sexta-feira, 1 de agosto de 2025

18º domingo comum - Só a riqueza em humanidade é que faz a diferença!

Em geral, o que mais choca nos ricos não é a riqueza em si, mas a sua ostentação. Suas atitudes exibicionistas e de esbanjamento irresponsável são repugnantes, principalmente quando se sabe que aquela riqueza acumulada dificilmente foi fruto do seu esforço pessoal, e nem de respeito aos direitos trabalhistas, com justiça e honestidade. A ostentação é, no fundo, uma forma narcisista infantil de complacência consigo mesmo. Afinal, o ricaço exibicionista acredita que deixa de ser um cidadão anônimo insignificante e passa a ser reconhecido como um ser que faz a diferença na sociedade. Não percebe que está expondo suas carências e vazios existenciais, e suas formas doentias de compensação. Um pobre coitado! Os evangelhos utilizam dois termos diferentes para definir o rico: o primeiro bem específico para descrever o rico dependente e viciado que acumula, compulsivamente, para si, e que ostenta de forma patológica e patética o que possui; e o outro para representar um homem que tem posses, mas que se sente livre para doar, para fazer caridade, patrocinar, ajudar os outros. Jesus é extremamente duro com o primeiro, não por ser rico, mas por ser um rico egoísta e tapado. E por colocar naquela sua riqueza passageira, - que ele acredita ser permanente, - o pleno sentido da sua existência. O idiota não entende que lhe falta algo essencial para ser feliz e fazer a efetiva diferença: ser rico em humanidade e compaixão perante Deus!


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