‘E
agora, José? A festa nem começou, a luz nunca ligou e o povo, na espreita, já
julgou. Está com mulher, ela está grávida, sim, mas não de você! Adiantaria
gritar e se revoltar, José? E se você fugisse, para onde iria?’ O seu drama,
José, afinal, é o nosso, também. As suas dúvidas e angústias são as nossas,
também. Sonhamos, idealizamos, nos aprontamos, mas a decepção, o desencanto, o
abandono, a traição ferem quase mortalmente a nossa alma. Ficamos atordoados,
como você, José, e sem saber qual o caminho a seguir. Muitas vezes,
diferentemente de você, José, não temos um anjo do Senhor que venha a acalmar a
nossa alma ou a alumiar a nossa noite escura. E agora, José, o que vamos fazer?
O tempo urge para nós, José. Precisamos decidir: ou ficamos do lado do poder e
da força da lei que manda apedrejar ‘as geradoras de vida infratoras’ ou nós as
assumimos como nossas parceiras prometidas e as amamos visceralmente como se
nosso fosse o filho da esperança que nelas repousa. Ninguém irá decidir por nós,
José! Às vezes é melhor trair a lei,
José, e sermos fiéis às pessoas amadas, mesmo quando nos sintamos traídos por
elas. O amor tudo salva, tudo perdoa, tudo cura, tudo compreende. José, não
tenhamos medo! Algo novo pode estar surgindo a partir do nosso PEQUENO GRANDE gesto de amor!
sábado, 20 de dezembro de 2025
IV Domingo de Advento - E AGORA, JOSÉ?
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Um comentário:
abraço
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