Mais uma morte violenta de um jovem indígena do povo Guajajara, na cidade de Arame, Maranhão. Ocorreu cerca de dez dias atrás, na aldeia Jacaré dentro da terra indígena Arariboia, a cerca de 20 km. da cidade de Arame. O jovem de cerca de 20 anos foi encontrado morto por membros da aldeia com o corpo repleto de marcas, sinais evidentes de espancamento. Até o presente momento não se conhecem as causas de uma morte tão brutal. Não se tem informações que a polícia local tenha aberto inquérito para apurar as responsabilidades e os autores do crime. Episódios de violência ao longo da estrada que liga Arame a Grajaú, de 126 km. em que estão situadas cerca de 50 aldeias Guajajara, não são inéditos. Vários não indígenas passam de moto ou de carro, principalmente no calar da noite, e andam atirando nos indígenas que porventura se encontram ou na beira da estrada ou sentados debaixo das árvores em suas aldeias. Cerca de dois anos atrás a pequena Maria dos Anjos da aldeia Anajá, foi barbaramente assassinada por uma bala atirada por dois motoqueiros. O mesmo ocorre com os atropelamentos. Muitos são propositais. Os que são pegos nesse tipo de crime alegam que suspeitavam que fossem assaltados pelos índios que caminhavam tranquilamente ao longo da estrada. Cinco meses atrás um jovem de 17 anos da aldeia Marajá a 6 km. de Arame foi atropelado por um morador da cidade que alegou temer um assalto por parte dos indígenas. O jovem está impossibilitado de caminhar, sem ter a devida assistência médica, e o criminoso continuando solto.
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