A parábola do administrador astuto pode nos deixar bastante desconcertados. Não é para menos: Jesus parece se alinhar entre os admiradores dos aéticos, dos espertinhos, e dos sem-escrúpulos. Numa análise mais apurada fica clara qual é a intenção de Jesus. Jesus quer sacudir os seus discípulos para que se tornem mais competentes na construção/administração do reino de Deus. Jesus constata, com efeito, que ‘os filhos desse mundo’, ou seja, os que não fazem a opção em favor do Reino de Deus, são mais competentes e criativos ‘em seus negócios’ do que os ‘filhos da luz’...na construção de uma nova sociedade/reino. É uma clara provocação que o Mestre lança aos seus seguidores: por que não aprender dos espertinhos que conseguem encontrar saídas criativas quando estão em apuros? Por que não aprendemos a colocar ‘essa esperteza e genialidade’ (não a desonestidade!) a serviço do Reino? E com um realismo único, não cinismo, Jesus convida todos aqueles que acumularam ‘riquezas injustas’ a não segurá-las, mas a utilizá-las para ‘fazerem amigos que os possam acolher nas moradas eternas’, ou seja, fazer das riquezas um meio para obter condições e valores que não se acabam. De fato, as riquezas desse mundo se acabam: o ladrão pode assaltar, a traça corroer, mas a acolhida, a fraternidade, a segurança/proteção de quem ama e acolhe nunca se acaba!
Toda essa reflexão de Jesus tem mais um caráter metodológico que diz respeito à forma como o discípulo deveria ‘administrar o reino’ que já está entre nós. É um chamamento de Jesus aos seus seguidores para compreenderem que no enfrentamento do anti-reino de Herodes, de César, alicerçado na ambição, na competição, na falta de valores e de ética, é preciso possuir competência e determinação. Ao mesmo tempo, Jesus prepara e capacita os seus discípulos para a grande condição final: não é possível entrar nessa luta pela construção do novo reino ,e em suas dinâmicas, colocando em primeiro lugar a vontade de acumular riquezas. Ou se coloca Deus e o seu Reino ou as riquezas, pois as duas realidades não convivem. O desejo de riqueza e a sua veneração não combina com a causa do reino. O convite de Jesus aos discípulos de fazerem a firme escolha de colocar Deus e o seu reino em primeiro lugar, único e exclusivo, se contrapõe também ao modo farisaico de proceder. Estes achavam que era possível servir a Deus e ao dinheiro simultaneamente, não vendo nisso uma contradição. Com isso, Jesus ataca frontalmente a teologia da prosperidade, eternamente atual: Deus não abençoa quem coloca como meta da própria vida o acúmulo de riquezas e faz delas um ídolo que escraviza e cria dependência. Para construir o novo reino/sociedade é preciso ser livres!
Toda essa reflexão de Jesus tem mais um caráter metodológico que diz respeito à forma como o discípulo deveria ‘administrar o reino’ que já está entre nós. É um chamamento de Jesus aos seus seguidores para compreenderem que no enfrentamento do anti-reino de Herodes, de César, alicerçado na ambição, na competição, na falta de valores e de ética, é preciso possuir competência e determinação. Ao mesmo tempo, Jesus prepara e capacita os seus discípulos para a grande condição final: não é possível entrar nessa luta pela construção do novo reino ,e em suas dinâmicas, colocando em primeiro lugar a vontade de acumular riquezas. Ou se coloca Deus e o seu Reino ou as riquezas, pois as duas realidades não convivem. O desejo de riqueza e a sua veneração não combina com a causa do reino. O convite de Jesus aos discípulos de fazerem a firme escolha de colocar Deus e o seu reino em primeiro lugar, único e exclusivo, se contrapõe também ao modo farisaico de proceder. Estes achavam que era possível servir a Deus e ao dinheiro simultaneamente, não vendo nisso uma contradição. Com isso, Jesus ataca frontalmente a teologia da prosperidade, eternamente atual: Deus não abençoa quem coloca como meta da própria vida o acúmulo de riquezas e faz delas um ídolo que escraviza e cria dependência. Para construir o novo reino/sociedade é preciso ser livres!
Um comentário:
E Jesus sabia como ninguém que ser astuto era fazer a diferença, seguindo o caminho do bem pelo princípio de não praticar o mal.E como é importante criar um ambiente no qual as pessoas sintam que fazem uma diferença.
"Não há como se sentir bem em relação ao que você está fazendo sem acreditar que está fazendo uma diferença."
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