quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Como esquecer o loteamento político na era FHC? É a cultura política, estúpido!

.....Em relação ao presidencialismo de coalizão, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem a honestidade de admitir que, sem as concessões, não se governa. É curioso analisar o discurso atual de FHC, enfático contra o loteamento político, e suas alegações na época, enfáticas na defesa do loteamento político. Vejam o que ele dizia: “A responsabilidade é minha, a decisão é minha, mas não vou fazer um ministério sem levar em consideração a realidade política. Com a experiência dos últimos anos sei que, se não existe base de apoio político, é muito difícil o governo fazer as modificações de que o Brasil necessita”. "Não estou loteando nada. Estou simplesmente fazendo o que disse que faria: buscaria o apoio dos partidos políticos, das forças políticas da sociedade, e o faria para poder governar tendo em vista a competência técnica”, relatou. FHC é o mesmo presidente que loteou a Petrobras para o grupo de Joel Rennó (quem se lembra?) e admitiu a Benjamin Steinbruch que nada faria para mudar a situação, pois não queria mexer num vespeiro. É igualmente curiosa sua indignação contra uma CPI dos Bancos, preparada por José Sarney e Jader Barbalho para investigar as jogadas com o Econômico e o Nacional onde tinha 'genro' como um dos donos. Taxou a CPI de "falta de juízo absoluto (...) Foi uma manobra para abalar meu poder, para me limitar politicamente, me atingir indiretamente". GRANDE FHC, o moralista do momento!

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