sábado, 1 de junho de 2019

Ascensão – Transformar a terra num Céu, amando como um ‘divino humano’ faz! (Lc.24.46-53)


Jesus nunca subiu ao céu, porque nunca se afastou daqueles que Ele sempre amou, aqui, na terra. Jesus, ao contrário, tentou trazer o ‘Céu’ para cá. Trazer aos humanos a plenitude do Divino: a liberdade e a vida eterna/plena, aqui, na terra. Ele tentou, em diferentes modos, aqui, na terra, ‘afastar e libertar’ os seus daqueles lugares e instituições que escravizavam corpos e manipulavam consciências. Jesus queria que as pessoas compreendessem que o ‘Céu’ já tinha chegado, definitivamente, até elas. Através do Seu amor e da Sua compaixão. Quem via Jesus, via o Pai. Sim, Aquele que ninguém viu! Mesmo assim, ainda hoje nós continuamos ansiosos em desejar e procurar um céu mítico e inexistente. Pior, o procuramos através de práticas religiosas bitoladas e alienantes. É preciso que libertemos nossas mentes para compreendermos a mensagem da festa de hoje. A Ascensão de Jesus não significa afastamento físico. Tampouco subida sideral. Significa, isso sim, ‘liberdade pura’. Vitória total sobre todas as instituições, regimes, forças e formas terrenas de prender, escravizar e destruir vidas, pessoas. Por isso, o evangelista Lucas adota o mesmo verbo utilizado em Êxodo para identificar a saída do povo de Israel da escravidão para a terra prometida. Jesus ‘CONDUZIU’ os apóstolos para fora da cidade (v.50). Porque a ‘terra prometida’ havia se tornado uma ‘terra escravizada’ pelas elites religiosas e políticas. Era preciso retomar a missão de Jesus: trazer novamente o ‘Céu’ para uma terra desesperançada e alienada. Não esquecer que com Jesus o ‘Divino Céu foi humanizado e ficou ao nosso alcance’, e que o ‘Humano foi divinizado e reerguido’. É preciso, portanto, hoje, fazer outras opções de vida. Não mais ‘buscar‘ num fantasioso céu um Deus que já veio e vive entre nós. Não mais voltar a se submeter a instituições e crenças que nos distanciam de um ‘Divino que liberta’, como fizeram os apóstolos que acabaram voltando, novamente, ao templo! Mas, ao contrário: adorar Aquele que vive e que não está mais amarrado às coisas terrenas anunciando-O a todos. Libertando todos os povos, todas as mentes e todo coração. Provando que o ‘Céu da liberdade e da vida plena’ é possível aqui, na terra!

Nenhum comentário: