quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Trabalho escravo: a praga arcaica continua no opulento Brasil

Mais de um terço das libertações de escravos realizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego de 1º de janeiro até 18 de outubro de 2012 aconteceram em fazendas de gado dentro dos limites da Amazônia Legal, de acordo com dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Dos 150 flagrantes registrados até agora em 2012, 54 envolveram pecuária na região. Estatísticas gerais sobre o assunto foram divulgadas na semana passada e reforçam a associação entre desmatamento para abertura de pastos e trabalho escravo. Além da pecuária, outras atividades relacionadas ao desmatamento também têm utilizado escravos na Amazônia. Ao todo foram 91 casos na região em 2012, incluindo os 54 da pecuária, o que representa 60,7% de todos os casos do país. Ocorrências na construção civil e em confecções têxteis representam 11,3% do total de flagrantes levantados pela CPT.  Durante o período de um mês, neste ano, o MTE chegou a libertar, em três fiscalizações diferentes, 167 vítimas do trabalho análogo ao de escravo em empreendimentos da construção civil, inclusive, em um deles, em obras do programa “Minha casa, minha vida” do governo federal. No ramo têxtil, este ano em São Paulo, 23 migrantes foram resgatados de condições de trabalho degradante, enquanto costuravam para a grife de roupas Gregory. (Fonte: Repórter Brasil)

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