Relatório divulgado ontem pela ONU (Organização das Nações Unidas) revelou que os índios, apesar de representarem só 5% da população mundial, são 15% dos mais pobres do mundo. Nas áreas rurais, eles chegam a ser um terço dos 900 milhões de habitantes em situação de miséria extrema.A notícia é do jornal Folha de S. Paulo, 15-01-2010.
O estudo considera indígenas os descendentes das populações originárias de regiões depois colonizadas por outros povos, como os índios brasileiros e os aborígenes australianos. Estima-se que, atualmente, eles cheguem a 370 milhões de pessoas e representem 5.000 culturas distintas. Juntos, ocupam cerca de 20% do território do planeta, distribuídos por 90 países.
Segundo o diretor do Unic (Centro de Informações das Nações Unidas para o Brasil), Giancarlo Summa, a pobreza dos povos indígenas está relacionada à perda de territórios e de recursos naturais, que acaba por inviabilizar as formas tradicionais de vida das populações.
"Quando o índio passa a ter que comprar seu alimento no mercado, os níveis de pobreza aumentam automaticamente", afirma Summa.
Segundo o relatório da ONU, a taxa de pobreza dos indígenas é bem superior à da população como um todo. No Paraguai, é 7,9 vezes maior; no Panamá, 5,9 vezes; e no Brasil, 2,5 vezes. Os dados brasileiros são do censo de 2000, o último realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o relatório da ONU, a taxa de pobreza dos indígenas é bem superior à da população como um todo. No Paraguai, é 7,9 vezes maior; no Panamá, 5,9 vezes; e no Brasil, 2,5 vezes. Os dados brasileiros são do censo de 2000, o último realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O indígena Marco Terena, articulador dos direitos indígenas do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, diz que o estudo mostra que os indígenas são, em sua maioria, "pobres, analfabetos e excluídos do poder econômico e político".
Para ele, a mudança desse cenário passa pela demarcação de terras, pelo fortalecimento da autoestima e pela participação nas esferas decisórias (Fonte IHU)
Para ele, a mudança desse cenário passa pela demarcação de terras, pelo fortalecimento da autoestima e pela participação nas esferas decisórias (Fonte IHU)
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