segunda-feira, 9 de julho de 2018

Paróquia São Daniel Comboni - Reflexões sobre o dízimo

1º Encontro–Dízimo é praticar a generosidade e a solidariedade. Tudo se multiplicará: haverá mais pão e mais justiça para todos!

Acolhida e saudação – Canto – Oração pelo coordenador - Símbolos: uma panela vazia 

Reflexão inicial
Muitas pessoas hoje acham que o que possuem é só mérito delas! Não importa se conseguiram isso com suor e justiça ou com desonestidade e esperteza! Vale tudo onde as ambições falam mais alto! Muitos acham que podem fazer o que querem com os seus bens e se esquecem das necessidades concretas e urgentes, inclusive as de sua própria família. Desperdiçam recursos em besteiras, em vícios, em brincadeiras pesadas... Não entendem que são somente administradores e não donos dos bens que eles têm!Hoje temos pessoas e grupos que se sentem donos até da água que bebemos, do ar que respiramos, do calor que nos aquece, da terra que nos alimenta, como se essas dádivas divinas fossem mercadorias produzidas por eles próprios. Esquecem que esses bens são dons e não propriedade pessoal ou mercadoria. Para continuar a controlar tudo isso continuam a explorar e a humilhar seus semelhantes, e a deixá-los na miséria e na humilhação. 

Canto - Leitura: Mc.6, 34-44- O que você teria coragem de colocar nessa panela vazia nesse momento? Narre algum gesto de solidariedade que você fez ou que viu ao longo desse ano....

Reflexão comunitária
Jesus no evangelho aponta para a superação da violência da acumulação, do egoísmo pessoal e da má distribuição dos bens. Eis alguns passos:
1. Não é com dinheiro que resolvemos as carências e as necessidades.
2. É preciso saber ter compaixão e sentir o drama dos que passam fome.
3. Existe fartura de bens, mas são mal distribuídos. É preciso dar mais a quem precisa mais. E dar menos a quem já tem!
4. Não ter medo de ser generoso, pois Deus não deixa na miséria quem sacia o faminto de pão e de justiça. 
Jesus na última ceia lembra aos seus apóstolos: ‘Quando vos mandei sem bolsa, alforje, ou sandálias, faltou-vos porventura alguma coisa? Eles responderam: Nada.’ (Lc. 22,35)

Cá entre nós – Qual a principal finalidade do dízimo? Você sabe como vem sendo utilizado? Você gostaria de saber mais sobre o dízimo? O que, concretamente?


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2º Encontro –‘ Melhor é o pouco com justiça, do que a abundância de bens com injustiça. (Provérbios 16:8)

Acolhida e saudação – Canto – Símbolos: colocar na mesa algumas carteirinhas do dízimo. 

Reflexão inicial
Animador 1 - Muitas pessoas têm receio em falar no dízimo, pois parece que esteja sendo cobrado um imposto. Como se fosse uma espécie de taxa para receber a proteção divina. O Deus de Jesus, contudo, não faz negociatas com seus filhos. A Sua relação com eles é alicerçada na liberdade, na espontaneidade e na generosidade. Faz se quiser. Oferece o dízimo quem tem consciência que amar a Deus é, em primeiro lugar, amar o seu próximo. Que ameniza suas dores, que dá de beber a quem tem sede e pão a quem tem fome. Que visita o prisioneiro e assiste o doente. 

Animador 2 - Oferece um dízimo agradável a Deus quem oferece com generosidade parte do seu trabalho àqueles pais de famílias desempregados da sua comunidade. Não importa quanto, desde que honesto e sincero. Afinal, mais antes um dízimo pequeno, honesto e verdadeiro, do que abundante e fruto de injustiça e esperteza. Mais antes ser ajudado por uma pessoa da nossa comunidade-família do que por desconhecidos que nem convivem conosco no dia a dia. Dízimo, afinal, é expressão profunda do sentido de pertença. De quem sabe que é nesta comunidade que quer viver e colaborar.

- O que você de tudo isso? Você concorda? Por que? 

Canto – Leitura: (2 Tessalonicenses 3, 8-13) ‘Nem de graça comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vocês. Não porque não tivéssemos autoridade, mas para sermos de exemplo, e assim, nos imitar. Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, ou seja, que se alguém não quiser trabalhar, não coma também.Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs. A esses tais, porém, mandamos, e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão. E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem’. 

Reflexão comunitária
Animador 1 - O apóstolo Paulo, autor da carta aos Tessalonicenses, era fabricante de tendas. Vivia disso! Sabia o que significava trabalhar e suar. Conhecia as incertezas do trabalho. Por isso mesmo não vivia dependendo de um ou de outro. Não tinha patrocinadores e nem padrinhos que arcavam com seus gastos pessoais. Ele entendia que ao trabalhar de forma honesta e firme, a sua pregação e a própria mensagem do evangelho seriam mais aceitas. Seriam mais verdadeiras. A coerência de vida evangeliza mais do que muitos sermões. Paulo, no entanto, sabia que dentro da sua comunidade de Tessalônica havia pais de família passando necessidade, viúvas esmolando, e órfãos vivendo na rua. 

Animador 2 - Para Paulo era um dever evangélico socorrer essas pessoas necessitadas colocando em comum parte de seus ganhos e os de quem trabalhava. Havia um nome que ele dava para isso: Koinonia, uma palavra grega que significa ‘COMUNHÃO’. Da mesma forma que viviam em comunhão os primeiros cristãos em que perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, na partilha do pão e nas orações (Atos 2,42). Comunhão é muito mais que estar juntos. É se sentir em união plena, corpo e espírito, com as pessoas que fazem parte da mesma família e comunidade. É plena partilha não só de bens, mas de afetos e de projetos de vida. Por isso que dizemos que dízimo não pode ser....esmola, mas caridade e comunhão.

Preces espontâneas - Canto – Oração final –

Quando tiverem separado o dízimo de tudo quanto produziram no terceiro ano, o ano do dízimo, entreguem-no ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que possam comer até saciar-se nas cidades de vocês. (Deuteronômio 26:12)

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