sexta-feira, 28 de junho de 2024

13° Domenica comune - Mai rassegnarsi, ma cercare sempre di eliminare le emorragie imposte dalle sanguisughe sociali e religiose

 La morte sembra meno tragica quando avviene in maniera indolore e rapida. Spesso, peró, la vita ci é tolta lentamente, progressivamente e quasi silenziosamente. Il drammatico, tuttavia, é quando scopriamo che le persone che ci vivono accanto, invece do appoggiarci nel nostro sforzo e voglia di pienezza di vita, ci mettono limiti e ostacoli di ogni sorta. La donna del vangelo odierno é il simbolo di tutti coloro che da uma vita (12 é símbolo di totalitá) vivono essendo dissanguati lentamente dall’esclusione, dallo sfruttamento, dai pregiudizi e dall’umigliazione. Allo stesso tempo, peró, diventa il modello di resistenza e persistenza perché non si rassegna con la sua situazione di marginalizzazione e dai limiti imposti dalle leggi e dalle norme di quelle sanguisughe sociali e religiose che la vorrebbero rassegnata e innoqua. Agli occhi ipocriti dei bigottoni la donna appare impura e infrattora delle norme di purezza, ma agli occhi di Gesú lei é il modello di fede autentica e tenace. Infatti ha saputo trasporre i confini imposti dalle istituzioni e religioni per cercare di porre fine all’emorragia che la faceva morire lentamente e l’ha trovata in quel Maestro che ha sempre creduto che i figli e le figlie di Dio sono chiamati a vivere sempre nella libertá, nella felicitá e pienezza di vita.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

12° domingo comum - Se as águas do mar da vida quiserem te afogar segura na mão do Ressuscitado e atravessa!

Quantas angústias e tempestades interiores experimentamos quando temos que abandonar a nossa margem e ir á outra margem! A margem do mundo do outro, conhecer sua realidade, dores e tragédias para lhe  manifestar amizade, solidariedade e compaixão! O medo de perder segurança e estabilidade e o temor de sermos rejeitados e perseguidos pela 'outra margem' parecem nos paralisar. Nessa travessia desafiadora nos sentimos questionados no nosso modo de ser e de agir, e tudo parece se revoltar. Toda vez que Jesus convida os seus a ir á outra margem do lago, a habitada pelos estrangeiros e pagãos os seus discípulos resistem. Temem enfrentar conflitos e rejeições. Preferem permanecer no certo do que encarar ou incerto, temem perder o seguro pelo inseguro. É a imagem de uma igreja de sacristia, fechada e acomodada que é chamada a sair de si mesma e a não ter medo de encarar lobos e ovelhas, e de mergulhar nos normais conflitos e tempestades da história. Afinal, é a mesma igreja que de um lado proclama que Jesus venceu o mar da morte, da violência e da opressão, mas que do outro lado se sente dominada pela sua pouca fé, pelo medo de afogar e ser engolida pelas ondas das forças diabólicas da brutalidade humana. É preciso recuperar, hoje, a certeza de que se o Ressuscitado está no nosso mesmo barco, que 'Ele já venceu o mundo' e que, mesmo que um tanto adormecido, jamais iremos naufragar! Temos fé para tanto?

sexta-feira, 14 de junho de 2024

11 domingo comum - Tremem: a semente do inédito de Deus foi plantada. Nada será como antes!

Em geral aqueles que ocupam lugares de poder temem o semeador de ideias inéditas. Temem perder o controle sobre as mentes. Apavoram-se só em pensar que alguém poderia ocupar o seu lugar valendo-se de pensamentos e práticas que eles abominam. Os senhores do poder político, religioso e econômico diante de novas ideias e práticas podem, inicialmente, até esnobar não lhes dando o devido valor, pois acreditam que jamais irão vingar. Contudo, basta eles identificarem pequenos sinais de que aquelas ideias estão germinando e dando frutos para iniciarem um movimento de perseguição. Jesus narra a parábola da semente para aqueles seguidores seus que, diante das perseguições, eram tentados em desistir de semear a ideia/sonho de um novo jeito de governar de Deus, e desacreditavam o poder da própria semente. Jesus lembra-lhes que a semente possui uma dinâmica interna própria que não depende exclusivamente do semeador. Depende de muitos outros fatores que escapam do controle do próprio semeador. Um fato é inegável: a semente pequena ou grande já foi lançada no solo e aí seus frutos são imprevisíveis. Não há como voltar atrás. Na história, às vezes, o poderoso vistoso é destronado, e o invisível humilhado se torna um influente referencial. É preciso acreditar! 


Morre aos 98 anos o teólogo Jurgen Moltmann o pai da Teologia da esperança

Moltmann já foi um dos teólogos mais proeminentes do mundo – tanto no pensamento protestante quanto no católico. Após a morte de Moltmann, um comentarista disse que é “quase impossível entender a teologia protestante moderna sem ler O Deus Crucificado”. Na Teologia da Libertação, ele foi uma espécie de pai fundador. Um indicador revelador da importância de Moltmann pode ser encontrado num artigo de 1972 publicado pela revista America que criticava em grande parte os teólogos da época. “Como toda teoria, a teologia é essencialmente derivada e secundária”, escreveu Russell Barta, professor de ciências sociais no Mundelein College na época. “A Boa Nova, em suma, vem do Evangelho e da boca de Jesus – não de um Rahner ou de um Moltmann”. Lembre-se: você não é ninguém até que alguém diga que você não é Jesus.

