sábado, 10 de fevereiro de 2024

Comissão de Direitos Humanos investiga casos de agressão contra indígenas em Alto Turiaçu

Representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estiveram nesta semana na Terra Indígena (TI) Alto Turiaçu, no oeste do Maranhão, para realizar uma audiência com os integrantes das comunidades sobre um ataque contra a comunidade feito no mês passado. A comunidade tem sido alvo constante de grileiros e madeireiros ilegais que invadem as terras e agridem os moradores. No ano passado, a Força Aérea Nacional de Segurança iniciou uma operação no território para conter a invasão de madeireiros e garimpeiros e a pressão de mineradoras e criadores de gado que agem ilegalmente na floresta, onde vivem os povos Ka'apor, Tembé e os Awá-Guajá, uma das últimas tribos nômades da Amazônia brasileira.

Apesar da mobilização dos agentes de segurança, os abusos continuaram. Desta vez, a visita da comissão foi motivada pelo último ataque que os integrantes da TI sofreram no final de janeiro. Testemunhas relataram que vários homens armados, acompanhados de cães de caça, atacaram um grupo de moradores. Além disso, o carro do Conselho Administrativo da Comunidade Ka'apor foi destruído pelos agressores. Após ouvir os relatos das lideranças indígenas, a comissão irá repassar as denúncias aos órgãos de direitos humanos e exigir o fortalecimento da segurança e fiscalização no local. O presidente da Comissão de Direitos Humano da OAB-MA, Erick Moraes, ressaltou que é necessário um trabalho em conjunto com outros órgãos públicos para frear os ataques dos invasores e preservar a área demarcada. “A Comissão vai acionar as autoridades, principalmente Ministério Público, Polícia Civil , Polícia Federal, Funai, Ministério do Direitos Humanos, para que a gente venha trabalhar as violações de direitos humanos aqui relatadas, como invasão de madeireiros, a intrusão de pessoas demarcando com cercas território indígena”, disse o advogado.

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