Haverá quem diga que foi a falta de ousadia do Dunga ou, talvez, a falta de equilíbrio emocional após o primeiro gol sofrido, ou o destempero de ‘Chuck Norris’ Felipe Melo expulso por agressão no momento mais crítico, ou, enfim, por causa do próprio módulo da Copa do Mundo que seria mais um torneio que um campeonato. É um fato que o Brasil está fora! Eliminado por um time nada irresistível e que, inclusive, sofreu enormemente a iniciativa brasileira no primeiro tempo. É um fato que o Brasil ao enfrentar o primeiro time com um certo potencial técnico na sua marcha africana, caiu fragorosamente. Muito mais pelos seus erros que pelos acertos dos adversários.
Certamente é um duro golpe para o nacionalismo do Galvão Bueno e da Globo, e para tantos analistas e comentaristas que viviam a alimentar fáceis sonhos do ‘já ganhou’! Com essa derrota o Brasil-sociedade deverá voltar ao normal. Dar um fim no blecaute social e administrativo que sofria durante o tempo reservado para a exibição dos jogos da seleção. Compreender que a anestesia temporária sumiu e que os grandes desafios permanecem os mesmos a exigir enfrentamento, realismo e lucidez.
Haverá amplos setores dessa nação que a partir de agora mergulharão numa outra maratona, a político-eleitoral que tentará provocar mais um blecaute de no mínimo três meses. Muitos ‘Dungas’ e ‘muitos Filipes Melos’ subirão os palanques sem gramado para exibir jogos político-eleitoreiros sem esquemas e sem táticas, mas com o único intuito de ganhar, seja lá como for.
A nós torcedores-espectadores a obrigação moral de ‘apitar o jogo’ e sermos duros com os Filipes Melos truculentos, agressivos e com pouca massa cinzenta!
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