sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

CF-2010 - O 'rico Epulão' VALE e as migalhas dos 'Lázaros'

Transcrevo abaixo parte do relatório que o Departamento das Relações com os Investidores da VALE apresentou a respeito do desempenho do colosso da mineração ao longo de 2009. Não há o que comentar. Só ler e contemplar essa máquinha que gera lucro, oportunidades, investimentos e....blá, blá, blá, mas que omite os desastres ambientais, os conflitos trabalhistas, os inúmeros e incontáveis acidentes de trabalho, os atropelamentos da sua 'Maria Fumaça' nesse esquecido Maranhão e pelo mundo afora! O verde-amarelo da VALE tinge-se sempre mais de...vermelho!
Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2010 –
A Vale S.A. (Vale) apresentou sólido desempenho operacional e financeiro em 2009. Foi um ano de grandes desafios derivados da grande recessão causadora de um dos raros episódios de contração da economia global nos últimos 140 anos de história econômica moderna. Como produtora de minérios e metais, a Vale tem como clientes empresas industriais, cujo setor de atividade se constitui no ramo mais cíclico da economia, e portanto no mais sensível às recessões.
Nesse contexto, como somos efetivamente o único fornecedor global de minério de ferro, atendendo a clientes em todos os continentes, fomos especialmente afetados pela queda em intensidade sem precedentes da utilização de capacidade da indústria do aço nas Américas e Europa, regiões onde a siderurgia sofreu impacto negativo mais significativo. Se, de um lado, as crises econômicas geram sérios efeitos negativos sobre a performance das empresas, de outro elas costumam gerar oportunidades extraordinárias para aquelas companhias que privilegiam a mudança e a transformação estrutural.
A Vale alavancou suas vantagens competitivas - portfólio de ativos de classe mundial com baixo custo de produção, saúde financeira lastreada num balanço sólido e ampla liquidez, disciplina na alocação de capital, mão-de-obra altamente qualificada e motivada e o espírito empreendedor – para lançar várias iniciativas bem sucedidas para torná-la mais forte no futuro, visando a redução de custos em base permanente e o aumento de eficiência. Nenhum projeto de investimento foi cancelado, novas opções de crescimento e geração de valor foram identificadas, e a capacidade de inovar foi fortemente estimulada. Apesar das dificuldades normalmente causadas por uma recessão, nossa reação foi importante para fortalecer nossa capacidade de criar valor de maneira sustentável para os acionistas.

Os principais destaques do desempenho da Vale em 2009 foram:

• Receita operacional de R$ 12,0 bilhões no 4T09 (Quarto Trimestre), totalizando R$ 49,8 bilhões em 2009.
• Lucro operacional, medido pelo EBIT (lucro antes de juros e impostos), de R$ 2,3 bilhões no 4T09 e R$ 13,2 bilhões em 2009.
• Margem operacional, medida pela margem EBIT, em 2009 de 27,2%. No 4T09, margem EBIT de 19,3%.
• Geração de caixa, medida pelo EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 18,6 bilhões em 2009. EBITDA atingiu R$ 3,7 bilhões no 4T09.
• Investimento em crescimento orgânico e manutenção alcançou US$ 9,0 bilhões em 2009
• Investimento de US$ 796 milhões em responsabilidade social corporativa em 2009, dos quais US$ 580 milhões foram gastos em proteção e conservação do meio ambiente e US$ 216 milhões em projetos sociais.
• Remuneração ao acionista de US$ 2,75 bilhões em 2009.
• Forte posição financeira, apoiada em um expressivo caixa de US$ 11,0 bilhões, disponibilidade de linhas de crédito de médio e longo prazos e endividamento de baixo risco.

(Fonte: Departamento de Relações com Investidores da Vale)

Um comentário:

malevides disse...

E a FAPESP(Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) a divulgar, legitimado pela comunidade científica, acordo com a VALE para o desenvolvimento de pesquisas em várias áreas do conhecimento. Ops!Exceto na área de Ciências Humanas, lembro.