No dia (06) de outubro de 2010, a Fundação Nacional do Índio – FUNAI publicou a Portaria criando o GT (Grupo Técnico) para realizar os estudos complementares de natureza fundiária e cartográfica da nova demarcação da Terra Indígena Governador do Povo Pukobyê-Gavião, decretada de ocupação tradicional em 1982 com 42.054,73 hectares, localizada no Sudoeste do Estado, no Município de Amarante do Maranhão. O Grupo de Trabalho é constituído por representante do Museu do Índio, INCRA e FUNAI. O processo de nova demarcação iniciou no ano de 2007 com a elaboração do Relatório Antropológico. Com a nova demarcação a terra tradicional terá cerca de aproximadamente 200.000,00 hectares que oferecerá melhores condições para a sobrevivência do Povo Pokubyê-Gavião.
Terra de ocupação imemorial indígena
. A Terra Indígena Governador não oferece condições suficientes para que os indígenas possam continuar seu modo de vida tradicional. Diante do confinamento e da escassez de água, os Gavião reivindicam a incorporação de poções, rios, lagos de sua terra tradicional que foram excluídos dos atuais limites da terra Governador, necessitando da realização de uma nova demarcação como assegura a Constituição Federal. A população do povo Gavião é de aproximadamente mil pessoas vivendo em seis aldeias. Na semana passada os donos de propriedades que estão dentro da nova terra a ser demarcada, reuniram-se com o intuito de expulsar os representantes do Grupo de Trabalho. Na ocasião eles também se reuniram com a prefeita municipal de Amarante e outros políticos da região para solicitarem ajuda para paralisar o processo de nova demarcação.Fazendeiros querem fazer negócio com ‘terra de índio’
. Os fazendeiros resistem à nova demarcação porque querem ver as terras indígenas sendo utilizadas por projetos agropecuários e de monoculturas, como a plantação de eucalipto. Por conta disso, os fazendeiros dizem que se acontecer à nova demarcação da terra indígena o Município de Amarante ficará inviabilizado produtivamente porque, segundo eles, ‘não haverá mais terras disponíveis para a produção’. Empresas como a Suzano Papel e Celulose que está a adquirir mais de trezentos mil hectares de terra na região onde irá plantar milhões eucaliptos não produzem a mesma indignação. Como conseqüência do acirramento do conflito entre a população local e os indígenas e os órgãos federais já se agravam os sinais de exclusão e maus tratos contra os Gavião, inclusive com os doentes. (Fonte: CIMI-MA)
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