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Marcus Tullius Cícero, irmão de Quintus |
'Toda a arte da campanha consiste em identificar de quem devem ser os apoios e como conquistá-los. Desde logo, o candidato lembrará a todos a quem tenha prestado favores que chegou a oportunidade de retribuir'.
“Prometa tudo a todo mundo, aos grupos de interesse, organizações locais, populações rurais, jovens eleitores. Eleitores odeiam a quem lhes nega promessas e perdoam com relativa facilidade um recuo posterior. Depois da campanha é possível explicar a todos que, desafortunadamente, circunstâncias além de controle surgiram, impedindo que as promessas sejam pagas”.
“Dê esperança às pessoas; até os eleitores mais cínicos desejam acreditar em alguém. Adule a todos sem qualquer pudor – olhe os eleitores nos olhos, dê tapinhas em suas costas, diga-lhes que são muito importantes. Faça-os sentir que o mundo pode ser melhor para eles e eles se tornarão os mais devotados seguidores – pelo menos até depois das eleições, quando inevitavelmente ficarão desapontados.Mas aí a eleição já terá sido ganha”.
“Para um candidato, amigo é qualquer um que se mostre simpático à candidatura”.
“Os parentes, vizinhos, clientes, antigos escravos e mesmo os servos atuais. Pois quase todos os boatos destrutivos que chegam ao público começam entre familiares e amigos”.
"Todos os apoios são bem vindos, particularmente de pessoas de ilibada reputação porque, mesmo que não participem ativamente da campanha, conferem dignidade por mera associação”.
É importante conhecer “a diferença entre pessoas úteis e inúteis em qualquer organização, o que poupará investir tempo e recursos em pessoas que não trarão nenhuma ajuda”.
“Não existe ninguém, exceto talvez os mais ardentes seguidores dos oponentes, que não possam ser convertidos a outras candidaturas, com trabalho persistente e favores apropriados”.
“Os apoiadores especiais não são tolos. Eles só manterão o apoio se estiverem convencidos de que têm algo a ganhar”.
“A política é cheia de engano e traição” sendo importante que o candidato seja “um camaleão, se adaptando a cada pessoa que encontra, mudando de expressão e de discurso quando necessário (…). Afinal, se um político só se comprometesse com o que estivesse certo de cumprir, não teria muitos amigos”.
(Fonte: Conversa Afiada)
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