O papa Bento ontem viajou a África, mas durante a viagem, mais uma vez, reiterou a sua plena convicção de que os preservativos são inadequados para combater a AIDS. Foi logo polêmica a nível europeu, como não podia deixar de ser. Convenhamos: que os preservativos sejam a única arma para se contrapor ao avanço da Aids é claro que não são. Uma nova vacina, por exemplo, resolveria definitivamente, e sem ironias. Enquanto isso, e sem desprezar os apelos à fidelidade entre parceiros, à abstinência, etcetera e tal, parece bastante consolidado cientificamente o fato de que a única arma que os humanos possuem para não contrair uma doença fatal são justamente os preservativos (aqueles seguros!). Estudei moral matrimonial e sexual, continuo acompanhando as novas reflexões a respeito e tenho dificuldade em entender em que consistiria o “ilícito moral” na utilização dos preservativos para quantos fizeram a opção de não serem castos. Francamente não achei. Cheguei à conclusão que o que preocupa alguns setores da igreja é o medo de que ao reconhecer a sua licitude (a utilização dos preservativos) estariam, indiretamente, incentivando à prática das relações sexuais. No passado se apelava ao fato de que os preservativos eram um meio artificial (não natural) de evitar filhos, desconhecendo que também os meios naturais visavam ao mesmo fim... Setores da igreja acham que ao declarar lícita a utilização dos preservativos se configuraria numa espécie de “liberou” geral da igreja. Ao passo que poderia ser o reconhecimento que queremos preservar com zelo e amor o que o Criador gerou: o ser humano,” a sua integridade física e moral”. Manifestação da sua presença vital no cosmos!
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