
O evangelho de Marcos desse domingo parece retratar com lucidez desconcertante essa ‘experiência luminosa’ em Jesus de Nazaré. A sucessão dos acontecimentos e o ritmar dos momentos que marcam o dia de Jesus nos mostram um homem que parece ser ‘afetado de super-ativismo’. Parece não ter sossego. Possui um ritmo de vida-trabalho estonteante. E de uma intensidade surpreendente. Parece quase ter antecipado e incorporado os ritmos da ‘pós-modernidade’! É como se Jesus tivesse realmente compreendido de repente a ‘urgência urgentíssima’ de anunciar e provar que a Realeza de Deus havia finalmente chegado a ele e à humanidade. E que precisava aproveitar o máximo do tempo que ainda lhe restava. Jesus, sabemos, havia adquirido essa consciência somente após a sua experiência mística do seu batismo, no deserto. Um deserto existencial que se preencheu, aos poucos, de esperança, de sonhos, de convicção profunda de que Deus estava a conceder um momento de graça a ele mesmo e a Israel. Na sua descrição quase ofegante Marcos nos diz que num só dia Jesus ‘vai à sinagoga, cura a sogra de Pedro, à tarde, depois do pôr do sol cura numerosos doentes, e expulsa muitos demônios; no dia seguinte, de madrugada bem cedo, ainda no escuro, sai para rezar, mas é encontrado pelos seus discípulos que lhe dizem que todos o procuram, mas ele pede para ir para outra margem do lago, e visitar outras aldeias e pessoas, pois ele tinha vindo também para elas’. Respiremos um pouco. Marcos conclui dizendo que Jesus percorria toda a Galiléia pregando nas sinagogas e expulsando demônios.
Por tudo o que Marcos nos apresenta, podemos ter uma clara idéia não só do ritmo adotado por Jesus, mas também das atividades-prioridades com que ele preenchia o seu tempo, o tempo de Deus. Algumas chamam a atenção:
1. As curas. Jesus cura não para ostentar o seu poder de taumaturgo, mas para que o doente curado ‘se levante e sirva’. O verbo ‘levantar’ é o mesmo utilizado para ‘ressuscitar’. Jesus parece devolver à pessoa ‘doente’ aquela existência que havia perdido ou que nunca havia encontrado. Talvez a mesma existência-descoberta que o próprio Jesus havia procurado anos a fio e encontrando-a somente na sua fase adulta! Ao pôr de pé (ressuscitar) a pessoa abatida, e morta por dentro, Jesus a coloca na situação de servir. Ou seja, de reproduzir, por sua vez, o dom que recebeu: a vida nova definitivamente encontrada!
2. As expulsões de demônios. Jesus com isso desmascara o poder do mal. Das forças maléficas da mente e do coração cativo, aprisionado. De tudo o que ameaça a plenitude da vida, da esperança, da liberdade. Do que se opõe à vinda da Realeza de Deus. Jesus percebe que o anti-reino tem uma força e uma astúcia surpreendentes. E descortina a nova energia que é produzida pela Realeza de Deus . Por isso tem que intervir com autoridade contra ‘os diabólicos que dispersam e dividem’ para que ‘se calem’. E para que deixem ‘falar’ definitivamente a voz da boa nova.
3. Ir à outra margem, às outras aldeias.... Jesus não se entende como um mestre de um grupo fechado. De uma instituição, de uma localidade, de uma comunidade-sinagoga. Uma seita fanática. É o profeta que não se deixa prender, que não se deixa apropriar e manipular. Que sabe recomeçar, sempre. Numa nova terra. Com outra gente. Com novos desafios. Com nov@s discípul@s!
Por tudo o que Marcos nos apresenta, podemos ter uma clara idéia não só do ritmo adotado por Jesus, mas também das atividades-prioridades com que ele preenchia o seu tempo, o tempo de Deus. Algumas chamam a atenção:
1. As curas. Jesus cura não para ostentar o seu poder de taumaturgo, mas para que o doente curado ‘se levante e sirva’. O verbo ‘levantar’ é o mesmo utilizado para ‘ressuscitar’. Jesus parece devolver à pessoa ‘doente’ aquela existência que havia perdido ou que nunca havia encontrado. Talvez a mesma existência-descoberta que o próprio Jesus havia procurado anos a fio e encontrando-a somente na sua fase adulta! Ao pôr de pé (ressuscitar) a pessoa abatida, e morta por dentro, Jesus a coloca na situação de servir. Ou seja, de reproduzir, por sua vez, o dom que recebeu: a vida nova definitivamente encontrada!
2. As expulsões de demônios. Jesus com isso desmascara o poder do mal. Das forças maléficas da mente e do coração cativo, aprisionado. De tudo o que ameaça a plenitude da vida, da esperança, da liberdade. Do que se opõe à vinda da Realeza de Deus. Jesus percebe que o anti-reino tem uma força e uma astúcia surpreendentes. E descortina a nova energia que é produzida pela Realeza de Deus . Por isso tem que intervir com autoridade contra ‘os diabólicos que dispersam e dividem’ para que ‘se calem’. E para que deixem ‘falar’ definitivamente a voz da boa nova.
3. Ir à outra margem, às outras aldeias.... Jesus não se entende como um mestre de um grupo fechado. De uma instituição, de uma localidade, de uma comunidade-sinagoga. Uma seita fanática. É o profeta que não se deixa prender, que não se deixa apropriar e manipular. Que sabe recomeçar, sempre. Numa nova terra. Com outra gente. Com novos desafios. Com nov@s discípul@s!
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