terça-feira, 15 de outubro de 2013

Francesco: 'síndrome, ou sinal de Jonas'?

É necessário lutar contra a “síndrome de Jonas” que nos leva à hipocrisia de pensar que nossas obras são suficientes para nos salvar. As palavras são do Papa Francisco e ditas na missa da manhã desta segunda-feira na Casa Santa Marta. O bispo de Roma chamou a atenção sobre “uma atitude de religiosidade perfeita”, que segue a doutrina, mas que não se preocupa com a salvação dos “pobres”. A “síndrome de Jonas” e o “sinal de Jonas”. O Santo Padre centrou sua homilia neste binômio. Jesus, observou, fala no Evangelho de hoje de uma “geração perversa”. Eram pessoas que, de fato, “pediam-lhe sinais” e Jesus responde que só lhes será dado o “sinal de Jonas”. Existe, no entanto, prosseguiu Francisco, a “síndrome de Jonas”. O Senhor lhe pediu que fosse a Nínive, mas ele fugiu para a Espanha. Jonas, disse, “tinha as coisas claras”: “a doutrina é esta”, “deve-se fazer isto” e que os pecadores “que se arranjem por conta própria, porque eu não tenho nada a ver com isso”. Àqueles que “vivem segundo esta síndrome de Jonas”, acrescentou o Pontífice, Jesus “chama de hipócritas, porque não querem a salvação” dos “pobres”, dos “ignorantes” e dos “pecadores”. “A ‘síndrome de Jonas’ não tem zelo pela conversão das pessoas, busca uma santidade – permito-me a palavra – uma santidade de ‘lavanderia’, toda bonita, impecável, mas sem esse zelo que nos leva a anunciar o Senhor. Frente a esta geração doente da ‘síndrome de Jonas’, o Senhor promete o sinal de Jonas.  “A ‘síndrome de Jonas’ leva-nos à hipocrisia, àquela autossuficiência, a ser cristãos limpos, perfeitos, ‘porque fazemos estas obras’: cumprimos os mandamentos, tudo’. É uma grande doença. É o sinal de Jonas, da misericórdia de Deus em Jesus Cristo, morto e ressuscitado por nós, por nossa salvação. “Aproveitemos esta liturgia de hoje – pediu o Papa – para nos perguntar e tomar uma decisão: o que eu prefiro seguir? A síndrome de Jonas ou o sinal de Jonas?” (Fonte: IHU)

Nenhum comentário: