terça-feira, 31 de julho de 2012

Combonianos do Nordeste entregam as paróquias de Pastos Bons e Nova Iorque.

Os combonianos, no ano em que celebram 60 anos de presença no Maranhão-Nordeste, entregaram nesse domingo, 29, as paróquias de Pastos Bons e Nova Iorque à Diocese de Balsas. Com isso, a partir de hoje, serão os padres diocesanos daquela Diocese a coordenarem a pastoral naquelas localidades. Foi uma decisão amadurecida ao longo de dois anos e levada a cabo de comum acordo com o bispo diocesano Dom Enemésio e o seu conselho. Duas celebrações eucarísticas bem participadas selaram o duplo evento nas duas paróquias. Os Combonianos acreditam que ao longo de mais de 40 anos, apesar de suas fragilidades, contribuíram de forma significativa a criar, juntamente com o povo de Deus daquela região, as condições para a plena auto-suficiência eclesial e pastoral em termos de infra-estruturas e recursos humanos. O próprio clero local cresceu significativamente nesses anos em Balsas, e hoje possui um número razoável de padres em condições de atender a todas as paróquias. Além disso, para os Combonianos, a sua saída de Pastos Bons-Nova Iorque é uma re-afirmação da sua permanente vocação à missão. Ou seja, compreendem que há outras realidades e situações mais necessitadas que exigem atenção, dedicação e serviços pastorais. Vira-se, com isso, uma página da história em que mais de 20 padres e irmãos combonianos deram parte de sua existência numa região rica em humanidade e cultura, mas ainda duramente provadas por inúmeras formas de desigualdades e desmandos institucionais. Nas terras dos extintos Amanajós, pelos ‘caminhos do gado’, e nos sonhos dos insurgidos da ‘República de Pastos Bons’ do século XIX, os Combonianos apreenderam a conhecer, apreciar e a crescer com um povo resistente e lutador. A esse povo o nosso muito obrigado, e as nossas desculpas se nem sempre fomos fiéis ao mandato evangélico. E aos novos pastores de Pastos Bons e Nova Iorque os nossos votos para que possam servir com abnegação, dialogar com franqueza e ser sinal de esperança renovada.

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