Assisti até o encerramento a sessão do TSE que julgava o caso do governador do Maranhão acusado de captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e abuso de poder político e econômico, em ocasião de sua eleição em 2006. Eram 2,00 da manhã. Não perdi um lance. Tive a sensação de estar presenciando um momento histórico significativo da história desse Estado e do Brasil.
Comentava com amigos que o TSE devia provar o ‘envolvimento direto ou indireto, - no mínimo algumas provas claras da anuência explícita do governador nos casos denunciados de compra de votos, - caso contrário teria sido difícil decidir a respeito de sua cassação. Ao mesmo tempo, devia ficar claro que a máquina do governo na época, com José Reinaldo Tavares encabeçando, foi claramente colocada a disposição de uma candidatura específica e com a anuência do candidato posteriormente eleito.
Foi justamente isso que ficou claro, escancarado. Não foram os mais de 8 casos de supostas tentativas de captação ilícita de sufrágio (segundo muitos ministros não havia provas claras do envolvimento direto ou indireto do atual governador), e sim a escandalosa anuência do governador quanto à clara utilização do poder político do governador anterior à sua candidatura. Em outras palavras: foi a desfaçatez da utilização ‘pessoal’ de um cargo/poder público em favor de um cidadão/candidato que liquidou o atual governador. A relação: beneficente/beneficiado, ou seja, governador que deveria governar em favor de TODOS (exercício impessoal do cargo público), acima de toda preferência pessoal e beneficiado-candidato a governador, ficou mais que comprovada. Foi algo acintoso e revoltante.
Comentava com amigos que o TSE devia provar o ‘envolvimento direto ou indireto, - no mínimo algumas provas claras da anuência explícita do governador nos casos denunciados de compra de votos, - caso contrário teria sido difícil decidir a respeito de sua cassação. Ao mesmo tempo, devia ficar claro que a máquina do governo na época, com José Reinaldo Tavares encabeçando, foi claramente colocada a disposição de uma candidatura específica e com a anuência do candidato posteriormente eleito.
Foi justamente isso que ficou claro, escancarado. Não foram os mais de 8 casos de supostas tentativas de captação ilícita de sufrágio (segundo muitos ministros não havia provas claras do envolvimento direto ou indireto do atual governador), e sim a escandalosa anuência do governador quanto à clara utilização do poder político do governador anterior à sua candidatura. Em outras palavras: foi a desfaçatez da utilização ‘pessoal’ de um cargo/poder público em favor de um cidadão/candidato que liquidou o atual governador. A relação: beneficente/beneficiado, ou seja, governador que deveria governar em favor de TODOS (exercício impessoal do cargo público), acima de toda preferência pessoal e beneficiado-candidato a governador, ficou mais que comprovada. Foi algo acintoso e revoltante.
Com certeza pode-se argüir que outros fizeram o mesmo. Na certa! Pode ser que o tenham feito de forma mais elegante ou que tenham contado com a omissão de seus adversários que não os denunciaram no momento oportuno. Se tais abusos ocorreram também com outros, pois então que se denuncie, se prove e se julgue até às últimas instâncias. Seja quem for. Afinal, temos que acabar com os inúmeros abusos e ilícitos que ainda maculam a jovem democracia eleitoral brasileira e principalmente a maranhense. Sempre se tem apostado na impunidade e nas delongas da justiça. Os sentenciados abusaram de sua autoconfiança na impunidade e na demora da justiça. Esta, entretanto, mais uma vez, demorou, mas chegou. Não sei se fez justiça, mas julgou e emitiu um sinal claro para todos os que desprezam princípios como a transparência e lisura eleitoral achando que podem ganhar pleitos só no tapetão.
No caso específico do Maranhão o “prato da vingança” do senhor José Reinaldo Tavares – que devia ser servido frio, conforme a tradição manda – foi servido ‘quente’, com muita paixão, com abuso de destempero e insensatez, prejudicando quem pretendia ajudar e beneficiando quem, supostamente, queria prejudicar.
Afinal, parafraseando o Nelson Rodrigues, “toda infidelidade (flagrada) será punida”!
Afinal, parafraseando o Nelson Rodrigues, “toda infidelidade (flagrada) será punida”!
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