alitalia dizendo que não quer nenhum luxo especial durante o voo. Viajará sentado na primeira classe, mas não quer a cama que era preparada para os pontífices durante as longas viagens internacionais. Para Bergoglio, o assento na primeira classe representa um luxo enorme em relação a seu estilo de vida. Quando era cardeal sempre viajava em assento normal, e continuou agindo assim depois que teve problemas no quadril (a única coisa que solicitava era um lugar nas filas próximas das saídas de emergência, porque assim podia esticar as pernas, como fez no dia 26 de fevereiro, quando saiu de Buenos Aires para Roma com o objetivo de participar do Conclave, no qual foi eleito Papa no dia 13 de março). A carta da Secretaria de Estado a Alitalia foi enviada a tempo, antes que a companhia aérea indicasse qual seria o avião que levará o Papa e sua comitiva para o Brasil. A solicitação de Francisco foi um verdadeiro maná do céu para a companhia, pois as configurações dos aviões da Alitalia não permitem mais a possibilidade de realizar mudanças especiais dentro de pouco tempo. O trabalho para preparar a cama seria muito longo. A companhia Alitalia decidiu que Francisco voará em um Airbus 330, ou seja, um dos aviões que normalmente fazem o trajeto Roma-Rio, e que não utilizarão o muito mais cômodo Boeing 777, que faz parte dos melhores da frota. (Fonte: IHU)

Samaritanos para devolver o hálito da vida aos feridos e caídos! (Lc. 10, 25-37)

‘Próximo’ para Jesus é aquele que sempre esteve física, cultural e afetivamente longe de nós, mas que se aproxima de nós na hora em que somos ameaçados, agredidos, caídos e nos ajuda a levantar. Que com amor, delicadeza e gratuidade cuida e cura as nossas feridas. Que não se importa com a cor da nossa pele, e nem com a da nossa carteira de identidade. Que não liga se adoramos Deus sobre este ou aquele monte, se num templo qualquer ou no segredo do nosso quarto. Mais: se temos ou não consciência da Sua existência. Próximo não é o parente ou o patrício indiferentes à nossa dor, e sim ‘os estranhos estrangeiros’ que formam ‘família e pátria’ conosco quando somos desprezados e agredidos, inclusive pelos nossos próprios ‘familiares de sangue e patrícios de carteirinha’. Não é uma nova globalização que Jesus de Nazaré inicia, supranacional e inter-religiosa, mas um novo jeito de nos relacionar com o nosso ‘semelhante’. Aquele que, como nós, foi gerado e moldado a ‘imagem e semelhança’ de Deus. Um Adão que após ter sido gerado para reproduzir vida, é agredido e desfigurado por outros ‘semelhantes’ e que, agora, precisa urgentemente recobrar o hálito de vida e voltar a viver. Ou seja, que precisa voltar a ser sacramento/sinal da presença amorosa de Quem o gerou.  ‘Os samaritanos’, hoje, dessa forma, reproduzem a mesma ação ‘re-criadora’ de Deus: devolver vida, esperança, convívio a quantos são ameaçados e agredidos em sua integridade física. A quantos são ignorados por ‘supostos familiares e patrícios’ que deveriam ter a obrigação moral e legal de acudir e proteger. Em uma sociedade ainda dominada pela globalização do individualismo, da indiferença, da xenofobia, das guerras santas, da industrialização do sagrado, os ‘pagãos samaritanos’ de hoje nos ensinam a sermos próximo de quem se afastou de nós pelos nossos preconceitos estúpidos, por ter perdido, agora, o sentido da vida, por estar caído e perdeu a motivação de se levantar. Para que volte a esperar e a se re-aproximar de si próprio e de nós. E que ‘seja família’ conosco, definitivamente! 

Serviço obrigatório nos SUS: uma obrigação ética e legal!

Em meio às atabalhoadas reações do governo às manifestações de rua, da constituinte exclusiva ao plebiscito natimortos, a presidenta Dilma Rousseff se saiu muito bem ao mexer na estrutura de dominação social brasileira com essa história de botar os formandos em medicina para trabalhar no Sistema Único de Saúde, a partir de 2015. Todo mundo sabe que, no Brasil, as universidades públicas sempre foram um privilégio da classe média e dos ricos, quadro que só foi levemente modificado na última década graças às políticas de cotas raciais e sociais implementadas, sobretudo, no governo Lula. Durante os governos do professor, sociólogo, intelectual, PhD e, agora, imortal da Academia de Letras Fernando Henrique Cardoso, a criminosa expansão do ensino superior privado levou essa distorção ao paroxismo.Na Era FHC, nenhuma universidade federal foi criada, mas, em contrapartida, milhares de fábricas de diplomas se espalharam pelo território nacional para, paradoxalmente, abrigar os estudantes pobres e trabalhadores. Não sei se a presidenta foi correta ao estender a obrigatoriedade de serviço ao SUS para os estudantes de medicina das faculdades privadas, embora não veja nisso nenhum bicho-de-sete-cabeças. Talvez fosse o caso de impor a regra somente àqueles que estudaram com bolsa do Estado, como os beneficiários do Prouni. De qualquer maneira, o fato é que esse poderá ser o primeiro passo para a construção de uma nova e essencial cultura de solidariedade cidadã com resultados óbvios para o processo civilizatório nacional. Mais à frente, espero, será possível estabelecer regras para que todo formando de universidade pública seja obrigado, em algum momento de seu curso, ou mesmo depois de receber o diploma, a prestar algum serviço para a sociedade que financiou seus estudos. Ah, e que venham, também, os seis mil médicos cubanos. (Blog do Leandro Fortes)

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Francesco não para de surpreender...quem não está acostumado a viver a sobriedade de vida!

