Os índios Krepum, povo de cultura macro-Jê, que habitam a Terra Indígena Geralda/Toco Preto, uma região próxima de Itaipava de Grajaú, são atualmente cerca de 200 pessoas, distribuídos em três aldeias.
O acesso à cidade - que dista cerca de 100 km de Grajáu, - não conta com estrada asfaltada e, no inverno, se torna quase intransitável. Para chegar às aldeias indígenas que ficam a cerca de 20 km da sede do município, as dificuldades aumentam assustadoramente. Em Itaipava de Grajaú não há correio, banco, Juiz ou Promotor, mas há sede da Prefeitura, supostamente um braço executivo do estado para facilitar e promover o desenvolvimento social e humano dos cidadãos.
A energia elétrica chegou recentemente, mas só nesses últimos meses é que foi efetivamente universalizada na região...menos nas aldeias dos Krepum! Em 2009 os índios continuam sendo um mero detalhe no mapa do Governo Federal. Ironia quer que o ministro seja um maranhense que já propalou inúmeras vezes que a rede elétrica seria levada para todas as comunidades urbanas e rurais do Estado principalmente no centro sul do Estado.
Efetivamente, devagar, está chegando até ás últimas comunidades mais isoladas desse sertão, inclusive naquelas ficam bem em frente das aldeias dos Krepum, mas não para eles! Os Krepum, justamente, estão se organizando e mobilizando como fizeram recentemente os Guajajara da Terra Araribóia ao verem que a energia chegava só para os ‘seus vizinhos’ e não para eles! Vêm conseguindo, embora na marra. E ainda há quem diga que índio ‘é brabo’ quando este reivindica um direito que lhe é vergonhosamente negado!
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