quinta-feira, 24 de março de 2016

Apesar de proibido pelo ministro do STF, Moro manda divulgar as planilhas de Odebrecht, e depois as coloca sob sigilo. Que é isso ?

A Operação Lava Jato encontrou documentos na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio de Janeiro, com uma extensa relação de políticos associada a pagamentos da empreiteira. Não há nenhum indicativo que os repasses tenham sido irregulares, sem declaração à Receita, em doações oficiais, ou provenientes de caixa 2. Entretanto, a busca foi uma das ações da 23ª fase da Lava Jato, a Acarajé, que prendeu o casal de marqueteiros de campanhas petistas, João Santana e Monica Moura. Ambos atuaram nas campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2010 e 2014. E, independentemente se legais ou ilegais, não há nenhuma menção aos dois petistas na planilha apreendida da Odebrecht. Por outro lado, há citações a políticos do PT, como o senador Lindbergh Farias (PT-RJ); do PMDB, como o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o governador do Rio Luiz Fernando Pezão; do PSDB, com a menção direta a José Serra (PSDB-SP) e nominalmente Aécio Neves (PSDB-MG). Além do nome direto do senador e candidato derrotado à campanha presidencial de 2014, referências como "Candidato Neves/MG" também são encontradas. (Fonte: GGN)
Por que Moro agiu de forma torpe e ilegal, mais uma vez? 

1. Porque estava proibido pelo ministro Teori do STF de não mais divulgar qualquer lista por estar sob sigilo a investigação. Ele, desrespeitando o ministro e o procurador geral Janot a divulgou dois dias antes de 'determinar o seu absoluto sigilo', ontem. Primeiro divulga e depois manda proibir quando já é de domínio público. 

2. Divulgou de forma inadequada, ou seja, sem esclarecer se os citados (mais de 200 políticos) recebiam de forma legal ou não, com a devida declaração à receita Federal...


3. Ao agir assim, Moro está dizendo que a operação Lava Jato é um trem descarrilado, que vai por conta, que está acima de de qualquer poder republicano, que ele está do lado dos fascistas da rua que querem fazer limpeza custe o que custar, mesmo que isso signifique desrespeitar direitos básicos do cidadão, a presunção de inocência, por exemplo, até se provar o contrário. 


4. Moro, com mais essa, dois dias após as determinações do ministro do STF não vai se livrar tão fácil de  algum tipo de medida disciplinar junto ao CNJ.

Nenhum comentário: