sexta-feira, 11 de março de 2016

Ministério Público Federal manda 'explodir' máquinas e serrarias de madeireiros reincidentes que roubavam madeira de terras indígenas no Maranhão

Onze pessoas foram presas e dez serrarias ilegais foram fechadas na tarde desta quinta-feira, 10, no entorno de terras indígenas no Maranhão, em uma força-tarefa de combate à extração ilegal de madeira. A operação conjunta entre Ibama, Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) é resultado de uma ação civil pública movida pelo MPF para impedir o avanço da degradação florestal em áreas protegidas.Depois de cerca de seis meses de investigação, serrarias irregulares próximas às terras indígenas de Alto Turiaçu, Awá e Caru, além da Reserva Biológica do Gurupi, foram desativadas com o uso de explosivos. "Isso tem um efeito muito prático porque, além de inviabilizar o uso, descapitaliza o infrator, que deixa de ter todo o seu maquinário", explicou o coordenador-geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, Jair Schmitt. Segundo o procurador do Meio Ambiente Populações Tradicionais do MPF no Maranhão, Alexandre Silva Soares, a medida drástica foi tomada porque as serrarias, anteriormente, "já tinham sido multadas e não poderiam, em circunstância alguma, estar funcionando". Com base nessas apurações iniciais de flagrante, foram instaurados outros sete procedimentos que indicam a continuidade das investigações nessa mesma região, informou o delegado Júlio Lemos Sombra, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da PF.O Ibama aplicou 10 multas por crimes ambientais - no total de R$ 1,7 milhão -, das quais os infratores ainda podem recorrer. A PRF apreendeu, ainda, oito "toreiros" - caminhões adaptados para transportar madeira ilegal. A madeira extraída irregularmente de áreas protegidas é levada nesses veículos por ramais clandestinos até as serrarias, que processam e comercializam o material. O Ibama avalia que, para além dos problemas relacionados à conservação da biodiversidade, a degradação tem causado grandes prejuízos às terras indígenas, que são o último maciço de floresta amazônica no Estado.
(Fonte: Folha Vitória)

Comentário do blogueiro - Parabéns Procurador Alexandre pela sua firmeza no combate a todo tipo de abuso e ilegalidade. Que bom que tenha sido uma operação conjunta onde, desta vez, parece não ter havido 'aviso prévio'. Parabéns PF que liberou policiais para combater outros crimes, além dos investigados pela 'Lava-jato'.

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