sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Xavante do Mato Grosso voltam à sua terra original. Ocupantes reagem. O Maranhão que se prepare!

Sindicatos rurais do nordeste de Mato Grosso se uniram aos posseiros que desde o início da semana estão sendo expulsos por ordem judicial da área indígena xavante Marãiwatsédé. Embora não sejam afetados pela retirada, os ruralistas engrossam a resistência em bloqueios promovidos desde a semana passada em vários trechos da BR-158, que liga o Estado ao Pará. Os manifestantes se instalaram sob toldos com faixas de protesto: "Dilma Rousseff, o povo do Araguaia merece mais respeito". Promoviam churrascos para acalmar os motoristas retidos. Os xavantes foram retirados de suas terras na década de 1960 pelo governo militar. Índios e posseiros enfrentam-se na Justiça desde 1995. A área foi homologada como terra indígena em 1998. Cerca de 2.400 não índios vivem na terra dos xavantes, e a Justiça Federal determinou que eles deixem a área até o próximo dia 17. O chefe de Operações da PRF em Mato Grosso, Fabiano Jandrei, disse ter efetivo reduzido e que não colocaria homens em risco para interromper os atos. A mídia divulga manchetes raivosas e mentirosas dizendo que mais de 7 mil pessoas seriam jogadas na miséria com a sua retirada da terra indígena Xavante de Marãwatsédé. E mais: “Aproximadamente 700 índios xavantes poderão ser donos de um latifúndio já ocupado e beneficiado por cerca de 7.000 pessoas... Os números são mentirosos. Conforme levantamento do IBGE, são apenas um pouco mais de 2 mil pessoas que vivem nessa área, mas não é essa a questão. Sempre os anti-indígenas invasores utilizam essas argumentações. Ninguém quer tirar o direito de ninguém, inclusive, o direito daqueles que ocupavam em boa fé uma terra que não lhe pertencia e que agora, reivindicam, com justiça, um justo re-assentamento. O Maranhão que o diga. Aqui, em breve, assistiremos a ações parecidas nos municípios de Fernando Falcão, Zé Doca, Amarante, Grajaú, envolvendo Kanela, Awá-Guajá e Guajajara.

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