quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

In-justiça - Três episódios para se revoltar com a 'justiça' des-humana!

Três breves episódios reais que ocorreram nesses dias e que ilustram de forma dramática o caos que se vive na justiça maranhense. O primeiro: por ocasião da visita dos senadores à penitenciária de Pedrinhas o desembargador responsável pelo TJ/MA para acompanhar as questões relativas ao sistema prisional se aproximou de um funcionário e lhe perguntou se era mesmo verdade que havia detentos que chantageavam e ameaçavam de morte outros detentos se estes não colocassem à disposição irmãs ou esposas para ter relações sexuais. O funcionário disse que sim, e que havia muito mais. O desembargador caindo das nuvens retrucou: - Você não poderia pedir um relato escrito e assinado a essas pessoas? O servidor: - O senhor acha mesmo que essas pessoas vão fazer isso? Elas sabem que os da pesada, os que ameaçam, se forem denunciados, não pensarão duas vezes em apagar o familiar que está detido com eles!’ O desembargador emudeceu. 

Outro episódio: depois de um mês foi solto de Pedrinhas um jovem da Vila Embratel que havia sido acusado de ter roubado um celular. Após ter passado um mês em Pedrinhas foi concluído que, de fato, quem havia roubado o celular havia sido um amigo dele, mas sendo que os dois estavam ‘caminhando juntos’ quando a polícia os parou, também o nosso jovem foi preso e colocado na ‘triagem’ de Pedrinhas. O jovem era trabalhador, sem antecedentes penais. Graças a apoio de amigos e familiares saiu somente após um mês! Dezenas de detentos se encontram naquele calabouço esperando que alguém julgue o caso deles. Nesse ‘interim’ conhecem a violência e a brutalidade, acumulam raiva e indignação. A ‘injustiça’, mais uma vez, produz seus frutos! Cuidado você que hoje julga com leviandade todos os que estão detentos: amanhã poderá ser com seu filho, ou seu sobrinho, ou o seu neto a passar por essas mesmas circunstâncias....

Último episódio: um ‘pastor evangélico’ foi preso antes de entrar na Pedrinhas por esconder na sola do sapato uma lâmina. Ainda hoje os funcionários não sabem se era pastor mesmo ou um infiltrado. Não chegou a ser preso, pois disseram que o fato aconteceu fora da penitenciária e não se constituía num flagrante. Os pastores entram e saem de lá, sem crachá e com uma revista superficial. Quem trabalha na penitenciária sabe que não é a primeira vez que casos assim acontecem, mas ocorre que diretores, assistentes sociais e até psicólogos lá em Pedrinhas são todos....evangélicos. Para eles nada pega! O pastor a ‘gilete’ estará participando de mais um mutirão de evangelização nos próximos dias. 

Nenhum comentário: