
Algumas entidades de representação indígena já manifestaram ao governo o desejo de que o escolhido fosse um índio. A tarefa é espinhosa. Ao contrário da maior parte dos cargos do governo, a presidência da Funai não é alvo de grandes disputas partidárias. Meira resolveu se afastar em meio a uma das muitas crises que a Funai costuma enfrentar. Era atacado tanto por indígenas, que o acusam de não tê-los consultados adequadamente em questões estratégicas, como a construção de hidrelétricas na Amazônia, como pelos deputados da bancada ruralista, que não lhe poupam xingamentos nos debates sobre a demarcação de novas terras indígenas. Surgiram sinais de desconfiança até no interior do governo. Um dos principais críticos de Meira, o antropólogo Mércio Gomes, que dirigiu a Funai no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o acusa de ter deixado a instituição sob o controle de organizações não governamentais do Brasil e do exterior. A rotatividade no cargo é altíssima. Em 44 anos de existência, a Funai já teve 32 presidentes. (Fonte: O Estado de S. Paulo)
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