quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ó pátria amada, salve-se, salve-se......!



Como não bastasse a festa da raça, de hitleriana memória, lá vamos nós celebrando o dia da independência. Numa sociedade planetária em que se torna sempre mais necessária a inter-dependência de todos para com todos – todos precisamos de todos – mantém-se vivo no imaginário ‘nacional’ de que somos ‘independentes’! De que um dia o nosso País foi dependente de alguém, mas que se libertou. Claro, há dependência e dependência. Dependência entendida como submissão física, violenta e política, - porque um país é invadido e subjugado por outro - tem um sentido bem diferente de um país que, por exemplo, depende de um outro para possuir determinadas matérias primas, bens, etc. Dependência ou independência, porém, não podem ser lidas só com relação a um ‘outro país’, a alguém externo a nós. Fala-se também de dependência interna, de alguns cidadãos com relação a outros, membros de um mesmo país...Se, de alguma forma, a inter-dependência é sadia, pois evitaria que alguém se sinta tão poderoso para subjugar, humilhar e comprar um outro, e, do outro lado, que alguém seja tão fraco e sem autonomia para ter que se ‘vender’ ao poderoso – é um fato que o ‘gigante que está a despertar’ vem conseguindo manter numa situação de ‘subjugação’ muitos dos seus filhos e filhas. Ou pior, de extrema indiferença para com a existência do outro. Ou seja, alguém está dizendo a alguém que não precisa dele, nem sequer para usá-lo como escravo dependente. Que se construa justiça e equidade no berço da pátria idolatrada, para que ninguém dos seus filhos e filhas tenha que vender a sua alma e a sua dignidade a outros supostos irmãos e irmãs, filhos e filhas....do mesmo pai e da mesma mãe!

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