Moltmann nasceu em 1926 em Hamburgo, na Alemanha. Convocado para o exército alemão ainda adolescente durante a Segunda Guerra Mundial, ele escapou por pouco da morte durante os bombardeios aliados em Hamburgo. Mais tarde, refletiu que as suas experiências na guerra (e depois em vários campos de prisioneiros de guerra) lhe ensinaram muito sobre esperança e sofrimento – e sobre como a humanidade pode encontrar significado num mundo profundamente desumano. Em um campo, Moltmann recebeu um exemplar do Novo Testamento e de A natureza e o destino do homem, de Reinhold Niebuhr, livro que mais tarde ele atribuiu por tê-lo feito querer seguir a teologia.Recebeu seu título de doutor em teologia pela Universidade de Göttingen em 1952. Em 1963, foi contratado pela Universidade de Bonn; quatro anos depois, mudou-se para a Universidade de Tübingen, onde permaneceria como professor de Teologia Sistemática até se aposentar em 1994. Também recebeu nomeações como professor visitante em várias universidades na América do Norte e na Europa.

Moltmann é autor de mais de 40 livros, incluindo sua famosa trilogia Teologia da Esperança (1964), O Deus Crucificado (1972) e A Igreja no Poder do Espírito (1975) e uma série posterior de “contribuições sistemáticas”, incluindo A Trindade e o ReinoDeus na CriaçãoO Caminho de JesusO Espírito de VidaA Vinda de Deus e Experiências em TeologiaNa Teologia da EsperançaMoltmann começou a expor sua escatologia do “Reino de Deus”, baseada na esperança na ressurreição, mas mais focada no aqui e agora do que em qualquer julgamento final ou individual. Ele também rejeitou qualquer noção de que o cristianismo pudesse ser reduzido à busca pessoal de um indivíduo para alcançar a salvação. “Se a esperança cristã for reduzida à salvação da alma num céu para além da morte, ela perde o seu poder de renovar a vida e mudar o mundo, e a sua chama é apagada”, escreveu mais tarde, um sentimento central também para a Teologia da Libertação.

Moltmann foi profundamente influenciado pela “filosofia da esperança” de matiz marxista do filósofo e crítico social alemão Ernst Bloch, embora o trabalho de Bloch raramente tenha sido traduzido para o inglês por muitos anos, fazendo da “teologia da esperança” de Moltmann a introdução aos insights e influência de Bloch para muitos teólogos de língua inglesa.Como Moltmann também enfatizou que a ação de Deus na ressurreição oferecia a promessa de salvação para todos, a sua teologia forneceu uma base para muitos teólogos da libertação emergentes que enfatizariam a opção preferencial da Igreja pelos pobres. Embora Moltmann acreditasse que a história da salvação incluiria, em última análise, a reconciliação do opressor com os oprimidos, a libertação destes últimos teve precedência.

Ele também acreditava firmemente que qualquer teologia, a cruz ou a ressurreição era, por natureza, teologia política, na medida em que não podia aceitar o status quo ou afirmar que a salvação era possível fora da história – uma afirmação semelhante à do seu homólogo católico, Johann Baptist Metz.

Em O Deus CrucificadoMoltmann sugeriu – contrariamente à maior parte da teologia cristã – que Deus, o Pai, sofreu na paixão terrena de Jesus e que a crucificação faz parte da identificação de Deus com o sofrimento humano em geral. Se você é um caçador de heresias, isso soa como patripassianismo ou modalismo; mas se você procurar entender em um mundo pós-Holocausto como Deus permite um sofrimento tão enorme, isso oferece uma espécie de chave interpretativa. O Deus Crucificado contou com uma resenha publicado pela revista America em 1972 por Leo O'Donovan, SJ (ele mesmo um ex-aluno de Rahner), que notou o envolvimento de Moltmann com a “Escola de Frankfurt” de teoria crítica, incluindo Max Horkheimer e Theodor Adorno, e escreveu que Moltmann “examina nosso passado comum em busca da fonte de nossa esperança futura de ressurreição. Seu foco está na identificação de Deus, através da cruz de Cristo, com os sofrimentos do homem”. O'Donovan resumiu o argumento de Moltmann em O Deus Crucificado como uma pergunta: “Como podemos encontrar um Deus humano num mundo desumanizado?”

