terça-feira, 13 de março de 2012

Quando há padres que recusam a comunhão e a misericórdia a homossexuais....

Quando Barbara Johnson, nas exéquias da mãe, se aproximou do sacerdote para receber a Eucaristia, viu o religioso cobrir o cibório contendo as hóstias e teria ouvido estas palavras: "Não posso lhe dar a comunhão, porque você vive com uma mulher, e isso, segundo o que a Igreja ensina, é pecado". Antes da cerimônia, Johnson havia apresentado a sua parceira ao celebrante. A poucos dias da aprovação da normativa que legaliza o casamento homossexual no Estado de Maryland (procedimento que entrará em vigor em 2013), o episódio causou clamor nos jornais e na Internet. A mulher, uma artista de 51 anos, recebeu um pedido de desculpas da arquidiocese, desculpas em que se fazia referência à falta de "gentileza" e de "sensibilidade pastoral" do padre. Barbara Johnson pediu o "licenciamento" do sacerdote, Pe. Guarnizo, natural do norte da Virgínia, declarando: "Só assim, no futuro, ele não terá a possibilidade de infligir uma dor tão grande a outras famílias". E, no último dia 9 de março, foi publicada uma carta da arquidiocese com a qual o padre era suspenso.

Bem diferente foi a atitude da igreja de Bolonha, Itália, por ocasião do enterro de Lúcio Dalla, famosíssimo compositor e cantor da música popular italiana falecido recentemente. Dalla, homossexual, católico praticante, amigo do papa João Paulo II, de uma humanidade inigualável, amigo de vários padres, sempre contou com o respeito e a estima deles e de toda a população de Bolonha. Nunca lhe foi recusada a comunhão. Na missa de corpo presente, na catedral da cidade, o companheiro do cantor teve espaço e apoio para manifestar publicamente a sua admiração e amor. Se há amor verdadeiro, este só pode vir de Deus. Afinal, quem somos nós humanos arrogantes em nos colocar no lugar de Deus para dizer ‘quem é digno e quem é indigno’....se até para Deus não existe o 'indigno'? Se agíssemos em conformidade com aquilo que Ele nos revela, no íntimo da nossa consciência, só deveríamos viver e praticar misericórdia e amor sem limites! E isso independentemente das opções sexuais, ideológicas, partidárias, religiosas que cada pessoa possa fazer....

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