sábado, 2 de fevereiro de 2013

Índios no Maranhão sempre mais ameaçados e esquecidos pelo 'poder público'!

Os índios Gavião, após enfrentar os madeireiros da região, denunciam que estão impedidos de entrar na cidade de Amarante, inclusive para estudar e receber atendimento médico. A estrada vicinal que corta a TI encontra-se interditada pelos índios, durante a noite, onde somente transitam pessoas doentes. Os índios afirmaram também que vereadores, a prefeita e secretários municipais tentaram negociar a liberação dos caminhões, inclusive propondo quantia em dinheiro para os índios, que não foi aceita. Os caminhões foram entregues à Polícia Federal e ao IBAMA, mas até agora ninguém foi preso. Várias lideranças indígenas estão ameaçadas de morte por conta disso. 

Também o povo Krenyê passa por uma situação alarmante. Atalmente vive na periferia de Bacabal e denuncia que o governo federal lhe nega o direito de ter um território. O processo desse povo está tramitando vagarosamente. Enquanto isso, muitos índios passam fome e toda sorte de necessidades. O Povo Kreniê foi retirado do seu território originário, na região de Bacabal, na década de 70, pelo antigo SPI, e espalhado por várias terras indígenas, em Santa Inês, Bom Jardim e Alto Turi. O problema comum a todos os territórios, no entanto, é intrusão para a extração ilegal de madeira nas florestas. 

O Maranhão, é o Estado que reune cinco das 20 terras mais invadidas do país, com os principais registros de conflitos. A estratégia de combate a esse tipo de intrusão não surtem o efeito desejado, uma vez que os madeireiros sempre retornam às áreas e raramente são punidos. A relações desses grupos sociais com índios, políticos e autoridades locais também dificulta as operações repressivas. De modo geral, o modelo de desenvolvimento adotado pelas cidades próximas dos territórios indígenas e unidades de conservação passa pela exploração ilegal de madeira. O fato é que essa exploração está causando o esgotamento das fontes de alimentos e dos recursos hídricos nas reservas, além do desequilíbrio do processo de organização interna das aldeias. (Fonte: Alice Pires Tenetehara)

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