sábado, 8 de junho de 2019

É PENTECOSTES quando.....(Jo.20,19-23)

È Pentecostes....
....Quando deixamos de nos submeter a fórmulas dogmáticas e a liturgias espetaculares, e proclamamos com gestos de verdadeiro serviço o ‘hino da caridade’!

...Quando deixamos de competir com outros grupos, pastorais e movimentos para ver quem faz ‘mais bonito’, e começamos a balbuciar a linguagem do diálogo fraterno e da colaboração sincera.

....Quando deixamos de apontar o dedo e prejulgar aqueles que caminham ao nosso lado, e começamos a tratá-los como parceiros e aliados. 

... Quando somos intolerantes com a nossa própria intolerância, com os nossos preconceitos e racismos, e abraçamos com firmeza e ternura aquele que nunca nos rejeitou!

....Quando tiramos a máscara dos que promovem os espetáculos da fé, e a indústria dos milagres, e começamos a acreditar com fé nos gestos singelos de generosidade e de compaixão dos pequenos invisíveis e anônimos. 

.....Quando renunciamos aos cargos e promoções eclesiásticos e aos títulos altissonantes, às vestes litúrgicas multicoloridas e aos altares sacrificantes, e começamos a vestir a toalha para lavar os pés de tantos descalços e maltrapilhos. 

.....Quando deixamos de exaltar os brutos que nos governam, que massacram pais de família e que roubam o futuro de nossa juventude, e assumimos a missão de administrar, nós mesmos, o ‘reino’ que preserva e promove vidas!

.....Quando começamos a aprender que Deus não se adora nem na igreja, nem no templo, nem na sinagoga, nem na mesquita, nem no céu infinito, mas em ‘espírito e verdade’, em toda montanha, em toda planície, em toda mata, em todo riacho e mar, em todo coração manso, e em todo hálito de vida!

...Quando descobrimos pela fé que o ‘Espírito do Ressuscitado’ é o Espírito de todos aqueles que seguem o exemplo de Jesus de Nazaré, e que continuam a se lançar, impávidos, nos braços da humanidade para humanizá-la. 

......Quando deixamos de falar ‘as línguas’ da ganância e da ambição, da truculência e da maledicência, da corrupção e da violência, e pronunciarmos 'soletrando' com gestos de fraternidade a linguagem do pão partilhado e do vinho do amor derramado em todo canto e beco, em toda praça e ruela, em toda escola e hospital..

Será a festa do Espírito da liberdade, Aquele que derrota a escravidão e a cegueira, e nos abre à verdadeira prática da CARIDADE!

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa...
Disseste tudo.
Quando compreendermos que a caridade também é o centro da vida de todo cristão, assim celebraremos a festa do Espírito da liberdade e da verdade.
Amei as sábias palavras.