segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Francesco - A alegria de ser cristão. Não o Deus da des-graça, mas o Pai da compaixão e da misericórdia.

Na entrevista ao jornal La Stampa, ontem, Francesco explica que o Natal nos fala da ternura e da esperança. O Papa convida todos os cristãos a não se tornarem uma "Igreja fria, que não sabe aonde ir e se emaranha nas ideologias, nas atitudes mundanas. Quando não se tem a capacidade ou se está numa situação humana que não lhe permite compreender esta alegria, se vive a festa com a alegria mundana. Mas há diferença entre a alegria profunda e a alegria mundana." O Papa abordou os temas do sofrimento inocente das crianças, para o qual não existe um porque e não resta que confiar-se a Deus, "confiar em seu olhar", diz Francisco. E a dor das crianças é visível também na situação de fome. O Pontífice convida a sair da indiferença e a evitar desperdícios. Em seu pensamento estão os pobres e a economia que jamais consegue melhorar a condição deles mesmo em períodos de prosperidade. Sobre a questão dos sacramentos aos divorciados e recasados, o Papa não se pronuncia, aguardando o Consistório de fevereiro próximo e o Sínodo extraordinário de outubro de 2014, mas ressalta a necessidade de recorrer à prudência "não como atitude paralisante, mas como virtude de quem governa". Respondendo à questão da justa relação entre Igreja e política, o Papa fala de uma relação que se perfaz em vários âmbitos e com diferentes tarefas, mas que deve convergir no ajudar o povo. "A política é nobre – diz Francisco citando Paulo VI –, é uma das formas mais altas de caridade. Manchamos a política quando a usamos para fazer negócios." Por fim, uma reflexão sobre a figura da mulher na Igreja, que deve ser valorizada, não "clericalizada". 

Na mensagem do 'Angelus'
"A sua vinda ao nosso meio revigora, torna firmes, dá coragem, faz exultar e florescer o deserto e o descampado, ou seja, a nossa vida quando se torna árida: e quando se torna árida? Quando se encontra sem a água da Palavra de Deus e do seu Espírito de amor. Por mais que sejam grandes os nossos limites e os nossos desalentos, assegurou Francisco:"Não nos é permitido ser fracos e vacilantes diante das dificuldades e de nossas próprias fraquezas.Pelo contrário, somos convidados a revigorar as mãos, a robustecer os joelhos, a ter coragem e não temer" – disse o Papa –, porque "Deus mostra sempre a grandeza da sua misericórdia"."Graças a sua ajuda podemos sempre começar novamente: como partir novamente do início? Muitos afirmam:"Não, padre, fiz muitas coisas erradas... Sou um grande pecador, uma grande pecadora... Não posso novamente partir do início! Você está errado! Você pode começar tudo de novo! Por que? Porque Ele espera você, Ele está com você, Ele o ama, Ele é misericordioso, Ele o perdoa, Ele lhe dá a força para começar tudo de novo! A todos! Somos capazes de reabrir os olhos, superar a tristeza e o pranto e entoar um canto novo." Francesco finalizou com uma saudação especial às crianças "Caras crianças, quando rezarem diante do presépio de vocês, lembrem-se também de mim, como me recordo também de vocês. Agradeço-lhes, e bom Natal!" (Fonte: RV)

Nenhum comentário: