terça-feira, 4 de setembro de 2018

Brasil elitista - Na política, na economia, no judiciário são sempre as mesmas famílias da Casa Grande

A política brasileira está completamente dominada por sobrenomes tradicionais, de pai pra filho, repetidamente. É até possível afirmar que cargos efetivos na administração pública e cargos comissionados também carregam, em muitos casos, sobrenomes famosos. O presidenciável Jair Bolsonaro, por exemplo, além de ter os três filhos como políticos profissionais, o seu irmão Renato Bolsonaro foi sustentado pelos cofres públicos durante três anos, recebendo R$ 17 mil por mês na Assembleia Legislativa de São Paulo no gabinete de André do Prado (PR), um velho aliado político de Bolsonaro, segundo reportagem de João Filho, no The Intercept.O clã de Jair Bolsonaro é apenas mais um incrustrado no nepotismo brasileiro. De acordo com Ricardo Costa Oliveira, que estuda a presença das famílias no poder, 62% da Câmara é formada por deputados originários de famílias políticas, enquanto no Senado esse número sobe pra mais de 70%. Mais da metade dos ministros de Temer são representantes de famílias políticas. A lógica de domínio pelo parentesco também se dá em todas as outras esferas de poder da sociedade. Além dos executivos e legislativos estaduais e municipais, famílias tradicionais dominam o Ministério Público, todos os níveis do judiciário, os tribunais de contas e a mídia. Ou seja, poder político e econômico caminham unidos dentro do estado brasileiro há décadas

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