 A “trilogia” original de Moltmann trouxe-lhe destaque no mundo da teologia e permitiu-lhe influenciar várias gerações de estudantes e colegas e apresentar as suas ideias teológicas a um mundo mais amplo. Em 1968, ele apareceu no New York Times em uma matéria de primeira página sobre a “teologia da esperança”. (Apareceu ao lado de “Ativismo Político Nova 'Coisa' Hippie'”). Em 1984-1985, ele proferiu as prestigiadas palestras de Gifford (Gifford Lectures) na Universidade de EdimburgoDepois que sua esposa Elizabeth morreu em 2016, ele escreveu Resurrected to Eternal Life: On Dying and Rising, uma meditação sobre a morte e a ressurreição. Foi publicado em inglês em 2021.

No mencionado artigo de 1968 no New York TimesMartin Marty, de quarenta e poucos anos (já na Universidade de Chicago), comentou o pensamento de Moltmann. É “uma teologia que poderia fazer a diferença num mundo revolucionário”, disse Marty, continuando: "Poderia ajudar a informar e inspirar uma Igreja incerta. Poderia forçar a repensar os princípios e mandatos cristãos básicos; poderia libertar as pessoas das mãos mortas de um passado morto".

 

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Dois indígenas são vítimas de acidente de carro pela irresponsabilidade de terceiros

Dois acidentes fatais marcaram esse final de semana envolvendo dois indígenas. O primeiro aconteceu no sábado 09 na estrada que vai para Itaipava de Grajaú. Um caminhão madeireiro transportando estacas ao chegar numa subida bastante íngreme não teve força suficiente e, provavelmente sem freios, acabou voltando atrás, chegando a capotar e esmagando o indígena Zezinho Guajajara de 45 da aldeia Sumaúma, na Terra Canabrava. Ele havia sido contratado pelo madeireiro para ajudar no serviço, mas acabou pagando as consequências de quem de forma irresponsável não se preocupa com a manutenção do veículo e com a segurança dos seus trabalhadores. O enterro foi domingo de tarde numa clima de comoção e dor dos filhos e familiares. Agora se espera que haja uma investigação para verificar se houve dolo no acidente.

O outro acidente ocorreu no mesmo sábado na MA 006 que delimita a Terra indígena Arariboia e liga Grajaú a Arame. Uma mãe da aldeia Vila Nova Tarrafa se deslocava de moto, com dois filhos na garupa, para pescar quando foi barroada por um carro vermelho de placa QOE6G53 cujo condutor estava totalmente alcoolizado. No carro foram encontrados vários cascos de garrafas de cerveja. No impacto a mulher teve morte instantânea, já um dos filhos teve a perna quebrada e o outro teve ferimentos leves. Pelas informações o dono do carro encontra-se foragido.  Esta morte vem se somar a tantas outras que ocorreram nesses últimos 15 meses ceifando a vida de mais de 08 indígenas só na região de Araribóia. Espera-se que o dono do veiculo seja encontrado e investigado. 

sábado, 8 de junho de 2024

10 domingo comum - Sem 'loucura' não se muda uma humanidade 'possuída e dependente'

 Quem de nós já não fez a experiência de ser incompreendido e hostilizado? Agora, tudo isso vindo de dentro da própria família dói duplamente. Jesus se encontra escanteado e isolado pelos seus familiares que o consideram louco, e o procuram para amarrá-lo e, ao mesmo tempo, pelos seus adversários que o consideram possuído por um espírito mau. Jesus reage do seu jeito dando um 'chega para lá' para os dois. Aos seus parentes lembra que perderam o direito sobre Ele, pois a sua família,agora, são os excluídos e os impuros que escutam e praticam a vontade do Pai. E aos seus adversários retruca, ironicamente, que não seria lógico agir em nome de Satanás contrariando e agindo contra o próprio Satanás. Colocaria tudo a perder! Uma coisa, todavia, todos deveriam compreender: não acreditar que o Espírito de Deus não tem poder de fazer renascer pessoas devolvendo esperança e dignidade é algo imperdoável. Talvez, hoje, sejam os próprios anunciadores que tenham perdido perspectivas e motivações de transformação radical da humanidade e se sentem perseguidos por sua própria falta de esperança e fé naquele Espírito que, contraditoriamente, eles mesmos proclamam, sem entusiasmo.

sábado, 1 de junho de 2024

9° domingo comum - Dane-se a lei, defenda a vida!

 Lei não garante direitos. É preciso se perguntar quem fez a lei e para beneficiar quais pessoas. Muitas vezes leis são feitas para assegurar privilégios de alguns e impor obrigações para outros. Os senhores das leis as elaboram, interpretam e julgam de acordo com seus interesses e, pior, frequentemente, as vendem e impõem justificando-as como se fossem inspiradas ou até ditadas por Deus para lhes dar mais autoridade. Jesus desmascara esse conluio ideológico desrespeitando frontalmente uma lei considerada central no judaísmo: o repouso absoluto no sábado. Recupera e reitera radicalmente que a vida está acima de todo tipo de lei. As necessidades básicas de todo ser humano se não forem reconhecidas e respeitadas por lei devem ser buscadas á sua revelia. Matar a fome e cuidar das pessoas em perigo é mais importante do que  obedecer passivamente a uma lei que não garante e nem respeita o direito sagrado de VIVER COM DIGNIDADE.