sábado, 14 de setembro de 2013

Sócio da VALE investigado na Suíça por supostas propinas para obter concessão de exploração de minas na África que hoje são da VALE

Uma investigação internacional envolvendo um acordo que hoje está nas mãos da Vale na Guiné se espalha e faz até mesmo a polícia de Genebra lançar uma operação na residência suíça do magnata Beny Steinmetz. A pedido da Justiça americana e do governo da Guiné, os suíços vêm mantendo uma série de investigações em torno da suspeita do pagamento de propinas pelo magnata na Europa ao ex-ditador do país africano, Lansana Conte, que morreu em 2008. A suspeita é de que o dinheiro tenha sido dado em troca do direito de explorar de forma exclusiva uma das minas mais cobiçadas da África. O centro da disputa é Simandou que, para muitos, poderia gerar até US$ 140 bilhões em 25 anos e que, hoje, está nas mãos da Vale. França e Reino Unido também lançaram investigações em torno do que poderia ser um dos maiores casos de pagamento de propinas na história recente da África. Polícias de vários países querem saber como Steinmetz obteve os direitos de extração sobre a montanha de Simandou. O contrato lhe foi concedido nos últimos dias da ditadura de Conte, depois que o ditador expulsou a Rio Tinto do local onde atuava desde os anos 90. Em 2010, o primeiro presidente democraticamente eleito do país, Alpha Condé, abriu investigações sobre como a empresa do magnata, a BSGR, obteve seu contrato sobre Simandou. Numa primeira etapa, testemunhas apontaram como o bilionário mandou presentes luxuosos a parentes do ditador e ao próprio mandatário. Entre os presentes estava um relógio de diamante e ouro, além de US$ 2,5 milhões em comissões a uma de suas esposas.
Outras testemunhas apontam que Conte teria assinado o acordo já na cama onde, dias depois morreria. Em troca, o magnata pagou US$ 165 milhões para desenvolver a mina.Menos de dois anos depois, em abril de 2010, a BSGR venderia 51% de suas ações na mina por mais de US$ 2,5 bilhões para a Vale, um valor que assustou na época os mais experientes negociadores do setor. Procurada pelo Estado, a Vale não comentou a questão. (Fonte:O estado de São Paulo)

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