sábado, 3 de maio de 2014

Questão indígenas é crucial no Brasil, afirma bispo na assembleia geral da CNBB!

“A situação indígena é uma questão crucial no Brasil”. Desta forma, o bispo de Xingu (PA) e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Krautler, apresentou o assunto aos participantes da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, na tarde desta sexta-feira, 2 de maio, em Aparecida (SP). De acordo com dom Erwin, a demora na demarcação de terras indígenas é um desrespeito à Constituição. “A Constituição de 1988 determinou um prazo de quinze anos para esta demarcação em todo o território nacional. Nem a metade destas áreas foram ainda demarcadas. Muitas estão em processo ou engavetadas. Este é o motivo das hostilidades entre os que ocupam ilegalmente estas áreas e os povos indígenas”, disse. O presidente do Cimi explicou que não se pode acusar os agricultores,  já que a grande maioria deles foi assentada em áreas indígenas pelo Estado. “O governo nada ou pouco faz para dirimir esse conflito. É algo sério e está acontecendo muito derramamento de sangue”, alertou. Por este motivo, ele considera que a demarcação de terras indígenas deve ser feita em caráter de urgência.  Dom Erwuin explicou também a visão do Cimi a respeito das indenizações. “Os agricultores devem ser indenizados. E que não seja apenas sobre as benfeitorias.”. Ele também destacou que é preciso que as famílias sejam reassentadas em outras terras e que se deve ter uma atenção especial aos idosos. “É preciso ressarcir o suor derramando durante décadas”. 

Comentário do blogueiro – Fico satisfeito que o presidente do Cimi esteja assumindo essa postura que nem sempre foi ‘essa’. A omissão ou a cumplicidade dos governos estaduais e federal tem favorecido ao longo desses anos a ocupação ilegal e a invasão de territórios indígenas sem que houvesse uma real preocupação de alertar os ocupantes e evitar conflitos que estourariam mais para frente. Muitos agricultores ocupam terras indígenas ‘de boa fé’ e ninguém diz para eles que é terra indígena e que não podem ficar. Acabam fazendo benfeitorias, criam laços afetivos com a terra e lá pelas tantas chega a ordem do juiz.. Por que iludi-los por anos à fio? Um discurso à parte merecem os pecuaristas e donos de agro-negócio. Esses senhores simplesmente querem ver índios fora de tudo! O trágico é que o executivo federal deixa correr...Parecem falar em nome do governo federal!!!!!!!!!!!

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