“Dói em mim quando vejo um padre com o último modelo de carro”.
Ontem, o papa Francisco decidiu fazer uma visita de surpresa à garagem do Vaticano, onde estão seus carros oficiais. O motivo: saber qual é sua frota para eventualmente decidir se desfazer dos modelos mais luxuosos. “Dói em mim quando vejo um padre com o último modelo de carro”, declarou no fim de semana. No encontro, ele pediu que os religiosos escolhessem as marcas mais “humildes”, seguindo sua ideia de ter uma “Igreja pobre”. Em um apelo, ele pediu que os religiosos se lembrassem de quantas crianças passam fome no mundo. Em sua “inspeção” a sua própria garagem, o papa teria ficado impressionado com o valor e luxo da frota. No dia seguinte à sua eleição, o papa surpreendeu inclusive aos cardeais ao dispensar os carros de luxo que foram colocados em seu pátio para levá-lo a seus primeiros compromissos. No Brasil, ele acaba de indicar que não quer um quarto especial no Rio de Janeiro. Durante o Conclave deste ano, no pátio central do Palácio, uma cena chamou a atenção: filas de Mercedes e outros carros de luxo – todos negros – esperando pelos cardeais, os príncipes da Santa Sé. A ‘limpeza’ iniciada por ‘Francesco’ será dura, mas necessária. 

Agora também no Vaticano abuso sexual a menores é crime!
 O Vaticano anunciou nesta quinta-feira (11/07) que o papa Francisco decidiu aprovar uma lei que criminaliza qualquer abuso físico ou sexual a menores de idade. A Igreja Católica já considerava crime atos violentos contra crianças e adolescentes, no entanto, a lei não abrangia a cidade-estado do Vaticano, que tem sua própria legislação e onde centenas de pessoas têm residência fixa. Além disso, a nova lei aprovada pelo pontífice argentino prevê retaliações contra a prostituição e promoção de material pornográfico infantil – fotos, vídeos, etc. Segundo a Rádio Vaticano, a nova medida do papa Francisco também inclui a cidade católica na lei internacional dos direitos humanos, posicionando a igreja contra crimes de guerra, discriminação racial e humilhação social. A notícia veio um dia após o anúncio que a ONU enviou uma lista de questionamentos ao Vaticano sobre abusos sexuais de menores cometidos por padres católicos. Segundo a rede CNN, o pontífice argentino fez questão de afirmar que as novas leis foram sua iniciativa e que ele, pessoalmente, trouxe as novas medidas para discussão. As medidas aprovadas são parte de uma renovação do sistema jurídico do Vaticano, que começou com o papa Bento XVI e, agora, toma contornos mais agudos com Francisco. (Fonte: IHU)

Índios suspendem bloqueio da ferrovia e ministro da saúde conversa com os índios em Brasília

Após os protestos realizados na Estrada de Ferro Carajás (EFC), em Alto Alegre do Pindaré, 30 lideranças indígenas do Maranhão devem ser reunir, nesta sexta-feira (12), com o ministro da Saúde Alexandre Padilha, em Brasília (DF). O objetivo é debater os problemas na assistência à saúde das aldeias maranhenses. A reunião foi uma exigência dos manifestantes que ocuparam o Km 289 da EFC duas vezes nesta semana. Eles só deixaram o local na manhã de ontem (11), após uma negociação entre os líderes dos manifestantes, a Vale e a Polícia Federal. De acordo com a Vale, a estrada de ferro foi oficialmente liberada à noite e o trem de passageiros só deve voltar a funcionar normalmente no sábado (13). Os índios já avisaram que, caso não haja providências concretas, a ferrovia volta a ser interditada. O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF-MA) anunciou ontem (11) que vai realizar audiência pública para debater as falhas na prestação de serviços da saúde indígena no Estado. A audiência está marcada para o dia 31 de julho, às 14h, na sede do MPF em São Luís. De acordo com o órgão, o objetivo é promover o diálogo entre as lideranças indígenas e instituições responsáveis pela saúde indígena. O debate é aberto ao público.(Fonte: TG1)

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Dilma desce do pedestal e conversa pela 1ª vez com indígenas sobre demarcações e FUNAI

Ao se reunir pela primeira vez com representantes de povos indígenas, na tarde de ontem, a presidente Dilma Rousseff negou que vai esvaziar a Fundação Nacional do Índio (Funai), mas insistiu em mudanças no processo de demarcação de terras para incluir laudos de outros órgãos além da Funai, como Embrapa e os ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário. Segundo participantes da reunião, Dilma defendeu que a demarcação fique a cargo do Executivo, e não do Congresso. "A presidente deixou claro que em nenhum momento pretende esvaziar a Funai, mas fortalecer esse órgão", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, depois da reunião. Segundo ele, porém, a visão da presidente é que o processo de demarcação precisa ser "aprimorado" para evitar a frequente judicialização.Par ticiparam do encontro lideranças de 19 etnias, entre elas o cacique Raoni. "Foi um momento histórico para os povos indígenas", disse Sônia Santos, representante do povo Guajajara, do Maranhão. Ela ressaltou que os índios vinham tentando uma conversa com a presidente desde o início de seu governo. O encontro foi possível graças a uma nova política de Dilma de conversar mais com a sociedade, em resposta às manifestações populares de junho. Depois da reunião, foi anunciada a criação de uma mesa de negociação com os índios, que se reunirá pela primeira vez no começo de agosto. Segundo Cardozo, a portaria que incluirá novos órgãos na demarcação será submetida à mesa quando o texto ficar pronto. 

