terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Questão agrária - Hoje 160 famílias podem ser expulsas de terras da União que foram griladas.

O acampamento Cipó Cortado com 160 famílias em Senador La Roque, sudeste do Maranhão, sofre mais uma ameaça de despejo. Desta vez um fazendeiro interessado já prepara alimentação para cerca de 60 policiais que farão a operação.As famílias de trabalhadores rurais sem terra acampadas há quase 7 anos no complexo de áreas chamado Cipó Cortado amanheceram esta segunda-feira sob ameaça de despejo para esta terça feira, 21. As informações da Coordenação do MST na Região apontam que já há policiais militares na região. A Coordenação do MST denuncia ainda que o comando da PM na região desumpriu um acordo feito entre movimentos e o Governo do Estado incluindo comando da Policia e órgão do governo Federal, como a Ouvidoria Agrária, de que nenhum despejo seria feito no Maranhão sem que fossem comunicado antes aos envolvidos. O Comandante da PM em Imperatriz, Major Markus feriu o acordo de conduta, e dá margens para um possível conflito. O fazendeiro grileiro da área alterou o nome da propriedade para conseguir a liminar de despejo. Essa é a 15ª vezes que essa situação acontece e as famílias é que ficam na situação de tensão.Os trabalhadores não podem ser despejados, pois a área é da União, e está em processo de regularização pelo Programa Terra Legal. Assim qualquer liminar de despejo antes da decisão da arrecadação é ilegal, registra o MST.O acampamento Cipó Cortado se encontra em um complexo de quatro fazendas da união que foram griladas e que estão em processo de regularização para o assentamento das famílias. A situação de ameaças é constante. O Programa Terra Legal arrecadou no final de outubro cerca de 1200 hectares, que não dão para assentar as famílias. O Incra, na ocasião, foi a publico informar a sociedade que havia resolvido o problema das famílias da Cipó Cortado. Na prática cerca de 160 famílias continuam aguardando a regularização de mais 7 mil hectares. O Estado do Maranhão se manteve, em 2013, como o primeiro em conflitos no campo. Segundo informações da Comissão Pastoral da Terra estes conflitos são vindos da ação violenta de pistoleiros e do próprio estado através do uso da força policial e também quando se omite a realizar a reforma agrária destacam lideranças da comunidade Cipó Cortado. A Fetaema enviou para o local dois assessores jurídicos e a Secretária de Politica Agrária. (Fonte: Blog do Aldir Dantas)

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