sábado, 2 de dezembro de 2017

Permanecer ligados e vigilantes para não deixar desprotegida uma casa que agora é nossa! (Mc. 13, 33-37)

Algumas ‘desatenções’ são fatais na vida! Não ficar cuidadosamente antenados com a realidade pode colocar em risco expectativas, sonhos, projetos. Imaginemos, então, quando o que está em jogo é a plena realização da nossa breve existência! Ou seja, quando não conseguimos descobrir o seu verdadeiro sentido, o que realmente pode dar sabor ao nosso suar, trabalhar, gritar, chorar.... Vigiar é o contrário de dormir, e de perder a consciência, de permanecer alheio ao que se passa ao nosso redor. Quando deixamos de vigiar e de permanecermos atentos aos sinais luminosos da realidade em que vivemos nos expomos a sofrer manipulações, ameaças e intervenções que tiram de nós a liberdade e a esperança de sermos os atores principais da nossa vida. Seremos fáceis objetos de manipulação, pessoas submissas daqueles que vigiam para colher em flagrante os desligados, os passivos, os alienados.
No evangelho de hoje Jesus alerta os seus discípulos basicamente sobre duas coisas. A primeira: ninguém sabe o momento crucial em que seremos chamados a prestar conta. Não servem as apostas e as artimanhas para enganar um suposto senhor-juiz cobrador. Estaremos enganando a nós mesmos, somente. Mais antes, agir e viver como se a qualquer hora, a toda hora, - como de fato, ocorre no cotidiano, - somos chamados a prestar conta do que fazemos e somos! A segunda: o ‘senhor da casa’ deu a cada um de nós a autoridade para cuidar dela. Cabe a nós amar e zelar por esta casa, não pelo medo da sua cobrança, mas porque ela se tornou ‘a nossa casa’. Deixou de ser somente a casa do senhor, e se tornou um patrimônio nosso que deve ser protegido, vigiado, amado. Não vamos, portanto, entregar a outros essa missão. Não vamos ser negligentes com o que nos dá felicidade e realização humana. Não vamos dormir para que agressores, canalhas, impostores tomem de conta da ‘nossa casa’ que o senhor confiou a nós. 

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