Indígenas do Maranhão voltam a bloquear estrada de ferro. Governo ignora!


A segunda interdição da Estrada de Ferro Carajás por comunidades indígenas, em menos de duas semanas, já dura mais de 12 horas. Aproximadamente 300 índios dos povos Apâniekrá-Canela, Ramkokramekra-Canela, Krikati, Pukobjê-Gavião, Krepumkatjê, Tentehar/Guajajara e Awá-Guajá bloqueiam a ferrovia para chamar atenção da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). A Vale divulgou em nota que a manifestação não é direcionada a empresa e que as viagens do Trem de Passageiros da companhia estão suspensas até a desobstrução da ferrovia.  As diversas etnias que ocupam pela segunda vez a Estrada de Ferro Carajás, em Alto Alegre do Pindaré, no trecho do km 289, denunciam o descaso feito pelo órgão que deveria atender as principais questões que envolvem a saúde indígena, além de responsabilizar também os gestores do Distrito Especial Indígena (DSEI/MA). Os índios que haviam aceitado terminar com o bloqueio tendo obtido algumas garantias por parte da Vale como alimentação e outros, ao constatar que não foram respeitadas, voltaram a bloquear a ferrovia. Infelizmente, o governo entende que a única forma possível para dialogar com os índios é ignorá-los!

Mais três ações judiciais contra a VALE no Canadá por crimes ambientais!

Ontem, 10, por iniciativa do governo federal canadense foram abertas perante o Tribunal provincial de St. John três ações judiciais penais contra a brasileiríssima Vale. A primeira por ter depositado ilegalmente os rejeitos em uma ambiente frequentado por peixes; a segunda por ter falhado em tomar medidas para evitar o ocorrido; e a última por ter falhado em apresentar relevantes relatórios de monitoramento até fevereiro de 2012. Os fatos teriam ocorrido entre 4 e 31 de outubro de 2011. Segundo o jornal "The Telegram", a acusação diz respeito ao lançamento ilegal de rejeitos da mineração nas águas da Enseada Edwards, na baía de Anaktalak, província de Newfoundland and Labrador, onde a Vale opera a mina de níquel chamada de "Voisey's Bay". O porta voz da Vale disse que não lhe cabe comentar casos que estão sendo tratados pelos tribunais. O jornal "The Telegram" diz que seguirá acompanhando o desenrolar da história. (Fonte: The Telegram)
Comentário do blogueiro – Cabe-me comentar que a Vale continua sendo campeã em denúncias e representações por crimes ambientais dentro e fora do País....sem falar de outros crimes!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Radicais religiosos semeiam morte e violência na Nigéria e no Congo

Guerra santa na Nigéria - O fechamento de todas as escolas até o próximo mês de setembro, ou até quando não forem retomadas condições de segurança aceitáveis: essa é a medida adotada pelo governo do Estado de Yobe, na Nigéria norte oriental, após a chacina de estudantes atribuída a militantes do grupo armado Boko Haram. Segundo o jornal “The Vanguard”, o fechamento das escolas foi anunciado no momento em que militares e policiais davam “início a uma ação” para prender os responsáveis da agressão de sábado último contra o dormitório de uma escola de 2º grau no Distrito de Mamudo. Segundo testemunhos de médicos e agentes que participaram das operações de socorro divulgadas pela imprensa nigeriana, sábado à noite um comando de homens armados fechou os estudantes em alguns quartos do dormitório antes de atear fogo e explodir algumas bombas. Alguns jovens que tentaram escapar teriam sido assassinados a tiros.Na chacina, refere o jornal “The Vanguard”, perderam a vida pelo menos 29 estudantes e um professor. Boko Haram significa literalmente “A instrução ocidental é pecado”. O grupo afirma que o ensino nas escolas públicas é um fator de corrupção, contrário aos preceitos do Islã. Yobe é um dos três Estados do nordeste da Nigéria onde no mês de maio, na tentativa de contrastar as violências do grupo Boko Haram, o exército deu início a uma ofensiva militar. 

