O historiador e cientista político Wagner Cabral (UFMA) denunciou, hoje, mediante a carta aberta ' Erraram a verdade. A estória de uma pequena farsa' uma tentativa por parte de alguns setores da imprensa maranhense, - notadamente os blogs de Walter Rodrigues e Marcos d’Eça, e os diários O estado do Maranhão e O Imparcial - de ‘vender’ por verdadeira uma pesquisa eleitoral da CNT/SENSUS para o governo do estado do Maranhão que, provavelmente, nunca houve. Os blogueiros acima citados publicaram no dia 04 e no dia 05 de fevereiro, respectivamente, uma suposta pesquisa em que a atual governadora do Estado estaria com uma vantagem abismal sobre os outros dois possíveis candidatos, a saber, Jackson Lago (PDT) e Flávio Dino (PCdoB).
O prof. Wagner atento à informação solicitou ao jornalista Walter Rodrigues alguns esclarecimentos após ter constatado que nenhuma pesquisa havia sido publicada no site da Sensus e que nenhuma pesquisa para o governo do estado havia sido depositada no Tribunal Regional Eleitoral como exige uma lei específica que entrou em vigor a partir do dia 01 de janeiro de 2010 (Resolução TSE 23.190, de 16/12/2009, artigos 1º e 9º,). Além disso o professor Cabral havia notado que o número de protocolo da pesquisa reproduzido no blog do jornalista da Imirante era o mesmo da pesquisa nacional para a corrida presidencial...o que nada tinha a ver com a suposta corrida ao governo do Estado.
O que o professor da UFMA encontrou na sua investigação junto ao TSE foi somente a pesquisa relativa à eleição presidencial e nada mais. Solicitou, portanto, ao jornalista WR que dissesse o período em que havia sido feita a pesquisa para o governo do Estado, quem a havia encomendado, qual a metodologia adotada, etc. Como resposta, entretanto, veio a retirada da matéria nos dois dos blogs, seja por parte de Walter Rodrigues bem como por parte de Marcos d’Eça, e uma resposta de mum dos jornalistas que tenta desqualificar intelectualmente o professor Cabral.
Até o presente momento a sociedade maranhense fica sem saber se efetivamente houve a tal pesquisa eleitoral, ou se foi uma farsa para induzir os eleitores em seu processo de discernimento. Evidentemente, se houve a pesquisa, não há interesse algum neste momento em sustentar a sua existenência e publicá-la, haja vista que os autores poderiam ser punidos por terem agido ilegalmente. De fato, em caso de existência da pesquisa, por não ter sido devidamente depositada no TRE os autores podem ser presos (pena de até 6 meses de reclusão) ou multados em até R$ 53.000,00 como determina a lei.
Se a pesquisa inexiste - e de má fé foi associada à pesquisa nacional presidencial, para dar um suposto maior amparo legal, - o que é provável (Marcos d’Eça utiliza o mesmo protocolo da nacional), - é ainda mais grave, pois revela que ‘o vale tudo eleitoral’ já começou prá valer, e o tom da campanha eleitoral no Estado já está dado.
Pede-se, agora, que o Ministério Público Eleitoral investigue quanto foi publicado e retirado (mas foi publicado!!!), - e puna exemplarmente todas as tentativas de macular e tumultuar os processos democráticos mediante as manipulações e os atentados à livre, ampla e correta informação. Que não se repita no 2010 o que ocorreu em 2008 nesse Estado!
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