sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Natal, simplesmente, natal!

Jesus nasce em Belém, na mesma cidade natal de Davi, para dizer a Israel e ao mundo que não são reis como ele, - de coroa e armas na mão, - que vão trazer a paz e a justiça. Que ao governar uma nação não se podem trair as próprias origens de pastor e camponês. Nem tampouco ignorar o modo de pastorear do Pastor Supremo que sempre defende suas ovelhas e as chama pelo nome.
Jesus nasce em Belém para anunciar que são os impuros pastores que ao acolher o convite do ‘anjo-mensageiro da vida’ abrem seus braços para proteger crianças sem nome e famílias ameaçadas. Que não se podem fechar as portas aos ‘estrangeiros de todas as raças’, que chegam ‘dos muitos orientes’ do mundo com coração puro para venerar a esperança e promover o direito.

 Jesus nasce em Belém porque seus pais e educadores não quiseram que nascesse na Jerusalém da corrupção e da idolatria, e ter que  ouvir os cantos e as novenas daquele templo poluído por suas liturgias e sacrifícios hipócritas. Preferiram o ‘caloroso templo’ da manjedoura de um estábulo ao sagrado templo da arrogante classe sacerdotal que manipulava, em nome de Deus, a fé de tantos pequenos de Israel.

Jesus nasce em Belém porque é no silêncio do ‘interior’ do coração e longe dos holofotes dos palácios que se podem discernir os caminhos que conduzem à paz douradora, e a enxergar as estrelas que nunca perdem o brilho: de homens e mulheres luminosos que descortinam as frias noites da vida carregados de esperança renascida!

                            Feliz Natal

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