sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

É pra' índio? Então, relaxa. Pode fazer trabalho porco!

‘É para índio? Então, relaxa. Pode ser trabalho porco, tanto ninguém vai reagir!’ Na sua essência é esta a atitude de várias empresas que ganham a licitação e fazem trabalhos pelo Governo Federal nas terras e patrimônios indígenas desse País! Também já não provoca mais nenhuma reação pública o fato que as casas que abrigam os doentes indígenas nos diferentes estados da Federação sejam denunciadas sistematicamente por péssimas condições ou interditadas. Virou rotina, é matéria fria nos meios de comunicação. Graças a essa ‘naturalização’ do abuso e do desrespeito para com os direitos indígenas o Governo Federal desconversa, finge que não vê, deixa correr. Mais uma vez ele prova que o que se refere ‘a índio’ não provoca nenhuma indignação na sociedade....salvo os casos em que ‘alguns silvícolas tresloucados’ se revoltarem e ocuparem o espaço que já não vale mais a pena ser ocupado pela sua avançada deterioração.Eis aqui abaixo o último caso no nosso Maranhão.
O Ministério Público Federal denuncia as péssimas condições de funcionamento da Casa do Índio, em Imperatriz. As denúncias foram reveladas num levantamento feito pelo Ministério Público Federal, que determinou ao Ministério da Saúde uma reforma nas instalações da casa. O relatório também aponta as deficiências no atendimento de saúde aos índios nas aldeias da região. Parte do muro da frente do prédio caiu durante uma chuva, há 15 dias. A fiação elétrica está solta e o entulho permanece na calçada. Por dentro, a situação da Casa da Saúde Indígena (CASAI), é pior. O piso está rachado, não há água nos banheiros, a comida é preparada no chão e o atendimento médico é feito na sala da administração. Em 2008, a falta de estrutura da CASAI foi denunciada pelo Ministério Público Federal ao Ministério as Saúde, e alguns reparos foram feitos. Há cerca de um ano, a situação do prédio voltou a piorar e o MPF determinou que o local seja reformado completamente até maio do ano que vem , e com recursos do governo federal. Caso o acordo com o Ministério da Saúde não seja cumprido, o governo federal será multado. Foram incluídas no relatório denúncias de falta de medicamentos, ausência de transporte adequado para índios doentes e falta de abastecimento de água em 17 aldeias no sudoeste do Maranhão.

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