sábado, 16 de novembro de 2013

Indígenas - Os 'patrões' dos indígenas do Maranhão estão enriquecendo graças à utilização dos seus cartões bancários!

Há vários anos espertinhos comerciantes e supostos amigos dos índios constroem verdadeiras fortunas com o dinheiro dos índios do Maranhão. São os chamados ‘patrões’ que seguram e administram os cartões bancários de aposentados, funcionários, beneficiados com o Bolsa-Família e outros, de centenas e centenas de famílias indígenas.  Estamos falando de cerca de 5.000 cartões bancários que estão nas mãos de comerciantes e ‘amigos’ dos índios nas cidades de Grajaú, Amarante, Arame, Barra do Corda, Fernando Falcão e outros. É um tanto difícil compreender o porquê dessa prática que parece ter se tornado um traço estrutural da economia indígena desde que lhes foram entregues os mágicos cartões para sacar o seu próprio dinheiro. De um lado os índios parecem se sentir mais ‘seguros’ sabendo que alguém administra o seu cartão, a sua grana, pois não precisam andar com ela no bolso e podem se dirigir aos seus ‘administradores’ toda vez que precisarem. Mais que isso: os indígenas acham que ao acabar o dinheiro do mês os ‘patrões’ na sua infinita bondade lhes antecipam o do mês seguinte, o que para eles é um verdadeiro gesto de bondade. Do outro lado, esses patrões nunca oferecem um comprovante de quanta mercadoria foi entregue e quanto foi o seu valor para que os dois tenham uma noção dos reais gastos realizados. Diante de algumas tímidas observações por parte dos indígenas de que o dinheiro do mês teria se acabado cedo demais, os ‘patrões’ afirmam que tiveram que pagar juros e correção monetária. Só os patrões que possuem o real controle das despesas que, naturalmente, se aproveitam para aumentá-las exageradamente. Sem falar no ao de que os cartões são utilizados para pedir empréstimos sem que os indígenas tenham conhecimento. As poucas tentativas indígenas de se desvencilharem de tamanha dependência não deram em nada. Nem a argumentação de que no banco há funcionários de confiança que podem orientá-los para sacar o dinheiro tem trazido mudanças significativas. Nos poucos casos registrados em que os indígenas chegaram a fazer o cancelamento do seu cartão, todos eles voltaram a entregar o novo cartão aos mesmos ou a outros patrões. Já essa nova categoria social, no entanto, pode ser identificada claramente nessas pequenas cidades. Seus comércios são cada vez mais surtidos, suas casas estão conhecendo as melhores comodidades e os patrões dos índios o luxo. Algumas tímidas tentativas de intervenção por parte do Ministério Público não deram em nada, também porque os próprios indígenas entregam os próprios cartões ‘espontaneamente’ e ingênua e legalmente, deixam-se roubar e assaltar. 

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