terça-feira, 4 de setembro de 2012

Indígenas do Maranhão se mobilizam para evitar o pior!

Cerca de 300 indígenas das etnias Guajajara, da Terra Indígena Pindaré, Awá-Guajá da Terra Indígena Caru, Ka´apor da Terra Indígena Alto Turiaçu, bloquearam nas primeiras horas desta terça-feira (04), a BR – 316 no Maranhão.  O protesto é pela revogação imediata da  PEC 215 e a Portaria 303. De acordo com os indígenas, estas são manobras utilizadas com o intuito de usurpar os seus territórios e as suas riquezas e encontram respaldos dentro do governo federal. Esta semana centenas de indígenas reunidos no II Seminário sobre Controle Social, na aldeia Nova, Terra Indígena Governador lançaram manifesto contra a publicação da Portaria 303, da Advocacia Geral da União. Leia abaixo a íntegra do Manifesto:
Manifesto dos povos indígenas do Maranhão contra a Portaria 303
Nós, povos indígenas Tenetehara/Guajajara, da Terra Indígena Araribóia, Tenetehara/Guajajara, da Terra Indígena Pindaré, Pukobyê/Gavião, da Terra Indígena Governador e Krikati, da Terra Indígena Krikati, reunidos no II Seminário sobre Controle Social, na aldeia Nova, Terra Indígena Governador, manifestamos nosso repúdio e indignação contra a publicação da Portaria 303, da Advocacia Geral da União. A Portaria 303 é um atentado à vida de todos os povos indígenas e de seus territórios. Mais uma vez constatamos que a articulação das forças anti-indígenas não mede esforços para acabar com os direitos indígenas conquistados na Constituição de 1988. A PEC 215 e a Portaria 303 são manobras utilizadas com o intuito de usurpar os nossos territórios e as nossas riquezas e encontram respaldos dentro do governo federal. Dessa forma, continuam com suas práticas de criminalização e preconceitos contra a nossa cultura, com a finalidade de confundir a opinião pública e deixar passar seus interesses particulares. Juntamo-nos à luta dos outros parentes indígenas que já estão protestando país afora e conclamamos os povos que ainda não se manifestaram a fazer o mesmo. Não podemos deixar que os nossos direitos, duramente conquistados, sejam esfacelados para atender os interesses dos latifundiários, das mineradoras, dos bancos e dos políticos.

Aldeia Nova, 01 de setembro de 2012.

Povo Tenetehara/Guajajara – TI Araribóia e TI Pindaré.
Povo Pukobyê/Gavião – TI Governador.

(Fonte: Vias de Fato)

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