Violência no Congo - Não foi confirmada a profanação de uma igreja católica em Rwahwa (no território de Beni, nordeste da República Democrática do Congo) onde, dias atrás, bandidos armados entraram no local de culto, removendo o Santíssimo. Nos mesmos dias o governador da Província do Norte-Kivu, Julien Paluku, relatou que a cidade de Beni – capital do território de mesmo nome – está ameaçada por uma aliança formada por rebeldes ugandenses Adf-Nalu, por um grupo nativo de Mai-Mai e até mesmo por integrantes do Shabaab, da Somália. A Diocese de Butembo-Beni também vive o drama dos sacerdotes assuncionistas sequestrados no passado mês de outubro e de que não se tem mais notícias a mais de nove meses. São centenas as pessoas desaparecidas na área, pelo menos 150 embora os grupos da sociedade civil falam de 300 pessoas, enquanto os sequestros e homicídios continuam sem parar. A insegurança é grave sobretudo no norte do território. Segundo o bispo local existiriam interesses externos para favorecer uma difusão do radicalismo islâmico, em uma área desprovida desta influência. “Logo após o sequestro dos três sacerdotes – observa – fui contatado por algumas pessoas que disseram tê-los em mãos (não sei se era verdade ou não), e afirmaram que se converteram ao Islã”. (Fonte: Rádio Vaticana)

terça-feira, 9 de julho de 2013

Assembleia Legislativa do Maranhão aprova projeto de lei que pune os escravocratas!

O plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, por unanimidade, nesta segunda-feira (08), projeto de lei que pune qualquer empresa que faça uso direto ou indireto do regime de trabalho escravo ou em condições análogas com a cassação da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação). Antes de ir a plenário, a matéria obteve pareceres favoráveis das comissões de Constituição e Justiça e Cidadania; Orçamento, Finanças e Fiscalização; e de Obras e Serviços Públicos. O projeto foi aprovado sob regime de urgência em primeiro e segundo turnos e agora segue para a sanção.

Comentário do blogueiro - Na esteira das manifestações os nossos deputados parecem acordar, agora, e descobrir a grave realidade do trabalho análogo à escravidão de milhares de maranhenses no estado... sem contar os que são 'exportados'.... A medida é mais simbólica que 'real', mas é preciso avançar mais, punindo os escravocratas confiscando as terras e aplicando multas exemplares. 

sábado, 6 de julho de 2013

O holocausto brasileiro, que continua até hoje!

Um campo de concentração a céu aberto. Um genocídio de 60 mil pessoas. No maior hospício do país, 7 em cada 10 pacientes não tinham problemas mentais. As descrições de um mundo pavoroso seriam perfeitas para a ficção, não fosse um detalhe: elas fazem parte da história do Brasil. Em Barbacena (MG), a chamada Colônia, maior centro psiquiátrico do Brasil inaugurada e 1903, foi palco de atrocidades dignas de um campo de concentração nazista onde internos morriam de frio, de fome ou por doenças. As violações, cometidas sistematicamente com o aval do Estado, são narradas no livro Holocausto Brasileiro, livro reportagem da jornalista Daniela Arbex. Lançada neste mês, a obra baseada na exímia pesquisa da repórter especial do Tribuna de Minas mostra que a maioria dos pacientes do hospício era internada à força. Cerca de 70% não tinham diagnóstico de doença mental, entre eles epiléticos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas ou mesmo pessoas que questionavam o status quo e passavam a ser considerados um incômodo para a sociedade – caso de uma jovem que contestou por que recebia de seu pai menos que seus irmãos e morreu na Colônia 30 anos depois. A Colônia abrigava ainda meninas grávidas e violentadas por seus patrões, esposas confinadas para que o marido pudesse morar com a amante, filhas de fazendeiros que perderam a virgindade antes do casamento, pessoas tímidas e 33 crianças que tiveram parte de suas vidas roubadas durante o período em que ficaram internadas. “A culpa é coletiva. As atrocidades não eram questionadas naquela época porque no início do século 20 existia um movimento eugenista de limpeza social muito aceito em todo o Brasil”, afirma a autora. “Ele, na verdade, existe até hoje. Os assassinatos em massa continuam acontecendo e a gente continua fingindo que não vê.” O livro traz um impactante relato do cotidiano vivido pelos pacientes: muitos comiam ratos, bebiam água do esgoto ou urina, dormiam sobre o capim, eram espancados ou violados. Nas noites geladas da cidade na região da Serra da Mantiqueira, eram deixados ao relento nus. Quando grávidas, as pacientes conseguiam se proteger passando fezes sobre a barriga para não serem tocadas. Mas, logo depois do parto, os bebês eram tirados de seus braços e doados. Ao menos 30 crianças foram levadas de suas mães sem autorização. ( Fonte: IHU)

Enviados para anunciar e testemunhar no corpo-a-corpo que a 'realeza' de Deus chegou! (Lc.10, 1-12;17-20)

Muitos vêm afirmando que para evangelizar é preciso utilizar mais e melhor as ‘novas formas de comunicação’. Que hoje se deve adotar uma metodologia e uma linguagem que estejam de acordo com os avanços tecnológicos da sociedade. Que as novas gerações só poderão ser atingidas e ‘tocadas’ pela mensagem evangélica se lançarmos mão adequadamente dos i-pod e i-pad, e das redes sociais. Se de um lado isso é inegável, é também verdade que, do outro, apostar única e exclusivamente nisso para falar ao coração das pessoas é insuficiente. A evangelização reduzir-se-ia a uma ação comercial publicitária hábil e palatável como se faz com uma ‘mercadoria’ para que os fregueses a possam comprá-la a qualquer custo. No evangelho hodierno Lucas insiste em fazer memória da prática dos primeiros seguidores itinerantes de Jesus. Parece nos dizer que ele não está simplesmente ‘descrevendo’ o que se deu, historicamente, mas que esta foi a metodologia utilizada por Jesus. Não algo circunstancial, mas um modo de ser missionário e evangelizador em caráter permanente. Uma evangelização que se dá no corpo-a-corpo, e que jamais poderá ser esquecida ou substituída. Certamente poderá ser ladeada por linguagens e formas criativas e inovadoras de ‘ir e estar com’ as pessoas, mas jamais poderá deixar de ser um ‘sair de si, um ir ao encontro do outro, um cuidar e curar o doente, e entregar a todos a paz’. Na ótica de Lucas não se trata de o discípulo de Jesus imitar ‘as modernas testemunhas de Jeová’ ou outros missionários de alguma igreja que, dois a dois, batem às nossas portas e entregam panfletos religiosos. 

