quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Atingidos da VALE entregam prêmio de pior empresa 2012 ao presidente-Faraó Murilo Ferreira

Murilo Ferreira, presidente da Vale, recebeu em mãos, ontem, 31 de outubro, pela Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, o prêmio Public Eye Awards, concedido à empresa, no início do ano, pela suas numerosas violações dos direitos socioambientais, bem como acusações de evasão fiscal e dívidas bilionárias. Ao receber o prêmio, Murilo Ferreira disse que não considera prêmios desse tipo, por envolver organizações estrangeiras, que, na sua opinião, “querem bloquear o desenvolvimento do Brasil”. A reunião foi o primeiro encontro entre o presidente da Vale e a Articulação dos Atingidos. Na ocasião, as organizações relataram os casos nacionais e internacionais de violações de direitos cometidos pela empresa. Foram solicitados a Murilo Ferreira um posicionamento formal das denúncias apresentadas, o detalhamento das ações concretas para a solução dos problemas e as perspectivas de mudança da postura empresarial. Ao ser questionado sobre a participação da Vale nas violações cometidas por Belo Monte e TKCSA, Murilo Ferreira se desresponsabilizou das acusações, alegando que embora as reconheça – as violações – a Vale não teria controle sobre esses projetos. “TKCSA e Belo Monte estão fora do meu controle. Somos sócios minoritários. Dentro da TKCSA só podemos ir ao banheiro, quando podemos”. No caso da Serra da Gandarela, o presidente da Vale informou que o projeto Apolo está parado por falta de recursos, mas sua assessora confirmou que a Companhia continua realizando prospecções e pesquisa na última serra intacta de Minas Gerais. Murilo Ferreira se omitiu diante as questões levantadas sobre a duplicação da estrada de ferro Carajás, violação dos direitos trabalhistas e sobre a preservação dos recursos hídricos. E ainda disse, que são infundadas as acusações de envolvimento da Vale nos assassinatos de trabalhadores, na Guiné. Quanto a Moçambique, o presidente se limitou a reconhecer que haveria problemas com os assentamentos de Moatize e não especificou que medidas a empresa vem tomando para solucioná-los.(Fonte: Justiça nos Trilhos)

Comentário do blogueiro: em pleno período neo-desenvolvimentista o ‘brasileiro’ Murilo Ferreira (família oriunda de Portugal!) lança mão das arcaicas argumentações de que ‘ONGs estrangeiras’ estariam atrapalhando o desenvolvimento do Brasil...Esquece o neo-arrogante presidente da Vale que a brasileira Vale não olha de qual país vem a grana pela venda do minério que ela extrai sem pena e sem dó! O neo-premiado presidente não se importa se são ‘os estrangeiros’ ou os seus 'co-nacionais' a pagarem o pato pelos seus abusos ambientais e sociais. Uma vergonha para ‘nós’ humanos planetários, senhor presidente!

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