sábado, 24 de outubro de 2015

Na terra Arariboia ainda nada de chuva. O estrago é grande, plantações destruídas e falta de alimentos. Governo federal quase ausente!

A chuva está demorando. Choveu nas regiões próximas da terra Arariboia. Está sendo esperada como bênção mas ainda não vem. Ainda está \cedo para fazer um balanço do estrago produzido pelo fogo mas estamos em meio ao maior incêndio já registrado na terra indígena Arariboia, no Maranhão. Os índios Guajarara tiveram suas plantações destruídas pelo fogo e enfrentam uma crise de alimentos. Na reserva, de 420 mil hectares, vivem 13 mil índios. Segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o fogo já destruiu cerca de 45% da área de proteção ambiental --são cerca de 200 mil hectares de mata que foram queimados.  A estimativa é que entre 5.000 a 8.000 tenham perdido suas plantações. Apesar de ser uma área federal, um decreto publicado há 15 dias pelo governo do Estado habilitou o Corpo de Bombeiros a atuar nos incêndios. Segundo o comandante da corporação, coronel Célio Roberto, a situação hoje é melhor do que há dias, embora aponte ainda para um cenário crítico. "A área é de difícil acesso, crítica, de mata fechada. As grandes dificuldades decorrem do fato de não termos acesso com as viaturas para fazer esse combate, e acabamos usando outras técnicas, como abafadores. É um trabalho braçal.  Mas agora a ação melhorou, ganhou em eficácia e já conseguiu reverter. 
Uma outra preocupação isolados da tribo Awa-Guajás se tornaram uma preocupação à parte das autoridades. Sem contato com a civilização, eles seriam os mais vulneráveis ao fogo na região --que também sofre com a ação de madeireiros. No local existem pelo menos dois grupos, com cerca de 80 índios --entre crianças e adultos. Existem boatos que a Frente de proteção dos Awá-Guajá com sede em Santa Inês estaria querendo levar outros Awá já contatados para dentro da terra Arariboia e 'forçar' o contato, com o intuito de transferi-los para outra área.O Corpo de Bombeiros também afirma que esses grupos são um problema específico e foco da ação das autoridades."Eles são um uma preocupação porque são primitivos e vivem isolados. Tem um trecho lá da reserva que é deles, e como eles não têm contato sequer com outros índios que já são civilizados, a preocupação é maior. Conseguimos neutralizar que o incêndio chegasse na área deles onde eles vivem e transitam. Se fosse preciso retirar, seria muito difícil de se fazer. Mas as equipes foram fazendo barreira de contenção a fim de manter a segurança dessa comunidade", afirmou o coronel Célio Roberto.

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