Trata-se, ao contrário, de entrar em comunhão com os anseios, as necessidades, os sofrimentos e as expectativas das pessoas, adaptando-se ao seu jeito de ser e acolher, para que descubram a proximidade e a beleza de um novo jeito de ‘ser governado’ por Deus. Parece ser a consciência de que o jeito de governar dos homens havia fracassado redundamente que Jesus intuiu que ‘outra realeza’ (modo de governar) estava sendo possível. E que podia ser construída por todos. O modo de ‘cuidar’ de Deus, - que é diametralmente oposto aos dos ‘césares da vida’ – estende e transfere diretamente o seu poder de transformar, re-criar, e devolver esperança a todos os que aceitarem ir dois a dois pelo mundo afora e entrar em comunhão com o outro. Não é um modo de ser autocrático dos ‘reinos desse mundo’, que cria dependência e submissão, mas uma ‘realeza’ que envolve todos. E lhes dá o seu mesmo poder de ‘expulsar as forças do mal, e aliviar os sofrimentos do corpo e da alma’. Deixando às pessoas a plena liberdade de acolher o convite e, por sua vez, de aderir e participar da mesma missão. Sem apego às ilusórias e falsas seguranças, nas incertezas do cotidiano, sem ameaçar com castigos e anátemas os que não aceitarem, tod@s os seguidores anunciadores de Jesus concedem a paz a todos. O dom final de próprio Deus que pode ser crível só se visível na comunhão autêntica de quem a anuncia. 

Governo Federal surdo e obtuso não dialoga com os índios. Sai liminar de reintegração de posse da ferrovia. Indígenas resistem e mantêm bloqueio.

Lamentável e vergonhosa a atitude do governo federal que se recusa a sentar ‘civilizadamente’ ( sendo que ele não é selvagem’) com os indígenas do Maranhão para dizer para eles se vão continuar a ignorá-los ou se vão cumprir os compromissos constitucionais mínimos no que se refere à saúde. O governo aposta no cansaço, no desgaste dos longos dias sem comida, sem lugar decente para dormir, sem apoios significativos. Sobrou para os índios a única medida que acham necessária para chamar a atenção: o bloqueio do trem da Vale. Certamente uma medida tomada a contragosto por eles mesmos, tendo consciência de cometer um ato ilegal, mas o consideram uma resposta a outra ilegalidade mais grave, a do governo federal omisso e negligente. Nesse embate, a juíza federal Clemência Maria Almada Lima de Ângelo se viu na obrigação de conceder uma liminar de reintegração de posse da ferrovia em favor da Vale que foi entregue, ontem, aos índios que mantêm o bloqueio. Agora esperar quais vão ser ser as próximas medidas sendo que os indígenas parecem determinados em não acatar a medida judicial. Perdidos por perdidos, os índios do Maranhão não têm mais para onde correr. Não estão pedindo redução da passagem do trem...Estão pedindo o respeito que quase nunca lhe foi reservado pelo governo federal.   

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Indígenas bloqueiam a ferrovia do Carajás. O único jeito para tentar dialogar com um governo surdo e arrogante

Mais de 100 índios de sete povos do Maranhão interditaram no início da tarde desta quinta-feira, 4, a Estrada de Ferro Carajás. O trecho da ferrovia bloqueado margeia a Terra Indígena Caru, onde vivem os Awá-Guajá e Tenetehara (Guajajara), no município de Alto Alegre do Maranhão. Segundo as lideranças, a ocupação será mantida por tempo indeterminado. A ferrovia foi bloqueada porque os povos indígenas que vêm ocupando a sede do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), órgão da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), não só não tiveram suas reivindicações atendidas, mas nem puderam dialogar e negociar porque ninguém do governo federal apareceu. A única saída que encontraram para serem ouvidos foi interditar a ferrovia! Entre as reivindicações dos índios, estão as exonerações de Licínio Carmona, gestor do DSEI, e de Antônio Izildo, chefe da equipe de divisão técnica. “Eles desrespeitam o controle social da saúde indígena e a gestão é péssima. Precisamos de pessoas que priorizem o diálogo com o movimento indígena e as comunidades”, afirmou Lourenço Krikati, também integrante do Conselho Nacional de Saúde Indígena. Além da substituição dos dirigentes, os povos exigem melhorias nas condições de trabalho dos servidores do DSEI. Desde o último dia 24 de junho, as comunidades contabilizaram seis mortes em decorrência da falta de estrutura para o atendimento da saúde. 

Assassino confesso de Irmã Dorothy foi libertado por 'bom comportamento'....

Rayfran das Neves Sales, assassino confesso da missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, em 2005, foi libertado nesta terça-feira (2) do Centro de Progressão Penitenciária de Belém.  A informação é do advogado de defesa do acusado, Raimundo Cavalcante.Após oito anos e quatro meses preso, ele progrediu e passou do regime semiaberto para o sistema aberto, com direito a prisão domiciliar. Sales foi condenado a 27 anos de prisão e estava detido desde o dia 14 fevereiro de 2005. Em 2010, após cumprir um sexto da pena, evoluiu para o regime semiaberto. Em abril, a defesa pediu na Justiça a evolução do sistema de prisão do condenado, que foi acatado no último 27 de junho, segundo informou o advogado de defesa de Sales. A CPT (Comissão Pastoral da Terra) informou que vai avaliar se a progressão de Sales ocorreu de forma correta, como prevê a Lei de Execução Penal. “De qualquer forma, é uma vergonha”, disse o diretor jurídico da CPT no Pará, José Batista Gonçalves.“Condenado a 27 anos, ele passou pouco mais de cinco em regime fechado. Isso é um estímulo à continuidade da violência no campo. A impunidade prevaleceu.” (Fonte: IHU)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Entidades e associações rejeitam a 'urgência' da aprovação do marco legal para a mineração. Governo quer enfiar goela abaixo, justamente AGORA?

Desde 2009 o governo federal vem discutindo, internamente e com as empresas do setor, uma proposta de novo marco legal para a mineração no país, que deve substituir a legislação atual, de 1967. Durante todo o processo de debates a proposta foi mantida em sigilo; depois de muita pressão, as organizações sociais conseguiram uma reunião com a Casa Civil para apresentar suas propostas, mas todas as sugestões foram simplesmente ignoradas pelo governo. No dia 18 de junho, quando as ruas do país estavam sendo tomadas pelas manifestações, o Planalto enviou a proposta ao Congresso Nacional, em regime de urgência constitucional, que obriga que cada uma das casas legislativas tenha apenas 45 dias para debater e votar a proposta. Não é razoável que um tema dessa relevância, que tem influências de diversos tipos sobre o conjunto da sociedade brasileira, seja debatido e aprovado em prazo tão exíguo, sem que a sociedade tenha chance de apresentar suas críticas, considerações e sugestões de melhoria. É impossível que em apenas 45 dias os deputados ou senadores tenham tempo de fazer uma análise com a profundidade que o assunto merece. Em um momento no qual as ruas lutam para serem ouvidas e denunciam a distância com que os poderes constituídos tratam as demandas populares, perguntamos: qual é a urgência em se alterar uma legislação de 1967? Porque o Poder Executivo teve 4 anos para debater a proposta e agora quer que o conjunto da sociedade a debata em 90 dias? A pressa para tratar do uso de bens naturais não renováveis nos parece perversa. Necessitamos de debate público! Pela retirada do regime de urgência para o Código da Mineração.(Nota pública de várias entidades populares)

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Indígenas do Maranhão só saem da FUNASA se saírem os diretores!

Mais de 100 índios permanecem acampados há nove dias no pátio da sede da FUNASA, São Luís. Reivindicam a saída da diretoria do órgão. Não é para menos. As mudanças na estrutura federal de atendimento à saúde indígena não surtiram nenhum efeito. Ao contrário, piorou. Faltam remédios nos postos de saúde, a equipe médica interdisciplinar não visita as aldeias, faltam ambulâncias. As próprias estruturas físicas estão caindo e necessitando de reformas urgentes. As sedes dos pólos-base estão em péssimas condições e misturam doentes com sadios que se hospedam acolá, sem ter em consideração as especificidades étnicas dos diferentes grupos. Esse blogueiro é testemunha disso e testem unhas de vários ofício e abaixo-assinados encaminhados à atual diretoria, ao Ministério Público Federal. Silêncio e desprezo são as respostas que os índios recebem. Eles ao querem luxo, mas também não querem ser lixo. Os acampados afirmam que só ao sair quando vier alguém de Brasília!

Franciscano decapitado na Síria pelos rebeldes. Em nome de Alá!

A Custódia da Terra Santa, em Jerusalém, está de luto pela morte do sacerdote franciscano François Murad nas mãos de rebeldes sírios. O religioso foi decapitado diante de dezenas de pessoas que gritavam “Alá é grande”. O convento onde o sacerdote se encontrava foi saqueado. Um vídeo divulgado na internet mostra um grupo encapuzado de opositores ao regime de Bashar al Assad, lendo as sentenças de condenação de vários homens algemados, de joelhos ao solo. Entre eles, está alguém que parecia vestir uma batina de cor escura. Em seguida aparece um carrasco decapitando o sacerdote diante de dezenas de pessoas. Enquanto algumas pessoas gravavam a cena com seus celulares, outras gritavam ‘Alá é grande’. Presume-se que o franciscano tenha sido acusado de possuir números de telefones oficiais, razão que o vincularia ao regime sírio ou que daria refúgio a partidários de Al Assad. “Desde o começo da guerra na Síria, ele havia deixado sua ermida para cuidar de um frade enfermo e prestar serviços numa comunidade religiosa próxima, encontrando-se assim mais seguro, diz uma nota dos Franciscanos. Indica ainda para os grandes riscos que correm os sacerdotes que vivem na Síria, acrescentando que “os frades acolhem os refugiados em alguns conventos, que se converteram em verdadeiros dormitórios, além de distribuírem alimentos a todos que batem à porta”. Sublinha que o sequestro de dois bispos dos quais não se tem noticias há dois meses e o bombardeio de um convento em território sírio em dezembro são o reflexo da difícil situação vivida no país.“A morte do Padre François foi um duro golpe para todos os frades. Apesar de tudo, eles continuam sendo uma grande ajuda espiritual para a população a quem servem”, diz o texto.(Fonte: Rádio Vaticana)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Sai uma nova lista suja de escravocratas feudais: os pecuaristas ainda em primeiro lugar! Nada de novo sob o sol de Vera Cruz

A pecuária desponta, de longe, como a atividade produtiva com mais inserções na atualização da última sexta-feira (28) do cadastro de empregadores flagrados explorando pessoas em condição análoga à de escravo, a chamada “lista suja” do trabalho escravo. Mantida em conjunto pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), a relação é considerada uma das mais importantes ferramentas na luta pela erradicação da escravidão contemporânea no Brasil. Levantamento da Repórter Brasil aponta que, de um total de 142 nomes inseridos nesta atualização semestral o registro do governo federal, 61 foram flagrados pelas fiscalizações do MTE no exercício da produção pecuária com o emprego de escravos – chama a atenção também a inclusão de oito políticos e as primeiras inclusões envolvendo o plantio de dendê na Amazônia. No total, o cadastro ficou com 504 nomes, um recorde.  As vítimas sofriam ameaças que, segundo o entendimento dos fiscais do MTE, caracterizava restrições à liberdade de ir e vir. De acordo com depoimentos colhidos durante as vistorias, jagunços dos fazendeiros intimidavam os empregados, pela presença ostensiva de armas, através de coação moral e até mesmo com ameaças à vida dos trabalhadores. Alguns, inclusive, foram impedidos de deixar a propriedade para tratar de doenças ou comprar remédios. “Éramos ameaçados o tempo todo. O capanga andava com a arma na cintura. Uma vez, um companheiro nosso foi pedir dinheiro para comprar remédio porque tinha levado uma picada de cobra e foi ameaçado de morte”, acrescenta um trabalhador libertado. Em geral os responsáveis pelo crime de submeter pessoas à escravidão, previsto no artigo 149 do Código Penal, aparecem, com frequência, associados a outros delitos. 
Comentário do blogueiro - E aí senadora dona Kátia Abreu defensora dos pecuaristas o que tem a declarar? Fichinhas, não é mesmo? 

MARANHÃO EM CHAMAS!

Aumento assustador de homicídios na ilha....dos amores! - Um total de 436 assassinatos foi registrado de janeiro a junho deste ano na Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa), segundo o Jornal Pequeno. O número superou em 126 casos, ou 40,7%, os homicídios registrados no primeiro semestre do ano passado, que teve 310 crimes de morte. Os assassinatos do mês de junho na Ilha voltaram a ultrapassar a marca dos 70 casos, com 74 homicídios – média de mais de 2,4 casos por dia. O mês anterior (maio) registrou 71 crimes de morte. Os números do semestre se completam com janeiro (75 homicídios); fevereiro (51); março (67); e abril (98). Os bairros do Coroadinho, Cidade Olímpica e Vila Embratel foram os que registraram o maior número de casos.

Moradores do Jaracati fecham a ponte Bandeira Tribuzi. - Cerca de 200 moradores do Jaracati fecharam, desde as 6h30 de hoje, 02 de julho o trecho da cabeceira da ponte Bandeira Tribuzi, na Avenida Carlos Cunha. Os manifestantes tocaram fogo em pneus e troncos de árvore para fechar a avenida. Os moradores querem a retomada de uma obra de infraestrutura e saneamento no bairro, que começou no início do ano, mas parou no início de março sem mais explicações. A obra, de quase R$ 28 milhões, era tocada pelo governo do estado, com recursos federais – do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os moradores dizem que só desbloqueiam a ponte se forem ouvidos por alguma autoridade estadual. O trânsito na área está totalmente parado.

Presos fazem greve de fome por condições...humanas na selva das Pedrinhas - Presos fazem greve de fome na Casa de Detenção, no Presídio São Luís II, em Pedrinhas, e no Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), no Anil, em São Luís. Eles protestam desde ontem, 01 de julho, contra a má qualidade da comida, a falta de assistência médica e, principalmente, a demora no julgamento de processos pela justiça. O secretário de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), Sebastião Uchôa, criou uma comissão para manter entendimentos com os detentos, que afirmam que a greve de fome é por tempo indeterminado. Segundo Uchôa, já chamou a empresa que fornece a comida nos presídios para discutir melhorias.

Piquiá de Baixo para o trem da Vale - A ferrovia Carajás na altura do povoado Piquiá está completamente interditada desde a manhã de hoje, 02, por mais de 100 pessoas. Não sabemos ao certo os motivos que levaram os manifestantes a tomar essa decisão, mas informantes do local afirmam que estaria relacionada à situação dramática pela qual vem passando o povo de Piquiá de Baixo. Há bastante tempo vem sofrendo não somente os efeitos da poluição das siderúrgicas e da fábrica de aço, mas também os atrasos e a má vontade pública de realocar as famílias em um terreno já desapropriado pela Prefeitura de Açailândia e que por motivos ‘pecuniários’ (falta de acordo sobre o preço do terreno) ainda não se concretizou.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Cardeal defende as manifestações de rua. Que não seja adesão ao novo modismo já inaugurado pela Globo!

O homem que desafiou o regime militar e abriu as portas das igrejas do ABC para os trabalhadores em greve no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980 – quando era bispo de Santo André –, d. Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, defendeu as manifestações que tomaram as ruas do País. "Aqueles que não se sentem ouvidos precisam mesmo ir para as ruas", disse. "O que estamos presenciando é uma forma de realidade muito bonita." Hummes falou sobre os protestos na noite de sábado, no auditório do Colégio São Bento, no centro de São Paulo, para uma plateia de católicos. A palestra foi organizada pelo movimento Comunhão e Libertação. Hummes afirmou que é preciso "aprender a lidar" com esses eventos. "Nem os sindicatos nem o governo estão sabendo lidar com isso", pontuou. "Isso é eficaz. A sociedade conseguiu se expressar e está obtendo muitas vitórias. É muito bom", disse.

Comentário do blogueiro ‘Quem te viu, quem te vê’, meu caro cardeal. Se é verdade que em 1979-1980 abriu as portas da igreja de Santo André para que os diretores do sindicato dos metalúrgicos (Lula entre eles) pudessem escapar da polícia do Maluf, a sua trajetória posterior não foi muito coerente. Mesmo assim, é bom ouvir que o senhor aprecia, - agora, como bispo aposentado, - essas manifestações. Só espero que não sejam ‘arrependimentos’ ou adesões sugeridas pela conveniência do momento, tal como vimos com o GLOBAL Arnaldo Jabor! 

'Estava preso e me visitaste...em quais condições?" - Relatório do Ministério Público sobre o sistema prisional brasileiro.


Os 1.598 estabelecimentos prisionais inspecionados em março de 2013 pelos membros do Ministério Público em todo o Brasil têm capacidade para 302.422 pessoas, mas abrigam 448.969 presos. O déficit é de 146.547 vagas (48%). A maioria dos estabelecimentos não separa presos provisórios de definitivos (79%), presos primários dos reincidentes (78%) e os  conforme a natureza do crime ou por periculosidade (68%). Entre março de 2012 e fevereiro de 2013, nas prisões inspecionadas, foram registradas 121 rebeliões e 769 mortes. Houve apreensão de droga em 40% dos locais inspecionados e foram registradas mais de 20 mil fugas, evasões ou ausência de retorno após concessão de benefício. Ao mesmo tempo, houve recaptura de 3.734 foragidos. Quase metade dos estabelecimentos (780) não possui cama para todos os presos e quase um quarto (365) não tem colchão para todos. A água para banho não é aquecida em dois terços dos estabelecimentos (1.009). Não é fornecido material de higiene pessoal em 636 (40%) locais e não há fornecimento de toalha de banho em 1.060 (66%). A distribuição de preservativo não é feita em 671 estabelecimentos (42%). As visitas íntimas são garantidas em cerca de dois terços do sistema (1.039 estabelecimentos).Cerca de 60% dos estabelecimentos (968) não contam com biblioteca; falta espaço para prática esportiva em 756 locais (47%) e para banho de sol (solário) em 155 (10%). Os dados inéditos estão no relatório “A Visão do Ministério Público sobre o Sistema Prisional Brasileiro”, elaborado pela Comissão de Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública do CNMP e divulgado nesta quinta-feira, 27/6, durante o IV Encontro Nacional do Sistema Prisional. O levantamento foi feito com base nas inspeções do Ministério Público no sistema prisional brasileiro, previstas na Lei de Execução Penal (Lei n. 7.219/84) e regulamentadas pela Resolução CNMP nº 56/10. (Fonte: Blog do Aldir Dantas)
Comentário do blogueiro - Só falta o cidadão médio-comum desse País dizer que, afinal, 'bandido' não merece condições prisionais de 'gente', por ser....'bandido'...Até ele sentir na sua própria pele ou de algum familiar ser preso injustamente, e detido em algum calabouço por dias ou meses em condições desumanas esperando um julgamento que não vai acontecer. Aí começa a dar uma de...bandido de verdade!

Maranhão campeão em improbidade. Vá pra' rua!

À promotora de justiça Themis Pacheco Carvalho, na semana passada,  fez uma ampla explanação  dos contextos local e nacional, registrando que o Maranhão é campeão disparado em ações de improbidades. Na esfera das instituições federais sediadas em nosso Estado, no ano passado foram interpostas 206 ações civis públicas na Justiça Federal, número correspondente a quase o dobro das ações ajuizadas pelo segundo colocado no ranking nacional, o Estado da Bahia com 134 ações. Destacou que no presente exercício já existem propostas de 274 ações, das quais 38 já foram ajuizadas pelo Ministério Público Federal. Não tenho exatamente do número de ações intentadas pelo Ministério Público Estadual, mas vamos sugerir a administração superior uma pesquisa, para que o número também seja levado a conhecimento público.
Comentário do blogueiro - Só falta dizer que o nosso Estado é campeão em improbidade porque aqui tornamos pública e denunciamos a corrupção que está ‘escondida’, e não por ser um Estado mais corrupto que outros Estados da Federação!